Línguas Africanas

Lançamento: NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras

					Visualizar v. 3 n. Especial I (2023): Debates sobre a educação no Brasil e na África lusófona: caminhos, avanços e perspectivas

Os estudos que ensejaram a publicação desta edição são resultados de abordagens variadas de pesquisas de naturezas qualitativas, quantitativas e mistas, com métodos que envolvem pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e análises de dados. São muitos os ganhos desta Edição Especial I. Muitos desses estudos são enriquecidos de dados históricos robustos acerca das modalidades da educação (básica, secundária, técnica e superior) – desde os tempos da colônia até os dias atuais. Além dos dados históricos acerca da educação, muito se dá a conhecer também acerca da linguagem e da cultura tantos dos países africanos quanto do Brasil. É assim que esta edição se converte em uma leitura avaliativa e crítica da evolução da educação, da cultura, das tradições, das línguas e da política. É assim que a publicação dos textos que compõem esta edição especial se converte, enfim, em um turno de fala, no diálogo do conhecimento científico com a sociedade africana e brasileira.

Organizadores:

Prof. Dr. Antônio Félix de Souza Neto (Universidade Federal de Sergipe)

Prof. Dr. Alexandre António Timbane (Universidade Federal de Sergipe/Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira)

Publicado: 29-05-2023

 

Acesse a publicação:  https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/issue/view/47

Mestre Chico, o griô que planta palavras em Quimbundo, Iorubá e Lingala

Foto: Anna Ortega/Nonada Jornalismo
em 27 de março de 2023
Repórter do Nonada, é também artista visual. Tem especial interesse na escuta e escrita de processos artísticos, da cultura popular e da defesa dos diretos humanos. @corpocontato

Nos dedos, uma tartaruga. No pulso, um bracelete de metal. Nos olhos, fogo. Mestre Chico é um homem de Xangô. Para conhecer o seu terreiro, o Ponto de Cultura Tambores de Angola, assentado na Zona Norte de Porto Alegre, é preciso tirar os calçados. Ao entrar pela porta, e atravessar um longo corredor, saúda-se o dono da Casa, Exu, o senhor dos caminhos, que fez este encontro acontecer. “Eu não sabia as perguntas que você iria fazer, mas ele sabia”, diz o Mestre.

Francisco Paulo Jorge Pinto, o Mestre Chico, completa 70 anos este ano, e pelo menos 60 destes foram dedicados a vivenciar profundamente as tradições africanas e afro-brasileiras. Percussionista, artistas plástico e capoeirista nascido em Pelotas, ele é uma das únicas pessoas falantes de Iorubá, Quimbundo e Lingala no Rio Grande do Sul. Ele ensina a outros mestres e crianças, e acredita que as línguas africanas são como heranças ancestrais recebidas. São como vasos, preciosos e perecíveis, que, se não são alimentados na continuidade, desaparecem.

A Casa de Mestre Chico é um lar para os tambores, instrumentos recebidos ou confeccionados ao longo de sua vida, reunidos em uma única sala, que guarda também seus livros, fotografias, e um acervo com pedaços da história dos Sopapos, do Batuque e dos mestres e mestras do sul do país. Angola, Nigéria e África do Sul são alguns dos lugares de origem dos tambores que o Mestre têm. Os Sons de África vivem ali.

Siga a leitura da matéria aqui:

https://www.nonada.com.br/2023/03/mestre-chico-o-grio-que-planta-palavras-em-quimbundo-ioruba-e-lingala/

Tiganá Santana, músico e professor da UFBA, lança álbum pelo Selo SESC com Omar Sosa, pianista cubano

 

(foto divulgação)

Tiganá Santana: Não há democracia sem considerar as questões raciais

Em entrevista com AUGUSTO DINIZ (Carta Capital), o baiano  Tiganá Santana conta que “a relação com as manifestações culturais existenciais afro-brasileiras ou assentadas em matrizes africanas diz respeito ao Brasil profundo”. O cantor, que também é compositor, instrumentista, produtor musical, filósofo e professor da UFBA, tem o seu trabalho centrado na diáspora africana.

Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/blogs/augusto-diniz/tigana-santana-nao-ha-democracia-sem-considerar-as-questoes-raciais/.

Tiganá Santana é Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), atuando no Bacharelado Interdisciplinar em Artes. Possui Doutorado em Letras pelo Programa de Estudos da Tradução do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (USP) e é bacharel em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente desenvolve pesquisa de Pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros/USP. Suas investigações voltam-se, principalmente, para as línguas, linguagens, artes e cosmologias afrodiaspóricas (com ênfase nas afrobrasileiras) e africanas (com ênfase em culturas bantu), estabelecendo-se os cruzamentos entre tais chaves de pensamento e aquelas provenientes de outras experiências culturais de existência não ocidentais e ocidentais.

É tradutor e tem experiência na área de Artes, notadamente, composição e performance musicais, poesia, narrativas audiovisuais e curadoria artística. É membro da Coordenação Colegiada do curso de extensão em línguas Kimbundu e Yoruba do NUPEL (Núcleo Permanente de Pesquisa e Extensão em Letras) – UFBA. No âmbito dos Estudos da Tradução, direciona-se, ainda, à investigação intersemiótica, sobretudo, no que tange a distintas linguagens artísticas e a distintas percepções, tendo como base constante referenciais teóricos afrocentrados em diálogo com outros modos, paradigmas e correntes de pensamento e expressão, tais como alguns ameríndios. Possui pesquisas em torno de pensadores africanos como Bunseki Fu-Kiau, Zamenga B. e Sophie Oluwole. Foi o primeiro compositor da história fonográfica brasileira a apresentar, como compositor (e intérprete), um álbum musical com obras em línguas africanas. Foi agraciado, em 2020, com o prêmio de 1 lugar da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística) por sua tese de doutorado. (Informações coletadas do Lattes em 30/11/2022)

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‘Tambores são linguagens’: professor e músico, Tiganá Santana lança ‘Iroko’ em parceria com Omar Sosa, pianista cubano.

Por Donminique Santos – UOL

Em seu último disco (‘Iroko’, lançado em janeiro de 2023), Tiganá Santana apresenta “Bloco Novo”, fruto da parceria com o pianista e compositor cubano Omar Sosa. Nesta canção, o cantor, compositor, pesquisador, violonista e poeta brasileiro, Tiganá Santana, resgata que ‘afoxé vai traçar um destino altivo pra minha gente morar’…. – Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2023/01/30/tigana-santana-afoxe-vai-tracar-um-destino-altivo-pra-minha-gente-morar.htm?cmpid=copiaecola

 

 

Ouça mais Tiganá Santana e Omar Sosa: Iroko

Assista em Youtube music… Tiganá Santana

 

O álbum duplo “Tempo & Magma”, terceiro do compositor, cantor, instrumentista e pesquisador baiano Tiganá Santana – e lançado internacionalmente pelo selo sueco ajabu!

(Ouça no Spotify Tempo e Magma)

 

Omar Sosa, é um compositor cubano especializado jazz e formado pela Escola Nacional de Música em Havana. Visite sua página em https://omarsosa.com

 

Saiba mais: Um documentário sobre Omar Sosa.

 

Timor quer que língua de instrução no sistema educativo seja só o português

Os ministérios da Educação e do Ensino Superior timorenses querem tornar obrigatório que a instrução no sistema educativo do país seja apenas em português, e que outras línguas sejam “auxiliares” e de apoio.

“Os dois Ministérios estão a propor alterações à lei de bases da educação, e a proposta é que a língua de instrução seja apenas o português. O tétum e outras lingas nacionais vão servir de lingas auxiliares e de apoio pedagógico quando forem necessárias”, disse hoje o ministro da Educação, Juventude e Desporto, Armindo Maia.

“Este é um dos grandes problemas que temos estado a enfrentar” no sistema educativo nacional, disse.

Armindo Maia falava no Centro Cultural Português, na Embaixada de Portugal em Díli, à margem de uma cerimónia de boas-vindas a um grupo de professores que vai ser destacado para os 13 Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) de Timor-Leste, um projeto luso-timorense para a requalificação do ensino timorense em língua portuguesa.

Armindo Maia explicou que a proposta, que mexe na lei de bases da educação, ainda terá que passar pelo Conselho de Ministros e posteriormente pelo Parlamento Nacional, mostrando-se esperançado que essa discussão possa ocorrer antes das eleições, marcadas para 21 de maio.

“Com essa alteração, esperamos que os professores se possam começar a esforçar para lecionar em português”, disse, referindo-se a uma das duas línguas oficiais do país, a par do tétum.

Armindo Maia respondia a perguntas dos jornalistas sobre dados de que 80% da comunidade educativa timorense não utiliza o português na escola, explicando que esse é um dos maiores desafios do setor.

Neste âmbito recordou os esforços que têm sido feitos para fortalecer as capacidades de ensino em português dos docentes timorenses, inclusive através do projeto luso-timorense PRO-Português.

“O projeto PRO-Português no ano passado formou mais de 4.000 professores timorenses em formação intensiva em língua portuguesa. Esperamos este ano um número idêntico. Vamos apostar nisso”, vincou.

Questionada sobre a mesma matéria, a embaixadora de Portugal em Díli, Manuela bairros disse que no que toca ao uso do português em Timor-Leste se deve “ver o copo meio cheio”, notando os progressos na última década.

“Podemos fazer a leitura dos números como acharmos melhor. Pode haver 80% de pessoas que se sintam mais confortáveis a falar outras línguas que não a língua portuguesa, mas o que tenho verificado nas minhas viagens pelo país é que há muitas pessoas a quem me dirijo em português, que reagem em português, com melhor ou pior fluência”, disse.

“A partir do momento em que as pessoas sentem confiança na língua portuguesa esse número vai cair. O projeto CAFE está a trabalhar no sentido das pessoas se sentirem confortáveis com a língua portuguesa. É um processo, complexo e moroso, mas estive aqui há oito nos e senti uma grande mudança na proficiência do português por parte dos timorenses nesses oito anos”, afirmou.

Armindo Maia reiterou na cerimónia de hoje a vontade do Governo alargar a rede de escolas CAFE ao novo município de Ataúro “já no próximo ano”, com planos de abertura de uma segunda escola em Díli.

O plano “mais ambicioso” veria a implementação do programa, atualmente nas capitais dos municípios e da RAEOA, aos postos administrativos do país.

Maia explicou à Lusa que o sucesso dos CAFE é evidente pelos resultados, manifestando-se esperançado que a iniciativa possa contribuir para melhorias em todo o sistema.

 

leia mais em https://www.plataformamedia.com/2023/03/01/timor-quer-que-lingua-de-instrucao-no-sistema-educativo-seja-so-o-portugues/

Nova edição da NJINGA e SEPÉ: v. 2 n. Especial I (2022), confira!

v. 2 n. Especial I (2022): A educação na África lusófona e no Brasil: práticas, metodologias, métodos e gestão da educação
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A educação na África lusófona e no Brasil sempre foi um grande desafio. O grande desafio se prende nas metodologias de ensino, nas políticas educacionais falhas e na falta de compromisso por parte de governos com as novas gerações. Os esforços no desenvolvimento  e na qualidade da educação são esporáticas e não atendem a grande maioria das crianças, adolescentes e jovens. O problema da língua usada no ensino é ainda um desafio e que em muitos momentos impede a aprendizagem dos alunos. É nesse olhar que se organizou este Nº Especial , do Vol. 2 (2022) justamente para refletir sobre a gestão escolar, as metodologias e métodos de ensino por forma a encontrar caminhos que possam melhorar a qualidade de ensino na África lusófona e no Brasil. Atenção ao ler os textos porque os autores usam o português africano  e brasileiro e essas variedades devem ser respeitadas sem preconceito. Alguns autores nos brindam com a tradução do resumo  uma das suas línguas maternas.

Nova edição da NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras, confira!

v. 2 n. 2 (2022): Descrição e análise de línguas africanas e estudos socioculturais no Brasil

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O Vol.2, nº2, 2022 foi organizado e editado pela Profa. Dra. Ezra Alberto Chambal Nhampoca (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique/Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal) e pelo Prof. Dr. David Alberto Seth Langa (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique/Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil).  A publicação agrupa pesquisas científicas que têm o intuito de analisar e descrever as línguas nos aspectos Fonético-Fonologicos, Lexicográficos,  da Lexicologia, da Pragmática, da Semântica, da Sintaxe, da Terminologia e da Literatura. Os trabalhos apresentados revelam a necessidade de se continuar com estudos por forma a que as línguas não oficiais e ágrafas tenham o seu espaço no espaço científico e na sociedade.

ACESSE AQUI 

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