Educação indígena

Aplicativo permite que indígenas da Amazônia enviem mensagens em seus idiomas

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Por Mohamed RACHEDI com Michael DANTAS em 30/01/2024

Escrever mensagens em seus telefones foi, durante muito tempo, uma dor de cabeça para os povos indígenas da Amazônia. Agora, um aplicativo facilita a sua comunicação, ao colocar seus idiomas nativos ao seu alcance.

 

Lançado em agosto de 2022, o “Linklado” — palavra formada pela combinação de “lin”, em referência às línguas indígenas, e “klado”, derivado da palavra “teclado” — disponibiliza um teclado digital adequado para populações indígenas que vivem em áreas remotas da imensa região amazônica ou em centros urbanos.  “O aplicativo Linklado traz assim muitas coisas boas pra mim e tantos pra povos indígenas”, disse à AFP Cristina Quirino Mariano, de 30 anos, da comunidade ticuna.

“Facilita muito porque antes a gente não conseguia escrever no celular”, explica, já que nestas comunidades nem todos dominam o português.

Nos smartphones vendidos no país, só é possível escrever mensagens com caracteres latinos. Historicamente orais, as culturas indígenas do Brasil entraram no mundo escrito quando os colonizadores europeus procuraram transcrever suas línguas, especialmente para convertê-los ao cristianismo. Na tentativa de reproduzir melhor os sons dessas línguas, foi necessário encontrar recursos específicos, associando os caracteres do alfabeto latino a um conjunto de acentos e símbolos, conhecidos como “diacríticos” pelos linguistas.

Mas até recentemente nada disso estava disponível nos celulares, indispensáveis para os cerca de 1,7 milhão de indígenas brasileiros, assim como para outros cidadãos do país. Na falta de um teclado adequado, “os indígenas falavam muito no celular em áudio”, explica Noemia Ishikawa, coordenadora do projeto Linklado.  Essa bióloga, de 51 anos, também teve dificuldades para traduzir seu trabalho de pesquisa: “Eu fiquei 14 anos reclamando que precisava de um teclado para resolver esse problema”, afirma.

– Quatro dias –

Dois estudantes, nativos da região e não indígenas, atenderam ao seu pedido. Juliano Portela tinha 17 anos e seu amigo Samuel Benzecry, 18. Alertado por Benzecry sobre as dificuldades que os nativos encontravam, Portela, que já havia aprendido a programar, começou a desenhar a ferramenta com o amigo.

“Demoramos quatro dias para criar o aplicativo, não imaginávamos que faríamos isso tão rápido”, afirma Portela. Os testes começaram em maio de 2022 e foi lançado gratuitamente em agosto do mesmo ano. Hoje, “o aplicativo funciona para todas as línguas indígenas da Amazônia”, ou seja, cerca de quarenta, comemora Portela, que agora estuda nos Estados Unidos, assim como Benzecry.  Até o momento, o aplicativo conta com mais de 3.000 downloads.

Mas, segundo Portela, tem mais usuários diários: “Para as fases de testes usamos um arquivo que enviamos via WhatsApp; alguns nativos enviaram o arquivo entre si antes mesmo do lançamento do aplicativo”.

– Renda para as comunidades –

Além da comunicação diária, o aplicativo também permite a tradução de livros e outros textos do português para as línguas indígenas.  Isso permite que algumas mulheres destas comunidades gerem renda, utilizando o seu conhecimento das línguas locais. O projeto denominado “Linkladas” foi criado para reunir essas tradutoras.

Rosilda Cordeiro Da Silva, de 61 anos, é uma delas.  Para esta ex-professora de línguas indígenas, o aplicativo é algo “muito positivo” que lhe permite ter “mais confiança” na hora de fazer traduções.  Além disso, o aplicativo auxilia nos esforços de preservação das línguas indígenas. Vanda Witoto, uma ativista de 35 anos, tenta “resgatar a língua buré”, falada pelo seu povo witoto.  “Esse teclado tem dado a oportunidade da gente não utilizar aqueles símbolos que não são da nossa língua”, diz ela.  Além da Amazônia, preservar as línguas nativas é um desafio global.  Metade está condenada a desaparecer até 2100, sendo a maioria línguas indígenas, segundo um relatório publicado pela ONU em 2018.

Leia esta matéria diretamente na fonte: https://www.em.com.br/internacional/2024/01/amp/6794853-aplicativo-permite-que-indigenas-da-amazonia-enviem-mensagens-em-seus-idiomas.html

 

Para saber mais, acesse a postagem puxando a rede IPOL:

Linklado: app de línguas indígenas na final do Prêmio Jabuti

Ministério da Cultura lança Programa Conexão, Cultura e Pensamento com a Universidade Federal de Goiás (UFG)

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Revista Pihhy traz pensamento indígena como destaque em 2024!

 

‘Pihhy’, em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, significa semente e é o nome escolhido para a revista multimídia que inaugura o “Programa Conexão Cultura e Pensamento”. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/DIEFA e o Curso de Educação Intercultural, do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O lançamento ocorre na segunda-feira (29), em formato virtual.

Inspirado em ações anteriores, como o Programa Cultura e Pensamento, o projeto tem o objetivo de fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas importantes da agenda contemporânea. A atualização deste escopo se inicia pela difusão desta revista multimídia, que será alimentada com conteúdos produzidos por indígenas de diferentes campos de atuação e inaugura o estímulo à criação, produção e circulação, entre múltiplos territórios, baseados em conhecimentos plurais e ancestrais, deixando evidente a complexidade e o valor da pluralidade epistemológica existente no Brasil.

A Revista Pihhy disponibilizará materiais na língua portuguesa, bilíngues ou plurilíngues, e em inglês, em edições mensais, em uma) versão digital hospedada no Portal do MinC na internet. O ambiente tratará temas como educação, direito, conhecimentos, política, ciência, artes, dentre outros, por meio de algumas categorias como: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons, Corpos e Direitos Indígenas.

“O Ministério da Cultura tem um papel importante no fomento à produção e difusão do conhecimento. Não há políticas públicas sem os ambientes de reflexões críticas e inventivas para a qualificação de nossas políticas culturais. O programa Conexão, Cultura e Pensamento foi buscar como referência o programa Cultura e Pensamento que exerceu um papel vital em gestões anteriores na articulação de instituições e pesquisadores que estavam produzindo em torno dos temas da cultura. A novidade que apresentamos aqui é trazer a percepção inscrita na palavra conexão”, destaca o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

Ele destaca que, para além da produção do conhecimento, está é uma possibilidade de estabelecer conexões entre saberes, fazeres e territórios distintos. “Gerando confluências e encontros na promoção do que se produz nas mais diversas áreas do conhecimento no sentido de promover não só a diversidade cultural, mas também a diversidade do conhecimento, das ciências. A Pihhy’ é nossa primeira roça indígena para a gente arar um pensamento mais orgânico e diverso nesta parceria do MinC com a UFG”.  Além da Plataforma digital, o Programa deve englobar outras ações, no sentido de fortalecer a produção de conhecimentos e promover a difusão de culturas locais, inclusão social e diversidade das manifestações artística e culturais, conforme orienta as atribuições da SEFLI e da Diretoria de Educação e Formação artística do Minc.

O nome Pihhy foi escolhido no contexto do próprio curso intercultural, e o secretário Fabiano Piúba, enfatiza essa escolha, salientando que “a semente está associada às ideias de criação, cultivo, colheita e aos ciclos da vida e do tempo. Ela tanto pode ser uma semente de Jatobá ou de Sumaúma, como pode ser uma semente de gente, de pessoa, pois tudo é natureza e cultura. Se a natureza faz o tempo, a cultura faz o cultivo, o saber-fazer-viver.  Ou seja, não podemos mais despregar a reflexão crítica dos ciclos vitais dos saberes e fazeres culturais e tampouco dos saberes da própria natureza. A nossa primeira roça é indígena, a segunda será quilombola e todas serão confluências”, detalha, ao falar da alimentação da plataforma em anos subsequentes a 2024.

“Trata-se de um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização desses saberes ancestrais que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. Ela traz à tona, então, pensamentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a democracia e o bem viver”, explica o professor Alexandre Herbetta, um dos coordenadores da proposta. Gilson Ipaxi’awyga, professor do Intercultural e membro do povo indígena Tapirpé também é  um dos coordenadores de conteúdo Revista, finaliza afirmando que a revista é uma oportunidade de se difundir os conhecimentos indígenas, de maneira a se refletir as diversas maneiras de se fazer ciência.

Fonte: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/ministerio-da-cultura-lanca-programa-conexao-cultura-e-pensamento-na-segunda-29

Saiba mais sobre a UFG e atividades do Núcleo Takinahakỹ puxando a rede junto com IPOL:

. Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI)

O curso de licenciatura em Educação Intercultural da UFG existe desde 2006, sendo em 2014 inaugurado o prédio que comporta esse curso junto ao Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI)… (siga a leitura no link abaixo)

https://intercultural.letras.ufg.br/p/20020-nucleo-takinahak-de-formacao-superior-indigena-ntfsi

. Histórico do curso de licenciatura em Educação Intercultural

O curso foi concebido por uma demanda dos povos indígenas da região Araguaia-Tocantins e atende aos anseios destas comunidades, respeitando o que rege a Constituição Federal e posterior legislação específica sobre a importância e o direito à diferença da Educação Escolar Indígena.

karaja hist

https://intercultural.letras.ufg.br/p/24592-historico

. Conheça a estrutura do curso

Estrutura do Curso

 O curso de licenciatura em Educação Intercultural pertence à área de conhecimento de Educação (CAPES) e possui três habilitações: Ciências da Cultura, Ciências da Linguagem e Ciências da Natureza. De caráter presencial, o curso funciona em tempo integral com carga horária total de 3212 horas, distribuídas ao longo de cinco anos de duração mínima (e sete anos a máxima), durante quatro etapas anuais, sendo duas em Goiânia (Etapa Universidade) e duas nas comunidades (Etapa Terra Indígena).

As “Etapas de Estudos na UFG” ocorrem no Campus Samambaia, em Goiânia-GO, nos meses de janeiro-fevereiro, e julho-agosto, com duração média de 30 a 35 dias, e as “Etapas de Estudos em Terras Indígenas” se realizam entre os meses de abril e junho, e de setembro e novembro, nas aldeias onde moram os estudantes.

O Projeto Político Pedagógico do curso compreende uma Matriz Básica, com duração … (siga a leitura no link abaixo)

https://intercultural.letras.ufg.br/p/24602-estrutura-do-curso

. Siga o Instagram do Núcleo Takinahakỹ  UFG oficial

https://www.instagram.com/takinahaky/

. Conheça Gilson Ipaxi’awyga Tapirapé , 1º docente efetivo indígena da Universidade

https://ufg.br/n/165042-empossado-1-docente-efetivo-indigena-da-universidade

Gilson Ipaxi’awyga Tapirapé

 

Em Manaus, especialistas discutem formas de revitalizar línguas dos povos indígenas

Por Nicoly Ambrosio Publicado em: 18/08/2023

Siga a leitura diretamente no portal da Amazônia Real, uma agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real é uma organização sem fins lucrativos criada pelas jornalistas Kátia Brasil e Elaíze Farias em 20 de outubro de 2013, em Manaus, no Amazonas, Norte do Brasil, para fazer jornalismo ético e investigativo, pautado nas questões da Amazônia e de seu povo. A linha editorial é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos.

O jornalismo produzido pela Amazônia Real conta com o trabalho de profissionais com sensibilidade na busca de grandes histórias da Amazônia e de suas populações, em especial daquelas que não têm espaço na grande imprensa.

Siga a matéria no portal e depois navegue em mais conteúdos.

https://amazoniareal.com.br/em-manaus-especialistas-discutem-formas-de-revitalizar-linguas-dos-povos-indigenas/

Plataforma oferece cursos e materiais gratuitos que valorizam as tradições de povos indígenas

REDAÇÃO – JORNALISMO@PORTALAMAZONIA.COM
Conteúdos são oferecidos para apoiar o trabalho de professores, mas também como forma de incentivo aos interessados pelo tema em conhecer a cultura dos povos originários.
 Utilizar banha de cobra para tratar de feridas, usar corda e cipó para a criação de uma tehêy (instrumento de pesca pataxoop) e a fruta jenipapo para pinturas corporais são alguns dos costumes transmitidos por gerações de indígenas. Mesmo que essas tradições permaneçam vivas dentro das comunidades, a falta de conhecimento sobre esses costumes tornam essas práticas alvos de preconceitos.

“Utilizar ervas ou banha de cobra para fins medicinais parece uma cena boba, mas é uma dessas lições em relação à valorização que devemos dar para a medicina tradicional indígena. É preciso parar com essa ignorância, com o preconceito, olhar para isso com melhores olhos, sabendo que há bons resultados que precisam ser reconhecidos”, conta o escritor e professor Yaguarê Yamã.

Ele foi um dos participantes da série de encontros ‘Jenipapos: Redes de Saberes’, realizada pelo Itaú Social e pelo instituto Mina – Comunicação e Arte. Nessas atividades, também estiveram presentes outros representantes da literatura indígena e negra, como Conceição Evaristo, Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Dona Liça Pataxoop, Dona Vanda Pajé, Eliane Potiguara e Julie Dorrico.

Imagem: Reprodução/Itaú – ‘Jenipapos – diálogos sobre viver’

“A escola é um espaço privilegiado para combater preconceitos contra manifestações culturais. A aprovação da lei 11.645/08, que trata da inclusão do estudo da história e cultura indígena na escola, foi um importante avanço no ensino que valorize as tradições dos povos originários, no entanto, ainda há um longo caminho para percorrer até chegarmos ao objetivo da equidade racial na educação”,

comenta a gerente de Implementação do Itaú Social, Cláudia Sintoni.

A série de debates resultou na criação dos cursos ‘Jenipapos – Literatura de Autoria Indígena‘ e ‘Jenipapos – Redes de Saberes‘, oferecidos gratuitamente. Ambos despertaram o interesse de mais de 11 mil pessoas, sendo que mais da metade são professores.

“Procuramos dar um olhar de maior representatividade para as culturas indígenas, trazendo para o centro do debate os saberes e a pedagogia indígena, para que a gente veja que é possível fazer uma interlocução, criar uma ponte entre os diferentes saberes. Queremos mostrar que podemos sim, construir uma educação transformadora”, explica Daniel Munduruku, um dos participantes da série e escritor selecionado três vezes pelo prêmio Jabuti.

Todos os materiais da plataforma são fruto de pesquisas aplicadas e desenvolvidas entre 2020 e 2022 em escolas públicas de todas as regiões do país. A realização desses projetos pedagógicos contou com o apoio do Edital de Equidade Racial, do Itaú Social e Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades).

 
Os encontros também resultaram em uma publicação. Confira:

Leia a matéria em: https://portalamazonia.com/noticias/educacao/plataforma-oferece-cursos-e-materiais-gratuitos-que-valorizam-as-tradicoes-de-povos-indigenas

Sobre o Jenipapos:

https://polo.org.br/multiletramentos/formacao/278/jenipapos-redes-de-saberes

https://polo.org.br/multiletramentos/formacao/217/jenipapos-literatura-de-autoria-indigena

Puxando a Rede, saiba mais sobre a plataforma POLO, Itaú Cultural

https://www.itausocial.org.br/relatorio2020/pesquisa-e-desenvolvimento/polo/

https://polo.org.br

Polo, ambiente de formação do Itaú Social

 

Vídeo: Os últimos falantes da língua munduruku do Amazonas: os profetas da ancestralidade

Assista o documentário “Os últimos falantes da língua munduruku do Amazonas: os profetas da ancestralidade” realizado por Ytanajé Cardoso e postado em 29 de jul. de 2017. Entre os entrevistados aparece Ester Caldeira Cardoso, a última falante Munduruku do território, biblioteca ancestral,  que faleceu neste último 28 de julho de 23. “O povo Munduruku do Amazonas perde a última árvore de sabedoria da terra indígena Kwatá-Laranjal, mas que também deixou muitos frutos. Ytanajé é um deles.” Portal Coatá-Laranjal

“Esse breve documentário tem como objetivo apresentar o capital linguístico e discursivo dos últimos falantes da língua munduruku do Amazonas. Embora esse anciãos e anciãs tenham que nos deixar em algum momento – alguns inclusive já se foram – seus enunciados se eternizarão na história dos munduruku. Ester, Manduca, Cecília e José, a história sempre lembrará de vocês.”

Ytanajé Cardoso. Doutorado em Educação (2019-2023), pela Universidade Federal do Amazonas. Mestrado em Letras e Artes (2015-2017), pela Universidade do Estado do Amazonas. Graduação em Letras – Língua Portuguesa (2011-2014), pela Universidade do Estado do Amazonas. Possui experiência em Linguística, com ênfase na área de Línguas Indígenas, especificamente a língua munduruku. Também atua na linha da Etnolinguística e Análise de Discurso.

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Puxando a rede:

1. Leia a dissertação de mestrado de Ytanajé Cardoso

“OS ÚLTIMOS FALANTES DA LÍNGUA MUNDURUKU DO AMAZONAS: HABITUS, DIALOGISMO E INVENÇÃO CULTURAL NO CAMPO DISCURSIVO”

http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/1944

O objetivo geral deste trabalho é documentar o discurso dos últimos falantes da língua munduruku do Amazonas, e tem como orientação três objetivos específicos: o primeiro é evidenciar o dialogismo inscrito no discurso dos anciãos(ãs) por meio da análise do habitus; o segundo é demonstrar como o discurso dos últimos falantes da língua munduruku do Amazonas acaba por ser constituído em capital histórico e simbólico no campo político; e o terceiro é delinear a invenção cultural no campo discursivo enquanto estratégia de resistência dos munduruku no cenário etnolinguístico. O corpus é constituído de dez entrevistas, cujo conteúdo está circunscrito à língua e à história da língua munduruku. Os principais agentes da entrevista são os anciãos e anciãs, últimos falantes da língua munduruku do Amazonas.

 

2. Visite o canal Youtube de Ytanajé Cardoso

https://www.youtube.com/@Ytanaje

3. Educador indígena da rede estadual lança livro sobre a vida Munduruku

https://www.acritica.com/manaus/educador-indigena-da-rede-estadual-lanca-livro-sobre-a-vida-munduruku-1.70502

Encomende seu exemplar aqui e conheça a Livraria Maracá, uma livraria on-line especializada em literatura indígena produzida no Brasil. Nosso catálogo conta com obras de escritores de diferentes povos e regiões do país, que compartilham seus conhecimentos, tradições e histórias através da escrita. Desse modo, nosso desejo é de que os povos indígenas sejam respeitados e tenham suas culturas reconhecidas pelo grande valor que possuem.

O maracá, do tupi mbara’ká, é um objeto ritual, capaz de ligar os mundos físico e espiritual.

Visite a Livraria e conheça as publicações.

https://www.livrariamaraca.com.br/loja/

4. Mekukradjá : círculo de saberes

 

 

 

 

 

 

 

Projeto realizado por Itaú Cultural e parceria com programa Povos Indígenas no Brasil / ISA, Instituto Socioambiental

Mekukradjá é uma palavra de origem caiapó – etnia que ocupa o Mato Grosso e o Pará – e significa “sabedoria”, “transmissão de conhecimentos”. Com esse ideal em perspectiva, o evento Mekukradjá – círculo de saberes se firmou como um dos principais espaços de reflexão e troca a respeito dos múltiplos saberes dos povos originários. Desde 2016, ciclos de conversas, com diálogos traçados nos diversos campos das artes – como a literatura, o cinema e as artes visuais – e nas áreas dos direitos, do território e das questões sociais e econômicas, tematizaram a preservação da tradição, a demanda por políticas públicas e culturais, o papel da memória, identidade e linguagem, questões de gênero e política cultural, entre outros assuntos. Língua, terra, território.

https://www.itaucultural.org.br/sites/mekukradja/

5. Artigo A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INDÍGENA PARA A REVITALIZAÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS NO BRASIL, publicado em OLHARES SOBRE LÍNGUAS E LITERATURAS EM AMBIENTES MULTICULTURAIS, UNEMAT. Página 89

“O objetivo deste texto é discutir a importância da literatura indígena para o fortalecimento das políticas de revitalização linguística que vêm ocorrendo no Brasil. Apesar de recente nas discussões educacionais brasileiras, a literatura indígena está ganhando visibilidade, impulsionada por ações dos próprios escritores e escritoras indígenas. Esse movimento literário tem possibilitado um diálogo bastante promissor entre as vozes dos povos indígenas e as vozes dos povos não indígenas: um diálogo que pode se desdobrar em atitudes linguísticas positivas para os povos indígenas, os quais, durante séculos, tiveram sua cultura e sua língua estigmatizadas por uma percepção ocidental logocêntrica.”

Ytanajé Cardoso e sua avó Ester Cardoso

6. Luto por Ester Cardoso

https://oprimeiroportal.com/povos-originarios-em-luto-matriarca-mais-idosa-do-povo-munduruku-falece-em-borba-am/

 

Roda de Conversas – I Encontro do Grupo de Trabalho Nacional para a Década Internacional das Línguas Indígenas (DILI – 2022-2032)

 

 

Assista a primeira Roda de Conversas em que integrantes do GT Nacional e Convidados compartilham seus projetos e ideias para revitalização e retomada das línguas indígenas

 

 

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