Eventos Externos

III Congreso Internacional Lenguas Migraciones Culturas – CILMIC 2024

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“Subjetividades migrantes en un ‘mundo feroz’: debates relacionales sociolingüísticos y culturales en ambientes geofísicos y mediados”

En su tercera instancia, el Congreso Internacional de Lenguas Migraciones y
Culturas propone poner nuevamente el foco en el cruzamiento de fenómenos
sociolingüísticos y culturales que atraviesan y experimentan las subjetividades
migrantes. A partir de diferentes perspectivas y dentro de los márgenes de un
horizonte interdisciplinario, desde la construcción del congreso se pretende debatir
sobre los principales problemas conceptuales y metodológicos que conllevan los
estudios interseccionales que confrontan e interrogan a las interfaces de múltiples
sistemas de poder.
Las subjetividades migrantes como construcciones identitarias son un fenómeno
físico y social que implican tanto el cambio de posición de los cuerpos como el
legado de huellas en distintas trayectorias personales y comunitarias. La noción de
migración alude al desplazamiento, y a la concreción de los procesos de mudanza a
ámbitos transnacionales donde se entrecruzan diferentes lenguas, culturas y
experiencias. La metáfora de “mundo feroz”, tomada del libro de Gita Sen y Marina
Durano (2014), titulado “Refundando los contratos sociales: Feministas en un
mundo feroz” remite a un espacio de tránsito social y lingüístico convulsionado, a un lugar de fracciones políticas y fricciones culturales, a un territorio de promesas que
reordenan las dimensiones de la vida, los comportamientos y los deseos, y a un
ambiente físico o mediado virtualmente, pleno de incertidumbres y contradicciones.
Asimismo, es en este “mundo feroz” donde se erige el encuentro, el intercambio y la
reciprocidad.

El campo de estudio de los fenómenos sociolingüísticos y culturales abre un camino
interesante para explorar el mundo feroz en el que vivimos, y a través de diferentes
miradas interdisciplinarias e intersectoriales nos acerca el impacto que toca,
interpela y transforma a las subjetividades migrantes.

Acesse o programa aqui: Programa Publicado CILMIC 2024.docx

 


Saiba mais puxando a rede IPOL:

AMANHECER Feminista

. DAWN (Development Alternatives with Women for a New Era / Alternativas de Desenvolvimento com Mulheres para uma Nova Era)  é uma rede feminista transnacional de acadêmicas, pesquisadoras e ativistas do Sul global. A DAWN trabalha no âmbito do quadro de género, ecologia e justiça económica (GEEJ), que destaca as ligações entre estas três áreas de advocacia. A rede oferece um fórum para a defesa feminista, investigação e análise sobre questões sociais, políticas e económicas globais que afetam as mulheres, com foco nas mulheres pobres e marginalizadas do Sul global. Saiba mais sobre as atividades  da organização DAWN visitando sua página: https://www.dawnfeminist.org/about-us

 

. “Refundando los contratos sociales. Feministas en un mundo feroz”  O livro citado na apresentação do evento tem em sua introdução que “Este libro indaga, desde una perspectiva feminista del Sur, el potencial
que tiene un enfoque interrelacionado de los derechos humanos para confrontar y
transformar el mundo feroz en el que vivimos. El libro no pretende brindar fórmulas.
Es un esfuerzo por abrir debates en la búsqueda de la comprensión de los complejos
y difíciles dilemas existentes en terrenos políticamente tensos.”

acesse o link para ver o índice da publicação: http://biblio.trabajosocial.unlp.edu.ar/meran/opac-detail.pl?id1=14109

Acesse um resumo do livro aqui:

https://dawnnet.org/sites/default/files/articles/20160914_socialcontractsabridgedespbooklet.pdf


. Rosângela Morello, coordenadora do IPOL, participa do evento com a exposição “Saúde Multilíngue: tradução e interdição no atendimento à saúde” refletindo sobre necessidades urgentes que envolvem o uso das línguas e o sistema de saúde brasileiro, em especial nas regiões fronteiriças.

Dados do relatório consolidado do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra – 2023)
revelam tendência de crescimento dos processos migratórios internacionais e a consolidação do
eixo migratório do Sul Global em direção ao Brasil. Os dados disponibilizados mostram o aumento e a capilaridade dos imigrantes nas diferentes regiões do país, com um número estimado de 1,5 milhão de imigrantes entre 2011 e
2022, somando os de registros migratórios para solicitantes de refúgio e refugiados. Tal situação
geopolítica têm impacto direto nos repertórios e nas práticas linguísticas locais, bem como
produzem tensões, hierarquias e desigualdades em diversos setores da sociedade, como é o caso
do atendimento à saúde. Acrescenta-se a esse cenário, a diversidade das comunidades indígenas,
das populações transfronteiriças e das comunidades surdas que vivem e se deslocam no território
nacional.
Leia mais sobre a proposta de curso desenvolvida em parceria entre o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Políticas Linguísticas (IPOL), o Grupo de Estudos em Linguagem e Transculturalidade (GELT/CNPq/UFGD), a Cátedra UNESCO de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. Confira o link: http://ipol.org.br/linguas-e-politicas-linguisticas-no-atendimento-a-saude-um-curso-para-compartilhar-desafios-e-solucoes/


. Leia entrevista com Gita Sen sobre o “mundo feroz”:

https://dialogosdelsur.operamundi.uol.com.br/mundo/56945/gita-sen-define-este-mundo-feroz

Jornada de Estudos da Linguagem – 10ª Edição

.

X JEL: Perspectivas, Metodologias e Desafios

Em 2024, com o tema Perspectivas, Metodologias e Desafios, volta à cena a Jornada de Estudos da Linguagem (JEL), organizada pela especialidade Linguística do Programa de Pós-Graduação em Letras – UERJ, em sua 10ª edição, na modalidade plenamente presencial. O evento acontecerá no campus do Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 12 de abril de 2024.

Durante a JEL, os participantes terão a oportunidade de assistir a palestras proferidas por renomados profissionais da área, que trarão consigo décadas de experiência e conhecimento acumulado. As palestras abordarão temas como a evolução da linguagem, a análise do discurso, as questões de gênero no âmbito linguístico, entre outros assuntos relevantes e instigantes para a comunidade acadêmica.

As inscrições para a Jornada de Estudos da Linguagem – 10ª Edição ocorrerão exclusivamente através da plataforma da Even3. Nessa página, os interessados encontrarão todas as informações necessárias para se inscreverem e garantirem sua participação nesse evento imperdível.

Garanta a sua participação agora mesmo e esteja preparado para explorar as fronteiras da linguística e se conectar com outros apaixonados por essa área fascinante. A Jornada de Estudos da Linguagem – 10ª Edição espera por você!

Programação:

Comissão Organizadora:
Fernanda Cavalcanti (coordenadora)

Ceres Carneiro

Décio Rocha

Marina Augusto

Roberta Stanke

Comissão Técnica: Ana Carolina Carlos

Camila Almeida Bruno Martins Gabriel Marques

Gabriel Ourique Gleise Barbosa

Janir Rodrigues da Silva Julia Campos Laura M. J. Brito Costa Letícia Coelho Letícia Veloso Lívia Carvalho Luiza Coelho

Maria Clara Abend Roberto Aguiar

 

 

 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil

Para sua inscrição, visite: https://www.even3.com.br/jel10/


Saiba mais puxando a rede:

. visite o facebook do Instituto de Letras / UERJ : https://www.facebook.com/ileuerjoficial/?locale=pt_BR

 

1º filme na Amazônia estreia mais de 100 anos após sua produção

“Santo Graal do cinema mudo brasileiro” –  Documentário de 1918 sobre a Amazônia é resgatado

(Imagem: Arquivo Národní filmovì)

Publicado em OLHAR DIGITAL por Pedro Borges Spadoni
Considerado o “Santo Graal do cinema mudo brasileiro”, filme roubado de seu diretor logo após ter sido produzido foi encontrado no início deste ano, quase um século depois, em arquivo checo. (The Guardian)

 

 

O pioneiro cineasta da Amazônia, Silvino Santos. Foto : Reprodução/CineSet

O filme traz imagens deslumbrantes do rio Amazonas, das cidades de Belém e Manaus, e do povo Huitoto

 

O renomado Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, é palco da estreia mundial do filmeAmazonas, O Maior Rio do Mundo” nesta terça-feira (10). Esta obra, considerada um tesouro perdido, foi redescoberta na Cinemateca de Praga.

Para quem tem pressa:

  • O Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, é palco da estreia mundial do filme “Amazonas, O Maior Rio do Mundo”, redescoberto na Cinemateca de Praga;
  • O filme de 1918 é aclamado por ser o primeiro longa-metragem filmado na Amazônia, destacando sua riqueza natural e recursos;
  • Os curadores do arquivo Národní filmovì enviaram o link de um filme catalogado como “Maravilhas da Amazônia”, mas o diretor do festival suspeitou que era mais antigo;
  • A equipe concluiu que se tratava da obra de Silvino Santos, um pioneiro do cinema brasileiro;
  • O filme traz imagens deslumbrantes do rio Amazonas, das cidades de Belém e Manaus, e do povo Huitoto.

O filme, datado de 1918, é aclamado por ser o primeiro longa-metragem filmado na Amazônia. Já naquela época, destacava a exuberante riqueza natural e os recursos desta área colossal, que abrange quase sete milhões de quilômetros quadrados. As informações são do jornal The Guardian.

Além da estreia na Itália, o filme será apresentado no Ji.hlava International Documentary Film Festival, na República Checa, e posteriormente no Brasil.

Saga do 1º filme sobre a Amazônia

(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

A descoberta foi possível graças ao trabalho dos curadores do arquivo Národní filmovì. Após uma visita ao local, enviaram ao diretor do festival, Jay Weissberg, o link para o filme catalogado como “Maravilhas da Amazônia”, uma produção estadunidense de 1925.

Ao iniciar a exibição, Weissberg teve a impressão que o filme era mais antigo – e, portanto, não poderia ser a produção dos EUA mencionada. Após uma minuciosa pesquisa, a equipe suspeitou que se tratava da obra de Silvino Santos.

O negativo original tinha sido furtado pelo sócio do diretor, que o levou para a Europa. Este, sem o conhecimento de Santos, reivindicou a autoria do documentário e alterou seu título.

Em segredo, estabeleceu acordos para a comercialização do filme no continente europeu, onde foi exibido a partir de 1921. Em 1925, chegou também à Checoslováquia – mas estava desaparecido desde 1931.

Silvino Santos, um português que se estabeleceu no Brasil em sua juventude, foi um dos pioneiros do cinema brasileiro. Após contato com Weissberg, o pesquisador Sávio Stoco, de Belém, especialista no cineasta, confirmou que o filme era, de fato, a tão procurada relíquia perdida.

“Amazonas, O Maior Rio do Mundo” traz aos espectadores imagens deslumbrantes do rio, das cidades de Belém e Manaus e do povo Huitoto.

Leia diretamente na fonte: https://olhardigital.com.br/2023/10/10/cinema-e-streaming/1o-filme-na-amazonia-estreia-mais-de-100-anos-apos-sua-producao/

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Saiba mais Puxando a Rede IPOL 

. Quem foi Silvino Santos?

https://portalamazonia.com/historias-da-amazonia/silvino-santos-o-cineasta-da-selva-1

O pioneiro cineasta da Amazônia, Silvino Santos. Foto : Reprodução/CineSet.

. Leia matérias na Cineset!

https://www.cineset.com.br/silvino-santos-um-olhar-pioneiro-sobre-a-amazonia/

https://www.cineset.com.br/manuscrito-historico-de-silvino-santos-aguarda-publicacao-na-ufam/

 

. Leia a publicação premiada como melhor ensaio sobre cinema e que foi consultada para confirma a origem do filme encontrada em Praga

O CINEMA DE SILVINO SANTOS (1918-1922) E A REPRESENTAÇÃO AMAZÔNICA: HISTÓRIA, ARTE E SOCIEDADE, de Sávio Luís Stocco

Resumo

Essa tese investiga a representação da região amazônica nos filmes longas-metragens documentais do cineasta luso-brasileiro Silvino San- tos Amazonas, maior rio do mundo (1918-1920) e No paiz das Amazonas (1921/1922), considerando sua dimensão históricae estética. Busca-se discutir as particularidades apreendidas em cada um deles por meio da análise fílmica e à luz da história e das tradições discursivas sobre a região enfocada. As análises empreendidas procuraram demonstrar o multifa- cetado trânsito de referências históricas e culturais que se encontram na origem da criação cinematográficade Silvino Santos e das elites locais com os quais se relacionou. Foram utilizados elementos diversos, oriundos de relatóriosoficiais,críticasde jornais, livros,fotografias,pinturas,cartões postais que corroboram diversas estratégias de filmagens, sejam elas “do- cumentais”, ficionalizantes, encenadas etc.. Buscou-se dar a ver o trânsito complexo de raízes, procedimentos e efeitos reconhecidos nos objetos tra- tados. Bem como buscou-se atentar para a relação dos discursos fílmicos como contextocolonialistavigentenocinemaditosilencioso.Opercurso dapesquisa apresentatambémumestudopanorâmicosobreasprincipais produções discursivas, sobretudo visuais, que remontam ao final do século XIX, auge da economia da borracha e período da implementação da pro- paganda moderna financiada e demandada pelas elites governamentais e comerciais do Amazonas. Considerações da Nova História do Cinema, História Cultural e História Social da Arte foram tomadas como referen- ciais teóricos.

https://concultura.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2023/03/O-Cinema-de-Silvino-Santos-1918-1922.pdf

Leia também sobre o cônsul Roger Casement na tese

. ROGER CASEMENT NA AMAZÔNIA – EXPLORAÇÃO, VIOLÊNCIA E GENOCÍDIO NO INTERFLÚVIO DA TRÍPLICE FRONTEIRA, de FREDDY ORLANDO ESPINOZA CARDENAS para a Universidade Federal do Amazonas em 2022

https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/9444/8/Tese_FreddyEspinozaCardenas_PPGSCA.pdf

 

. The Guardian : Lost ‘holy grail’ film of life in Brazil’s Amazon 100 years ago resurfaces

Documentary from 1918 that has been hailed as a classic emerges from depths of Czech archive

https://www.theguardian.com/world/2023/oct/07/lost-holy-grail-film-of-life-in-brazil-amazon-100-years-ago-resurfaces

https://www.youtube.com/watch?v=UrCJJ_z51MI

 

 

Algo sobre esta etnia, Huitoto: https://www.jcam.com.br/noticias/mascaras-resgatam-cultura-witoto/

Registro Nacional de Lenguas Indígenas u Originarias – Tomo I – Lenguas Andinas (Lançamento)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LESLIE CAROL URTEAGA PEÑA, Ministra de Cultura do Peru faz a apresentação do REGISTRO NACIONAL DE LENGUAS INDÍGENAS U ORIGINARIAS – RENALIO, publicado neste outubro de 2023.

“O Ministério da Cultura, através do Vice-Ministério da Interculturalidade, na sua qualidade de órgão dirigente em matéria de cultura, é responsável por garantir o cumprimento dos direitos linguísticos nas suas dimensões individuais e colectivas. Nesse sentido, elaborou este documento denominado Cadastro Nacional de Línguas Indígenas ou Nativas – RENALIO. Tem como objetivo fornecer e divulgar informações demográficas e sociolinguísticas sobre áreas geográficas de uso, predominância e status oficial, bem como informações bibliográficas sobre as atuais e extintas línguas indígenas ou nativas do país. Esta publicação é composta por dois volumes: o primeiro refere-se às línguas indígenas ou nativas andinas, e o segundo, às línguas indígenas ou nativas da Amazônia.

O RENALIO é um instrumento técnico que contém a lista oficial das línguas indígenas ou nativas do país incluídas no Mapa Etnolinguístico do Peru. Desta forma, é a primeira base de informação sobre as línguas indígenas ou nativas do país dirigida tanto às entidades da administração pública como aos cidadãos em geral, com o objetivo de se estabelecer como ponto de partida para conhecer mais sobre a nossa grande diversidade linguística e os contextos em que se desenvolve. Por exemplo, nos departamentos de Apurímac, Puno, Huancavelica, Ayacucho e Cusco, mais de 50% da população aprendeu o quíchua como língua materna, o que o torna a língua indígena ou nativa predominante nestas áreas. Por sua vez, Lima é atualmente um dos departamentos com maior número de falantes de línguas indígenas ou nativas, enquanto Loreto é o departamento com maior número de línguas indígenas ou nativas historicamente faladas por sua população, com mais de 30 línguas. presente em seu território.

O Volume I – Línguas andinas indígenas ou nativas inclui informações sobre as línguas indígenas andinas vitais, ameaçadas e críticas, bem como sobre aquelas que estão extintas. Desta forma, quem mergulhar no mundo andino e nas línguas faladas pelos nossos antepassados ​​encontrará informações específicas sobre os nomes das línguas, a família linguística a que pertencem, o seu estado de vitalidade, a sua presença histórica e informações demográficas, bem como aquelas áreas em que o idioma é predominante. Por fim, você também encontrará informações bibliográficas básicas que o encaminharão para trabalhos de autores e pesquisadores que, interessados ​​em cada uma dessas línguas, desenvolveram importantes estudos que nos permitem conhecer mais sobre nossas línguas indígenas ou nativas, seus falantes, e o conhecimento e a sabedoria compreendidos em cada um dos seus contextos culturais no nosso país.
Por fim, é importante destacar que esta publicação compreende um primeiro passo para a construção de um importante registro de informações sobre línguas indígenas ou nativas, para que, a partir de agora, informações valiosas sobre nossas línguas possam continuar a ser incorporadas. ​​e, portanto, sobre a nossa identidade nacional.”

Conheça mais sobre as línguas originárias do Peru visitando a página do Ministério da Cultura, CRI – Centro de Recursos Interculturales: https://centroderecursos.cultura.pe/es

 

Mali abandona o francês como língua oficial do país

Com a nova Constituição, o Mali abandona o francês, que é a língua oficial do país desde 1960, de acordo com a nova Carta Magna, promulgada no dia 22 de Julho, passando a ser relegada à língua de trabalho.

Sob a nova Constituição, aprovada de forma esmagadora com 96,91% dos votos, no referendo de 18 de Junho, o francês não é mais a língua oficial do país. Embora o francês seja a língua de trabalho, outras 13 línguas nacionais faladas no país vão receber o estatuto de língua oficial.

O Mali, que tem cerca de 70 línguas locais faladas no país, incluindo Bambara, Bobo, Dogon e Minianka, algumas delas receberam o estatuto de língua nacional por  um decreto de 1982.

Para o académico Boubacar Bocoum, “a língua francesa não foi uma língua escolhida. Antes de tudo, foi uma língua colonial que se impôs, depois, quando o colonizador saiu nos anos 1960, eles nos deixaram essa língua e a administração francesa, o que significa que todo o modo de governar foi modelado precisamente no protótipo da pobre governança colonial”. Recorde-se que o líder da junta do Mali, coronel Assimi Goita, colocou em vigor a nova Constituição do país, marcando o início da Quarta República naquela nação da África Ocidental.

De acordo com a Presidência, os militares do Mali, desde que assumiram o poder e através de um golpe em Agosto de 2020, sustentaram que a Constituição seria fundamental para a reconstrução do país. O Mali testemunhou dois golpes subsequentes nos últimos anos, um em Agosto de 2020 e outro em Maio de 2021. A Junta Militar tinha prometido realizar eleições em Fevereiro de 2022, mas depois as marcou para Fevereiro de 2024. A decisão do Mali de abandonar o francês ocorre num momento de crescentes sentimentos anti-França na África Ocidental, devido à percepção de interferência militar e política.

Leia a matéria na fonte:

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/mali-abandona-o-frances-como-lingua-oficial-do-pais/#:~:text=Sob%20a%20nova%20Constituição%2C%20aprovada,o%20estatuto%20de%20l%C3%ADngua%20oficial

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Saiba mais puxando a rede:

A nova constituição Mali

https://sgg-mali.ml/JO/2023/mali-jo-2023-13-sp-2.pdf

Article 31 : Les langues nationales sont les langues officielles du Mali.
Une loi organique détermine les conditions et les modalités de leur emploi.
Le français est la langue de travail.
L’Etat peut adopter toute autre langue comme langue de travail.
Article 32 : La laïcité ne s’oppose pas à la religion et aux croyances. Elle a pour objectif de promouvoir et de conforter le vivre-ensemble fondé sur la tolérance, le dialogue et la compréhension mutuelle.
L’Etat garantit le respect de toutes les religions, des croyances, la liberté de conscience et le libre exercice des cultes dans le respect de la loi.

 

 

http://news.abamako.com/h/281201.html

https://www.okayafrica.com/mali-replaces-french-as-official-language/

https://www.africanews.com/2023/07/26/mali-drops-french-as-official-language//

 

 

 

O Rei dos Bamum visitou o museu etnológico de Berlim e reencontrou o trono real que pertencia ao seu bisavô

 

No dia 12 de junho de 2023, Nabil Mbombo Njoya,  rei sultão do povo Bamum (Camarões),  visitou o Museu Etnológico de Berlim (HUMBOLDT) e do evento foi postado um vídeo que viralizou nas redes sociais repercutindo o fato de que nessa visita ele sentou-se no trono que pertenceu ao seu bisavô Ibrahim Njoya e que foi levado de Camarões por colonizadores alemães no início do século XX. O trono é descrito pelo museu como “o auge da arte do povo bamum do final do século 19”.

O trono que está em museu de Berlim/ Crédito: Wikimedia Commons

Rei Nabil MBOMBO NJOYA em visita ao Museu Etnológico de Berlim (HUMBOLDT) (foto copiada do site. https://www.ambacam.de)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia as matérias:

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/em-museu-rei-do-povo-bamum-de-camaroes-senta-em-trono-roubado-pelos-alemaes.phtml

Leia a matéria da embaixada de Camarões https://www.ambacam.de/en/2023/06/12/his-majesty-mouhammad-nabil-mforifoum-mbombo-njoya/

Fotografia entregue por Friedrich Lutz, maio de 1906

Rei Ibrahim Njoya de Bamum em pé ao lado do trono de seu pai fora do Antigo Palácio de Foumban, Bamum, Camarões

 

 

___________

Segundo a revista National Geographic, quando os alemães ocuparam a África nos anos de 1884 a 1916, eles deram a sugestão para que o Rei Ibrahim enviasse uma réplica do trono Mandu Yenu para o Kaiser Guilherme II como um presente de aniversário. Naquela ocasião, Njoya aceitou a proposta sugerida. Porém, a réplica não ficou pronta no período estipulado para a celebração, e assim os alemães obrigaram o bisavô de Nabil entregar a peça original.

 

 

 

 

A visita de rei Nabil Mbombo Njoya aconteceu alguns dias após a realização do colóquio internacional “PATRIMÔNIO CULTURAL DOS CAMARÕES NA ALEMANHA: CONHECIMENTO E PERSPECTIVAS” onde durante três dias investigadores e público de vários países e origens discutiram e trocaram opiniões sobre temas tão diversos como “a reconstrução de fatos históricos”, permitindo reconstituir o percurso muitas vezes violento de “entidades” culturais dos Camarões à Alemanha , a “restituição do saber”, tratando da escolha, muitas vezes difícil, das palavras e linguagens usadas (ou a serem usadas) para transmitir a história das expropriações e a perspectiva dos expropriados, e mesmo “reconectar com o patrimônio cultural”. No evento foi ainda lançado a obra coletiva Atlas de l’absence – Le patrimoine culturel camerounais en Allemagne, um produto do projeto de pesquisa Reverse Collection Stories que explora as formas e consequências da realocação de bens culturais da ex-colônia para a Alemanha.

Após 20 anos de idealização, o Fórum Humboldt da Alemanha abre suas portas digitalmente nesta semana — e pretende abrir fisicamente no segundo trimestre de 2021 — com exibição de milhares de artefatos da África, Ásia e outras regiões. O Museu Etnológico de Berlim, cuja coleção será transferida em grande parte para o Fórum Humboldt, detém atualmente cerca de 530 bronzes e outros artefatos de Benin — a segunda maior coleção do mundo depois do Museu Britânico. Metade da coleção de Benin ficará exposta no Fórum Humboldt.

 

Veja mais sobre a questão museológica e a apropriação de objetos de culturas africanas:

https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2021/01/na-alemanha-novo-museu-reacende-uma-polemica-colonial

https://www.nationalgeographic.com/magazine/article/museums-stolen-treasure-feature

https://www.tu.berlin/en/kuk/research/projects/current-research-projects/umgekehrte-sammlungsgeschichten-mapping-kamerun-in-deutschen-museen

 

 

 

 

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