Bruxelas: uma Babel de idiomas e culturas

Um em cada três habitantes tem nacionalidade estrangeira.Letícia Fonseca-Sourander
Bruxelas é a segunda cidade mais cosmopolita do mundo. Ao andar pelas ruas da capital deste pequeno reino, é possível em algum momento, ouvir um dos 108 idiomas falados na cidade. Pode parecer devaneio, mas não é. Além dos belgas, Bruxelas abriga moradores de nada menos que 163 nacionalidades.
Letícia Fonseca-Sourander, correspondentes da RFI em Bruxelas
Uma típica cena cotidiana pode ilustrar bem esta Babel de idiomas e culturas. Ao entrar em uma pequena loja de conveniência, Sultana, nascida em Bangladesh mas que mora e trabalha com a família em Bruxelas, aceita ser entrevistada. Depois das perguntas e respostas, aproveito para comprar mandioca. Surpresa, pergunto se é comum comer mandioca em Bangladesh. “Não”, ela responde, “é para os africanos comprarem”. Realmente, o mundo cabe dentro de uma lojinha em Bruxelas. Continue lendo
Diversidade linguística do Brasil na Festa Literária Internacional do Ipojuca

Alexandre Santos, coordenador da FlipoFoto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
Medalhista na Olimpíada Internacional de Linguística, carioca de 15 anos fala quatro idiomas e aprende outros quatro

João Henrique acumula 13 medalhas olímpicas Foto: Arquivo pessoal
Aos 15 anos, o carioca João Henrique Fontes já acumula 13 medalhas olímpicas. Mas as provas que ele venceu não exigiram esforço físico. Foram, isso sim, verdadeiras maratonas de raciocínio. A última delas foi disputada há 20 dias, na República Tcheca. Um dos oito representantes do Brasil na Olimpíada Internacional de Linguística, o jovem voltou para casa com a medalha de prata.
A vitória é resultado de anos de estudo, motivados por um interesse nato por idiomas. João começou a ler precocemente, aos 3 anos, e desde então foi incentivado pelo pai a estudar japonês. Com o tempo, tomou gosto pela coisa. Hoje, o adolescente fala, escreve e entende bem quatro línguas: inglês, francês, alemão e japonês. E já está aprendendo outras quatro: espanhol, italiano, mandarim e russo.
— Sempre gostei de aprender línguas. Meu pai me apresentou o japonês. O francês era ensinado na minha primeira escola. Comecei a estudar alemão pela internet, e fiz curso de inglês desde pequeno. Hoje, aprendo muito sozinho, assistindo a vídeos ou comprando bons livros — diz João.
O adolescente, que mora na Tijuca e cursa o 2º ano do ensino médio no Colégio Militar, também tem aulas particulares em casa: às terças, de mandarim, às quintas, de japonês, e às sextas, de francês. Ainda faz natação e estuda piano. Continue lendo
Idioma Iorubá é oficialmente patrimônio imaterial do Rio
Projeto de Lei evidencia a importância da preservação dos vestígios imateriais das presenças negras africanas no Brasil

Rio – O idioma Iorubá, praticado nas religiões afro-brasileiras, agora é patrimônio imaterial do Estado do Rio. O Projeto de Lei, que foi aprovado na Assembleia Legislativa (Alerj), evidencia a importância da preservação dos vestígios imateriais das presenças negras africanas no Brasil. Continue lendo
Encontro do Inventário e de Falantes do Hunsruckisch com lançamento de documentário
O Projeto Inventário do Hunsrückisch como Língua Brasileira de Imigração (IHLBrI) é uma parceria entre o IPOL (Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística – http://e-ipol.org/) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Projeto ALMA-H (UFRGS/ALMA) (https://www.ufrgs.br/projalma/ihlbri-inventario-do-hunsruckisch/). O projeto conta com o apoio do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Ministério da Cultura e seu objetivo é conhecer a situação da língua no Brasil e reconhece-la como Referência Cultural Brasileira.
Entre as ações previstas no Projeto, está a realização de Encontros Regionais do Inventário do Hunsrückisch juntamente com Encontros de Falantes de Hunsrückisch, sendo um em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul. Continue lendo
O Esperanto em congresso mundial pela primeira vez em Portugal
Por Miguel Faria Bastos
Ainda à espera do reconhecimento como Património Imaterial da Humanidade, o Esperanto tem proteção especial, económica ou académica em vários países.
Será alto patrono do congresso o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes. A Comissão de Honra é constituída por 13 figuras de primeiro plano nacional, entre as quais o ex-Presidente da República, general Ramalho Eanes, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Fernando Medina, do mundo das cátedras, chefia das Forças Armadas, Provedoria de Justiça, magistratura judicial do Supremo, carreira diplomática, artes plásticas, letras, difusão do português, jornalismo, vida desportiva. Continue lendo


