Diversidade dos idiomas falados pelos indígenas é tema de uma exposição em São Paulo

Os idiomas indígenas, que estão entre as quase 200 línguas que o Brasil tem, ganharam uma exposição dentro do Museu da Língua Portuguesa.

Assista o vídeo… https://globoplay.globo.com/v/11299138/

 

A diversidade de idiomas falados pelos indígenas é tema de uma exposição no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

O Brasil não fala uma língua só. Além do português, tem outras quase 200: bororo, que é diferente de aruaque, que também não é igual a mura. São as línguas dos povos da floresta. Os idiomas indígenas que sobreviveram ao tempo como árvores de tronco forte e que ganharam uma exposição dentro do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. “Nhe porã”, algo como “belas palavras” em guarani-mibyá.

“O português que a gente fala no Brasil é uma variante, não é o mesmo português, por exemplo, que é falado em Portugal e em outros países. Ele é uma variante em função da interferências das línguas originárias, das línguas indígenas e de línguas de africanos que foram escravizados e trazidos para cá”, explica Marília Bonas, diretora técnica do Museu da Língua Portuguesa.

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/20/diversidade-dos-idiomas-falados-pelos-indigenas-e-tema-de-uma-exposicao-em-sao-paulo.ghtml

 

Dia Nacional da Consciência Indígena

O Dia Nacional da Consciência Indígena é celebrado desde 20 de janeiro de 2013 e relembra a morte do cacique Aimberê (15? – 1567), considerado uma grande liderança da Confederação dos Tamoios ou Guerra dos Tamoios, ocorrida entre 1554 e 1567, no sul fluminense e no litoral norte do estado de São Paulo – um combate dos povos originários contra a colonização dos portugueses no Brasil. Em 20 de janeiro de 1567, aconteceu a Batalha de Uruçumirim, na atual região das praias do Flamengo e da Glória, que arrasou o reduto dos tamoios no Rio de Janeiro.

Visite o link do IMS (Instituto Moreira Salles)

https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=31221

 

Lenovo lança computadores que permitem o uso de línguas indígenas brasileiras chegam ao mercado

Por Vivian Souza, g1

A Lenovo anunciou que começou a vender os primeiros notebooks com duas opções de idiomas indígenas falados no Brasil, o Kaingang e o Nheengatu.

Segundo a empresa, os modelos começaram a ser comercializados no final do ano passado e fazem parte das linhas IdeaPad e Yoga, usando o sistema operacional Lux.

Na terça-feira (17), notebooks da linha IdeaPad foram encontrados disponíveis para compra a partir de R$ 1.847,99 e da linha Yoga a partir de R$ 4.499,99, na loja oficial da empresa.

A iniciativa faz parte do projeto de Revitalização de Línguas Indígenas Ameaçadas de Extinção, lançado pela Motorola, empresa de mobilidade do Grupo Lenovo, que, em 2021, incluiu os dois idiomas em modelos de smartphones com Android 11.

A empresa disse que espera em breve disponibilizar outros idiomas, como o Cherokee, falado por nativos da América do Norte, que foi incluído nos smartphones da Motorola em 2022.

Além da inciativa da Motorola e da Lenovo, existem alguns teclados virtuais que podem ser baixados contendo caracteres de idiomas indígenas. Confira ao final da reportagem.

Uma língua indígena pode desaparecer a cada duas semanas, o que resultaria na extinção de aproximadamente 3 mil idiomas até o final do século, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Para evitar que isso continue acontecendo, as línguas indígenas têm que ampliar o seus espaços e o uso delas de forma escrita, afirma o doutor em linguística e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Wilmar D’Angelis, que auxiliou o projeto.

O professor explica por que esses dois idiomas foram escolhidos:

  • O Kaingang é a terceira língua indígena mais falada no Brasil, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • O Guarani, idioma mais falado, foi descartado por contar com diferentes ortografias e dialetos conforme as regiões do Brasil, sendo mais difícil fazer um teclado universal.
  • O Nheengatu, apesar de não ser uma das línguas mais faladas, é considerado o idioma oficial da Amazônia, pois foi introduzido pelos colonizadores e jesuítas no século 19, que estavam acompanhados do povo Tupinambá. Ao longo dos anos, muitas comunidades indígenas foram substituindo seus idiomas pelo Nheengatu.

Na geografia, a fluência desses dois idiomas está divido da seguinte maneira:

  • Kaingang: é falado por mais de 30 mil pessoas distribuídas nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e região oeste do estado de São Paulo;
  • Nheengatu: é falado por cerca de 14 mil pessoas na região amazônica brasileira, colombiana e venezuelana.

Improviso nos aplicativos de conversa

Sem teclados oficiais nos idiomas indígenas, os jovens, principalmente, têm que improvisar na hora de conversar pelos aplicativos de mensagens: ou aderem ao português, ou enviam áudios, ou tentam substituir os seus caracteres.

No caso do Nheengatu, por exemplo, a grafia inclui um “~” acima da letra “Y”, na falta dessa possibilidade, as pessoas têm usado o trema, ficando assim: “ÿ”, comenta D’Angelis.

Sem a possibilidade de se manterem atualizadas, essas línguas vão sofrendo alterações.

Um dos motivos de correrem risco de extinção, como todos os idiomas indígenas, éessa pressão por falar a língua portuguesa.

Além do uso na internet, há a exigência de se saber o idioma para arranjar um emprego, ele é o principal ensinado, inclusive, em escolas indígenas e também para qualquer comunicação fora da aldeia, explica o professor.

Teclados digitais indígenas

Além da inciativa da Motorola e da Lenovo, existem alguns teclados virtuais que podem ser baixados contendo caracteres de idiomas indígenas, o próprio professor D’Angelis já desenvolveu um, que incluía também uma enciclopédia de verbetes.

Os idealizadores do “Linklado” são os estudantes Samuel Benzecry, da Universidade de Stanford (EUA), e Juliano Portela, que cursa o ensino médio em Manaus. Juntos, eles desenharam o layout e desenvolveram o protótipo do teclado digital para o Windows e android.

ONU divulgará material de jornalistas de países menos avançados em português

Propostas devem ser submetidas até 15 de janeiro; textos, fotos, vídeos e material de rádio devem refletir prioridades do Programa de Ação de Doha; conteúdo deve ser produzido em português e outras oito línguas.

Na preparação da 5ª Conferência da ONU sobre os Países Menos Desenvolvidos, conhecidos por PMDs, a organização do evento convida jornalistas do grupo de economias a produzir material para várias plataformas, que será divulgado em todo o mundo.

Os autores não serão renumerados pela publicação de seus trabalhos, que devem ser submetidos até este 15 de janeiro. Depois da seleção das participações, estas poderão ser publicadas nas páginas da ONU News.

Seis áreas prioritárias

As propostas de conteúdos devem ser submetidas em formato de word devendo ter entre 600 e 800 palavras, destacando uma ou mais das seis áreas prioritárias do Programa de Ação de Doha.

Os tópicos envolvem investimento em pessoas, erradicação da pobreza e capacitação, aproveitamento do poder da ciência, tecnologia e inovação além do apoio à transformação estrutural como máquina da prosperidade.

Questões como reforço do comércio internacional e integração regional,  ação climática, Covid-19 e construção da resiliência, além da mobilização de parcerias internacionais para uma graduação sustentável.

Idiomas e formatos

As reportagens devem ter interesse humano, comunicar a importância das prioridades do Programa de Ação aos habitantes dos PMAs, fazendo alusão à conferência da ONU a ser realizada no Catar entre 5 de março e 9 de março.

O conteúdo deve ser escrito em árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol, além de português, kiswahili e hindi, que são línguas usadas na ONU News, até meados deste mês ao e-mail  sass@un.org.

A iniciativa acolherá matérias com conteúdo fotográfico com identidade do autor, legenda, data e local em que o material foi gerado.

Além de textos também serão consideradas reportagens em formato de vídeo, material de rádio e fotojornalismo.

Saiba mais em https://news.un.org/pt/story/2023/01/1807742

Publicado no site da ONU em 08/01/2022

 

v. 3 n. 1 (2023): Cenas das vidas culturais indígena, afro-brasileira, africana e timorense em tempos contemporâneos

Confira o novo número da Revista!

 

Nos tempos contemporâneos, a vida tem se tornado cada vez mais complexa. As cenas culturais dos povos que vivem nas Américas, na África e na Ásia têm refletido lidas sociopolíticas bastante conflituosas e reconfigurações nas relações entre esses povos. Por meio dessas lidas, os povos estão recompondo suas autonomias etnoculturais, suas percepções de gênero, orientação sexual, e o valor da liberdade religiosa. Eles também estão redefinindo seus comportamentos em relação ao meio ambiente, segurança alimentar, mudanças climáticas, democracia, cidadania, expondo questões urgentes como preconceitos, discriminações e intolerâncias frente às diferenças socioculturais; além de promover repensares sobre a relação entre diversidade e desigualdade que persistem em existir entre os povos. Neste sentido, é relevante aprofundar o debate sobre processos históricos globais atuais tecendo (re)composições das cenas da vida cultural contemporânea. Esses aspectos, carregados de significações e sensibilidades, ensejam olhares interdisciplinares e possibilitam a pesquisadores e estudiosos de diferentes áreas do conhecimento, de origens etnoculturais e sociais diversas a dialogar sobre cenas da vida cultural indígena, africana e timorense em tempos contemporâneos. O presente “Dossiê Especial 2022” almeja fornecer um quadro das abordagens, tendências e articulações metodológicas, históricas, epistemológicas, estéticas, hermenêuticas e áreas afins, que permita a composição de um cenário transdisciplinar e ajude o leitor a apreender o universo contemporâneo dos povos das Américas, da África e da Ásia.

Organização do dossiê: Prof.  Dr. Itamar Rodrigues Paulino (UFOPA), Prof. Dra. Salome Nyambura (Kenyatta University), Prof. Dr. Augusto da Silva Júnior (UnB).

Chamada para publicação – Revista Scripta (PUC Minas) – vol. 27, nº 60

Os estudos sobre bi e multilinguismo, ao longo dos anos, vêm ganhando um espaço privilegiado nas discussões sobre a aquisição de línguas, o papel da língua materna e o uso de línguas em diversos contextos interacionais, inclusive no contexto do ensino e da aprendizagem de línguas, apontando perspectivas diversas para apreender e estudar esses fenômenos. Isso implica também perceber e considerar influências do nosso posicionamento geopolítico e de nossas interações com a própria língua oficial, com as demais línguas e com os povos e países. Este dossiê temático da Revista Scripta (PUC Minas) se propõe a reunir trabalhos voltados para as práticas discursivas e/ou práticas de ensino e aprendizagem de línguas, em contextos bilíngues e/ou multilíngues (com línguas primeiras e segundas, línguas minoritárias/minorizadas locais, nacionais, estrangeiras, de imigração; línguas especializadas, entre outras). Os autores poderão optar por um dos dois eixos de reflexões: 1. Ensino e aprendizagem de línguas (primeira e adicionais) e práticas de formação docente. Experiências e práticas com bilinguismo e multilinguismo; 2. Práticas de letramento, políticas multilíngues e relações interculturais.

 

Organizadores:

Maria Angela Paulino Teixeira Lopes (PUC Minas)

Eulália Leurquin (UFC)

Joaquim Dolz (Universidade de Genebra)

 

Informações importantes:

1) Para acessar a revista: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta

2) Normas para submissão:

http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/about/submissions

3) Período de submissão:  03/01/2023 a 30/04/2023, pelo sistema eletrônico de editoração de periódicos: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta.

4) O texto deve ser submetido nas seções artigo, resenha ou entrevista, conforme o caso. Inserir mensagem ao editor: texto enviado para a revista vol. 27 no. 60.

5)     Idiomas: português, espanhol, francês, inglês e italiano.

6)     Previsão de publicação: Agosto de 2023.

Logo do cabeçalho da página

IPOL Pesquisa

Receba o Boletim

Facebook

Revista Platô

Revistas – SIPLE

Revista Njinga & Sepé

REVISTA NJINGA & SEPÉ

Visite nossos blogs

Forlibi

Forlibi - Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

Forlibi – Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

GELF

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

Clique na imagem

Arquivo

Visitantes