Relações internacionais

António Branco: “Não sou utópico nem catastrofista. Todas as tecnologias têm um duplo uso”

(Por Paula Sofia Luz, Diário de Noticias – Lisboa – 

António Branco. Foi pioneiro ao trabalhar o tema da inteligência artificial, é primeiro coautor do livro branco sobre a língua portuguesa e a IA e criador do Albertina.pt, primeiro modelo aberto para a língua portuguesa.

António Branco: "Não sou utópico nem catastrofista. Todas as tecnologias têm um duplo uso"

Como e quando começou esse seu interesse pela temática da inteligência artificial (IA)?
Foi em novembro de 1987. Eu tinha acabado a licenciatura e envolvi-me num grande projeto para desenvolver tradução automática entre todas as línguas da União Europeia.

Passaram muitos anos até que a temática se democratizasse, exatamente há um ano…
Sim, não tenho dúvida de que isso só aconteceu em novembro de 2022. Parte do meu trabalho consiste na divulgação, e ao longo dos anos tenho-me empenhado bastante nisso, nomeadamente no livro de que sou coautor, publicado em 2012, o livro branco sobre a língua portuguesa na era digital. Que foi muito importante, mas com pouco eco. Há um ano, com a disponibilização do ChatGPT, nós – que por vezes éramos considerados uns certos lunáticos, ou, no mínimo, pessoas com uns interesses específicos muito estranhos – de repente passámos a ser glorificados.

Está mais do lado dos que consideram a IA uma oportunidade do que como uma ameaça?
Nem uma coisa nem outra. Eu estou do lado daqueles que sensatamente, olhando para todas as tecnologias (e esta não vai ser exceção), sabem que elas têm um duplo uso. Tem usos benéficos e outros prejudiciais. Portanto, não sou utópico nem catastrofista.

O desenvolvimento de grandes modelos neuronais de IA generativa para a língua portuguesa ainda agora começou (Fonte Unsplash+ com Getty Images)

 

Acredita que a IA, bem usada, é uma ferramenta poderosa? Nomeadamente para melhorar muitas áreas?
Sem dúvida. Já em 1987 era um sonho imenso, fantástico, imaginar que eu podia contribuir para um dia deixar de haver barreiras de comunicação linguística. Era mesmo a ideia de mudar o mundo: todas as pessoas a falar umas com as outras, mesmo só conhecendo a sua língua materna. E esse sonho está agora a concretizar-se. Esse é um exemplo que acho extraordinariamente benéfico. Nós vamos poder falar com qualquer outro habitante que fale qualquer outra das sete mil línguas existentes no planeta Terra.

Neste ano que passou, como é que lhe parece que a sociedade portuguesa tem vindo a lidar com esta nova realidade da IA, cada vez mais presente na vida de todos?
A sociedade portuguesa tem várias esferas, dimensões e atores. Se falarmos, por exemplo, na comunicação social, julgo que a reação foi muito apropriada. Tem sido dado um destaque adequado à verdadeira importância desta tecnologia. Mas se falarmos no domínio governamental, das políticas públicas, a minha opinião é a oposta. Tem sido um vazio, até comparativamente à vizinha Espanha. Eles têm um PRR como nós, mas estabeleceram um capítulo de financiamento de mil milhões de euros, durante cinco anos, para aplicar na tecnologia da língua espanhola. E nós, em Portugal, destinámos zero. Mas se formos para outras geografias, como os Estados Unidos da América, estão destinados dezenas de milhares de milhões. Porque o país, para preservar a sua soberania, não se deixa ficar apenas na mão de organizações privadas. E nós, em Portugal, se nada for feito, continuaremos a subtrair a nossa soberania linguística e digital.

Leia a matéria na fonte: https://www.dn.pt/sociedade/antonio-branco-nao-so-utopico-nem-catastrofista-todas-as-tecnologias-tem-um-duplo-uso-17361996.html

 

Saiba mais sobre Albertina, primeiro modelo aberto para a língua portuguesa.pt puxando a rede do IPOL:

. Já conhece o Albertina PT?

https://ciencias.ulisboa.pt/pt/noticia/22-05-2023/já-conhece-o-albertina-pt?page=1

. Lançada a primeira Inteligência Artificial que gera textos em português sobre qualquer tema. Chama-se Albertina

http://www.di.fc.ul.pt/~ahb/images/AlbertinaExpressoMaio2023.pdf

. Língua portuguesa entra na era da IA

Língua portuguesa entra na era da IA

. “Há um risco de hiperconcentração dos grandes modelos Inteligência Artificial na Microsoft e na Google”, avisa António Branco

https://expresso.pt/podcasts/o-futuro-do-futuro/2023-06-27-Ha-um-risco-de-hiperconcentracao-dos-grandes-modelos-Inteligencia-Artificial-na-Microsoft-e-na-Google-avisa-Antonio-Branco-45a8103a

 

. Conheça a publicação de 2012 “Livro Branco sobre a Língua Portuguesa na Era Digital”

http://metanet4u.weebly.com/livro-branco-a-lingua-portuguesa-na-era-digital.html

Este Livro Branco, sobre a língua portuguesa na era digital,  faz parte de uma coleção que promove o conhecimento sobre a tecnologia da linguagem e o seu potencial. É dirigido a um público o mais vasto possível, não especializado nestas matérias, incluindo comunidades linguísticas,  jornalistas, políticos ou docentes, entre muitos outros.

O livro procura disponibilizar uma análise do estado de desenvolvimento da tecnologia da linguagem para a língua portuguesa, assim como das perspetivas que se oferecem, e das ações necessárias, para a consolidação do português como língua de comunicação internacional com projeção global na era digital no quadro desta tecnologia emergente.

Abra o link abaixo para alcançar a versão ebook da publicação:

http://metanet4u.eu/wbooks/portuguese.pdf

 

. Saiba mais a Coleção Livros Brancos  da META-NET

http://www.meta-net.eu/whitepapers/overview-pt

As Línguas Europeias na Era Digital

Objetivos e Dimensão

A META-NET, uma rede de excelência que consiste em 60 centros de pesquisa de 34 países, dedica-se à construção de bases tecnológicas da sociedade de informação multilingue europeia.

A META-NET está a construir a META, uma Aliança Tecnológica Europeia Multilingue. Os benefícios conferidos pelas Tecnologias da Linguagem diferem de língua para língua, tal como as ações que precisam de ser tomadas dentro da META-NET, dependendo de diversos fatores, tais como a complexidade da língua em questão, a densidade da sua comunidade e a existência de centros de pesquisa ativos nesta área.

A Coleção Livros Brancos da META-NET «Línguas na Sociedade de Informação Europeia» descreve o estado de cada língua europeia, respeitando as Tecnologias da Linguagem, explicando os riscos e as oportunidades mais urgentes. A coleção abrange todas as línguas oficiais europeias e muitas outras faladas noutros locais do Velho Continente. Não obstante a publicação de diversos estudos científicos acerca de determinados aspetos sobre as línguas e a tecnologia ao longo dos últimos anos, não existe uma fonte literária exaustiva a tomar uma posição apresentando os principais desafios e descobertas para cada língua. A Coleção Livros Brancos da META-NET preencherá esta lacuna.

31 Volumes cobrem 30 Línguas Europeias

Basco, Búlgaro, Catalão, Croata, Checo, Dinamarquês, Holandês, Inglês, Estoniano, Finlandês, Francês, Galego, Alemão, Grego, Húngaro, Islandês, Irlandês, Italiano, Letão, Lituano, Maltês, Norueguês (antigo), Norueguês (moderno), Polaco, Português, Romeno, Sérvio, Eslovaco, Esloveno, Espanhol, Sueco.

Em Resumo

The green border (Zielona granica) dirigido por Agnieszka Holland

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ZIELONA GRANICA (The Green Border), sem tradução ainda no Brasil,  é um filme de drama dirigido por Agnieszka Holland (Rastros, A Sombra de Stalin, Filhos da Guerra), que se passa na fronteira entre a Polônia e Belarus e acompanha uma família de refugiados sírios, um professor e um guarda. Em meio à recente crise humanitária de Belarus, os caminhos de todos acabam se cruzando na fronteira.

O filme, selecionado para o Festival de Veneza de 2023,  recebeu um Prêmio especial do Júri e rendeu à diretora ataques severos do ministro da Justiça polonês, Zbigniew Ziobro, um dos principais integrantes do governo de extrema direita do país. Na rede social X (antes conhecida como Twitter), ele escreveu: “No Terceiro Reich, os alemães produziam filmes de propaganda que mostravam os poloneses como bandidos e assassinos. Agora, têm Agnieszka Holland para isso.”

Segundo a Associated Press, a diretora afirmou que tomará medidas legais contra o ministro caso não receba um pedido formal de desculpas. “Não posso ficar indiferente a um ataque escancarado e brutal vindo de alguém com posição tão importante”, afirmou Holland, que é neta de vítimas do Holocausto e filha de uma participante da Revolta de Varsóvia. “Em nosso país, onde milhões morreram e sofreram durante a Segunda Guerra, ser comparada àqueles que foram responsáveis por isso é extremamente doloroso e requer resposta apropriada.”

Sinopse: 

Nas florestas traiçoeiras e pantanosas que constituem a chamada “fronteira verde” entre a Bielorrússia e a Polónia, refugiados do Médio Oriente e de África que tentam chegar à União Europeia estão presos numa crise geopolítica cinicamente arquitetada pelo ditador bielorrusso Alexander Lukashenko. Numa tentativa de provocar a Europa, os refugiados são atraídos para a fronteira pela propaganda que promete uma passagem fácil para a UE. Peões nesta guerra oculta, as vidas de Julia, uma ativista recém-formada que desistiu de sua vida confortável, de Jan, um jovem guarda de fronteira, e de uma família síria se entrelaçam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A questão dos refugiados se confunde com a dos imigrantes.  Para a grande maioria, na origem está a necessidade de fugir dos conflitos e crises que assolam o seu país. A Organização das Nações Unidas (ONU) já considera a crise dos refugiados a crise humanitária mais intensa do século. Em 2023, segundo a ACNUR o total de refugiados no mundo é recorde e supera 110 milhões de pessoas.

Uma matéria do UOL  aponta  as causas da crise dos refugiados

“O refúgio é causado, geralmente, por guerras. No entanto, não somente guerras mas conflitos de ordem política também colocam a pessoa na situação do refúgio. Muitos cidadãos fogem de seus países porque são ameaçados por organizações criminosas que dominam o cenário político local. Outros fogem porque perdem tudo na guerra e a situação do país impede a reconstrução de suas vidas.

No caso da Venezuela, há uma crise que coloca os cidadãos em necessidade de ajuda humanitária, pois a fome, o desemprego e a instabilidade econômica afetam drasticamente a população venezuelana pobre. Os conflitos políticos e perseguições ideológicas também acontecem por lá.

Saiba também: Causas e consequências da imigração haitiana no Brasil   

Consequências da crise dos refugiados

As consequências, em geral, do refúgio são sentidas nos países que abrigam os refugiados. Geralmente, quando há uma leva repentina e grande de fluxo migratório para um local, ocorre o fenômeno que a geografia chama de “explosão demográfica”. A explosão demográfica afeta diretamente a economia e as relações sociais, pois ela acarreta uma cadeia de eventos que podem ser desastrosos, como demostramos nos tópicos seguintes:

  1. Há uma grande e repentina quantidade de pessoas migrando para um mesmo local;
  2. Não há infraestrutura nesse local para receber essas pessoas, fazendo com que o acesso à saúde, ao saneamento, à segurança e à educação fique comprometido;
  3. Não há emprego e geração de renda para todos, pois o aumento populacional aconteceu de repente;
  4. A fome e a miséria instalam-se entre a população migrante e até entre a população local, pois a falta de emprego começa a afetar os moradores locais;
  5. Há o aumento da criminalidade pela falta de estrutura e de organização.

Esse ciclo vicioso tende a manter-se se não houver esforços conjuntos dos governos, da iniciativa privada, de ONGs e até mesmo da população local para o acolhimento dos refugiados. Nesse sentido, apesar do dispêndio de energia, recursos e dinheiro gastos para receber os refugiados, o sacrifício é mais que necessário por uma questão humanitária.

Quando uma pessoa sujeita-se ao refúgio, ela o faz porque não há outra opção, pois a permanência no seu local de origem representa um risco iminente à sua vida e à vida de sua família. Muitas famílias de refugiados, inclusive, são pertencentes a uma classe média em seus locais, tendo moradia garantida, negócios, bons empregos e uma vida digna, até que se inicie um conflito tão perigoso a ponto de fazer com que elas abandonem tudo o que construíram por medo e desespero.”

Leia a matéria em https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/crise-dos-refugiados.htm

 


Puxando a Rede: 

“Green Border”, de Agnieszka Holland, ganha Prêmio Especial do Júri em Veneza

https://mulhernocinema.com/noticias/green-border-de-agnieszka-holland-ganha-premio-especial-do-juri-em-veneza/

Agnieszka Holland Talks Fear Of Violence As She Travels To Poland With 24-Hour Security For Launch Of Her Migrant Drama ‘Green Border’ Amid Political Backlash

https://deadline.com/2023/09/agnieszka-holland-violence-poland-with-24-hour-security-poland-political-backlash-1235553018/

 

 

“The Green Border”, uma dura denúncia da crise humanitária entre Polônia e Belarus

https://www.folhape.com.br/cultura/the-green-border-uma-dura-denuncia-da-crise-humanitaria-entre/290296/

Assista ao trailer: https://www.youtube.com/watch?v=0OrWnjzVkys

15 filmes para entender os desafios enfrentados pelos refugiados

https://www.acnur.org/portugues/2023/08/01/15-filmes-para-entender-os-desafios-enfrentados-pelos-refugiados/

IPOL participa de Congresso Internacional “DESAFÍOS EN LA DIVERSIDAD” em setembro

Quito, septiembre 12–15, 2023

Ecuador será la sede de uno de los encuentros transdisciplinarios de la Fundación Humboldt “Humboldt Kolleg 2023” que se enfocará en la diversidad y las complejidades que implica vivir en ella, así como en las estrategias emergentes surgidas desde los y las hablantes, la academia, sectores políticos, y activistas lingüístico-culturales.

Esta iniciativa parte de un esfuerzo conjunto entre asociaciones e individuos relacionados con la Fundación Humboldt y que tienen como objetivo reforzar el quehacer investigativo transdisciplinar con la creación de redes y la motivación a investigadores jóvenes, en la búsqueda de propuestas contextualizadas sustentables.

 

 

 

 

 

 

Desafíos en la Diversidad

CONGRESO INTERNACIONAL TRANSDISCIPLINARIO DESAFÍOS EN LA DIVERSIDAD (IV)

LENGUAS Y VARIEDADES EN DESPLAZAMIENTO: DOCUMENTACIÓN-REVITALIZACIÓN CON JUSTICIA SOCIAL

Este encuentro se propone, al igual que los tres encuentros que le precedieron (2011, 2016, 2018, 2019), reunir múltiples voces, lenguas, historias, cosmovisiones, culturas así como muchos otros aspectos de los pueblos indígenas y las lenguas minorizadas en todo el mundo, con el fin de crear conciencia hacia la complejidad de la diversidad y la necesidad de comprender mejor cómo un enfoque constructivo hacia otras lenguas puede contribuir a combatir el estigma y la discriminación, para favorecer la construcción de sociedades más justas.

 

 

Rosangela Morello, coordenadora do IPOL (Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística), participará dos trabalhos com a   apresentação Políticas para reparar la represión y la discriminación lingüística no dia 15/09/23

Con el regreso a la democracia, a partir de la década de 1990, Brasil se convirtió en escenario de un conjunto de iniciativas destinadas a garantizar los derechos lingüísticos y educativos para numerosas partes de la población brasileña históricamente excluida de las políticas públicas. Entre estas iniciativas, hay dos específicamente dirigidas a la promoción y el reconocimiento de las lenguas brasileñas: la Política del Inventario Nacional de la Diversidad Lingüística de Brasil, una política pública creada por el Decreto Federal número 7.387, del 9 de diciembre de 2010, y la Política de Cooficialización de Lenguas por Municipios, que comenzó en 2002 en el Municipio de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas. Ambas son políticas públicas de reconocimiento y producción de conocimiento sobre las lenguas brasileñas, con importantes impactos para cuestionar la ideología del monolingüismo que predomina en el país y para proponer una política de gestión de las lenguas destinada a fomentar la diversidad lingüística. Comenzamos este texto con una breve contextualización histórica y política de la actuación del Estado brasileño en el tratamiento de las lenguas y, a continuación, presentamos de manera concisa las políticas de cooficialización e inventario, señalando algunos de sus resultados. Por último, indicamos, a modo de ejemplo, vías de articulación para planificar acciones futuras destinadas a apoyar las lenguas brasileñas.

 

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Saiba mais IPOL puxando a rede:

Visite o site OralidModernidad, desenvolvido por Marleen Haboud, uma das coordenadoras do evento, no Equador.

 

 

El Ecuador es un país multiétnico, multilingüe y multicultural en el que existen al menos 13 lenguas indígenas todavía vitales. Oralidad Modernidad es un programa de investigación interdisciplinaria que busca determinar la situación de las lenguas indígenas en el Ecuador mediante la recopilación de entrevistas sociolingüísticas, testimonios, conversaciones libres y el desarrollo de actividades comunitarias que facilitan la creación de espacios de intercambio multicultural. A partir del contacto permanente y el trabajo conjunto con comunidades indígenas del país, Oralidad Modernidad trata de comprender la compleja situación de las lenguas indígenas del Ecuador de hoy. Para esta ardua tarea desarrolla, desde la Lingüística, actividades interdisciplinarias con estudiosos de la Antropología, Sociología, Literatura, Comunicación, Arte, Diseño y Geografía.

Visite o site Oralidad Modernidad

Mapa chinês mostra dimensão dos idiomas no mundo

Mapa chinês mostra dimensão dos idiomas no mundo. Existem cerca de 7 mil idiomas na Terra. Porém, só alguns saíram das suas origens e passaram a ser utilizados como meio de comunicação global.

Publicação Instagram TERRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saiba mais puxando a rede de informações e noticias:

1 . As fronteiras estão entre as mais fascinantes criações humanas. O ponto exato em que escolhemos nos diferenciar uns dos outros é arbitrário e maleável e, portanto, permite uma infinidade de experimentos. O mesmo acontece com sua representação gráfica: a forma geográfica do mundo é imutável, mas seu aspecto demográfico, econômico, comercial ou cultural varia enormemente em um mapa, dependendo do que queremos representar. Há uma abundância de exemplos. Um deles, que é muito interessante, se trata dos idiomas.

Mapa mostra o tamanho de cada idioma

https://www.purebreak.com.br/noticias/o-tamanho-real-de-cada-idioma-do-mundo-ilustrado-em-um-grafico-interessante/116313

 

2 . All World Languages in One Visualization

https://www.visualcapitalist.com/a-world-of-languages

 

3 . Aqui a publicação original de 27 de maio, 2015, autoria de

https://www.scmp.com/infographics/article/1810040/infographic-world-languages?module=perpetual_scroll_0&pgtype=article&campaign=1810040

4. Portal SMPC – South China Morning Post

https://www.scmp.com

SUMAÚMA: a reportagem criada no coração da Amazônia

Foto principal: Eliane Brum e Jonathan Watts (Arquivo Sumaúma)

 

Por RAUL GALHARDI     Apr 30, 2023 em REPORTAGEM DE MEIO AMBIENTE

O jornalismo é uma ferramenta poderosa para dar voz àqueles que muitas vezes são deixados de lado e para chamar a atenção de questões negligenciadas. Com o objetivo de amplificar as vozes da Amazônia e recentralizar os valores a partir da floresta, foi criada a Sumaúma, plataforma de jornalismo trilíngue que mostra a região amazônica não como um recurso a ser explorado, mas como um lugar de vida pujante e diversidade cultural.

O veículo foi lançado em setembro de 2022 em Altamira, no Pará, por Eliane Brum, consagrada jornalista independente do Brasil, que vive no local desde agosto de 2017, e Jonathan Watts, jornalista britânico, editor de meio ambiente do The GuardianSumaúma é o nome de uma das maiores árvores da floresta amazônica. Nas explicações encontradas no próprio website: “Basta pronunciar a palavra sumaúma (também chamada de samaúma, em algumas regiões) na Amazônia, para que cada pessoa conte uma história”. E foi justamente por isso que este foi o nome escolhido para a plataforma de jornalismo.

Siga a leitura da matéria em: https://ijnet.org/pt-br/story/sumaúma-reportagem-criada-no-coração-da-amazônia

___________

 

ÁRVORE SUMAÚMA PARA AMAZONÁRIO. ILUSTRAÇÃO: HADNA ABREU

 

Sumaúma, quem somos

Na apresentação da proposta de Sumaúma, uma plataforma de jornalismo do centro do mundo atenta a floresta primeiro, está escrito:

“É isso que nós, fundadoras e fundador da plataforma SUMAÚMA, fomos, na trajetória pessoal de cada uma/m; é isso que queremos ser juntes. Mas quem somos nós? Jornalistas com décadas de profissão que compreenderam que, diante da emergência climática e da sexta extinção em massa de espécies, precisam criar algo diferente. Queremos fazer mais do que já fizemos, estamos comprometidos em dedicar nossa vida à grande batalha que coube às atuais gerações. Entendemos que precisamos atuar com mais força em defesa das crianças que já nasceram e das crianças que ainda nascerão – e SUMAÚMA é a nossa resposta.

Nossos valores podem ser resumidos em duas palavras: floresta primeiro. A floresta – sua natureza e seus povos – precisa vir antes do mercado. Essa é uma abordagem baseada tanto na ciência climática de ponta, quanto no pensamento indígena tradicional. Há, porém, ameaças poderosas e violentas de empresas e corporações, de governos e de políticos, do crime organizado.

Como jornalistas, nos posicionamos ao lado dos povos-floresta na linha de frente da guerra movida contra a natureza. Essa guerra, segundo o Map Biomas, em 2021 assassinou 18 árvores por segundo na floresta e, neste momento, quase certamente mata um número maior. Essa guerra está obrigando as borboletas a apagar suas cores e se converter em pardas e cinzas, os tons da floresta queimada, para se mimetizar e sobreviver. Essa guerra, em vez de tanques usa tratores e motosserras; em vez de aviões com bombas tradicionais, pulveriza agrotóxicos sobre a terra, os rios e os povos; em vez de navios de combate, usa dragas de garimpo e corrói a saúde dos rios com mercúrio; em vez de soldados tradicionais, usa jagunços a soldo e policiais convertidos em milicianos pela usurpação do Estado. Essa guerra é hoje um massacre, dada a desproporção das forças, e este massacre precisa acabar.”

Siga a leitura na página Manifesto do site: https://sumauma.com/quem-somos/

…..

 

Deixei a Amazônia, onde se anunciava a temporada de fogos criminosos, para uma viagem de uma semana ao extremo sul do Brasil. Desembarquei a poucas horas do início de um ciclone, na semana passada. Não pude dormir à noite porque o vento uivava, as janelas batiam e era impossível deixar de imaginar o sofrimento daqueles que viviam nas regiões e casas mais vulneráveis. No dia seguinte, porém, a maioria não parecia especialmente preocupada, apesar de as aulas terem sido suspensas na rede pública. Ao expressar minha preocupação com a falta de preocupação, ouvi uma explicação que se repetiu na boca de diferentes pessoas: “Ah, é que o ciclone do mês passado foi muito pior do que este”.

É fácil imaginar que em breve, muito em breve mesmo, essas mesmas pessoas passarão a comentar que o ciclone da semana passada foi pior do que o atual. E que logo poderão discutir se o ciclone de ontem – ou de algumas horas atrás – foi mais ou menos destrutivo que o de agora. Soa como se os eventos extremos começassem a se normalizar no senso comum, mas não porque exista uma adaptação consciente para evitar um futuro hostil para as novas gerações daqui a apenas alguns anos, e sim pela mais brutal alienação.

 

Conheça o Guariba! uma visão não humana da história da Amazônia.

SUMAÚMA segue a jornada de um macaco enquanto ele explora sua casa-floresta e tenta entender os humanos que o ameaçam, confira:

Apresentando Guariba: uma visão não humana da história da Amazônia

Conheça o Amazonário:

https://sumauma.com/amazonario/

Lançamento: Revista NJINGA & SEPÉ, Vol. 3, nº2

v. 3 n. 2 (2023): Cultura & Sociedade – Que Literacia(s) para uma Justiça Económica e Social?

O  Vol. 3, nº2/2023 (Jul./dez.) resulta de parcerias de vários docentes e investigadores  que participaram da 2ª Conferência Internacional sobre Cultura & Sociedade – Que Literacia(s) para uma Justiça Económica e Social?, realizada na Universidade Zambeze, Moçambique, em formato online/remoto, nos dias 27 e 28 de maio de 2021. O dossier é composto por  quinze (15) artigos avaliados aos pares e selecionados por um comitê Científico. Para além dos artigos do dossier (Seção I), foi publicado uma entrevista (Seção II), materiais literários/poesias (Seção III), artigos sobre as línguas de sinais (seção VI) e vários outros artigos científicos de diversas áreas afins (Seção VII). Participaram da organização desta publicação os seguintes docentes e investigadores: Hilarino da Luz (Portugal/Cabo Verde), Esperança Ferraz (Angola), Noemi Alfieri (Alemanha/Portugal), Mbiavanga Fernando (Angola), Elizabeth Olegário(Portugal), Martins JC-Mapera (Moçambique) e Moisés de Lemos Martins (Portugal). Agradecemos as parcerias e desejamos a todos uma boa leitura. Podem (com)partilhar o link da Revista com outros interessados.

Publicado: 12-07-2023

 

https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/issue/view/46

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