NJINGA e SEPÉ: v. 4 n. 2 (2024): Línguas, literaturas e outras artes no espaço angolano
As publicações científicas permitem a circulação do conhecimento e a busca de novos saberes. É fundamental que os saberes conquistados por meio de pesquisas e estudos sejam compartilhados e discutidos no meio científico. O método hipotético-dedutivo de Karl Popper (1902-1994) nos mostra que onde termina uma pesquisa, inicia outra e assim sucessivamente. A ciência é inesgotável. Neste Vol.4, nº2 (2024) organizado pelos professores Daniel Peres Sassuco, Nsimba José e Manuel da Silva Domingos encontraremos contribuições de estudos das áreas de Linguística, Literatura, Artes e Educação relativos à Angola. São estudos que falam sobre Angola na sua profundidade e visam promover um espaço de debate permanente para que o conhecimento circule e seja compartilhado nacionalmente e além fronteiras. As pesquisas apresentadas neste dossiê criticam o rumo que Angola está trilhando, especialmente na formação de professores, na descrição e ensino de línguas, de Química e de Biologia. Para além de criticar, os trabalhos publicados apontam caminhos possíveis para a melhoria da qualidade do ensino em Angola. Os autores clamam pelo apoio das autoridades para que situação se reverta o mais breve possível, pensando numa Angola mais desenvolvida. A formação de profissionais com qualidade evita a multiplicação de analfabetos funcionais que não poderão efetivamente contribuir o necessário. Com relação às linguas, Angola precisa dar atenção especial e urgente para descrição, revitalização e políticas de ensino das línguas autóctone respeitando assim a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (1996). Desejamos a todos uma leitura atenta, crítica, colaborativa e não se esqueçam de compartilhar a Revista com estudantes, colegas, docentes e outros interessados. Visitem o Canal da Revista Njinga & Sepé e lá vão encontrar palestras e seminários que reforçam a divulgação do conhecimento gratuito, de qualidade e de acesso livre. Este é um compromisso desta Revista. BOA LEITURA!
Acesse a revista no link: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/issue/view/55
A UFSC no Fórum Municipal dos Países BRICS em Moscou (IMBRICS)
A Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (UCLPM) da UFSC, representada pelo Prof. Gilvan Müller de Oliveira (DLLV), participa nesta quarta-feira, 28 de agosto, do Seminário “Preservação e apoio ao multilinguismo dos povos indígenas. Melhores práticas da Federação Russa e dos países BRICS”, promovido pela Agência Federal de Assuntos Étnicos da Federação Russa no âmbito do grande Fórum Municipal dos Países BRICS em Moscou
Na ocasião, o Prof. Gilvan apresentará uma contribuição sobre a situação do multilinguismo no Brasil – um dos fundadores do Grupo de Países dos BRICS – centrada n’ “As Línguas Indígenas Brasileiras e sua Equipagem para o Ciberespaço”.
A Cátedra UNESCO LPM / UFSC (2018-26), é responsável pelos dados brasileiros do Atlas UNESCO das Línguas do Mundo, em andamento, que inclui informação sobre o uso das línguas brasileiras minorizadas na Internet e permite constatar a sua incipiente preparação, até o momento, para o ambiente digital.
A principal proposta será a da criação, no âmbito da Organização e da Presidência do Brasil em 2025, do Quadro Comum de Referência das Línguas dos BRICS (QuaLinBRICS), que permitirá acompanhar a situação das línguas de cada país, fomentar a sua equipagem tecnológica e o seu ensino no âmbito nacional e internacional em uma estratégia de consenso entre os países membros.
Leia a nota na fonte: Secretaria de Relações Internacionais | Office of International Relations (ufsc.br)
Saiba mais sobre a Cátedra em:
https://orbicom.ca/brazil-florianopolis/
. Atlas UNESCO das Línguas no Mundo
A floresta tem um plano para salvar o planeta da crise climática
Indígenas, Ribeirinhos, Quilombolas e ativistas da Pan-Amazônia fazem um tratado com propostas para barrar o colapso diante do fracasso das negociações das COPs
O pequeno barco a motor se aproxima devagar da margem do Rio Beni. É preciso cuidado para colocar os pés na areia e pisar o solo umedecido pelas chuvas recentes. Uma trilha leva, então, ao centro de Carmen Florida, aldeia do povo Takana dentro da Reserva da Biosfera Pilón Lajas, na Amazônia boliviana, onde um enorme gramado verde é rodeado por casas. As nuvens são um alento para uma comunidade que seis meses antes estava cercada por incêndios espalhados pela mata. Naquelas semanas em que o fogo se aproximou, faltaram água e comida. Crianças se intoxicaram com a fumaça. A escola fechou. Agora, o caminho está verde e a roça dá sinais de que revive, mas o plantio ainda sofre porque a seca não recuou completamente. Mais um efeito da crise climática.
O tempo, antes mais previsível, agora é pouco compreendido. Se hoje falta chuva, no passado, por duas vezes, Carmen Florida precisou se reconstruir em áreas mais altas do território por conta das enchentes. O Rio Beni também está mais turvo, descrevem os moradores, contaminado por vestígios de projetos de mineração que ficam a algumas horas dali. Por perto, há máquinas na mata: fantasma de mais um devaneio estatal, a construção de dois megaprojetos hidrelétricos, Chepete e El Bala, que podem deixar diversas vilas – além de toda a história delas – embaixo d’água. Os planos do governo boliviano estão, por ora, paralisados, depois de uma intensa pressão da sociedade, incluindo a de Carmen Florida, mas o Estado não recuou oficialmente e o aparato usado no estudo dos projetos ainda está na floresta e assombra os Indígenas.
Siga a leitura na fonte em Sumaúma, jornalismo do centro do mundo:
https://sumauma.com/a-floresta-tem-um-plano-para-salvar-o-planeta-da-crise-climatica/
Saiba mais puxando a rede IPOL
. Fórum Social Pan-Amazônico –FOSPA
https://www.forosocialpanamazonico.com/
O Fórum Social Pan-Amazônico –FOSPA- é um espaço de articulação, ação e reflexão relacionado à bacia amazônica que atravessa Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana (francesa).
. Declaração Pan-Amazônica de Rurrenabaque: XI FOSPA divulga carta final
https://repam.org.br/declaracao-pan-amazonica-de-rurrenabaque-xi-fospa-divulga-carta-final/
La integración regional y la enseñanza bilingüe en Latinoamérica. Los incentivos para el aprendizaje del portugués en países hispanohablantes y del español en Brasil
Por Larissa Oliveira Cardoso, publicado em Revista de Estudios Brasileños, Vol. 10 Núm. 21
VIDAS EM RISCO E CRISE CLIMÁTICA – V Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação (V-Ibero Unesc)
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O V Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação (V-Ibero Unesc) a ser realizado entre dias 10 e 13 de setembro terá como temática central Vidas em Risco e Crise Climática.
” Desde o ar que respiramos e a comida que comemos, até à energia que nos alimenta e aos medicamentos que nos curam, as nossas vidas dependem totalmente de ecossistemas saudáveis. No entanto, as nossas ações estão a arrasar todos os cantos do planeta. Um milhão de espécies estão em risco de extinção – resultado da degradação dos habitats, da poluição crescente e do agravamento da crise climática. Temos de acabar com esta guerra contra a natureza.
O acordo do ano passado sobre o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal marcou um passo importante – mas agora é a hora de passar do acordo à ação. Isso significa garantir padrões sustentáveis de produção e de consumo. Redirecionar subsídios de atividades destruidoras da natureza para soluções verdes. Reconhecendo os direitos dos povos indígenas e das comunidades locais, os mais fortes guardiões da biodiversidade do nosso mundo. E pressionando governos e empresas a tomar medidas mais fortes e rápidas contra a perda de biodiversidade e a crise climática. Vamos trabalhar juntos entre governos, sociedade civil e setor privado para garantir um futuro sustentável para todos. (, Secretário-geral da ONU sobre o Dia Internacional da Biodiversidade, 2023).”
A justificativa da escolha temática está expressa na síntese da fala do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, citado acima: “Temos de acabar com esta guerra contra a natureza (…) e trabalhar juntos entre governos, sociedade civil e setor privado para garantir um futuro sustentável para todos.” O Congresso será realizado nos dias 10, 11, 12 e 13 de setembro de 2024, no formato presencial. Como nos eventos anteriores, as principais atividades serão: conferências, mesas redondas, Grupos Temáticos (GTs) e minicursos.
Saiba mais sobre o evento seguindo o link:
https://www.unesc.net/v-congresso-ibero-americano-de-humanidades-ciencias-e-educacao
Dentro da programação serão realizados mais de 70 grupos de trabalho. O de número 48 trata de “Políticas de acolhimento linguístico para migrantes de crise: debatendo a educação em situações de emergência” e será coordenado por Leandro Rodrigues Alves Diniz, Johana Cabral, Dayane Cortez que fazem o chamamento e convite para que interessado e pesquisadores se inscrevam submetendo seus trabalhos até o dia 10 de junho de 2024 nas modalidades: resumo expandido e comunicação oral.
O resumo deste GT é o seguinte:
O fluxo forçado de pessoas vem se intensificando ano após ano. Em 2022, o total de deslocados à força no mundo foi de 108,4 milhões de pessoas. As causas são complexas, envolvendo conflitos armados, emergências humanitárias, violência, perseguição, desastres ambientais, violações de direitos, e outras (UNHCR, 2023a). Segundo a Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência, em 2019, 127 milhões de crianças e jovens em idade escolar, em contextos afetados por crises, estavam fora da escola (INEE, 2020). Em 2022, das 14,8 milhões de pessoas refugiadas em idade escolar, 51% encontravam fora da escola (UNHCR, 2023b). O Brasil tem recebido migrantes provenientes destes fluxos, compondo a complexidade e heterogeneidade das migrações na contemporaneidade. Nesse contexto, o presente Grupo de Trabalho objetiva discutir a educação de migrantes de crise e de seus descendentes, considerando: (i) a necessidade do desenvolvimento de políticas educacionais e linguísticas para o acolhimento desse público; (ii) a heterogeneidade linguística das salas de aula brasileiras, em oposição a práticas pedagógicas frequentemente monolíngues em português; (iii) a discussão ainda incipiente na formação de professores para o ensino de Português como Língua de Acolhimento e para uma educação plurilíngue. O GT receberá trabalhos que contemplem os seguintes aspectos na educação de migrantes de crise e seus filhos, no Ensino Básico, Superior ou na Educação não formal: planejamento e desenvolvimento de políticas educacionais e linguísticas; educação intercultural, inclusiva e pedagogia de emergência; ensino de Português como Língua de Acolhimento e de línguas integrantes dos repertórios dos migrantes de crise; formação docente para o acolhimento em uma perspectiva plurilíngue; experiências locais de boas práticas de acolhimento; superação de discriminações no contexto educacional; práticas de letramento de estudantes migrantes de crise e seus descendentes; planejamento de cursos, currículos e materiais didáticos; e avaliação de estudantes migrantes de crise e seus descendentes.
Realização Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão (Propiex)