Línguas de imigração

Equipe do Projeto Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração realiza reunião

ipol2Na sexta-feira, dia 06 de maio de 2016, a equipe do Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração se reuniu para discutir a elaboração dos instrumentos de pesquisa a serem utilizado no projeto.

Estavam presentes a equipe do IPOL: Rosângela Morello (coordenadora-geral), Cíntia Vilanova, Tamissa Godoi, Mariela Felisbino da Silveira, Alberto Gonçalves e Gilvan Müller de Oliveira. Também participaram por Skype Ana Paula Seiffert (também do IPOL) e a equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), instituição parceira do projeto: Cleo Vilson Altenhofen, Jussara Maria Habel, Angelica Prediger, Luana Cyntia dos Santos Souza, Lucas Löff Machado, Viktorya Zalewski Pietsch dos Santos, Eduardo Gonçalves Nunes e Gabriel Schmitt.LOGO_editavel

Esta foi a terceira reunião realizada pelo grupo e teve como foco o trabalho conjunto de análise e adequação dos instrumentos elaborados previamente a fim de torná-los adequados à perspectiva teórico-metodológica do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). Após esta etapa, os mesmos já poderão ser aplicados em municípios do RS, PR, SC, MT e ES para levantamento de dados do Inventário, que é uma parceria entre o IPOL, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a UFRGS.

Fonte: IPOL Comunicação

Oficinas “Línguas de imigração como patrimônio”, em Blumenau

anderle3

Pesquisadoras Mariela Silveira e Ana Paula Seiffert Foto: IPOL

Aconteceu no dia 09 de abril, na Sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, em Blumenau,  oficina do Projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”, contemplado pelo edital Edital Elisabete Anderle,  da Fundação Catarinense de Cultura.

Na oportunidade, os pesquisadores do IPOL, Gilvan Müller de Oliveira, Rosângela Morello, Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira participaram de debates acerca da imigração no Brasil e do deslocamento necessário para uma compreensão das línguas de imigração não mais como um “problema”, e sim, como direito e como recurso linguísticos. Compreensão essa que tem apoiado a construção de políticas que visam garantir o futuro dessas línguas, tais quais o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) e as cooficializações de línguas em âmbito municipal, ambas debatidas nas oficinas.

anderle4

Professora Maristela Pereira Fritzen Foto: IPOL

A participação da Professora Maristela Pereira Fritzen, da FURB, enriqueceu a oficina trazendo o panorama das atividades que envolvem as línguas de imigração, sobretudo as de origem alemã, no Vale do Itajaí. A professora e pesquisadora situou o público presente sobre as pesquisas que vem sendo desenvolvidas, trazendo muitos exemplos que contextualizam vários fenômenos linguísticos e identitários que influenciam na manutenção e/ou perda dessas línguas na região.

No início da tarde, Rosângela Morello apresentou um panorama das cooficializações de línguas em nível municipal no Brasil, discutindo as potencialidades dessa política que vem se disseminando e que já alcança 11 línguas (4 de descentes de imigrantes e 7 de indígenas) em 19 municípios brasileiros.

A rodada de conversa do segundo dia de oficinas foi finalizada com um trabalho em grupo para a elaboração de proposições para a promoção das línguas de imigração na região e os grupos presentes socializaram suas reflexões e propostas.

Em breve o IPOL divulgará novas notícias, programação e um fechamento especial do ciclo de ações realizadas na região, contemplando o lançamento de documentário produzido pelo IPOL e que busca valorizar os saberes, memórias e fazeres culinários dos povos envolvidos “das doçuras às amarguras”, como se referiu a pesquisadora Rosângela Morello, no prefácio do livro Receitas de Imigração, também produzido no âmbito das atividades recentes realizadas no Vale do Itajaí.

 

Fonte: IPOL Comunicação

XI Consiple – Congresso Internacional da SIPLE

silpliXI Consiple – Congresso Internacional da SIPLE

03 a 05 de novembro de 2016

Universidade Federal da Bahia

Salvador-Bahia-Brasil

O XI CONSIPLE tem entre seus objetivos propiciar a interação entre professores, pesquisadores e estudantes e promover o encontro e aproximação de ideias e práticas que são desenvolvidas na área de português como língua estrangeira, em diferentes contextos e em diferentes partes do mundo, tomando como foco a formação de professores de PLE/PL2 e sua atuação em espaços multilíngues. Além disso, este evento visa a contribuir para promover, projetar e difundir a língua portuguesa, na perspectiva de uma língua internacional, pluricêntrica e diversa culturalmente. Nessa dimensão, estarão em foco os diversos contextos em que o português é língua de uso, de ensino e de formação de professores como língua estrangeira/segunda língua, em toda a complexidade que essas denominações abarcam.

Continue lendo

Entrevista com Gilvan Müller de Oliveira na ReVeL

rvel

“Políticas linguísticas são uma faceta das políticas públicas dos países, das  organizações internacionais, das corporações e instituições, e nesse sentido são um  fazer permanente do homem, sempre adaptadas à sua época, aos interesses geopolíticos, econômicos e culturais em jogo numa determinada fase histórica. Não se esgotam, mudam de foco; não se completam, estão sempre em construção.”

A entrevista foi publicada no volume 14, número 26, da Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL, dedicado ao tema Política Linguística.

A Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL é uma publicação eletrônica, com periodicidade semestral. Idealizada por dois jovens estudantes de Linguística, a ReVEL lançou seu primeiro volume em 2003 e desde então vem contribuindo com a formulação de um pensar e divulgar os estudos da linguagem no Brasil. A atual edição apresenta 11 artigos inéditos, 3 resenhas, 1 artigo traduzido e na seção ReVEL na Escola conta com mais dois artigos.

O número apresenta ainda duas entrevistas inéditas sobre o tema, com os linguistas  Bernard Spolsky, da Universidade Bar-Ilan de Israel, e Gilvan Müller de Oliveira, professor da Universidade Federal de Santa Catarina e pesquisador do IPOL.

Em sua entrevista, Gilvan Müller de Oliveira responde a dúvidas conceituais, cita ações importantes que vem desenvolvendo nas diversas instituições em que atua, coordenando e assessorando projetos e pesquisas sobre as diferentes línguas do Brasil e sobre as políticas públicas que elas demandam. Também discute as questões linguísticas da era digital.

Leia a entrevista completa na edição atual da Revista ReVEL em http://www.revel.inf.br/files/e92f933a3b0ca404b70a1698852e4ebd.pdf

Fonte: IPOL Comunicação

 

Final de semana com atividades do IPOL no Vale do Itajaí

banner

Oficina Línguas e Patrimônio, na Sede da AMMVI, em Blumenau. Foto: Mariela Silveira/IPOL

Aconteceu no sábado, dia 19, na Sede da AMMVIem Blumenau, a Oficina do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”.

O Projeto, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de estimulo à Cultura/ 2014, prevê a realização de  oficinas, objetiva promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.

Participaram da Oficina representantes do IPOL, do IPHAN, autoridades locais e interessados no tema.

IMG_0147

Rosângela Morello, coordenadora do IPOL, Regina Helena Meirelles Santiago, representante do IPHAN/SC e Mariela Siveira, pesquisadora que coordena as Oficinas. Foto: Cristiano Dums

Após a abertura do evento pela coordenadora geral do IPOL, Rosângela Morello, a palavra foi dada à representante do IPHAN regional, a historiadora Regina Helena Meirelles Santiago,que situou as ações do IPHAN e a parceria com o IPOL no campo da promoção da diversidade linguística.

Para a temática da oficina – Diversidade Linguística e Patrimônio, foi convidado Gilvan Müller de Oliveira, professor adjunto da UFSC e assessor do IPOL que, retomando situações ocorridas em diferentes momentos e países, contextualizou a importância histórica das políticas linguísticas no Brasil e no mundo.

Sobre as línguas do vale, ressaltou os momentos de repressão vividos pelas línguas, em diferentes momentos históricos e destacou o fato de que, apesar dessa repressão, houve o que os estudiosos chamam de um processo de aclimatação das línguas, ou seja, como uma planta que se adapta a sua nova paisagem, muitas línguas brasileiras, entre as quais o  alemão, polonês e italiano, viveram transformações e se adequaram ao novo solo cultural.

gilvan

Gilvan Müller de Oliveira, professor e pesquisador do IPOL e UFSC. Foto: Mariela Silveira/IPOL

Para entender o quanto as discussões a respeito da diversidade étnica e linguística são recentes, Gilvan lembrou que apenas em 1988 os indígenas foram reconhecidos como cidadãos brasileiros e explicou que “desde 1988 estamos tento uma mudança de rumo, de olhar a diversidade brasileira e a diversidade no mundo, exigindo que os estados criem e estimulem formas de governanças que contemplem a diversidade étnica, linguística, religiosa nas nações, plurais em sua natureza.”

ro2

Rosângela Morello, contextualizando as políticas linguísticas no Brasil. Foto: Mariela Silveira/IPOL

Dando continuidade, Rosângela Morello, coordenadora do IPOL, contextualizou as políticas de legimitação das línguas no Brasil, destacando que são muito atuais e estão servindo de exemplo para outros países que ensaiam formas de reconhecer e valorizar as suas línguas.  Desde 2001, o IPOL esteve envolvido com a criação de políticas que culminaram, em 2006, com o INDL – Inventário Nacional da Diversidade Linguística, uma ação que permitiu, segundo a pesquisadora “mapear um conjunto de ações, gerando dados que mostrassem como e onde funcionam as línguas e qual seu grau de vitalidade.” Na metodologia do INDL houve a necessidade de categorização das línguas presentes no Brasil, pois dependendo do número de falantes e regiões onde habitam, há demandas diferentes de organização e métodos de pesquisa para olhar e compreender as situações nas quais as línguas funcionam. Houve interação e debates com os participantes. Na última parte da oficina, o grupo assistiu ao filme “Meio”, que aguçou o debate sobre  a percepção de falantes sobre suas línguas.

Livro Receitas de Imigração

paula

Ana Paula Seiffert, coordenadora do Projeto Receitas da Imigração e Paola Da Rui Gadotti, neta de Oliva e Mário Da Rui, moradores de Timbó/SC. Foto: Cristiano Dums

O lançamento do livro Receitas de Imigração iniciou com a saudação em italiano de Paola Da Rui Gadotti, 9 anos, neta de Oliva e Mário Da Rui, moradores de Timbó e que foram entrevistados durante a pesquisa que conduziu ao livro. A publicação foi produzida no âmbito do projeto Receitas da Imigração – Língua e Memória na Preservação da Arte Culinária (2011-2014) fomentado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) através do Edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial-PNPI/2012 e executado pelo IPOL.

Na cerimônia de lançamento, o Presidente do Colegiado de Cultura da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), José Gabriel Corrêa, iniciou dizendo que desde o início do projeto esteve à disposição do IPOL para ajudar a concretizar a ideia. Segundo ele, o livro é importante para a região, pois a gastronomia significa muito para os municípios e através dela se organizam muitos encontros entre moradores das comunidades e de outras pessoas que visitam o Vale. Para ele, o livro é especial, pois nele são contadas as histórias do povo do Vale do Itajaí.

Regina Helena Meirelles Santiago, representante do IPHAN, também destacou a importância da Constituição de 1988, a partir da qual o conceito de patrimônio mudou sua natureza, se deslocando do sentido mais físico e material para a concepção de patrimônio imaterial, que exige formas diferentes de preservar. O livro, de acordo com Regina “é manifestação da concepção de patrimônio dos moradores das comunidades do Vale do Itajaí, ou seja, significa o que é importante para eles, o que eles julgam importante guardar nesse registro, através do trabalho de pesquisa.”

Como coordenadora do IPOL, Rosângela saudou a todos, conectando a pesquisa sobre as receitas e as imigrações com outros contextos no Brasil, em especial com o Espírito Santo, estado também plurilíngue. Ressaltou a atuação do IPOL no Vale do Itajaí, citando os projetos desenvolvidos e seus desdobramentos.

foto mariela

Momentos do Lançamento do Livro Receitas da Imigração, na AMMVI, em Blumenau. Fotos: Mariela Silveira/IPOL

Ao final, as pesquisadoras Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira destacaram a importância da pesquisa e um pouco mais do processo que viveram de escuta e registro das histórias, envolvendo a imigração dos diferentes povos que constituíram a região.

Ana Paula destacou que a escolha das receitas foi feita pelos moradores e agradeceu às Instituições que apoiaram o projeto, aos parceiros de trabalho no IPOL e principalmente às famílias presentes, citando as famílias envolvidas presentes e lembrando também aquelas que não estavam.

Mariela Silveira também agradeceu a oportunidade de participar do Projeto e enfatizou como as histórias ouvidas no Vale nos remetem a tantas outras histórias de nosso Brasil, que precisam ser escutadas e valorizadas.

Finalmente, os familiares presentes manifestaram os agradecimentos ao Projeto e com muita emoção o dia terminou com o sentimento comum de gratidão, de alegria sincera e celebração ao finalizar um trabalho que partilha saberes e fazeres dos moradores do Vale do Itajaí.

Fonte: IPOL Comunicação

Línguas do Vale do Itajaí no Registro Receitas da Imigração e nas Oficinas de Políticas Linguísticas do IPOL.

Um conjunto de ações vem sendo recentemente desenvolvido pelo IPOL e parceiros junto a comunidades linguísticas do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, com o objetivo de conhecer e reconhecer a diversidade linguística da região e promover as práticas sociais e identitárias dos diferentes grupos.

As Receitas da Imigração
receitas-289x300Uma dessas ações é a pesquisa sobre as adaptações culinárias ligadas à história dos imigrantes e que permanecem em receitas transmitidas nas línguas, de geração em geração. Dessa pesquisa resultou o livro Receitas da Imigração, que será lançado no próximo dia 19 de março, às 17:30h, na sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, em Blumenau.
Produzida a oito mãos: Ana Paula Seiffert, Mariela F. da Silveira, Peter Lorenzo e Rosângela Morello, a publicação foi feita pela Editora Garapuvu e conta também com a inestimável participação de falantes das línguas de imigração que compartilharam nas entrevistas do Projeto, além de receitas consideradas fundamentais no estabelecimento dos imigrantes na Região, também um pouco da história de vida das famílias.
O material, com textos em português e receitas traduzidas nas línguas de imigração faladas na região abarcada pela pesquisa, a saber, variedades de alemão, polonês e italiano do Vale do Itajaí, será inicialmente distribuído gratuitamente às comunidades envolvidas e aos parceiros.Chamamos a atenção para o fato de que a concepção da pesquisa tem origem em um conjunto de ações do IPOL no Vale do Itajaí, iniciadas formalmente em 2002 com assessorias para a criação de um programa de ensino bilíngue nas escolas municipais.Em entrevista à Rádio Cultura AM de Timbó, as pesquisadoras Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira, coordenadoras da pesquisa, e Rosângela Morello, coordenadora geral do IPOL, contaram um pouco sobre as pesquisas e seus resultados. Confira a entrevista.
 
 
Oficinas para a gestão das línguas
 
Entre os desdobramentos das ações realizadas, uma das mais importantes é a oferta de oficinas gratuitas visando principalmente  a preparar gestores, professores e lideranças locais para atuar na gestão das línguas e das práticas culturais da região. Com um planejamento de 3 encontros mensais, que acontecerão aos sábados na sede da AMMVI, as oficinas são parte do projeto  “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária” e tematizam importantes faces das politicas linguísticas, Em cada oficina, os participantes terão oportunidade de conhecer um pouco sobre as ações de promoção das línguas, poderão compartilhar suas experiências e memórias e ao final poderão identificar perspectivas de ações para avançar na promoção de suas línguas.  O Projeto foi contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estimulo à Cultura.
No dia 19, será lançado o livro Receitas da Imigração, com a presença de representante do IPHAN, do IPOL e dos participantes das pesquisas.
Confira a programação.
oficinas folder

IPOL Pesquisa

Receba o Boletim

Facebook

Revista Platô

Revistas – SIPLE

Revista Njinga & Sepé

REVISTA NJINGA & SEPÉ

Visite nossos blogs

Forlibi

Forlibi - Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

Forlibi – Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

GELF

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

Clique na imagem

Arquivo

Visitantes