INDL

Equipe do Projeto Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração realiza reunião

ipol2Na sexta-feira, dia 06 de maio de 2016, a equipe do Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração se reuniu para discutir a elaboração dos instrumentos de pesquisa a serem utilizado no projeto.

Estavam presentes a equipe do IPOL: Rosângela Morello (coordenadora-geral), Cíntia Vilanova, Tamissa Godoi, Mariela Felisbino da Silveira, Alberto Gonçalves e Gilvan Müller de Oliveira. Também participaram por Skype Ana Paula Seiffert (também do IPOL) e a equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), instituição parceira do projeto: Cleo Vilson Altenhofen, Jussara Maria Habel, Angelica Prediger, Luana Cyntia dos Santos Souza, Lucas Löff Machado, Viktorya Zalewski Pietsch dos Santos, Eduardo Gonçalves Nunes e Gabriel Schmitt.LOGO_editavel

Esta foi a terceira reunião realizada pelo grupo e teve como foco o trabalho conjunto de análise e adequação dos instrumentos elaborados previamente a fim de torná-los adequados à perspectiva teórico-metodológica do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). Após esta etapa, os mesmos já poderão ser aplicados em municípios do RS, PR, SC, MT e ES para levantamento de dados do Inventário, que é uma parceria entre o IPOL, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a UFRGS.

Fonte: IPOL Comunicação

Publicação do IPHAN aborda Diversidade Linguística no espaço Ibero-Americano

Anais5O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acaba de lançar os Anais do Seminário Ibero-Americano da Diversidade Linguística, evento ocorrido no ano de 2014, em Foz do Iguaçu, Paraná. Disponibilizado em meio digital para acesso livre, a publicação apresenta contribuições de pesquisadores, gestores públicos e de representantes das comunidades linguísticas, estando subdividida em três eixos principais.

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Proteção às línguas e tradições indígenas

tupiA relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, visita o Brasil entre 7 e 17 de março para identificar e avaliar as principais questões que os índios enfrentam no País. Na segunda-feira, 7 de março, no Ministério da Cultura (MinC), o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e dirigentes da pasta, estiveram reunidos com Victoria para esclarecer as ações do MinC em relação aos povos indígenas. Na ocasião, a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, falou sobre o trabalho de reconhecimento e promoção da tradição indígena no Brasil.

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Inventário irá promover língua pomerana em nível nacional

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Foto: Leonardo Meira

Por: Leonardo Meira

Com um trabalho intenso, de mais de 10 anos, a língua pomerana finalmente será reconhecida no Inventário das Línguas Brasileiras. Bastante discutida, debatida e avaliada, a proposta foi uma das 20 selecionadas no Edital de Chamamento Público do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça.

O Inventário da Língua Pomerana (ILP) se alinha à Política do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), desenvolvida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e toma por base o Guia para Pesquisa e Documentação, que orienta essa política.

Sua concepção e proposta de execução é parte de uma parceria que vem se consolidando desde 2007, e que envolve o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL), sediado em Florianópolis, Santa Catarina, e instituições e pesquisadores do Espírito Santo, estado onde estão concentradas as comunidades pomeranas focalizadas na proposta. Continue lendo

Uff Hunsrickisch schreiwe: Entrevista mit Cléo Altenhofen / Escrever em Hunsrückisch: Entrevista com Cléo Altenhofen

O IPOL e o Grupo ALMA-H (Atlas Linguístico da Minorias Alemãs na Bacia do Prata: Hunsrückisch – http://www.ufrgs.br/projalma) da UFRGS iniciaram, em janeiro deste ano, os trabalhos para o Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração, cujo objetivo é reunir um conjunto de informações sobre essa língua visando seu reconhecimento como Referência Cultural Brasileira. A pesquisa será realizada em várias cidades e comunidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo.

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Cléo Altenhofen – Foto: SWR.de

A execução desse e de outros inventários traz à tona importantes debates sobre a especificidade das línguas brasileiras e seu futuro. Por “línguas brasileiras” compreende-se, de acordo com a política do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL/IPHAN/MINC), o conjunto das línguas presentes no país há pelo menos três gerações, sejam elas indígenas, afro-brasileiras, de sinais, crioulas ou de imigração.

Entre as questões em debate está a política de produção de escrita ou escritas da língua. Essa é uma questão central para grande parte das línguas brasileiras e foi fortemente tematizada no I Encontro Nacional de Municípios Plurilíngues, realizado em setembro de 2015, em Florianópolis. Para contribuir com esse debate, e avançar na implementação do INDL, o IPOL e parceiros têm a honra de publicar essa primeira entrevista com o professor Cléo Altenhofen, coordenador do Projeto ALMA-H / UFRGS, sobre as perspectivas para a escrita do Hunsrückisch (pt. hunsriqueano). Prevemos realizar outras entrevistas que serão oportunamente divulgadas.

Ortografia da língua brasileira de imigração alemã Hunsrückisch
Entrevista com Cléo Altenhofen
Por Willian Radünz (Graduando, UFRGS)

1. O Hunsrückisch é uma língua essencialmente falada. Uns diriam que é uma língua ágrafa, que não tem, pelo menos por enquanto, uma escrita definida. O que isso significa para a discussão sobre a “escrita do Hunsrückisch”?

A maioria dos falantes de Hunsrückisch de fato apenas fala sua língua e não a escreve, embora o pudesse, mesmo que só para anotar uma lista de compras do supermercado ou para terminar um e-mail com um “fosche Abrass”. Historicamente, quando se precisava escrever em alemão, por exemplo a ata de uma sociedade de canto, ou uma inscrição em uma sepultura, ou mesmo um ditado em um pano de prato, no caso um Wandschoner, se optava pela escrita em Hochdeutsch. Contudo, não se pode dizer que não há uma tradição escrita em Hunsrückisch. Basta lembrar os contos do Padre Balduíno Rambo, os poemas de Alfredo Gross e de Lily Clara Koetz, livros como o de José Inácio Flach, ou ainda diversos textos avulsos em jornais ou almanaques e revistas, como o Brumbärkalender e o Sankt Paulus Blatt. Eles fazem parte da história da língua Hunsrückisch, no Brasil. Ignorá-los é ignorar sua história e memória. Assim, temos aqui um primeiro princípio, fundamental para mim, ao discutir a escrita do Hunsrückisch: o respeito à sua história e coletividade. A consequência é que não podemos simplesmente inventar uma escrita nova, como se não tivesse havido nada antes. Porque, se quisermos compreender por que o Hunsrückisch é como é, temos que dialogar com a sua história e origem. O Hunsrückisch não foi inventado por nós, e sim herdado como uma construção coletiva de várias gerações.

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Projeto de Inventário da Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem sua primeira reunião do ano

Bruna Neves, Maristela da Silveira e Ana Paula Seiffert

Bruna Neves, Mariela da Silveira e Ana Paula Seiffert – Foto: IPOL

Na tarde desta segunda-feira, dia 18/01, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis-SC, realizou-se a primeira reunião do ano com parte da equipe de colaboradores do projeto Inventário da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Estavam presentes: Rosângela Morello, coodenadora-geral do IPOL, Bruna Crescêncio Neves (IFSC), Ana Paula Seiffert, Cíntia Vilanova, Tamissa Godoi, Mariela Felisbino da Silveira e Alberto Gonçalves. Também participaram por Skype os professores da UFSC Ronice Müller de Quadros e Gilvan Müller de Oliveira.

Tamissa Godoi, Cintia Vilanova e Rosângela Morello - Foto: IPOL

Tamissa Godoi, Cintia Vilanova e Rosângela Morello – Foto: IPOL

Na reunião foram discutidos os encaminhamentos e cronogramas para as primeiras ações do projeto que ora se inicia. O Inventário da Libras – uma parceria entre o IPOL, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a UFSC – foi um dos contemplados ano passado pelo Edital de Chamamento Público 004/2014 – Identificação, Apoio e Fomento à diversidade linguística no Brasil – Línguas de Sinais, Línguas de Imigração e Línguas Indígenas.

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