Estudantes indígenas de universidade do Mato Grosso são capacitados para dar aulas nas próprias aldeiascomo criar um blog
Cursos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) ajudam na preservação das línguas indígenas. Aulas de valorização da identidade e cultura, diálogos entre diferentes conhecimentos, saberes e princípios dos indígenas fazem parte dos cursos de Licenciatura em Pedagogia Intercultural e Licenciatura Intercultural da Universidade do Estado de Mato Grosso, a Unemat. Continue lendo
Falar português, comer frango e jogar à bola. A nova vida das crianças indígenas venezuelanas
O Brasil recebeu quase 170 mil venezuelanos desde o início da crise, incluindo indígenas da etnia Warao. Vêm do norte da Venezuela, vivem junto ao rio Orinoco, são pescadores e têm uma língua própria. Muitos não falam espanhol, o que torna a integração ainda mais difícil. Para contornar o problema, há várias escolas em Manaus a acompanharem crianças refugiadas.
Nesta escola de Manaus as aulas começaram ainda há pouco. As portas das salas de aula já estão fechadas mas pode ouvir-se a voz de Adênis Gama, professora do terceiro ano da primária. Continue lendo
Faculdade Indígena da Unemat participa de programa da Rede Globo
O segundo episódio da série “Brasil em outras línguas”, do programa da Rede Globo “Como Será?”, que vai ao ar no dia 13 de julho, mostrará o trabalho da Faculdade Intercultural Indígena (Faindi), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), pioneira e referência na América Latina na condução intercultural de uma proposta pedagógica de ensino diferenciado e de valorização étnica. Continue lendo
Acadêmicos da UFFS traduzem livro para a língua kaingang
Sempre articulada com a realidade das comunidades indígenas, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim dá mais um exemplo de como está preocupada em olhar para esse público. Desta vez a ação veio de acadêmicos do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza, que trabalharam na tradução, para a língua kaingang, de um livro paradidático no formato de história em quadrinhos (HQ). Continue lendo
Educador indígena
A formação é rara oportunidade de empreender um diálogo da interculturalidade
Estudantes de Brasilândia (MS) criam dicionário indígena ilustrado para preservar idioma em risco de extinção
niciativa foi premiada no Desafio Criativos da Escola 2018 e garantiu pela segunda vez a representação do estado do Mato Grosso do Sul na premiação
O ofaié costumava ser um idioma falado pelos indígenas “ofaié”, que habitam a região de Brasilândia (MS), localizada a 352 quilômetros da capital Campo Grande. Com o passar dos anos, essa língua praticamente se perdeu, restando, na aldeia, apenas cinco idosos falantes. Ao notar que esse idioma nativo estava prestes a desaparecer, estudantes do 6º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Henrique Filho se uniram para pensar em como manter viva essa língua. Era o início do projeto “Dicionário indígena Ilustrativo: resgatando a língua ofaié e guarani”, um dos premiados da 4ª edição do Desafio Criativos da Escola, selecionado em conjunto com o programa Parceria Votorantim pela Educação – e mais especificamente com uma das empresas vinculadas ao grupo, a Fibria Celulose.
O primeiro desafio dos jovens indígenas foi romper a barreira cultural que existia na própria escola. Eles se sentiam excluídos pelos colegas, que não interagiam com o grupo por que não entendiam sua língua. A situação começou a mudar quando uma professora sugeriu aos ofaiés que citassem, durante uma aula, algumas palavras de sua etnia, despertando a curiosidade dos demais. Junto com o interesse, surgiu também a vontade de contribuir para a preservação desse idioma. E por que não compilar essas palavras em um dicionário ilustrado e distribuí-lo na região?
Após muitas pesquisas, conversas com um ex-cacique, com um professor da língua na aldeia, e com os últimos falantes do idioma e seus familiares, o grupo selecionou as ilustrações e palavras que fariam parte do material. Comerciantes locais abraçaram o projeto e contribuíram com recursos para o que os jovens pudessem fazer várias cópias e deixá-las nas bibliotecas do município. Essa mobilização entusiasmou os jovens indígenas, pois além de disseminarem sua cultura, essa experiência tornou o convívio com os demais estudantes mais amigável e promoveu a valorização da identidade desses povos por toda a região.
Esta é a segunda vez consecutiva que um projeto do Mato Grosso do Sul é premiado no Desafio Criativos da Escola. A cerimônia de premiação dos 11 projetos selecionados será no dia 4 de dezembro, no Teatro Carlos Câmara, em Fortaleza (CE), com a participação de três estudantes e um educador de cada um dos grupos selecionados. A transmissão do evento será feita ao vivo pelo canal do Youtube o Criativos da Escola.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Desafio contou com o apoio do programa Parceria Votorantim pela Educação, do Instituto Votorantim, nos 104 municípios onde desenvolve suas atividades. Este projeto desenvolvido na cidade de Brasilândia é fruto desta parceria.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
Fonte: Jornal Dia Dia