Lusofonia

CPLP cria rede para preservar e divulgar patrimônio histórico

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Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil,  29/09/2024

Brasília (DF), 29/09/2024 - A Conferência Internacional sobre Arquivos Históricos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) instituiu a criação da Rede de Arquivos Nacionais da CPLP. Foto: Arquivo Nacional/Divulgação

Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre eles o Brasil, criaram a Rede de Arquivos Nacionais da instituição (RAN-CPLP), que vai funcionar como um instrumento de cooperação para reforçar os laços entre os Arquivos Nacionais e/ou entidades equivalentes dos estados-membros. A intenção é, por meio de um espaço de diálogo permanente, preservar, valorizar e divulgar o patrimônio histórico e documental dos países que compõem a comunidade.

A rede foi criada durante a Conferência Internacional sobre Arquivos Históricos realizada pela instituição em Luanda, com participação do Arquivo Nacional (AN) do Brasil e Dataprev, ambas instituições ligadas ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

RIO DE JANEIRO (RJ), 07/07/2023 - A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto durante seminário O caso do navio escravagista Camargo, no Arquivo Nacional. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto participou da elaboração da Declaração de Compromisso e Estatutos.

“A criação da Rede de Arquivos Nacionais da CPLP é um passo importante para o estabelecimento de ações de cooperação internacional atentas aos desafios da transformação digital e com foco na promoção do direito à memória, considerando as semelhanças e as diferenças entre os países membros. Além da língua, de elementos culturais e de estarmos, em maioria, geopoliticamente  posicionados no Sul Global, temos em comum também impasses gerados pelo trauma do colonialismo, da escravidão e do racismo”, ressalta Ana Flávia.

“Trata-se de um tema sensível, mas incontornável.Especificamente a agenda dos arquivos oferece caminhos interessantes para lidarmos com tudo isso sem resvalarmos para antagonismos infrutíferos ou silenciamentos perigosos. Estamos há dois anos dos 30 anos da CPLP e a consolidação dessa rede tem o potencial estratégico de apresentar soluções para problemas relevantes.”

Entre outros focos da rede estão estimular os Arquivos Nacionais para a adoção de melhores práticas de preservação e gestão documental; criar e dinamizar uma estrutura de cooperação multilateral com base no interconhecimento buscando a colaboração entre os arquivos nacionais dos Estados-Membros da CPLP.

Próximos passos

O Plano de Atividades Anual da RAN-CPLP preparado para o período 2024-2025, define a cooperação contínua e o desenvolvimento de ações conjuntas, como a criação e implementação de um espaço digital comum na página da CPLP; programa de formação e capacitação técnica para profissionais de arquivos; o desenvolvimento de projetos de cooperação multilateral, promovendo a partilha de recursos e conhecimentos; e a realização de um estudo abrangente sobre a situação dos Arquivos Nacionais dos integrantes da CPLP.

Os encontros da rede ocorrerão em reuniões periódicas que vão avaliar o avanço das iniciativas e discutir novas oportunidades de colaboração. Para 2025, já estão previstas a segunda Assembleia Geral da RAN-CPLP no quadro da Capital da Cultura da CPLP, em São Tomé, e um Seminário de Cooperação Internacional sobre Arquivos.

A CPLP reúne os países que têm o português como língua oficial. Além de Portugal, fazem parte desse grupo nações que, ao longo de sua história, foram colonizadas pelo antigo Império Português.

Além do Brasil, compõem o grupo os países africanos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e o asiático Timor Leste.

Saiba mais lendo na fonte:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-09/cplp-cria-rede-para-preservar-e-divulgar-patrimonio-historico

 

A cidade de Coimbra acolhe o primeiro Ciclo Cidadania da Língua (João Relvas / Agência LUSA)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Associação Portugal Brasil 200 anos disse que o evento vai contar com a participação de importantes nomes da cultura e literatura dos países de língua portuguesa

Dezenas de intelectuais vão estar em Coimbra a debater o futuro da língua portuguesa, num evento de dez dias que pretende ser o primeiro passo para a inauguração da Casa da Cidadania da Língua, revelou esta segunda-feira a organização.

 

De acordo com a Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA), o evento vai contar com a participação de importantes nomes da cultura e literatura dos países de língua portuguesa, entre os quais a filósofa e escritora brasileira Djamila Ribeiro, que estará pela primeira vez em conferências em Portugal.

A cidade de Coimbra acolhe, de 23 de junho a 2 de julho, o primeiro Ciclo Cidadania da Língua, promovido pela APBRA, em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra.

Debates, palestras, conversas, performances e apresentação de obras fazem parte de um programa pensado para 10 dias, que será repartido por três espaços da cidade de Coimbra: Casa da Escrita, Praça do Comércio e Casa da Cidadania da Língua.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, a APBRA informou que pela cidade passarão também o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos, e ainda personalidades como Yara Nakhanda Monteiro, escritora luso-angolana; Laurentino Gomes, historiador brasileiro; Rafael Gallo, vencedor do prémio Saramago; Andrea Nogueira, gerente do SESC São Paulo; Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, entre outros.

“A iniciativa é o primeiro passo para a inauguração da Casa da Cidadania da Língua, que ocorrerá em Coimbra em outubro de 2023. Com debates, palestras e performances, o Ciclo Cidadania da Língua serve como uma introdução a um projeto ambicioso e vai promover a reflexão em um momento em que a língua portuguesa ganha cada vez mais espaço internacional”, justificou.

Segundo a organização, é urgente o debate sobre “como a cultura se transforma em marca de território, a expansão de uma programação cultural em português, o lugar de fala, os trânsitos entre arte e literatura, os desafios da nova cidadania e o acesso à educação”.

“Além disso, o evento aborda a criação de um mercado de edição internacional e o futuro da literatura de língua portuguesa”.

No entender da APBRA, a realização do evento em Coimbra vem reforçar e relançar a importância da cidade como um dos epicentros da língua portuguesa. “A APBRA, em parceria com a Feira do Livro de Coimbra, procura promover a reflexão e o diálogo sobre alguns dos principais temas da atualidade, o fortalecimento da cultura e a literatura dos países de língua oficial portuguesa”, concluiu.

A APBRA é uma Associação não-governamental e sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento das relações humanas e económicas entre Portugal e o Brasil e à promoção da cultura e da língua portuguesa, através da realização de eventos e parcerias com agentes privados e públicos dos dois países.

São parceiros da APBRA o Senado Federal, o Instituto Camões, a Universidade de Coimbra, Município de Coimbra, o Estado de Minas Gerais, o Ministério da Cultura de Portugal, entre outras organizações e empresas.

Confira a programação oficial:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia a matéria na fonte:

Futuro da língua portuguesa debatido em Coimbra ao longo de dez dias

Para saber mais sobre a Casa da Cidadania da Língua, acesse os links abaixo:

https://www.jn.pt/opiniao/jose-manuel-diogo/a-casa-da-cidadania-da-lingua-16373434.html/

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manuel-diogo/2023/06/lingua-portuguesa-une-culturas-diversas-e-tece-redes-que-transcendem-fronteiras-geograficas.shtml

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/05/04/escritores-e-artistas-lancam-iniciativa-inedita-sobre-a-lingua-portuguesa.htm

Dezenas de personalidades associam-se ao projeto Cidadania da Língua Portuguesa

Cabo Verde: Parlamento aprova português como patrimônio

Em 15/04/233

CULTURA – CABO VERDE

Parlamento cabo-verdiano aprova proposta de uma deputada do Movimento para a Democracia (MpD, maioria) para classificar língua portuguesa como património imaterial, num processo envolto em várias divergências.

A proposta da deputada Mircéa Delgado foi aprovada ontem (14.04) por 27 votos a favor e 26 contra, mas só depois de a mesa reconsiderar e não contar as nove abstenções, tendo em conta o entendimento anterior de aprovação da proposta carecer pela maioria dos deputados presentes (incluindo as abstenções), decisão que levou alguns deputados a considerarem recorrer ao Tribunal Constitucional.

A proposta mereceu votos a favor de deputados dos três partidos representados no parlamento, mas também críticas que alegavam tratar-se de uma “sobrevalorização do português”, face à língua crioula cabo-verdiana, ou posições totalmente a favor de outros deputados, o que dividiu o parlamento ao longo de várias horas de debate e constantes interrupções.

“Fadiga”

“Este percurso de séculos da língua portuguesa no chão de Cabo Verde e a sua importância como elemento identitário de primeira grandeza, a par da língua cabo-verdiana, não nos permite ficar indiferentes a alguns sinais de fadiga com origem diversa, visíveis na utilização da língua portuguesa no nosso país, em contramão com a tendência mundial da sua valorização como meio de comunicação e também de cooperação e de troca nas múltiplas dimensões”, alegou a deputada, ao apresentar a proposta.

As dúvidas dos deputados colocaram-se igualmente por se tratar de um processo de classificação por via legislativa e não técnica, como é determinado por resoluções nacionais e internacionais. Este foi de resto o primeiro entendimento no parecer anterior da Comissão Especializada de Educação, Cultura, Saúde, Juventude, Desporto e Questões Sociais da Assembleia Nacional, que devolveu o projeto de lei à deputada proponente.

A comissão entendeu primeiro não emitir parecer favorável ao projeto, face ao parecer negativo do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através da Direção do Património Imaterial, e “na ausência de um parecer externo solicitado ao instituto Camões para fundamentar e fornecer mais elementos de análise”, mas a proposta acabaria por ser agendada para votação nesta sessão plenária.

Siga lendo em: https://www.dw.com/pt-002/cabo-verde-parlamento-aprova-classificação-de-português-como-património-imaterial/a-65334361

Timor quer que língua de instrução no sistema educativo seja só o português

Os ministérios da Educação e do Ensino Superior timorenses querem tornar obrigatório que a instrução no sistema educativo do país seja apenas em português, e que outras línguas sejam “auxiliares” e de apoio.

“Os dois Ministérios estão a propor alterações à lei de bases da educação, e a proposta é que a língua de instrução seja apenas o português. O tétum e outras lingas nacionais vão servir de lingas auxiliares e de apoio pedagógico quando forem necessárias”, disse hoje o ministro da Educação, Juventude e Desporto, Armindo Maia.

“Este é um dos grandes problemas que temos estado a enfrentar” no sistema educativo nacional, disse.

Armindo Maia falava no Centro Cultural Português, na Embaixada de Portugal em Díli, à margem de uma cerimónia de boas-vindas a um grupo de professores que vai ser destacado para os 13 Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) de Timor-Leste, um projeto luso-timorense para a requalificação do ensino timorense em língua portuguesa.

Armindo Maia explicou que a proposta, que mexe na lei de bases da educação, ainda terá que passar pelo Conselho de Ministros e posteriormente pelo Parlamento Nacional, mostrando-se esperançado que essa discussão possa ocorrer antes das eleições, marcadas para 21 de maio.

“Com essa alteração, esperamos que os professores se possam começar a esforçar para lecionar em português”, disse, referindo-se a uma das duas línguas oficiais do país, a par do tétum.

Armindo Maia respondia a perguntas dos jornalistas sobre dados de que 80% da comunidade educativa timorense não utiliza o português na escola, explicando que esse é um dos maiores desafios do setor.

Neste âmbito recordou os esforços que têm sido feitos para fortalecer as capacidades de ensino em português dos docentes timorenses, inclusive através do projeto luso-timorense PRO-Português.

“O projeto PRO-Português no ano passado formou mais de 4.000 professores timorenses em formação intensiva em língua portuguesa. Esperamos este ano um número idêntico. Vamos apostar nisso”, vincou.

Questionada sobre a mesma matéria, a embaixadora de Portugal em Díli, Manuela bairros disse que no que toca ao uso do português em Timor-Leste se deve “ver o copo meio cheio”, notando os progressos na última década.

“Podemos fazer a leitura dos números como acharmos melhor. Pode haver 80% de pessoas que se sintam mais confortáveis a falar outras línguas que não a língua portuguesa, mas o que tenho verificado nas minhas viagens pelo país é que há muitas pessoas a quem me dirijo em português, que reagem em português, com melhor ou pior fluência”, disse.

“A partir do momento em que as pessoas sentem confiança na língua portuguesa esse número vai cair. O projeto CAFE está a trabalhar no sentido das pessoas se sentirem confortáveis com a língua portuguesa. É um processo, complexo e moroso, mas estive aqui há oito nos e senti uma grande mudança na proficiência do português por parte dos timorenses nesses oito anos”, afirmou.

Armindo Maia reiterou na cerimónia de hoje a vontade do Governo alargar a rede de escolas CAFE ao novo município de Ataúro “já no próximo ano”, com planos de abertura de uma segunda escola em Díli.

O plano “mais ambicioso” veria a implementação do programa, atualmente nas capitais dos municípios e da RAEOA, aos postos administrativos do país.

Maia explicou à Lusa que o sucesso dos CAFE é evidente pelos resultados, manifestando-se esperançado que a iniciativa possa contribuir para melhorias em todo o sistema.

 

leia mais em https://www.plataformamedia.com/2023/03/01/timor-quer-que-lingua-de-instrucao-no-sistema-educativo-seja-so-o-portugues/

Dia Internacional da Língua Portuguesa

5 de Maio é o Dia Internacional da Língua Portuguesa - Rede Brasil ...

“A Língua Portuguesa será uma das grandes línguas do século XXI”

O Tratado da Gratidão de São Tomás de Aquino inspirou o professor Sampaio da Nóvoa num agradecimento público que, há alguns anos, se tornou viral. Pela primeira vez, Sampaio da Nóvoa viu o seu discurso, num vídeo que a TVI decidiu recuperar neste dia da Língua Portuguesa.
Assistam:

https://tvi24.iol.pt/videos/sociedade/a-lingua-portuguesa-sera-uma-das-grandes-linguas-do-seculo-xxi/5eb1d6a50cf2c4d7ff3e8e61?jwsource=cl

 

As expectativas dos países de língua portuguesa com o futuro secretário-geral da ONU

antonioguterres

António Guterres, eleito secretário-geral da ONU a partir de 1º de janeiro O político português António Guterres, ex-primeiro ministro de Portugal e

por Mauro Bellesa – publicado 18/11/2016 13:20 – última modificação 21/11/2016 16:38

O político português António Guterres, ex-primeiro ministro de Portugal e ex-presidente do Conselho Europeu, assume no dia 1º de janeiro o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para um mandato de cinco anos.

Segundo Álvaro Vasconcelos, diretor-geral do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa (IEEI), pouco tem sido dito sobre o impacto que um secretário-geral de língua portuguesa poderá ter na promoção da agenda dos países lusófonos.

Vasconcelos discutirá esse impacto na conferência A Eleição de Guterres e os Países de Língua Portuguesa: Que Oportunidades num Mundo Pós-Ocidental?, no dia 24 de novembro, às 14h, na Sala de Eventos do IEA, atividade com apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP.

Os debatedores serão: Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e integrante do IEA; e Pedro Dallari, diretor do IRI-USP e membro do Conselho Diretor do Centro de Estudos de Justiça das Américas (Ceja), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Continue lendo

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