Professor alemão ajudará a formar futuros docentes do idioma na graduação em Letras da FURB

Maristela Fritzen, Josha Nitzsche, Rita Rausch, Valéria Mailer e Nestor Freese (da esquerda para direita).
Professor alemão ajudará a formar futuros docentes no idioma
O curso de graduação em Letras – Língua Alemã da Universidade Regional de Blumenau ganhou um importante reforço até novembro deste ano. O professor Josha Nitzsche será assistente de língua alemã na FURB no curso vinculado ao Departamento de Letras do Centro de Ciências da Educação, Letras e Artes (CCEAL).
Josha Nitzsche é um dos nove assistentes selecionados na Alemanha que chegaram ao Brasil, em março, para atuar em cursos de bacharelado e licenciatura de universidades brasileiras (a maioria federais), aprovadas no Programa de Assistente de Ensino de Língua Alemã, desenvolvido em conjunto pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC) e pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Continue lendo
As muitas línguas do Brasil

Criança asurini. A língua falada por esse grupo indígena foi uma das três primeiras incluídas no Inventário Nacional da Diversidade Linguística – Foto: UnB Agência / Flickr.
As muitas línguas do Brasil
Everton Lopes
Documento cataloga as línguas faladas em nosso país. Quantas você conhece, além do bom e velho português?
Você consegue contar quantas línguas são faladas no Brasil? Se você pensou só no português, é hora de repensar sua resposta. Em um país grande como o nosso, onde diversas culturas, nascidas aqui ou vindas de outros lugares, dividem o território, é natural que as pessoas se comuniquem em diversas línguas. Mas essa diversidade nem sempre é reconhecida.
Curso de Língua Talian será ministrado em Garibaldi-RS
Nota de esclarecimento do IPOL: Na reportagem veiculada no site da prefeitura municipal de Garibaldi-RS que apresentamos nesta postagem, o Talian é caracterizado ora como “variedade”, ora como “dialeto” e ora como “língua”. A esse respeito, vale lembrar que, em novembro do ano passado, o Talian, juntamente como o Asurini do Trocará e o Guarani Mbya, foram reconhecidos como Referência Cultural Brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fazendo parte desde então do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), conforme dispõe o Decreto 7387/2010, que instituiu o INDL “como instrumento de identificação, documentação, reconhecimento e valorização das LÍNGUAS portadoras de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Em sintonia com o texto do referido Decreto, portanto, acreditamos ser importante chamar a atenção de nossos leitores para o fato de que também nós do IPOL consideramos o Talian como LÍNGUA e não como “variedade” ou “dialeto”.
Curso de Talian será ministrado em Garibaldi
Um curso de Talian ocorrerá nos próximos meses em Garibaldi. A atividade terá início em 26 de março e seguirá até 18 de junho. A iniciativa tem o intuito de preservar os aspectos históricos e culturais ligados ao Talian – variedade suprarregional do italiano com características próprias – reconhecida pelo inventário nacional da diversidade linguística.
IPOL realizará formação de recenseadores para o censo linguístico do município de Antônio Carlos-SC
IPOL realizará formação de recenseadores para o censo linguístico do município de Antônio Carlos-SC
Nos dias 10 e 11 de fevereiro, o IPOL realizará em Antônio Carlos-SC a formação dos recenseadores que atuarão no censo linguístico do referido município. A formação é uma parceria entre o IPOL e a Secretaria de Educação e Cultura de Antônio Carlos.
Localizada a 32 km de Florianópolis e com uma população de 7.906 habitantes, segundo o IBGE (2010), Antônio Carlos foi a primeira cidade do Estado de Santa Catarina a aprovar uma lei cooficializando uma língua de imigração, o Hunsrückisch. A cooficialização foi aprovada, por unanimidade, por sua câmara municipal, em 09/02/2010, depois de muitas reuniões e da realização de três audiências públicas (ver documento com a lei aqui).
Antônio Carlos é também um dos 14 municípios brasileiros (ver tabela abaixo) a empunhar uma política linguística de reconhecimento da história e da língua de grande parte de sua população como forma de aprofundar os vínculos identitários e planejar ações de desenvolvimento social e econômico pautado pelo fortalecimento das iniciativas locais.
Registro da Língua Talian como Patrimônio Cultural do Brasil é destaque no Jornal Nacional
Registro da Língua Talian como Patrimônio Cultural do Brasil é destaque no Jornal Nacional
Reportagem do Jornal Nacional (Rede Globo) de 31 de janeiro destacou o registro da Língua Talian como Patrimônio Cultural do Brasil. O Talian, juntamente com as línguas Guarani Mbya e Asurini do Trocará, são as primeiras línguas reconhecidas como Referência Cultural Brasileira pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ver notícia aqui) e agora fazem fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). Essas línguas bem como os representantes de suas comunidades foram homenageados durante o Seminário Ibero-Americano de Diversidade Linguística, em Foz do Iguaçu-PR, no dia 18 de novembro do ano passado (ver notícia aqui).
Assista o vídeo com a reportagem aqui ou visualize abaixo.
Abaixo replicamos a notícia publicada no portal G1.
Dialeto derivado do italiano vira patrimônio cultural no Brasil
A diversidade linguística como patrimônio cultural
A diversidade linguística como patrimônio cultural
Ministério da Cultura inicia, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, política de reconhecimento das diferentes línguas e dialetos falados no Brasil através de processos de inventários, apoio a pesquisas, divulgação e promoção
Marcus Vinícius Carvalho Garcia
A diversidade linguística encontra-se ameaçada. Estima-se que entre um terço e metade das línguas ainda faladas no mundo estarão extintas até o ano de 2050. As consequências da extinção das línguas são diversas e irreparáveis, tanto para as comunidades locais de falantes, quanto para a humanidade. Essa percepção se encontra na Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, elaborada na cidade de Barcelona, Espanha, em 1996, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas Para Educação e Cultura (Unesco) e com a participação de representantes de comunidades linguísticas de diversas regiões do planeta. Segundo este documento, a situação de cada língua é o resultado da confluência e da interação de múltiplos fatores político-jurídicos, ideológicos e históricos, demográficos e territoriais; econômicos e sociais. Salienta que, nesse sentido, existe uma tendência unificadora por parte da maioria dos Estados em reduzir a diversidade e, assim, favorecer atitudes adversas à pluralidade cultural e ao pluralismo linguístico.