Línguas de imigração

Inscrições para oficinas do projeto línguas de imigração como patrimônio

Oficinas_postalOficinas_postal

oficinas folderEstão abertas as inscrições para as oficinas do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”, coordenado pela pesquisadora do IPOL e do NAUI – Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural – da UFSC, Mariela F. da Silveira

e executado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL). O Projeto do IPOL, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estimulo à Cultura 2014, prevê a realização de três oficinas objetivando promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.

As oficinas são gratuitas e serão realizadas neste semestre na Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), em Blumenau, nos dias 19 de março, 9 de abril e 14 de maio de 2016. Vagas limitadas.

Serviço: 

O quê: Inscrições gratuitas para Oficinas do projeto “Línguas de Imigração como Patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”

Onde: Sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí. Rua Alberto Stein, n° 466, Bairro Velha, Blumenau

Quando:

Oficina 1 “Diversidade Linguística e Patrimônio” em 19/03/2016

Oficina 2 “Línguas e Imigração no Brasil” em 09/04/2016

Oficina 3 “Línguas e políticas de reconhecimento e promoção” em 14/05/2016

Quem pode participar?

Membros das comunidades da região (professores, lideranças, comunidade em geral);

Gestores locais (representantes de Secretaria de Cultura, Secretaria de Educação e de associações);

Inscrição: no endereço https://docs.google.com/…/1E1MHt4PsBM7-laUH201UyuqJHuw…/edit ou entre em contato pelo e-mail lingua.patrimonio@gmail.com  ou telefone: (48) 9122-8517

Fonte: IPOL/Notícias da UFSC

Em cena, o documentário do IPOL sobre línguas, receitas e memórias

Foto: IPOL

Mosaico com imagens captadas para o documentário do Projeto “Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário” Peter Lorenzo/IPOL

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Darya Goerich entrevista Elizabeth Germer em Timbó-SC – Foto: Peter Lorenzo/IPOL

A equipe do Projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário (IPOL) esteve na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, na primeira quinzena deste mês. Peter Lorenzo, do IPOL, e a repórter Darya Goerich visitaram comunidades de falantes de ascendência alemã, italiana e polonesa, nos municípios de Blumenau, Timbó, Indaial e Rio dos Cedros.

Segundo Peter Lorenzo, “os encontros com os entrevistados geraram momentos nas entrevistas e situações de uso das suas respectivas línguas de imigração em diálogos e conversas com muitas histórias recheadas de alegria, choro e saudade”.

O Arquivo Histórico de Blumenau também recebeu a equipe do projeto, que registrou alguns documentos originais como passaportes, cartas, certidões de nascimento, dentre outros.

Familia Viebratnz_Rio dos Cedros

Jaqueline e Ana Julia, aprendem o uso dos instrumentos bandoneon e gaita, estimuladas pelo avô Geraldo Viebrantz – Foto: Peter Lorenzo/IPOL

O Projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário, convênio financiado pelo IPHAN – Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e executado pelo IPOL, através de Edital PNPI/2013, prevê a realização de um documentário, este já em avançada fase de produção, que abordará o caminho de sabores e memórias da imigração em Santa Catarina, apresentando ao público brasileiro a história de imigrantes e suas referências identitárias.

Culto na Igreja Nossa Senhora das DOres, Comunidade 13 de Maio Alto. Vila Itoupava

Culto em língua polonesa na Igreja Nossa Senhora das Dores, comunidade Treze de Maio Alto, Vila Itoupava, Blumenau – Foto: Peter Lorenzo/IPOL

A condução do documentário pretende dar relevância a aspectos da história, da memória e da língua dos imigrantes, tendo como fio condutor aspectos da produção de alimentos – agricultura e receitas culinárias – com o objetivo de refletir sobre a história na perspectiva do grupo de imigrantes. Procura-se, desse modo, contribuir para a promoção das comunidades de imigração, dando sustentabilidade às suas práticas culturais e linguísticas.

 Projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário (IPOL)

Mosaico com imagens captadas para o documentário do Projeto “Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário” Peter Lorenzo/IPOL

Inventário irá promover língua pomerana em nível nacional

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Foto: Leonardo Meira

Por: Leonardo Meira

Com um trabalho intenso, de mais de 10 anos, a língua pomerana finalmente será reconhecida no Inventário das Línguas Brasileiras. Bastante discutida, debatida e avaliada, a proposta foi uma das 20 selecionadas no Edital de Chamamento Público do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça.

O Inventário da Língua Pomerana (ILP) se alinha à Política do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), desenvolvida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e toma por base o Guia para Pesquisa e Documentação, que orienta essa política.

Sua concepção e proposta de execução é parte de uma parceria que vem se consolidando desde 2007, e que envolve o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL), sediado em Florianópolis, Santa Catarina, e instituições e pesquisadores do Espírito Santo, estado onde estão concentradas as comunidades pomeranas focalizadas na proposta. Continue lendo

Livro “Receitas da Imigração” será lançado em Blumenau-SC

receitasCerimônia de lançamento do Livro “Receitas da Imigração”

O livro Receitas da Imigração será lançado em cerimônia especial no dia 19 de março (sábado), a partir das 17:30h, na sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, localizada à Rua Alberto Stein n° 466 Bairro: Velha, em Blumenau-SC.

A publicação foi produzida no âmbito do projeto Receitas da Imigração – Língua e Memória na Preservação da Arte Culinária (2011-2014) fomentado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) através do Edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial-PNPI/2012 e executado pelo IPOL, o qual focalizou justamente o cenário plurilíngue e multicultural descrito, compondo histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da tradição culinária.

O livro ora lançado pelo IPOL é uma edição plurilíngue – em português e em línguas de imigração – contemplando, além de receitas culinárias trazidas, transformadas e realizadas pelas comunidades de imigrantes, também memórias e histórias da adaptação dessas populações na Região do Médio Vale do Itajaí, em Santa Catarina, no sul do Brasil.

Produzida a oito mãos: Ana Paula Seiffert, Mariela F. da Silveira, Peter Lorenzo e Rosângela Morello, a publicação sai pela Editora Garapuvu e conta também com a inestimável participação de falantes das línguas de imigração que compartilharam nas entrevistas do Projeto, além de receitas consideradas fundamentais no estabelecimento dos imigrantes na Região, também um pouco da história de vida das famílias.

O material, com textos em português e receitas traduzidas nas línguas de imigração faladas na região abarcada pela pesquisa, a saber, variedades de alemão, polonês e italiano do Vale do Itajaí, será inicialmente distribuído gratuitamente às comunidades envolvidas e aos parceiros.

O que é?
Lançamento do livro Receitas da Imigração

Onde?
Sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí
Rua Alberto Stein n° 466 Bairro: Velha – Blumenau – SC

Quando?
19/03/2016 (sábado) a partir das 17:30 horas

Leia também: Abertas inscrições para as oficinas do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”

Abertas inscrições para as oficinas do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”

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Inscrições Abertas!
Oficinas do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”

O Projeto, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de estimulo à Cultura 2014, prevê a realização de três oficinas objetivando promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.

As oficinas, ofertadas gratuitamente, serão realizadas neste semestre na Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), em Blumenau-SC nos dias 19/03, 09/04 e 14/05/2016. Acesse aqui o formulário e faça já sua inscrição, as vagas são limitadas.

O que é?
A oficinas do projeto “Línguas de Imigração como Patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”

Onde?
Sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí
Rua Alberto Stein n° 466 Bairro: Velha – Blumenau – SC

Quando?
Oficina 1 “Diversidade Linguística e Patrimônio” em 19/03/2016
Oficina 2 “Línguas e Imigração no Brasil” em 09/04/2016
Oficina 3 “Línguas e políticas de reconhecimento e promoção” em 14/05/2016

Quem pode participar?
Membros das comunidades da região
(professores, lideranças, comunidade em geral)
Gestores locais
(representantes de Secretaria de Cultura, Secretaria de Educação e de associações)

Tem algum custo e onde se inscrever?
As VAGAS são LIMITADAS, mas as INSCRIÇÕES GRATUITAS. Veja com se inscrever:

Realize já sua inscrição diretamente no endereço:
https://docs.google.com/forms/d/1E1MHt4PsBM7-laUH201UyuqJHuwqa2S2mdVxF7mh7Tw/edit

Ou entre em contato conosco:
E-mail: lingua.patrimonio@gmail.com
Telefone: (48)9122-8517

Uff Hunsrickisch schreiwe: Entrevista mit Cléo Altenhofen / Escrever em Hunsrückisch: Entrevista com Cléo Altenhofen

O IPOL e o Grupo ALMA-H (Atlas Linguístico da Minorias Alemãs na Bacia do Prata: Hunsrückisch – http://www.ufrgs.br/projalma) da UFRGS iniciaram, em janeiro deste ano, os trabalhos para o Inventário do Hunsrückisch como língua brasileira de imigração, cujo objetivo é reunir um conjunto de informações sobre essa língua visando seu reconhecimento como Referência Cultural Brasileira. A pesquisa será realizada em várias cidades e comunidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo.

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Cléo Altenhofen – Foto: SWR.de

A execução desse e de outros inventários traz à tona importantes debates sobre a especificidade das línguas brasileiras e seu futuro. Por “línguas brasileiras” compreende-se, de acordo com a política do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL/IPHAN/MINC), o conjunto das línguas presentes no país há pelo menos três gerações, sejam elas indígenas, afro-brasileiras, de sinais, crioulas ou de imigração.

Entre as questões em debate está a política de produção de escrita ou escritas da língua. Essa é uma questão central para grande parte das línguas brasileiras e foi fortemente tematizada no I Encontro Nacional de Municípios Plurilíngues, realizado em setembro de 2015, em Florianópolis. Para contribuir com esse debate, e avançar na implementação do INDL, o IPOL e parceiros têm a honra de publicar essa primeira entrevista com o professor Cléo Altenhofen, coordenador do Projeto ALMA-H / UFRGS, sobre as perspectivas para a escrita do Hunsrückisch (pt. hunsriqueano). Prevemos realizar outras entrevistas que serão oportunamente divulgadas.

Ortografia da língua brasileira de imigração alemã Hunsrückisch
Entrevista com Cléo Altenhofen
Por Willian Radünz (Graduando, UFRGS)

1. O Hunsrückisch é uma língua essencialmente falada. Uns diriam que é uma língua ágrafa, que não tem, pelo menos por enquanto, uma escrita definida. O que isso significa para a discussão sobre a “escrita do Hunsrückisch”?

A maioria dos falantes de Hunsrückisch de fato apenas fala sua língua e não a escreve, embora o pudesse, mesmo que só para anotar uma lista de compras do supermercado ou para terminar um e-mail com um “fosche Abrass”. Historicamente, quando se precisava escrever em alemão, por exemplo a ata de uma sociedade de canto, ou uma inscrição em uma sepultura, ou mesmo um ditado em um pano de prato, no caso um Wandschoner, se optava pela escrita em Hochdeutsch. Contudo, não se pode dizer que não há uma tradição escrita em Hunsrückisch. Basta lembrar os contos do Padre Balduíno Rambo, os poemas de Alfredo Gross e de Lily Clara Koetz, livros como o de José Inácio Flach, ou ainda diversos textos avulsos em jornais ou almanaques e revistas, como o Brumbärkalender e o Sankt Paulus Blatt. Eles fazem parte da história da língua Hunsrückisch, no Brasil. Ignorá-los é ignorar sua história e memória. Assim, temos aqui um primeiro princípio, fundamental para mim, ao discutir a escrita do Hunsrückisch: o respeito à sua história e coletividade. A consequência é que não podemos simplesmente inventar uma escrita nova, como se não tivesse havido nada antes. Porque, se quisermos compreender por que o Hunsrückisch é como é, temos que dialogar com a sua história e origem. O Hunsrückisch não foi inventado por nós, e sim herdado como uma construção coletiva de várias gerações.

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