Diálogo de investigadores sobre la diversidad lingüística
Em 23 de maio de 2023 será realizado o evento “Diálogo de investigadores sobre la diversidad lingüística” com a participação de especialistas e pessoas representativas da cultura peruanas. Conheça a programação e acompanhe.
Visite o site do Ministerio da Cultura / Peru para conhecer as atividades e ações que vem sendo realizadas para a promoção das línguas originais peruanas.
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As enormes vantagens de uma infância bilíngue
As enormes vantagens de uma infância bilíngue
Autora: Katrin Ewert
Um número crescente de crianças vive entre dois idiomas – ou até mais. Contrariando mitos de que atrasaria o desenvolvimento, plurilinguismo amplia horizontes, fomenta a empatia e agiliza novos aprendizados.O menino Enrique, de dois anos e meio, está sentado no chão da sala, o narizinho arrebitado despontando acima do livro ilustrado com triângulos, círculos e quadrados multicoloridos.
“Où est le triangle rouge?”, pergunta a mãe em francês. “Ici!”, responde ele, apontando o triângulo vermelho, para grande alegria de Chloé. “¿Dónde está el círculo amarillo?”, pergunta em espanhol o pai, Juan. “Onde está o círculo amarelo?” “¡Aquí!”, indica o pequeno, sem hesitar.
Da mesma forma que ele, cada vez mais crianças por todo o mundo crescem em duas ou mais línguas simultaneamente. A francesa Chloé Bourrat e o espanhol Juan Koers vivem com os filhos e irmã Alice, de oito meses, nos arredores de Madri. Assim como muitos casais multiculturais, eles gostariam que seus fllhos aprendam ambos os idiomas.
Para tal, Chloé fala com os pequenos quase exclusivamente em francês, enquanto Juan praticamente só espanhol, que também é a língua coletiva da família. Essa abordagem, que os linguistas denominam “uma pessoa, uma língua”, é um entre diversos métodos estabelecidos de educação plurilíngue.
Estratégia perfeita não é o que importa
Na família de Yeliz Göcmez, em Frankfurt, a situação é diversa: tanto ela como o marido, Taner, são naturais da Turquia, e em casa falam em seu idioma materno com as filhinhas Melissa, de sete anos, e Mila, de quatro. “Lá fora – ou seja, na creche, na escola e nas horas livres – as crianças falam alemão”, conta Yeliz. Os especialistas denominam essa abordagem “em casa versus lá fora”.
Paralelamente há, ainda o método orientado pelas atividades: nas refeições fala-se, por exemplo, árabe, e inglês quando se brinca. Ou a abordagem cronológica: de manhã, ao se vestir e tomar o desjejum, chinês, à noite, alemão.
Muitos pais se questionam qual método é o melhor, e como obter os resultados mais seguros. Porém as pesquisas mostram que na educação plurilíngue a questão não é adotar a estratégia perfeita, “mas sim estimular a criança, de forma poliglota, com a maior frequência e variedade possível”, afirma Wiebke Scharff Rethfeldt, professora de logopedia da Faculdade de Bremen. Ou seja: conversar o máximo possível, sobre temas diversos.
Nessas ocasiões, os educadores não precisam aplicar uma regra rígida de seleção do idioma, mas sim adotar aquele em que se sentem mais à vontade e estão aptos a contar mais: “Pode ser a própria língua-mãe, mas não tem que ser.” Foi assim que os Koers Bourrat e os Göcmez escolheram seus idiomas de família. “Francês e espanhol são simplesmente as línguas que cada um de nós sente como natural, e na qual falamos automaticamente com as crianças”, confirma Juan. Para Yeliz, “o turco é a língua em que conseguimos expressar melhor os nossos sentimentos”.
Expressar sentimentos, proporcionar consolo e comunicar proximidade são funções elementares, lembra Scharff Rethfeldt, “pois não se trata de se colocar como professor de línguas, mas sim como uma mãe ou pai que forma um laço emocional com seu filho”.
Sem medo de trocar línguas nem de cometer erros
Contudo, os genitores não precisam permanecer sempre no seu idioma mais cômodo: “Separar constantemente as línguas corresponde a uma mentalidade monolíngue, monocultural, não se encaixa mais em nossos tempos atuais”, observa a logopedista. Em vez disso, as famílias devem se manter flexíveis e mudar o idioma quando calhar. Assim, os pais podem relaxar, e se preserva o prazer das crianças de aprender línguas.
Os Koers Bourrat também quebram as próprias regras, se a situação exige. “Quando a mãe de Chloé vem da França nos visitar, eu também falo francês”, diz o pai. “Ou, se nos encontramos com amigos em Madri, eu também falo espanhol com Enrique, para que todos entendam a conversa e possam participar”, complementa Chloé.
Ambos falam as duas línguas quase perfeitamente, fazendo pouquíssimos erros na que lhes é estrangeira, “mas mesmo erros não são nenhum drama”, assegura Scharff Rethfeldt. “As crianças são aprendizes bem robustas, elas aprendem as regras gramaticais mesmo escutando frases erradas aqui e ali.”
Na família Göcmez, é parecido. Durante a entrevista ao telefone com Yeliz, uma das filhas lhe pergunta algo em turco, mas ela responde em alemão, pois no momento está em fluxo comunicativo nessa língua. “Em casa, fazemos sempre com as crianças ‘ilhas de idioma'”, conta a mãe. “Aí lemos um livro em alemão para as nossas filhas, por exemplo, ou escutamos canções infantis alemãs, embora falemos em turco o resto do dia.”
Multilinguismo atrasa a fala?
Também ocorre de um termo alemão pipocar no meio de uma frase em turco. “No dia a dia, simplesmente não dá para separar cem por cento”, justifica Yeliz. O atual consenso entre os logopedistas é que misturar as línguas é perfeitamente permissível, pois as crianças sabem qual palavra pertence a qual língua: já desde o útero materno, elas aprendem a distinguir os idiomas segundo seus fonemas.
“Isso é que é bilinguismo: misturar línguas faz parte, e não há mal nenhum”, reforça Scharff Rethfeldt. “Assim mostramos à criança: ‘Olha, eu também sou poliglota, sei jogar com os idiomas e passar de um para o outro. É uma coisa positiva, que me torna especial – e a você também.'”
Mas uma educação poliglota também tem desvantagens? Um mito persistente reza que crianças multilíngues só começam a falar mais tarde, ou até apresentam problemas de desenvolvimento da fala. No entanto há muito esse mito foi refutado.
“Distúrbios logopédicos são congênitos e não desencadeados pelo bilinguismo”, assegura a especialista. Cerca de cinco a oito por cento das crianças apresentam esse tipo de deficiência, sejam mono ou bilíngues. Só que, no caso das últimas, a falha é atribuída ao plurilinguismo.
Por outro lado, pode realmente ser preciso um pouco mais de tempo até uma criança dominar ambas as línguas no mesmo nível de seus coetâneos que só falam uma. Isso não significa um atraso, mas sim que ela necessita mais tempo até atingir o mesmo nível de informação em cada idioma.
Se uma criança, por exemplo, conversa com os pais um total de quatro horas por dia, para uma monolíngue são quatro horas num só idioma, enquanto para a bilíngue serão, digamos, duas horas para o alemão, duas para o árabe. Ainda assim, o vocabulário total nos dois idiomas costuma ser maior do que o de um coleguinha monolíngue.
Acesso a mentalidades diversas e a novas línguas
Uma educação plurilíngue não tem nenhuma desvantagem, mas muitas vantagens. Quando a família sai para férias na Turquia, Melissa e Mila são capazes de se comunicar perfeitamente com a avó e o avô: “A língua turca é uma ponte entre eles”, confirma Yeliz.
Wiebke Scharff Rethfeldt frisa, ainda, que quem se comunica em mais de uma língua obtêm acesso a outras culturas e formas de vida, desse modo “há uma tendência maior a refletir sobre as próprias perspectivas – e assim se fica um bocado mais sabido”.
Outra vantagem: quem já domina duas línguas terá muito mais facilidade para aprender uma terceira ou outras. “Crianças que crescem bilíngues já sabem que não é possível traduzir literalmente expressões de outro idioma”: para elas é mais fácil penetrar o mundo mental de uma língua nova.
Isso é algo que Yeliz Göcmez também pôde observar: “Há algum tempo temos em casa uma babá au pair que fala inglês com as meninas”, e a caçula Mila absorveu o idioma como uma esponja. “Ela já está até falando em orações completas –com ‘because’ ou ‘but’, por exemplo. Para nós, foi uma bela surpresa.”
VII Conferência Mundial sobre Línguas Pluricêntricas e III Conferência Internacional da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo.
Estão abertas até o dia 31 de março de 2020 as inscrições para a VII Conferência Mundial sobre Línguas Pluricêntricas e III Conferência Internacional da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo.
Local: Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.
Data: 6 a 8 Julho 2020.
Informações: PRIMEIRA CHAMADA VII Conferência PLuricentric Languages
(disponível também em Inglês e Espanhol)
Página: http://www.pluricentriclanguages.org/
https://www.facebook.com/linguas.pluricentricas.3/about
Participe e divulgue!
Inscrições prorrogadas até 02 de março de 2020! Participe!
Quinta Circular – Prorrogação dos Prazos
IV Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
GT 70: Políticas Linguísticas e Educação: Migrações, Fronteiras e Deslocamentos
Estimados/as colegas:
Com a finalidade de ampliar ainda mais a participação de interessados/as no IV Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação informamos que os prazos para submissões de comunicações orais, minicursos e pôsteres foram prorrogados até o dia 02/03/2020.. Desta forma, convidamos os/as pesquisadores/as, pós-graduandos/as, profissionais da educação básica, graduandos/as, graduados/as, mestres/as e doutores/as a submeterem suas propostas. .
O IV Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação, que se realizará de 19 a 22 de maio de 2020, terá como temática Desafios Contemporâneos das Sociedades Ibero-Americanas, visto queeste espaço cultural e geográfico vivencia questões comuns que merecem análises compartilhadas e ações solidárias. As discussões propostas nessa edição visam a socializar temáticas emergentes no campo da Educação em diálogo com as diversas áreas do conhecimento, cujo intuito passa por debater formas de enfrentamento as exclusão e injustiça social; degradação ambiental, somadas às questões relacionadas aos movimentos migratórios e à circulação internacional do conhecimento, que exigem reconfigurações do pensamento e das práticas, a partir das realidades em curso. Desta forma, o evento se coloca como um lugar para a interlocução entre pesquisadores/as, docentes e discentes da pós-graduação (mestres/as e doutores/as), profissionais da educação superior e básica, bem como estudantes das áreas de Humanidades, Ciências, Educação, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências das Engenharias e Tecnologias e demais interessados(as) pela temática.
As regras de submissão em todas as categorias podem ser encontradas na página do evento, clicando no link (http://www.unesc.net/portal/
A submissão de propostas de minicursos e pôsteres não exige vinculação com os Grupos Temáticos, apenas as de comunicações orais.
Grupos Temáticos do Congresso:
GT01: A arte na contemporaneidade em tempo de resistência na ibero-américa: educação, processos e linguagens.
GT02: A patologização da vida em diversos contextos
GT03: A personagem feminina na literatura e no teatro brasileiro do século XIX
GT04: Arte na Educação
GT05: As intersecções possíveis para uma educação plural e inclusiva
GT06: Aspectos históricos, sócio-culturais, artísticos e antropológicos da literatura ibero-americana contemporânea
GT07: Cidade e Práticas de Urbanidade
GT08: Ciências Humana na Educação Básica e Superior: Currículos, Formação de Professores e Tecnologias Educacionais
GT09: Ciências Policiais e Segurança Pública: um campo interdisciplinar
GT10: Comunicação, Cidadania e Direitos Humanos
GT11: Comunicação, discurso e poder
GT12: Concepções. políticas e práticas de formação de professores
GT13: Convergências tecnológicas nas sociedades ibero-americanas: memórias, afetos e experiências
GT14: Cultura escolar, instituições educativas e práticas de controle social
GT15: Decolonialidade e saberes outros na perspectiva interseccional entre gênero, raça, classe e sexualidade
GT16: Dimensões culturais da Tradução
GT17: Docência na Educação Infantil: Da Formação Docente ao Cotidiano Pedagógico
GT18: Educação ambiental como instrumento de proteção e direitos aos animais não-humanos
GT19: Educação Ambiental para a Sustentabilidade
GT20: Educação do Campo e Educação Ambiental: caminhos entrelaçados pelos povos do campo.
GT21: Educação e Campo Educacional em Pierre Bourdieu
GT22: Educação e Mídia: construção de discursos e identidades
GT23: Educação em Zygmunt Bauman: conhecimento, diálogo, identidade e pluralidade na modernidade líquida.
GT24: Educação Geográfica e Práticas Educativas no Contexto Ibero-Americano
GT25: Educação Profissional e Tecnológica: Reflexões e Desafios Contemporâneos nas Sociedades Ibero-Americanas
GT26: Educação Superior em Tempos atuais: os desafios da Internacionalização e da Inovação Curricular
GT27: Educação Superior, Desenvolvimento e Sociedade
GT28: Educação, Diferença e Processos Inclusivos
GT29: Educação, Educomunicação, Tecnologias e Cultura Digital
GT30: Educação, Escrita de Si e Identidade
GT31: Educação, semiformação e descolonização do pensamento Contemporâneo
GT32: Ensino de história e questões contemporâneas
GT33: Ensino e aprendizagem da (compreensão em) leitura: da educação básica à educação superior – pesquisas, avanços e desafios
GT34: Ergologia
GT35: Escolarização média no espaço ibero-americano
GT36: Estado e desenvolvimento em perspectiva histórica
GT37: Estratégias inovadoras para o ensino de línguas assistidas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
GT38: Estudos (não)formais em língua(gem) e Educação
GT39: Estudos na Perspectiva Histórico-Cultural
GT40: Ethos e linguagem
GT41: Evasão Escolar e perspectivas de enfrentamento
GT42: Experiências e expectativas entrelaçadas: Arquivos Pessoais de Professores/as no Tempo Presente
GT43: Experiências e reflexões sobre a situação atual da Educação Escolar Indígena no Brasil
GT44: Fitoterapia e Plantas Alimentícias Não Convencionais
GT45: Formação de professores nas licenciaturas: processos e trajetórias formativas, fundamentos e concepções
GT46: Formação humana na sociedade do espetáculo
GT47: Gênero, Educação, Trabalho, Direitos Humanos e a Interseccionalidade Étnica Racial
GT48: Gestão de Recursos Comuns e Restauração de Ambientes Alterados
GT49: Hermenêutica e[m] Filosofia e Direitos Humanos
GT50: História e Imprensa: desafios da contemporaneidade
GT51: Identidades, corpos e constituição dos sujeitos em contextos formativos diversos
GT52: Infâncias Amazônicas
GT53: Interfaces meio ambiente, tecnologia e sociedade
GT54: Internacionalização da Educação Superior
GT55: Juventudes e Educação
GT56: Leitura e ensino
GT57: Marx, Política e Educação: da apreensão marxiana à crítica histórica da sociedade do capital desde o início do século XX
GT58: Metodologias Ativas na Educação Básica e Ensino Superior: jogos e atividades extracurriculares
GT59: Migrações, Educação e Identidades
GT60: Movimentos Transnacionais, Deslocamentos e Estudos de Gênero no Contexto Ibero-Americano
GT61: Multiletramentos e ações formativas em contextos digitais
GT62: Mundos do Trabalho na Ibero-América: Resistência, trabalho e lutas na Contemporaneidade
GT63: O papel da universidade no desenvolvimento de práticas de pesquisa e extensão em educação ambiental, inclusão e justiça em tempos de desgovernos
GT64: Patrimônio cultural e ambiental: Educação para uma democracia participativa
GT65: Patrimônio cultural franciscano e educação: história, acervos e impressos educacionais
GT66: Patrimônio Educativo, Cultura e História da Educação
GT67: Pedagogia Decolonial, Formação e Educação Ambiental
GT68: Pensamento Crítico e Educação: desafios atuais nas sociedades Ibero-Americanas
GT69: Políticas educacionais e os materiais didáticos no contexto Ibero-americano: múltiplos olhares
GT70: Políticas Linguísticas e educação: migrações, fronteiras e deslocamentos
GT71: Quando o interior é centro: formação de professores de arte no interior e nas periferias
GT72: Rádio, Mídias Sonoras e reconfigurações contemporâneas: papéis, contribuições e sentidos de permanência no atual contexto de desafios da Ibero-América
GT73: Relações de Gênero, Família, Infância e Juventude: em foco práticas, discursos e direitos
GT74: Relações raciais, pesquisas e decolonialidade
GT75: Tecnologias Digitais e Práticas Educativas
GT76: Tecnologias do Imaginário e Imagens Contemporâneas
GT77: Visualidades, Sonoridades e Meios de Comunicação nos fluxos ibero-americanos (séculos XX e XXI)
Atenciosamente.
Comissão Organizadora do IV Congresso Ibero-americano de Humanidades, Ciências e Educação.
Búrigo consegue aprovação de audiência para debater Línguas e Culturas Locais no currículo Escolar
Estudante capixaba é selecionada para a Olimpíada Internacional de Linguística na Coréia do Sul
A competição acontece desde 2011, envolvendo alunos do Ensino Médio de diferentes partes do país em torno de temas envolvendo línguas, linguagem, cultura e cognição
No último domingo (19), foram anunciados os oito estudantes que vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Linguística (IOL) que será sediada na Coréia do Sul entre 29 de julho e 02 de agosto. E a capixaba Julia Ramos Alves, estudante do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), está entre os selecionados. Continue lendo