Direitos Humanos

Conferência com Dra. Verônica Manole

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto

Forum on Linguistic Data and Digital Humanities / Fórum em Dados Linguísticos e Humanidades Digitais

29 de novembro de 2024 [sexta-feira] – presencial

Acesse o QR code para o programa!

Professora Veronica Manole, Ph.D.   – Universitatea Babeș-Bolyai, Universidade Babeș-Bolyai, Romênia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PNAB 2024: Edital Expressões Culturais dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina tem inscrições abertas

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A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) abre neste sábado, 9 de novembro de 2024, o período de inscrições para a quarta iniciativa no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB): o Edital Expressões Culturais
dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina. Interessados têm até as 23h59 de 2 de fevereiro de 2025 para se inscrever no link expressoesculturais.fepese.org.br, onde também está a íntegra do Edital.

O Edital vai premiar iniciativas culturais indígenas, quilombolas e de povos tradicionais com suas condições de existência e livre manifestação como forma de reconhecimento e valorização do protagonismo dos diferentes Povos no Estado de Santa Catarina, em pelo menos uma das seguintes áreas:
– Religiões, rituais e festas tradicionais;
– Músicas, cantos e danças;
– Línguas desses povos;
– Narrativas simbólicas, histórias e outras narrativas orais;
– Educação e processos próprios de transmissão de conhecimentos;
– Meio ambiente, territorialidade e sustentabilidade das culturas;
– Medicina destes povos;
– Alimentação dos povos: manejo, plantio e coleta de recursos naturais; e culinária.
– Jogos e brincadeiras;
– Arte, produção material e artesanato;
– Pinturas corporais, desenhos, grafismos e outras formas de expressão simbólica;
– Arquitetura destes povos;
– Memória e patrimônio: documentação; museus; e pesquisas aplicadas.
– Textos escritos destes povos;
– Dramatização e histórias encenadas;
– Produção audiovisual e fotografia;
– Outras formas de expressão próprias das culturas.

Poderão participar somente os Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais do estado de Santa Catarina. Serão distribuídos R$ 3.150.000,00 divididos em 140 prêmios. Os recursos são oriundos do Governo Federal repassados por meio da Lei nº 14.399/2022 – Política Nacional Aldir Blanc, com operacionalização da FCC em Santa Catarina.

Dúvidas e informações referentes a este Edital poderão ser esclarecidas e/ou obtidas junto à FCC, por meio do endereço eletrônico expressoesculturais@fepese.org.br.

Live de leitura comentada

No dia 14 de novembro (quinta-feira), às 18h, será realizada live com a leitura comentada do texto do Edital. Proponentes e interessados poderão acompanhar pelo canal de vídeos da FCC no YouTube e enviar suas dúvidas pelo chat da transmissão.

Saiba mais buscando o site da FCC  no link:

FCC – Fundação Catarinense de Cultura – PNAB 2024: Edital Expressões Culturais dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina tem inscrições abertas

https://cultura.sc.gov.br/noticias/25165-pnab-2024-edital-expressoes-culturais

O Rio da minha aldeia está ficando verde – e fui investigar o motivo

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Na Terra Indígena Xipaya, o Rio Iriri sofre efeitos da mudança climática, com água esverdeada e morte de peixes; nós, Indígenas, vivemos um tempo de incertezas

Desde os tempos imemoráveis, meu povo – os Xipai – tem uma relação íntima com o Rio Iriri. É como parte da família. O Rio sempre foi Rio, e Xipai sempre foi Xipai. São corpos diferentes entrelaçados como um só.

Mas o Rio Iriri do tempo dos meus ancestrais, com águas cristalinas e tom marrom-escuro quando visto de cima, está mudando. No verão, mais seco, sua cor se converte em um verde intenso, inexplicável para a gente. Intrigado, decidi investigar o motivo.

Para contar essa história, eu precisava aguçar meus ouvidos e olhos. Precisava ouvir o Rio.

O Iriri é o maior Rio do município de Altamira, no sudoeste do Pará. Nasce na Serra do Cachimbo, no sul do estado, e de lá serpenteia, atravessando a Amazônia, até desaguar no Rio Xingu. Tem 900 quilômetros de extensão e em algumas partes chega a 2 quilômetros de largura. Na área chamada de Entre Rios, ele recebe as águas do Rio Curuá, lamacentas por conta do garimpo ilegal fora de nosso território, a Terra Indígena Xipaya. Nossa área é demarcada desde 2012 e nela vivem 197 pessoas. Há seis aldeias, três banhadas pelo Iriri e três pelo Curuá.

No leito do Iriri tem pedras de todos os formatos e tamanhos, e na estiagem do verão elas emergem das águas. Parece uma galeria de arte que, em vez de obras famosas, exibe pedras, mostrando a arte da própria Natureza.

Esta casa-Rio é lar de pessoas-floresta, pessoas-fungos, pessoas-plantas, pessoas-bactérias e pessoas-fitoplânctons. Eu precisei me silenciar para ouvir todas elas ao mesmo tempo, como uma enorme e poderosa orquestra. Só é possível falar do Rio Iriri se falar dos Iriris, povos-floresta e mais-que-humanos que vivem em sintonia com ele. Não apenas fazem parte do Rio Iriri, eles são Iriri.

Para contar a história desse Rio, fui ouvir o que todos eles me diziam. Pulei no Iriri na tentativa de me afogar. Meu corpo afundou como uma pedra em seu leito.

Siga a leitura na fonte, clique no link abaixo:

https://sumauma.com/o-rio-da-minha-aldeia-esta-ficando-verde-e-fui-investigar-o-motivo/

 

 

Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura, Vol. 29 No. 3 (2024): Políticas e práticas para o multilinguismo global

Vol. 29 No. 3 (2024): Políticas e práticas para o multilinguismo global

Esta edição temática é organizada em conjunto pela Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura e a Cátedra UNESCO de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (UCLPM). Tivemos a honra de contar com Gilvan Müller de Oliveira (Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil), Umarani Pappuswamy (Instituto Central de Línguas Indianas, Manasagangotri, Mysuru, Karnataka, Índia) e Martha Lucía Pulido Correa (Universidad de Antioquia, Colômbia) como editores convidados. Acompanhando nossa edição Babeliana, há uma amostra do jovem pintor colombiano Harrison Tobón, cujas pinturas ilustram lindamente nossas seções. Para saber mais sobre seu trabalho, clique aqui .
Publicado: 2024-10-17

 

 

Editorial

No mundo globalizado de hoje, o multilinguismo não é mais simplesmente um reflexo da diversidade linguística, mas um mecanismo crítico que molda as paisagens sociais, econômicas e políticas. Com níveis sem precedentes de mobilidade global, migração e interação transnacional, o multilinguismo tornou-se uma norma e uma necessidade para indivíduos e instituições. A linguagem é o meio pelo qual as identidades são formadas, o poder é negociado e as heranças culturais são preservadas, tornando o multilinguismo um componente essencial da vida moderna. Como tal, as práticas linguísticas vão além da mera comunicação e servem como ferramentas de empoderamento, inclusão e, em alguns casos, exclusão. A gestão do multilinguismo tem emergido como um tema central nas políticas linguísticas contemporâneas, seja para suprimi-la, a partir de uma perspectiva de linguagem-como-problema, seja para incentivá-la, a partir da perspectiva da língua-como-direito-ou-língua-como-recurso (Ruiz, 1984). Compreendemos cada vez mais a relação ativa entre os dois conceitos – multilinguismo e políticas linguísticas – para a promoção de línguas e repertórios linguísticos, e que o multilinguismo é, nesse sentido, um trunfo para a construção de nações plurais, pós-nacionais e, em última análise, para a formação de um mundo multipolar. Historicamente, os estudos linguísticos têm sido dominados por perspectivas do Norte Global, particularmente as da Europa e da América do Norte. Esses pontos de vista muitas vezes priorizaram ideologias monolinguais, padronização e pureza linguística. Sob essa estrutura, as realidades multilíngues das pessoas em ambientes urbanos multiculturais são vistas através das lentes da separação linguística, onde as línguas são tratadas como entidades distintas com fronteiras claras (Makoni & Pennycook, 2007).  A suposição é que a linguagem opera dentro de sistemas estruturados que podem ser perfeitamente definidos e controlados. (trecho extraído do editorial da revista)

Acesse o link para a revista:

Vol. 29 No. 3 (2024): Policies and Practices for Global Multilingualism | Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura (udea.edu.co)

Encuestas a familias del pueblo Sanapaná: un diagnóstico socio-lingüístico en marcha

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El equipo técnico de la Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL) continúa el proceso de recopilación de datos fundamentales mediante encuestas a las familias de las comunidades indígenas del pueblo Sanapaná. Este trabajo tiene como objetivo elaborar un diagnóstico socio-lingüístico que permitirá comprender la situación actual de uso y vitalidad de la lengua Sanapaná.

El diagnóstico se enfoca en analizar cómo la lengua Sanapaná se utiliza en distintos espacios y contextos sociales: en el hogar, en la escuela, en la comunidad y en otros ámbitos de interacción cotidiana. Esta información es clave para conocer de manera profunda las dinámicas lingüísticas de la comunidad y los retos que enfrentan sus hablantes.

A través de los datos obtenidos, se busca identificar las necesidades específicas de la comunidad Sanapaná y los desafíos que afectan el uso de su lengua en diferentes áreas. Este diagnóstico será una herramienta esencial para el diseño y la implementación de políticas lingüísticas más efectivas y ajustadas a la realidad actual de los Sanapaná, asegurando así la preservación y promoción de su lengua y cultura.

 

https://spl.gov.py/encuestas-a-familias-del-pueblo-sanapana-un-diagnostico-socio-linguistico-en-marcha/

Saiba mais sobre Sanapaná:

Un poco de historia

https://www.tierraviva.org.py/pueblos_indigenas/sanapana/

. Visite página da Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL) 

https://spl.gov.py/es/

. Acompanhe Instagram Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL)

https://www.instagram.com/splpns/

Eles fazem diagnóstico para preservar a língua Sanapaná

https://portaldafronteira.com/2024/noticias/paraguai/eles-fazem-diagnostico-para-preservar-a-lingua-sanapana/

Podcast do G20 em Guarani será apresentado na Unesco

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Projeto do coletivo de comunicadores Djagwa Etxa faz parte do projeto Opaná, em parceria com a Itaipu Binacional

Micael Eliabe | foto: Divulgação

O podcast do G20 Brasil produzido na língua indígena guarani, parte do projeto Opaná: Chão Indígena, em parceria com a Itaipu Binacional, será apresentado na reunião multissetorial sobre Povos Indígenas e Mídia, na sede da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), nos dias 26 e 27 de novembro, em Paris, na França.

O programa, produzido pelo coletivo de comunicadoras e comunicadores indígenas Djagwa Etxa, em parceria com o G20 Brasil, será apresentado pelo comunicador indígena Micael Eliabe, da comunidade Tekoha Nara’i, Terra Indígena Laranjinha, localizada no norte do Paraná.

Paulo Porto, gestor do Programa de Sustentabilidade Indígena da Itaipu Binacional, avalia que o convite para participar no evento junto à Unesco demonstra a relevância de programas que fortaleçam comunidades originárias.

O encontro na Unesco irá reunir organizações de mídia indígenas e não indígenas, incluindo emissoras públicas, reguladores de mídia, mídia privada e comunitária, além de acadêmicas e acadêmicos e representantes de entidades vinculadas à ONU para discutir o desenvolvimento de mídias livres, independentes e pluralísticas para promover o direito à liberdade de expressão e acesso à informação.

Podcast em parceria com o G20

Desde março deste ano, o coletivo Djagwa Etxa trabalha na produção de podcast em parceria com o G20 Brasil, com o objetivo de produzir boletins de rádio na língua indígena Guarani para disseminar informação e ser uma forma de consolidar a cultura oral do povo Guarani.

O coletivo é responsável pelas traduções e produção dos boletins em Guarani, com conteúdo jornalístico produzido pela comunicação do G20 Brasil. A distribuição é gratuita para emissoras de rádio no Brasil e no exterior. Os boletins estão disponíveis nos sites Rádio Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e no site g20.org, do G20 Brasil.

O coletivo Djagwa Etxa, que significa “olhar da onça”, um dos animais sagrados dos povos originários e que cuida das matas, é formado por jornalistas e comunicadoras e comunicadores indígenas dos povos Guarani e Kaingang da Terra Indígena Laranjinha (PR). Surgiu em 2023 durante o Acampamento Terra Livre (ATL), a maior assembleia dos povos indígenas realizada, desde 2004, no mês de abril, em Brasília (DF).

Micael explica que o surgimento do coletivo partiu da necessidade em dar visibilidade às línguas indígenas brasileiras. Para o comunicador, o convite para produzir e gravar conteúdos para o G20 é uma oportunidade para preservar culturas, tradições e conhecimentos ancestrais. “É uma maneira de valorizarmos e fortalecermos nossas línguas, o seu uso e, ao mesmo tempo, estamos contribuindo para o desenvolvimento de habilidades linguísticas e comunicativas dos indígenas que estão envolvidos no projeto”, considera.

Sobre o convite em participar do encontro na França, Micael diz que está muito otimista e feliz pela oportunidade de apresentar o trabalho de comunicadoras e comunicadores indígenas do sul do Brasil para o mundo. “Este é um evento que mostra que estamos no caminho certo e que tem gente de olho nos nossos trabalhos. Teremos mais visibilidade para os povos indígenas do sul do País”, afirma.

OPANÁ: Chão Indígena

O podcast na língua indígena guarani faz parte do Opaná: Chão Indígena, projeto da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA em parceria com a Itaipu Binacional. O projeto tem como foco a segurança alimentar às comunidades indígenas com base na agroecologia, o acesso ao saneamento e água potável, além do fortalecimento cultural. Atua com as comunidades Guarani localizadas no Oeste e Litoral do Paraná, atendendo um total de 32 comunidades do povo Avá Guarani e Guarani Mbya, distribuídas em dez municípios paranaenses.

Entre as ações do projeto, está a produção de podcasts que tratam de temas sobre segurança alimentar, segurança hídrica e combate ao racismo.

Jhony Luchmann, coordenador do projeto Opaná, observa que a ação complementa um conjunto de atividades que estão sendo executadas para que políticas públicas cheguem às comunidades Guarani do Oeste e do Litoral do Paraná e proporcionem qualidade de vida e dignidade para todas as pessoas. “É a presença do Estado através de uma parceria que tem experiência e condições técnicas de executar estas políticas públicas”, afirma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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