Cooficialização de línguas

O fenômeno do desaparecimento de idiomas e suas explicações

Das 6 mil línguas existentes no mundo, em breve quase metade poderá estar extinta, estima Unesco. Embora globalização seja um dos fatores negativos, internet pode ajudar na preservação.

Aula de sórbio em Cottbus, no leste da Alemanha. Fonte: DW

Aula de sórbio em Cottbus, no leste da Alemanha. Fonte: DW

 Por todo o mundo há idiomas ameaçados de extinção. Seja na Alemanha, onde o baixo-sórbio só é falado por 7 mil pessoas; ou na América do Norte, onde só 250 nativos ainda utilizam o cayuga, sua língua materna. Na Austrália, o dalabon é preservado por apenas 11 pessoas – ou talvez menos, já que o último censo data de mais de dez anos.

Com o Dia Internacional da Língua Materna, a ONU procura ressaltar todos os anos a importância da diversidade linguística. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) calcula que existam cerca de 6 mil idiomas no mundo, dos quais 2.500 têm sua existência ameaçada.

“Um sinal bem óbvio de perigo é quando os pais não falam mais a própria língua com os filhos”, explica Katharina Haude, pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Paris, e vice-presidente honorária da Sociedade Alemã de Idiomas Ameaçados.

Haude observou esse fenômeno na América Latina. Ao longo de dez anos, ela viajou regularmente para Santa Ana del Yacuma, no norte da Bolívia. Na cidade de 12 mil habitantes vivem os últimos 1.500 falantes da língua indígena movima, a maioria deles acima dos 70 anos de idade.

Idiomas nativos como esse, não documentados por escrito, estão especialmente ameaçados. Segundo Haude, o desaparecimento das línguas faladas por pequenos grupos na Bolívia, como o movima, está também relacionado à ampliação do sistema escolar.

“Nos anos 50 anos, foram construídas escolas na Bolívia em que só se ensinava espanhol”, o que levou os genitores a deixarem de praticar a própria língua com os filhos. Só com a reforma do ensino, as 30 línguas indígenas do país retornaram às escolas, em 1994, recuperando em parte seu prestígio.

Internet como esperança

Os linguistas têm diferentes explicações para o declínio de certos idiomas. “Um fator é, seguramente, a globalização”, afirma Paul Trilsbeek, diretor do Arquivo Multimídia de Idiomas Ameaçados do Instituto Max Planck de Psicolinguística, em Nimwegen, Holanda.

“As pessoas pensam que terão melhores chances na vida se falarem línguas mais difundidas”, aponta. Outro fator é a migração continuada das zonas rurais para as grandes cidades.

Segundo a Unesco, mais de 200 idiomas foram extintos desde os anos 1950. E, de acordo com Trilsbeek, “nas últimas décadas o número das línguas desaparecidas parece ter aumentado”.

Para reunir os registros em áudio e vídeo que compõem o arquivo digital dirigido por ele, pesquisadores viajaram durante dez anos aos locais mais distantes do mundo, a fim de contatar os habitantes cuja língua materna estava sob risco de extinção.

“A meta do projeto era documentar para pesquisa os idiomas ameaçados, mas o arquivo também pode ser importante para as comunidades linguísticas”, explica Trilsbeek. Contudo, isso não basta para reavivar um idioma em extinção.

“Em primeiro lugar, é preciso criar uma nova motivação para que se transmita a língua às gerações subsequentes”, diz o diretor do arquivo.

O fato de cada vez mais pessoas terem smartphones e acesso à internet se tornou um aliado nessa luta, aponta. “Desse modo, há também cada vez mais línguas indígenas online, por exemplo no YouTube. Isso também poderá ajudar a preservar as diferentes línguas.”

Fonte: DW

Sesenta y ocho voces | Sesenta y ocho corazones

Fonte: 68 Voces

Fonte: 68 Voces

En México existen 364 lenguas conjuntadas en 68 agrupaciones lingüísticas. A continuación se muestra la Ruta de los Cuentos con su variante y los Estados que se ha abarcado.

Familia LingüísticaUna Familia Lingüística es un conjunto de lenguas cuyas semejanzas en su fonología, morfosintaxis y léxico obedecen a un origen histórico común.
Agrupación Lingüística. . Una agrupación Lingüística es el conjunto de variantes lingüísticas comprendidas bajo el nombre dado tradicionalmente a un pueblo indígena. Por ejemplo, mixteco es el nombre de la agrupación linguística correspondiente al pueblo indígena mixteco.
Variante lingüística. La Variante Lingüística es una forma de hablar que presenta diferencias internas con otras variantes de la misma agrupación lingüística. Estas diferencias pueden ser en su estructura: sonidos, palabras, significado o usos que se les da. Algunas diferencias entre una variante y otra implican diferencias de tipo sociocultural, condicionadas a la territorialidad, las creencias o la vida política.
Autodenominación. La Autodenominación es el nombre con el cual los hablantes de las lenguas indígenas se refieren a ellas en sus propias variatnes lingüísticas. Comodatos adicionales a la misma, se incluyen su transcripción fonética y una propuesta de su nombre en español

Fuente: Catálogo de las lenguas indígenas nacionales: Variantes lingüísticas de México con sus autodenominaciones y referencias geoestadísticas, D.O.F,. 14 de enero del 2008

Fonte: 68 Voces

Swahili é transformado na quarta língua oficial

A Assembleia Nacional rwandesa adoptou uma lei visando tornar o swahili  a quarta língua oficial nacional, ao lado do kinyarwanda,  francês e  inglês, noticiou ontem a agência de notícias AFP.

A medida foi justificada como forma de honrar uma das promessas feitas  quando da integração do país na Comunidade da África do Leste em 2007, uma organização co-fundada pelo Uganda, Quénia e a Tanzânia, que utilizam o swahili e o inglês como línguas oficiais. O texto deve   ser submetido ao Senado, antes de ser promulgado pelo presidente Paul Kagame.

Ao comentar a decisão ao jornal “New Times”, a ministra dos Desportos e da Cultura, Julienne Iwacu, disse que adoptar o swahili como língua oficial é, por um lado, cumprir uma obrigação, na qualidade de país membro da Comunidade da África do Leste, e por outro, uma maneira de aumentar os benefícios que o Rwanda pode tirar da integração económica.
Segundo o “New Times”, a partir de agora o swahili é utilizado na Administração Pública e vai constar de  documentos oficiais.Por outro lado, um decreto presidencial  determina as modalidades de integração do swahili no ensino rwandês, conforme estipulado nos estatutos da Comunidade da África do Leste.

Antes do genocídio rwandês de 1994, o swahili era apenas falado em algumas zonas urbanas do Rwanda, e só o kinyarwanda e o francês tinham o estatuto de línguas oficiais.

Após o genocídio e o regresso dos antigos refugiados exilados, dos quais muitos foram acolhidos nos países anglófonos e swahilófonos da África do Leste, o inglês impôs-se como a terceira língua oficial, enquanto o swahili ganhou muitos falantes.

Administrado pela Bélgica até à Independência Nacional, em 1962, o Rwanda continua a ser membro da Organização Internacional da Francofonia (OIF), apesar de a língua de Molière estar a perder terreno em relação ao inglês.

Pertencente ao grupo das línguas bantu,

o swahili nasceu das interacções entre os povos da África Oriental

e as populações provenientes da Índia e do Golfo Pérsico.

O swahili é a língua mais falada na África ao sul do Saara. Desde 2004 passou a ser uma das línguas oficiais da União Africana.

Fonte: Jornal de Angola

A língua nas margens – multilinguismo no Brasil

No Brasil se fala português, certo? Sim, essa é língua oficial, nacional e materna da maioria dos brasileiros. No entanto, em nosso território vivem falantes de idiomas indígenas, estrangeiros e de fronteira. Essas línguas, ao coexistir em um mesmo território, influenciam-se e modificam-se em virtude das relações estabelecidas entre seus falantes.

 

Com a globalização e a relativização das fronteiras entre as nações, essas relações têm se intensificado. Nas grandes capitais, que recebem diariamente pessoas das mais variadas origens, isso é evidente. Esse fenômeno se tornou ainda mais complexo com a entrada recente de refugiados no país. De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em balanço de abril deste ano, o Brasil abrigava 8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades. Os principais grupos são formados por pessoas da Síria, Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Palestina.

 

Essa diversidade traz características muito interessantes ao espaço de enunciação no Brasil e efeitos indiscutíveis ao ensino da língua portuguesa nas escolas e em outras instituições. Nesse cenário, a Plataforma do Letramento está elaborando uma reportagem especial sobre o multilinguismo no Brasil e convida os leitores a colaborar para mais essa produção. Para isso, responda ao formulário abaixo. Os participantes terão seus nomes divulgados nos créditos da matéria.

Fonte: Plataforma do Letramento

Minicurso no III CIPLOM/EAPLOM “Política Linguística: cooficialização, inventários e desafios na gestão das línguas.”

minicurso

Rosângela Morello e Ana Paula Seiffert/IPOL

As pesquisadoras Ana Paula Seiffert e Rosângela Morello realizaram, na manhã desta terça, dia 7 de junho, a primeira parte do minicurso Política Linguística: cooficailização, inventários e desafios na gestão das línguas.

Segundo as pesquisadoras, o minicurso busca contextualizar e discutir as políticas de promoção e valorização de línguas minoritárias no Brasil, especialmente cooficializações de línguas em âmbito municipal e o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), além de experiências na gestão de línguas pelo ensino bi ou plurilíngue, como a programa das escolas interculturais bilíngues de fronteira (PEIBF/PEIF) e o Observatório da Educação na Fronteira (OBEDF).

Durante o minicurso, as proponentes abordam as potencialidades dos processos de cooficialização como política que vem se disseminando e que já alcança 11 línguas (4 de descentes de imigrantes e 7 de indígenas) em 19 municípios brasileiros. Discutem também o estatuto jurídico para as línguas em crescente uso ou aplicação no Brasil:  os processos de reconhecimento das línguas como patrimônio, como referência cultural de um município, estado ou mesmo em âmbito nacional, como é o caso do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), instituído através do Decreto nº 7387 de 10 de dezembro de 2010. A política do INDL, segundo seu Art. 3º, concederá à língua incluída no Inventário Nacional da Diversidade Linguística o título de “Referência Cultural Brasileira”, expedido pelo Ministério da Cultura.

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Rosângela Morello e Ana Paula Seiffert/IPOL

Ana Paula Seiffert e Rosângela Morello apresentam os avanços que a cooficialização e o INDL trazem para o mapeamento das línguas e para sua gestão, considerando a perspectiva interna, do Estado Brasileiro, e também suas potencialidades nas relações multilaterais das políticas regionais e internacionais.

A segunda parte do Minicurso ocorre na manhã de hoje, dia 8, das 8:30 às 10:30.

Confira o caderno completo de resumos dos minicursos do Evento em http://iiiciplomeaplom.webnode.com/programacao-programa/

Fonte: IPOL Comunicação

Publicações do IPOL no III CIPLOM/EAPLOM

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O IPOL está disponibilizando à venda, durante a realização do III CIPLOM/EAPLOM, livros que foram produzidos ao longo das pesquisas desenvolvidas no âmbito das políticas de gestão das línguas no Brasil e no MERCOSUL.

Entre os livros disponíveis, destaque para o livro Leis e línguas no Brasil: o processo de cooficialização e suas potencialidades, organizado por Rosângela Morello, primeiro título da Editora do IPOL,  lançado em 2015 e que aborda os processos de cooficialização de línguas em diversas instâncias e regiões brasileiras e um índice de leis e demais documentações acerca de cooficializações.

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Fonte: IPOL Comunicação

 

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