Inteligência artificial e a preservação das línguas indígenas
IA ajudará a preservar línguas indígenas, em projeto de USP e IBM
Um projeto conjunto da USP, por meio do Centro de Inteligência Artificial (C4AI) e da IBM Research, está sendo desenvolvido com o uso da inteligência artificial (IA) para preservar e fortalecer as línguas indígenas brasileiras. Ainda em fase inicial, o objetivo é criar e desenvolver ferramentas com suporte da tecnologia que auxiliem a documentação, a preservação e o uso desses idiomas, em parceria com as comunidades de povos indígenas.
A partir de um contato pessoal que o vice-diretor do C4AI, Claudio Pinhanez, tinha com a comunidade indígena da Terra Indígena Tenonde Porã, no sul da cidade de São Paulo, a ideia do projeto foi iniciada há cerca de um ano, dentro da IBM Research. O professor, um dos líderes do projeto junto com a professora Luciana Storto, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, conta que viram na comunidade um lugar interessante para terem esse diálogo com a tecnologia.
“Como é que a gente mantém vivas essas línguas? No Brasil, a gente tem em torno de 200 línguas faladas hoje, e metade tem chance de desaparecer nos próximos 20 a 50 anos. Cada língua que se perde é como se tratorasse um sítio arqueológico. É a imagem que tem que fazer. Imagina que você tem um sítio arqueológico onde existe uma cultura e alguém passa o trator lá em cima. Isso é perder uma língua, é perder um jeito de pensar, um jeito de ver o mundo, o conhecimento sobre o mundo etc”, questiona Pinhanez.
Ele afirma que a língua morre quando os jovens param de falá-la. Esse projeto consegue ajudar, juntamente com a tecnologia, as línguas indígenas a se fortalecerem, a serem mais faladas, e pode ajudar linguistas a documentar aquelas que já estão em um processo mais avançado de extinção de uma maneira mais eficiente.
Siga a leitura na fonte: https://www.mobiletime.com.br/noticias/13/07/2023/projeto-da-usp-e-ibm-usa-ia-para-fortalecer-linguas-indigenas/
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Saiba mais sobre IA puxando a Rede:
Inteligência Artificial nas Ondas do Rádio: IA e a preservação de Línguas Indígenas
Ouça o Prof. Marcelo Finger, um dos principais nomes em IA no País, discorrendo sobre o tema da preservaç˜åo das línguas indígenas
Marcelo Finger fala sobre IA para um público curioso e interessado
Marcelo Finger fala sobre IA para um público curioso e interessado
A preservação de línguas indígenas através da tecnologia
USP desenvolve projetos em linguística e alfabetização baseados em IA
https://www.mobiletime.com.br/noticias/02/08/2023/usp-desenvolve-projetos-baseados-em-ia/
“The Listener Nagaland” – Festival de Oralidade em Nagaland, Índia
“The Listener Nagaland” – O Festival de Oralidade, foi realizado na cidade de Dimapur, no estado de Nagaland, na Índia, no início de novembro. O prof. Gilvan Muller de Oliveira, UFSC e Cátedra UNESCO para o Multilinguismo fez o lançamento do projeto NEIIPA (Arquivo dos Povos Indígenas do Nordeste da Índia), um repositório digital para o acolhimento de materiais culturais e linguísticos da região.
https://nagalandpost.com/index.php/tetso-college-hosts-2nd-the-listener-nagaland/
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Saiba mais puxando a rede:
Visite o site do projeto NEIIPA: https://neiipa.in/
Site da fundação IMASI – The Maharaj Kumari Binodini Devi Foundation : http://imasi.org/listenerfestival/
Conheça Nagaland
Assista ao vídeo da abertura do evento: https://www.youtube.com/watch?v=CIDP1rT6gPU
Dasiwazébzé Mahörö ĩ’Ahö Norĩ Mahã – declaração universal dos direitos humanos
Este livro é resultado do projeto “Tradução/versão documental em Xavante: Declaração Universal dos Direitos Humanos”, coordenado pelo Prof. Wellington Pedrosa Quintino e os alunos Tiago Tserewatawe Tsitedzé e Vinícius Sidiwê Supretaprã Xavante. O trabalho de tradução da referida obra vincula-se a uma das Políticas Linguísticas desenvolvidas pela Faculdade Indígena Intercultural-FAINDI, do Campus Universitário de Barra do Bugres da UNEMAT. O Projeto de Tradução/versão é uma das ações previstas pela Política de Línguas da FAINDI que consiste na versão, para as línguas indígenas, de textos legais que abordam direitos humanos, linguísticos, justiça e educação da humanidade, incluindo os direitos dos povos indígenas e assenta-se em três eixos: a consciência fonológica, a tradução de textos oficiais e a cooficialização das línguas indígenas faladas nos diferentes municípios de Mato Grosso. O referido projeto de pesquisa faz interface com a extensão e configura-se como uma proposta de ação decolonial e de significativo acesso para esses povos.
Esperamos que a publicação desta versão em Xavante da ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’, da UNESCO, assim como sua tradução na maioria das línguas naturais, possa fortalecer, dar visibilidade e tirar do silenciamento os povos e as línguas indígenas faladas em Mato Grosso, em especial, os Xavante. Desejamos, ainda, contribuir para os processos educativos de formação na dimensão da educação, das políticas de línguas e do movimento indígena, considerando, diretamente, a participação da organização Warã, do povo Xavante.
O projeto “Tradução/versão documental em Xavante: Declaração Universal dos Direitos Humanos” articula-se com a Faculdade Indígena Intercultural, por produzir reflexões sobre os direitos humanos que também são fundamentais para os indígenas que fazem parte, principalmente, do contexto educacional do Estado de Mato Grosso, bem como, também subsidiar encaminhamentos dentro das aldeias no que se refere à educação intercultural, diferenciada e específica.
Diretora da FAINDI Mônica Cidele da Cruz
Visite a pagina da editora para alcançar o download da publicação:
Línguas e políticas linguísticas no atendimento à saúde: um curso para compartilhar desafios e soluções.
O encontro de terça-feira, 31 de outubro, encerrou nosso curso Línguas e políticas linguísticas no atendimento à saúde que tematizou a urgência de políticas para uma saúde multilíngue.
Contanto com a participação, como alunos, de pesquisadores e profissionais da área da saúde e de acolhimento aos que não falam ou falam pouco a língua portuguesa, o curso trouxe para o debate as demandas do multilinguismo em face das práticas monolíngues do Estado brasileiro, os cenários históricos e políticos envolvendo as centenas de línguas brasileiras históricas, as recentes imigrações e a condição de refugiado no Brasil, os desafios da comunicação multilíngue em saúde envolvendo intérpretes e os fundamentos dos Direitos Humanos e do Direito Linguístico no Sistema Público de Saúde.
Para a abordagem e discussão dos temas selecionados, tivemos a honra de contar com Rosângela Morello (coordenadora do IPOL), Marco Aurélio Machado de Oliveira (Observatório Fronteiriço das Migrações Internacionais), Mylene Queiroz Franklin (Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes), Alexandra Mara Pereira (docente na UFGD e intérprete de LIBRAS), Andressa Santana Arce (Defensoria Pública da União) e Marcos Paulo Santa Rosa Matos (advogado e pesquisador na área do direito linguístico). Em todos os encontros, o debate foi intenso!
O curso se encerrou! Mas o diálogo e as trocas continuarão.
Essa continuidade foi, de fato, uma demanda manifesta por todos os participantes. De acordo com os depoimentos, o curso não somente propôs discussões de problemáticas essenciais para que avancemos no direito a uma saúde multilíngue como funcionou como espaço para compartilhar os desafios enfrentados no trabalho e nas pesquisas e soluções que têm sido dadas nos vários contextos vividos pelos participantes.
Assim, o grupo saúde multilíngue seguirá ativo, consolidando-se com uma rede de trabalho, de trocas de informações e soluções. Juntos somos mais fortes!
MARCO TEMPORAL: VEJA A LISTA DOS 34 TRECHOS VETADOS POR LULA
O presidente Lula (PT) sancionou com vetos o projeto do marco temporal na sexta-feira (20). Na lei sancionada pela Presidência, o principal ponto do texto do Congresso Nacional, o marco temporal para demarcação das terras indígenas, foi retirado. Mas não foi o único ponto. Lula vetou um total de 34 trechos do projeto.
Para os vetos permanecerem, é necessário aprovação do Congresso Nacional. O governo deve enfrentar forte resistência da bancada ruralista, que já indicou que tentará derrubar a decisão do presidente. Já governistas afirmam que vão lutar para manter a decisão de Lula.
Leia a matéria na fonte: https://congressoemfoco.uol.com.br/area/governo/marco-temporal-veja-a-lista-dos-34-trechos-vetados-por-lula/
Saiba mais:
VETO PARCIAL: Lula barra Marco Temporal, porém ameaças continuam no PL 2903
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Veto de Lula a marco temporal é ‘positivo, mas não vitória’, avalia liderança indígena
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1º filme na Amazônia estreia mais de 100 anos após sua produção
“Santo Graal do cinema mudo brasileiro” – Documentário de 1918 sobre a Amazônia é resgatado
(Imagem: Arquivo Národní filmovì)
O pioneiro cineasta da Amazônia, Silvino Santos. Foto : Reprodução/CineSet
O filme traz imagens deslumbrantes do rio Amazonas, das cidades de Belém e Manaus, e do povo Huitoto
O renomado Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, é palco da estreia mundial do filme “Amazonas, O Maior Rio do Mundo” nesta terça-feira (10). Esta obra, considerada um tesouro perdido, foi redescoberta na Cinemateca de Praga.
Para quem tem pressa:
- O Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, é palco da estreia mundial do filme “Amazonas, O Maior Rio do Mundo”, redescoberto na Cinemateca de Praga;
- O filme de 1918 é aclamado por ser o primeiro longa-metragem filmado na Amazônia, destacando sua riqueza natural e recursos;
- Os curadores do arquivo Národní filmovì enviaram o link de um filme catalogado como “Maravilhas da Amazônia”, mas o diretor do festival suspeitou que era mais antigo;
- A equipe concluiu que se tratava da obra de Silvino Santos, um pioneiro do cinema brasileiro;
- O filme traz imagens deslumbrantes do rio Amazonas, das cidades de Belém e Manaus, e do povo Huitoto.
O filme, datado de 1918, é aclamado por ser o primeiro longa-metragem filmado na Amazônia. Já naquela época, destacava a exuberante riqueza natural e os recursos desta área colossal, que abrange quase sete milhões de quilômetros quadrados. As informações são do jornal The Guardian.
Além da estreia na Itália, o filme será apresentado no Ji.hlava International Documentary Film Festival, na República Checa, e posteriormente no Brasil.
Saga do 1º filme sobre a Amazônia
A descoberta foi possível graças ao trabalho dos curadores do arquivo Národní filmovì. Após uma visita ao local, enviaram ao diretor do festival, Jay Weissberg, o link para o filme catalogado como “Maravilhas da Amazônia”, uma produção estadunidense de 1925.
Ao iniciar a exibição, Weissberg teve a impressão que o filme era mais antigo – e, portanto, não poderia ser a produção dos EUA mencionada. Após uma minuciosa pesquisa, a equipe suspeitou que se tratava da obra de Silvino Santos.
O negativo original tinha sido furtado pelo sócio do diretor, que o levou para a Europa. Este, sem o conhecimento de Santos, reivindicou a autoria do documentário e alterou seu título.
Em segredo, estabeleceu acordos para a comercialização do filme no continente europeu, onde foi exibido a partir de 1921. Em 1925, chegou também à Checoslováquia – mas estava desaparecido desde 1931.
Silvino Santos, um português que se estabeleceu no Brasil em sua juventude, foi um dos pioneiros do cinema brasileiro. Após contato com Weissberg, o pesquisador Sávio Stoco, de Belém, especialista no cineasta, confirmou que o filme era, de fato, a tão procurada relíquia perdida.
“Amazonas, O Maior Rio do Mundo” traz aos espectadores imagens deslumbrantes do rio, das cidades de Belém e Manaus e do povo Huitoto.
Leia diretamente na fonte: https://olhardigital.com.br/2023/10/10/cinema-e-streaming/1o-filme-na-amazonia-estreia-mais-de-100-anos-apos-sua-producao/
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Saiba mais Puxando a Rede IPOL
. Quem foi Silvino Santos?
https://portalamazonia.com/historias-da-amazonia/silvino-santos-o-cineasta-da-selva-1
. Leia matérias na Cineset!
https://www.cineset.com.br/silvino-santos-um-olhar-pioneiro-sobre-a-amazonia/
https://www.cineset.com.br/manuscrito-historico-de-silvino-santos-aguarda-publicacao-na-ufam/
. Leia a publicação premiada como melhor ensaio sobre cinema e que foi consultada para confirma a origem do filme encontrada em Praga
O CINEMA DE SILVINO SANTOS (1918-1922) E A REPRESENTAÇÃO AMAZÔNICA: HISTÓRIA, ARTE E SOCIEDADE, de Sávio Luís Stocco
Resumo
Essa tese investiga a representação da região amazônica nos filmes longas-metragens documentais do cineasta luso-brasileiro Silvino San- tos Amazonas, maior rio do mundo (1918-1920) e No paiz das Amazonas (1921/1922), considerando sua dimensão históricae estética. Busca-se discutir as particularidades apreendidas em cada um deles por meio da análise fílmica e à luz da história e das tradições discursivas sobre a região enfocada. As análises empreendidas procuraram demonstrar o multifa- cetado trânsito de referências históricas e culturais que se encontram na origem da criação cinematográficade Silvino Santos e das elites locais com os quais se relacionou. Foram utilizados elementos diversos, oriundos de relatóriosoficiais,críticasde jornais, livros,fotografias,pinturas,cartões postais que corroboram diversas estratégias de filmagens, sejam elas “do- cumentais”, ficionalizantes, encenadas etc.. Buscou-se dar a ver o trânsito complexo de raízes, procedimentos e efeitos reconhecidos nos objetos tra- tados. Bem como buscou-se atentar para a relação dos discursos fílmicos como contextocolonialistavigentenocinemaditosilencioso.Opercurso dapesquisa apresentatambémumestudopanorâmicosobreasprincipais produções discursivas, sobretudo visuais, que remontam ao final do século XIX, auge da economia da borracha e período da implementação da pro- paganda moderna financiada e demandada pelas elites governamentais e comerciais do Amazonas. Considerações da Nova História do Cinema, História Cultural e História Social da Arte foram tomadas como referen- ciais teóricos.
https://concultura.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2023/03/O-Cinema-de-Silvino-Santos-1918-1922.pdf
Leia também sobre o cônsul Roger Casement na tese
. ROGER CASEMENT NA AMAZÔNIA – EXPLORAÇÃO, VIOLÊNCIA E GENOCÍDIO NO INTERFLÚVIO DA TRÍPLICE FRONTEIRA, de FREDDY ORLANDO ESPINOZA CARDENAS para a Universidade Federal do Amazonas em 2022
https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/9444/8/Tese_FreddyEspinozaCardenas_PPGSCA.pdf
. The Guardian : Lost ‘holy grail’ film of life in Brazil’s Amazon 100 years ago resurfaces
Documentary from 1918 that has been hailed as a classic emerges from depths of Czech archive
https://www.youtube.com/watch?v=UrCJJ_z51MI
Algo sobre esta etnia, Huitoto: https://www.jcam.com.br/noticias/mascaras-resgatam-cultura-witoto/