Revista Platô discute Políticas Linguísticas na Guiné Equatorial
Acaba de ser lançado o Volume 3 – Número 6/2016 da Revista digital Platô – Revista do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, que discute ” Políticas Linguísticas na Guiné Equatorial”. O número foi organizado pelas pesquisadoras Rosângela Morello e Susana Castillo-Rodriguez.
Na apresentação do Número, Rosângela Morello sintetiza os principais temas discutidos:
“No primeiro artigo La colonización lingüística de España en Guinea Ecuatorial, que abre o número, Susana Castillo Rodríguez apresenta um panorama da colonização linguística empreendida pela Espanha nos territórios que atualmente formam a Guiné Equatorial. Adotando uma perspectiva histórica, a autora caracteriza a atual situação linguística do país e argumenta que o imperialismo linguístico espanhol, articulando as ideologias da espanholidade, no início, e mais tarde a da hispanidade, é marcado por três momentos: a batalha contra o inglês, o monopólio do espanhol, língua colonial, como língua oficial e a obliteração das línguas nativas.
No texto seguinte, O estatuto do pichi na Guiné Equatorial, Kofi Yakpo faz uma análise da relação entre as políticas e as ideologias linguísticas relacionadas ao pichi, o crioulo de base lexical inglesa da Guiné Equatorial e a segunda língua nacional mais amplamente falada do país. Denunciando a ausência de políticas governamentais de apoio e fomento do pichi, o autor demonstra, no entanto, a crescente ampliação das funções dessa língua e a necessidade de questionar os valores negativos que a circundam, advindos dos processos de colonização.
Com o tema La situación lingüística de Guinea Ecuatorial: obstáculos para la implantación de una política lingüística exitosa, Mikel Larre Muñoz sinaliza alguns passos que poderiam ser dados, apresentando seus pontos positivos e negativos, para conceber e implantar uma política linguística integradora, que considere as distintas línguas do país, em especial, as línguas autóctones, de modo a modificar a atual situação.
Em seguida, Justo Bolekia Boleka, em La lengua bubi: ¿desaparición o rehabilitación? detalha os processos de instrumentalização da língua bubi para questionar o fato de que, embora esteja hoje amplamente descrita, essa língua não entrou em nenhum programa de ensino governamental. Para o autor, as investigações sobre o bubi não têm conduzido a políticas linguísticas e educacionais destinadas a promovê-la. Urge, então, segundo Bolekia, reconhecer a “oficialidade territorial” dessa e de outras línguas nacionais e propor programas educativos consistentes e ajustados à realidade multilíngue do país.
Ainda, o texto Os primeiros passos do português no mais novo país lusófono da CPLP, de Emmanuel R. Laureano, constitui um relato circunstanciado das ações voltadas a promoção da língua portuguesa no país. O autor mostra o crescente interesse pela língua portuguesa impulsionado por sua recente oficialização e pelo fato da Guiné Equatorial integrar, desde 2014, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP.
Por fim, em Políticas linguísticas e multilinguismo: usos e circulação do fá d´ambô nas redes das línguas da Guiné Equatorial, Rosângela Morello apresenta e discute os resultados de um diagnóstico sociolinguístico sobre a língua fá d´ambô, realizado em Malabo e Annobón no âmbito de um protocolo de cooperação técnica assinado entre o Governo da Guiné Equatorial e o Instituto Internacional da Língua Portuguesa(IILP). Considerando a relação histórica entre o fá d´ambô e o português, a autora traça o perfil sociolinguístico de grupos de annoboneses e discute o funcionamento das línguas nas situações pesquisadas, visando a contribuir para gestão do fá d´ambô e demais línguas equatoguineanas.”
Leia a apresentação completa e acesse o número da Revista Platô: http://www.riilp.org/
Fonte: Blogue do IILP e Revista Platô
XI Congresso Internacional da SIPLE – XI CONSIPLE
XI Consiple – Congresso Internacional da SIPLE
O XI CONSIPLE tem entre seus objetivos propiciar a interação entre professores, pesquisadores e estudantes e promover o encontro e aproximação de ideias e práticas que são desenvolvidas na área de português como língua estrangeira, em diferentes contextos e em diferentes partes do mundo, tomando como foco a formação de professores de PLE/PL2 e sua atuação em espaços multilíngues. Além disso, este evento visa a contribuir para promover, projetar e difundir a língua portuguesa, na perspectiva de uma língua internacional, pluricêntrica e diversa culturalmente. Nessa dimensão, estarão em foco os diversos contextos em que o português é língua de uso, de ensino e de formação de professores como língua estrangeira/segunda língua, em toda a complexidade que essas denominações abarcam.
Mai informações em: http://www.siple.org.br/
Fonte: siple.org.br
Nigéria: Asa, aplicativo inova ao ensinar iorubá para crianças
Em África não foi diferente, muito pelo contrário, o boom tecnológico foi ainda mais forte já que o continente negro saltou diretamente para o tempo da comunicação móvel. Com a crescente urbanização de metrópoles como Lagos, na Nigéria e Nairóbi, no Quênia, os aparelhos celulares são utilizados para muito além de troca de mensagens e navegação em páginas do Facebook. Por exemplo, até 2005 cerca de 81% da população do Quênia não tinha conta em bancos. Problema sério? Sem dúvidas, contudo apoiado nos 27% de habitantes com acesso à internet pelo celular, foi criado o MPesa, sistema que proporciona a realização de transações bancárias pelos aparelhos móveis. Para se ter uma ideia do impacto, o MPesa possui hoje cerca de 20 milhões de usuários. Continue lendo
Chamada de artigos da Policromias – Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som
A Revista impressa Policromias – Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som, por meio do Laboratório de Estudos do Discurso, Imagem e Som (LABEDIS) e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abre Chamada para submissão de trabalhos científicos, a serem direcionados à 2ª Edição no ano de 2016. Os interessados devem realizar envio, impreterivelmente, até 30 de Setembro deste ano, para o e-mail revistapolicromias@mn.
Elvira Arnoux, da Universidade de Buenos Aires (UBA), no III CIPLOM/EAPLOM
Elvira Arnoux, professora e pesquisadora da Universidade de Buenos Aires (UBA), participou do III CIPLOM/EAPLOM com demais representantes da Universidade. A prof. Elvira Arnoux é coordenadora do grupo de Análise de Discurso da Faculdade de Letras de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires e investiga os discursos políticos contemporâneos na América do Sul.
No evento, participou de mesa redonda que discutiu “O espanhol e o português na América do Sul: Políticas Linguísticas e Educacionais”, ao lado de Adrián Fanjul (USP) e Roberto Bein (UBA). Também ofereceu minicurso sobre “Análisis glotopolitico de las gramaticas del español” .
A prof. Elvira afirmou que a Língua tem uma grande importância no desenvolvimento da Integração Regional. A integração no MERCOSUL, segundo ela, precisa superar a condição apenas de mercado e alcançar a integração política. “Para existir integração política, precisamos nos conhecer “.
Ouça a contribuição da Prof. Elvira Arnoux à Série de Entrevistas do IPOL que tematiza “Políticas de gestão do multilinguismo e integração regional” realizada durante o III CIPLOM/EAPLOM que ocorreu em junho na UFSC e congregou professores e pesquisadores do MERCOSUL.
Conheça mais sobre o grupo de pesquisa coordenado pela professora Elvira Arnoux, na Universidade de Buenos Aires, os projetos, publicações e outras entrevistas já realizadas com a pesquisadora em http://www.escrituraylectur
Acesse as demais entrevistas realizadas com os convidados aqui.
Fonte: IPOL Comunicação