LÍNGUA – Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias
Quase metade das seis mil línguas faladas no mundo estão numa situação vulnerável ou em risco de desaparecer. Na União Europeia, entre 40 e 50 milhões de pessoas falam uma das suas 60 línguas regionais ou minoritárias, algumas das quais estão em sério risco, de acordo com um documento de Bruxelas. Em Portugal, existem algumas destas línguas sendo que apenas o mirandês (1999) e o barranquenho (2021) já foram reconhecidos pelo Parlamento.
É para alertar para a existência destes idiomas e lutar pela sua preservação que se realizou em 2022, no Theatro Gil Vicente, em Barcelos, a primeira edição do LÍNGUA – Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias, que terá uma periodicidade bienal.
O LÍNGUA é um evento dedicado às línguas da terra, onde o teatro comunitário e amador identitário de uma região ou de uma língua ou dialecto tenha palco. O que perdemos quando morre uma língua? A resposta a esta pergunta levou à criação deste festival: a importância do teatro como expressão de resiliência da mesma, porque quando morre uma língua, morre todo um legado outrora transmitido de geração em geração.
O festival em sua primeira edição abriu com um espectáculo em mirandês, realizado por um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, em parceria com o Teatro de Balugas. Foram apresentados também obras teatrais em estremenho (da região espanhola da Estremadura) e em sassarese (da região italiana da Sardenha). O evento teve também debates sobre a importância do teatro como expressão para a salvaguarda e a difusão das línguas minoritárias, focando o trabalho das companhias presentes no seu território, e a apresentação do contexto cultural de cada uma das línguas desta edição, com a presença de linguistas e académicos. Houve igualmente espaço para formação, com destaque para as oficinas sobre commedia dell’arte e criação em teatro documental.
Este Festival pretende não só ser uma mostra de teatro, mas também um ponto de encontro multicultural para a discussão dos desafios e problemáticas que o teatro comunitário e amador apresenta neste contexto.
Agora em 2024 o evento volta a cena!
(Informações retiradas das páginas do evento)
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Museu da UFMT lança cartilha sobre aves em português e em xavante
A cartilha Aves do MuHna, do Museu de História Natural do Araguaia, retrata 10 aves de importância cultural para os xavante; lançamento foi em escola de Barra do Garças (MT)
O Museu de História Natural do Araguaia (MuHna) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) lançou nesta terça (16) a cartilha Aves do MuHna, com conteúdo bilíngue – em português e em a’uwe mreme, a língua xavante. A cartilha mostra informações sobre 10 aves, com explicações sobre a importância de cada uma para o povo xavante. O evento aconteceu na Escola Estadual Irmã Diva Pimentel, em Barra do Garças (MT), como parte da programação da Semana dos Povos Indígenas na escola.
A cartilha foi elaborada pelos professores Maxwell Gomes Miranda e Deyvisson Pereira da Costa, da UFMT, e traduzida para o xavante pelo professor Oscar Wa’raiwē Urebete, da Escola Estadual Indígena Dom Filippo Rinaldi. O lançamento contou com a participação e protagonismo dos estudantes indígenas, que leram a cartilha e explicaram aos colegas a pronúncia das palavras em sua língua e a importância das aves na cultura xavante.
A Escola Estadual Irmã Diva Pimentel recebeu uma doação de 100 exemplares da cartilha, e todas as escolas de Barra do Garças deverão receber exemplares até o segundo semestre. Outro evento de lançamento também será realizado em uma aldeia indígena, com data ainda a definir. No segundo semestre – quando o museu deverá ser reaberto após as reformas – será realizada uma exposição, também chamada “Aves do MuHna”, que contará com sons das aves e narração bilíngue. Uma versão digital da cartilha atualmente está em elaboração pela equipe do museu, e contará com áudios em xavante.
Segundo Márcia Pascotto, professora da UFMT e diretora do MuHna, a universidade tem uma “responsabilidade” com os xavante pelo fato do campus Araguaia, onde funciona, estar próximo ao território dos indígenas, que são “público assíduo” do museu. “É um compromisso social da Universidade e do MuHna, é um direito garantido em lei que todos os ambientes culturais devem ser acessíveis”, frisou a professora.
Ao programa MT1 Rondonópolis, da TV Centro América, o professor Deyvisson Pereira da Costa, um dos autores da cartilha, falou sobre a importância do material. “Esta é uma publicação bilíngue, ou seja, todas as informações estão em português e xavante. Acreditamos que assim, além de difundir o conhecimento, como é o propósito do museu, também valorizamos a cultura desse povo que é importantíssimo, imprescindível, para a preservação do meio ambiente, seja o Cerrado ou o Pantanal”, explicou.
No mesmo dia, os estudantes ainda puderam conferir a exposição fotográfica Modos de Ver, do fotógrafo Pio Tsimhoropupu Butsé. Nela, Butsé registrou o dia a dia e os rituais realizados nas aldeias do povo xavante. A exposição ficará disponível e aberta ao público na escola até o dia 19, data do Dia dos Povos Indígenas.
Siga o link: https://oeco.org.br/salada-verde/museu-da-ufmt-lanca-cartilha-sobre-aves-em-portugues-e-em-xavante/
Programa Língua Indígena Viva no Direito
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PORTARIA INTERMINISTERIAL AGU/MPI/MJSP Nº 1, DE 18 DE ABRIL DE 2024
Institui o Programa Língua Indígena Viva no Direito.
Art. 1º Fica instituído o Programa Língua Indígena Viva no Direito, destinado a facilitar a interpretação, a integração e o entendimento recíproco de:
I – direitos e deveres estabelecidos na legislação nacional e internacional; e
II – valores culturais, tradições, usos e costumes aceitos como normas pelas diferentes comunidades indígenas, não necessariamente formalizados pela escrita ou por processos legislativos, que devam ser reconhecidos e considerados nas políticas públicas e na produção e aplicação de normas jurídicas.
Medida foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União
Publicado em 22/04/2024 – 09:44 Por Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília
O entendimento recíproco entre os povos indígenas e os formuladores e aplicadores das legislações brasileiras é o principal objetivo do Programa Língua Indígena Viva no Direito desenvolvido pela Advocacia-Geral da União (AGU) com os Ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça e Segurança Pública. A iniciativa lançada em cerimônia em Brasília, na última quinta-feira (18), com a participação presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seus princípios e objetivos publicados nesta segunda-feira (22), no Diário Oficial da União.
Entre as medidas previstas pela política pública a tradução da legislação brasileira, dos termos e conceitos jurídicos para as línguas indígenas, assim como a capacitação de legisladores e profissionais do Direito em conhecimentos relacionados a diversidade cultura e social desses povos. Os membros das comunidades também serão capacitados para maior acesso às legislações nacionais e internacionais, assim como às políticas públicas.
Segundo divulgação feita pela AGU, por meio de nota, o texto da Constituição Federal será o primeiro a ser traduzido nas línguas Guarani-Kaiowá, Tikuna e Kaingang, por serem as mais faladas no país. E para garantir a integridade cultural, o processo terá a participação de líderes e membros dos povos indígenas, que ajudarão a construir textos onde serão considerados a interação com os sistemas legais indígenas.
Os novos conteúdos serão divulgados entre as comunidades, advogados, órgãos dos Três Poderes, colegiados, universidades e organizações da sociedade civil que atuam em políticas públicas e em iniciativas que tratam dos direitos dos povos indígenas.
Acesse o link para ler a a Portaria na íntegra:
Acesse aqui o link da matéria: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-04/programa-promove-integracao-entre-linguas-indigenas#
Entrevistas Dia dos Povos Indígenas 2024
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Acesse as entrevistas com a ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara; Eliane Potiguara, primeira indígena a publicar um livro no país; Joenia Wapichana, presidente da FUNAI: o escritor Daniel Munduruku e Rosa Colman, demógrafa.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/tags/entrevistas-dia-dos-povos-indigenas-2024
MEC cria comissão para produção de material didático indígena
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Comissão Nacional de Avaliação e Apoio à Produção de Material Didático e Literário Indígena (Capema) visa auxiliar formulação de políticas de alfabetização para estudantes indígenas
O Ministério da Educação (MEC) instituiu, na segunda-feira, 15 de abril, a Comissão Nacional de Avaliação e Apoio à Produção de Material Didático e Literário Indígena (Capema), que será coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). O colegiado foi criado por meio da Portaria nº 28/2024, com objetivo de assessorar o MEC na formulação e no acompanhamento de políticas educacionais relacionadas à alfabetização, ao letramento e ao numeramento de estudantes indígenas. Também contribuirá para a formação de professores e gestores que atuam em escolas indígenas, assim como para a produção, avaliação, edição, publicação e distribuição de materiais didáticos e literários indígenas.
Entre as atribuições da comissão, estão a atuação na promoção do diálogo com órgãos federais, estaduais e municipais; organizações não governamentais; movimentos sociais; organizações indígenas e indigenistas, envolvidos com a educação escolar indígena. O diálogo busca a articulação de medidas e ações integradas que promovam programas, projetos e iniciativas ligadas à alfabetização e ao processo educacional junto aos estudantes indígenas.
De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, Zara Figueiredo, “espera-se que, com a atuação da Capema, possamos ter uma grande quantidade de materiais didáticos e paradidáticos escritos nas línguas indígenas”.
Já a coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena, Rosilene Tuxá, disse que a portaria é de suma importância para a política educacional indígena, além de a produção de material didático nas línguas indígenas ser complexa. “A Capema tem o objetivo primordial de assessorar a Secadi e o MEC na formulação e acompanhamento das políticas educacionais, observando os contextos regionais e contextos linguísticos diversos”, considerou.
Segundo ela, o material didático será desenvolvido com a participação de professores indígenas e inserido no programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, a fim de que a distribuição seja célere, com a quantidade necessária para atender os estudantes indígenas. Rosilene Tuxá ainda afirmou que conta com a participação das secretarias estaduais e municipais de educação na distribuição dos livros, de modo a chegarem de fato às escolas.
“Uma das questões garantidas na política da educação escolar indígena é que os processos de alfabetização dos povos indígenas sejam nas línguas indígenas, nos princípios do bilinguismo e do multilinguismo. Para isso, as escolas indígenas precisam de materiais e cartilhas de alfabetização escritas nas línguas indígenas. Essa é uma grande dificuldade que as comunidades indígenas e as lideranças têm pautado, a necessidade de material didático específico escrito nas línguas indígenas”, contou.
Portaria
De acordo com o texto, a comissão deverá propiciar os meios para as comunidades indígenas produzirem seus materiais didáticos e literários, por intermédio dos programas de formação de professores indígenas. O intuito é valorizar, ampliar ou reavivar o uso das línguas indígenas e da variedade do português utilizado dentro das comunidades no seu contexto cultural. Esse processo deverá reconhecer a autoria coletiva, os saberes e as formas de transmissão dos conhecimentos indígenas.
O texto diz, ainda, que a Comissão Nacional de Avaliação e Apoio à Produção de Material Didático e Literário Indígena terá de organizar a implantação dos seguintes espaços nas escolas indígenas: bibliotecas, laboratórios de línguas, Cantinhos da Leitura e laboratórios de tradução e informática. A meta é produzir material bilíngue e gerar mais condições de acesso à informação, além da troca de experiências interculturais. A ação se conecta a um trabalho mais amplo do governo federal, que tem atuado para ampliar o número de bibliotecas em todo o País, estimulando a leitura entre crianças e jovens.
SNBE
Na semana passada, o governo federal criou o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares (SNBE), com o intuito de promover e incentivar a implantação de bibliotecas escolares em todas as instituições de ensino do Brasil. Entre suas dez funções básicas, o novo sistema deve definir a obrigatoriedade de um acervo mínimo de livros e de materiais de ensino nas bibliotecas escolares, com base no número de alunos efetivamente matriculados em cada unidade escolar e nas especificidades da realidade local.
A distribuição desses materiais para a rede pública já é realizada pelo MEC, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O novo sistema também visa integrar todas as bibliotecas escolares do País na rede mundial de computadores e manter atualizado o cadastramento de todas as bibliotecas dos respectivos sistemas de ensino.
Por: Ministério da Educação (MEC)
“Originários: Sua língua, seu voto, sua representatividade”
Corregedora Regional Eleitoral lança oficialmente o guia “Originários” voltado à conscientização política da população indígena
Elaborado e traduzido para as cinco línguas indígenas faladas em território paraense, o material traz explicações sobre o direito ao voto e o funcionamento do processo eleitoral visando à inclusão e garantia de direitos aos povos originários.
Em cerimônia realizada na tarde da sexta-feira (19), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, durante a programação da Semana dos Povos Indígenas, a Corregedoria Regional Eleitoral do Pará (CRE-PA) lançou oficialmente o guia “Originários: Sua língua, seu voto, sua representatividade”.
O material elaborado em português e traduzido para as línguas Mebêngokrê, Nheengatu, Wai-Wai, Munduruku e Tenetehara tem a finalidade de proporcionar – na forma escrita e em vídeos curtos gravados nas línguas indígenas – uma compreensão mais ampla e facilitada do processo eleitoral aos povos originários com informações sobre cidadania, democracia, a candidatura de pessoas indígenas, o direito ao voto, entre outros temas.
O corregedor e vice-presidente do TRE do Pará, desembargador José Maria Teixeira do Rosário, presidiu a cerimônia e explicou a função social das cartilhas lançadas. “Esse trabalho foi uma proposta de nossa equipe preocupada com a política social. Estamos visitando algumas aldeias e percebemos o quanto precisamos conscientizar os indígenas sobre a importância da escolha de seus representantes de forma justa e consciente. Não é apenas o lançamento do guia bilíngue, mas a conscientização dessa população, este é o nosso trabalho”, detalhou.
Também participaram da cerimônia a diretora-geral do TRE do Pará, Nathalie Castro, o secretário da Corregedoria Regional Eleitoral (CRE/PA), Bruno Giorgi Almeida, o juiz membro da Corte Eleitoral e ouvidor do Tribunal, José Airton de Aguiar Portela, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, a secretária dos Povos Indígenas do estado, Puyr Tembé, e as professoras do Núcleo de Formação Indígena (Nufi) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Eliete Solano e Antônia Zelina Negrão, que atuaram na assessoria linguística da tradução dos guias para as línguas indígenas acompanhadas dos professores indígenas responsáveis pela tradução, além das lideranças das diversas etnias presentes na programação.
Projeto
A elaboração das cartilhas bilíngues integra o Projeto do TRE do Pará “Originários: Território, Etnia e Voz”, que tem como objetivo principal a inclusão sociopolítica da população indígena. Idealizado pela Diretoria-Geral do Tribunal, o projeto é organizado pela Ouvidoria Judicial Eleitoral (OJE), conta com a parceria da Escola Judiciária Eleitoral (EJE), na educação sociopolítica, e da Corregedoria Regional Eleitoral (CRE/PA) que trabalhou na elaboração dos guias em parceria com o Núcleo de Formação Indígena (Nufi) da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Conforme a Resolução TSE nº. 23.659/2021, o Sistema ELO (onde são inseridas as informações do cadastro de eleitores) permite a identificação da pessoa como indígena, bem como a declaração de sua etnia e língua indígena praticada, de forma exclusiva ou concomitante com o português. A informação é autodeclaratória e representa um avanço dos direitos indígenas no país.
Atualmente, o estado do Pará possui 52 locais de votação criados em aldeias e mais de 7.500 eleitoras (es) que se declararam como indígenas.
Durante todo o mês de abril também ocorrem mutirões de atendimentos do “Abril Indígena”, que estão percorrendo territórios indígenas paraenses com o objetivo de emitir o título eleitoral e ainda revisar os dados cadastrais da população originária com a inclusão da etnia e da língua materna no momento do cadastramento.
Representatividade
O secretário da Corregedoria, Bruno Giorgi Almeida, destacou que “os guias bilíngues nascem com o objetivo de fazer com que o sistema eleitoral represente a realidade dos povos indígenas do Pará a partir da autodeclaração no momento do cadastro. A Corregedoria, que esteve em algumas aldeias lançando os guias e realizando rodas de conversa está muito grata com essa ação”, disse.
A professora Antônia Negrão de Oliveira destacou o protagonismo indígena na elaboração do material. “Este é um trabalho feito por vocês e para vocês, povos indígenas aqui representados. Parabéns ao TRE por essa iniciativa”, elogiou a educadora.
Adalton Wai- Wai colaborou com a tradução da cartilha para a língua materna da sua etnia e falou um pouco sobre a vivência. “Minha experiência foi muito feliz porque é um trabalho que ajuda o nosso povo, pois muita gente do meu povo não sabe ler em português e o guia do Tribunal explica tudo, é uma grande vitória para nós. Tive dificuldades porque as palavras da língua portuguesa são difíceis, mas tenho certeza que meus parentes vão entender como funciona a votação”, contou.
A secretária dos Povos Indígenas no estado, Puyr Tembé, chamou a atenção para a ocupação dos espaços até então fora do alcance da população indígena. “O TRE está abrindo este espaço, furando a bolha para avançarmos em direção aos espaços onde os povos originários estiveram distantes por muito tempo. Esse ano é muito importante e, parentes, não tenham medo de encarar as urnas. Essa é a hora de reflorestar as mentes”, pontuou.
Rodrigo Gomes Nascimento, tradutor da cartilha para a língua Wai- Wai, ressaltou que as cartilhas vão ajudar no senso de pertencimento da sua etnia. “Agradeço à comissão e fiquei muito feliz quando recebi o convite para fazer a tradução para a minha língua porque vai ajudar meu povo, pois lá [na aldeia] a gente lê e escreve na nossa língua e aqui somos como estrangeiros. A iniciativa do Tribunal foi muito boa”, revelou.
Ismael Tembé falou sobre o desafio da tradução para a língua Tenetehara e destacou que o material irá ajudar, sobretudo, os indígenas idosos que não falam português. “Quero agradecer e dizer que foi uma honra ser convidado para essa tradução. É difícil fazer a tradução para a nossa língua, e tem palavras que não tem como traduzir. O guia vai ajudar muito os nossos tamui, nossos idosos que não falam português”, afirmou.
Os guias disponíveis na versão impressa foram distribuídos a às pessoas que participaram da cerimônia de lançamento e também ficaram à disposição no estande montado pela Corregedoria na entrada do auditório.
A Escola Judiciária Eleitoral (EJE) também esteve presente com as ações de treino do voto na urna eletrônica e distribuição dos kits do Projeto Nacional Eleitor do Futuro.
Material
.: Para acessar as cartilhas elaboradas nas cincos línguas indígenas faladas no estado do Pará ou fazer download dos arquivos no formato PDF, acesse o link abaixo:
.: Para acessar a playlist no canal oficial do TRE do Pará, no YouTube, com os 25 vídeos explicativos sobre o título eleitoral, a candidatura de pessoas indígenas, o processo eleitoral no nosso país, entre outros temas, clique no link seguinte:
https://youtube.com/playlist?list=PLMcLcQIXM2XpGli3ABaJ-YdskxlpKNtTz&si=_Q5USs0yfYuP8oSP
Texto: Rodrigo Silva/ Ascom TRE do Pará.
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