Ministra defende resgate das manifestações artísticas
A ministra da Cultura defendeu ontem, em Cabinda, o resgate das manifestações artísticas de cada região do país.
Carolina Cerqueira, que falava na abertura do VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura, sublinhou que este desafio passa pelo “reforço do projecto de municipalização da cultura”.
A ministra disse ser fundamental o contributo dos municípios nesta tarefa, promovendo feiras de artesanato e outras exposições de vária índole com recursos próprios.
Carolina Cerqueira anunciou que o sector que dirige vai, nos próximos doze meses, desenvolver tarefas ligadas ao resgate e preservação do património cultural e imaterial, à preservação dos monumentos, divulgação da história de Angola e dedicar atenção particular à cidade de Mban-za Kongo, que celebrou no dia 8 do mês em curso o primeiro aniversário de elevação a Património Mundial.
Quase 90% das crianças em Moçambique começam a estudar sem saber falar português
Cerca de 90% das crianças moçambicanas começam a frequentar as aulas sem saber falar a língua portuguesa, o que constitui um obstáculo para o processo de ensino e aprendizagem, indicam dados do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Os dados foram divulgados na quarta-feira durante o Fórum Nacional Bilingue pela ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortone, citada esta quinta-feira pelo diário O País.
A governante entende que esta pode ser uma das causas dos maus resultados nas escolas do ensino primário no país, propondo o ensino bilingue como a solução para o problema. “Um olhar atento sobre as nossas estatísticas permite perceber, claramente, o quanto os nossos concidadãos não podem usufruir dos serviços de saúde, de justiça e acesso à informação porque não conseguem permanecer no sistema de ensino por não saberem falar a língua portuguesa”, disse Conceita Sortone. Continue lendo
Exposições de arte africana ganham destaque na Bienal do Mercosul
Obras são voltadas para reflexão sobre miscigenação e migrações entre a América, África e Europa
Série de fotografias reúne retratos de mulheres da África do Sul que sofreram ataques xenófobos e homofóbicos | Foto: Zanele Muholi / Divulgação / CP
Promover uma reflexão sobre a miscigenação, fluxos migratórios e o trânsito de religiões, idiomas, tecnologias e artes, que são e foram estabelecidas por meio das conexões existentes há mais de cinco séculos entre a América, África e Europa, é o que a 11º Bienal de Artes Visuais do Mercosul propõe para o público visitante.
Chamada de “O Triângulo Atlântico”, a exposição apresenta 77 artistas, sendo 21 da África, 19 do Brasil, 20 da América Latina, 11 da Europa e seis da América do Norte, além de ações pontuais realizadas em comunidades remanescentes de quilombos localizados em Porto Alegre e Pelotas. Até dia 3 de junho, as obras poderão ser conferidas no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Memorial do RS, Santander Cultural, Praça da Alfândega, e Igreja Nossa Senhora das Dores. Continue lendo
Com Maria Bethânia, documentário aborda a literatura e poesia africanas
Após circular nos festivais de cinema do ano passado, o documentário Karingana – Licença para contar estreiou dia 22/03, no canal Curta!. O filme reúne depoimentos de personalidades como a cantora Maria Bethânia, o angolano José Eduardo Agualusa e os moçambicanos Mia Couto e Mingas, que falam sobre a palavra, a poética e a literatura de países africanos e de como há influência na língua portuguesa. Com filmagens em Moçambique e Angola, o longa-metragem tem direção da pernambucana Monica Monteiro, da CineGroup, também responsável por outras produções de televisão, como os programas Chegadas e partidas e Boas-vindas, ambos exibidos no GNT.
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Reis de Angola apresentam cultura Bantu ao Brasil
Chamado de “IV ECOBANTU” – Encontro Internacional das Tradições Bantu, o evento junta no país sul-americano o rei do Bailundo, Armindo Francisco Ekuikui V, o chefe do Lumbu, Afonso Mendes, e o rei do Ndongo, Buba N`vula Ndala Mana. Continue lendo
Conheça as palavras africanas que formam nossa cultura
A língua se move e nos ajuda entender melhor de onde viemos
A língua é viva e se move entre cidades, estados, países e continentes. Se move de dentro para fora, pelas bordas, no meio de um rio. Transforma dor em carinho. Tem cor, tem história.
Hoje o Brasil é o país com mais descendentes africanos fora da África – 54% da população é afro-descendente, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As religiões africanas, por sua vez, foram fundamentais para a perpetuação linguística de diferentes povos. Isso porque o conhecimento dos termos africanos é essencial para integrar-se nessa comunidade, vivenciar seus rituais e se conectar com a própria identidade e ancestralidade. Continue lendo