Cientistas portugueses reescrevem a história genética da Índia
Um estudo internacional liderado por Pedro Soares, da Universidade do Minho, reabriu a discussão entre cientistas, e na Índia, ao provar que um grupo de falantes indo-europeus migrou para aquele país há 5 mil anos, influenciando a língua e a cultura locais. A Reitoria sublinha que, “este é dos temas mais delicados da história política indiana e tinha sido refutado por defensores da língua indígena, mas as novas evidências genéticas nas linhagens masculinas são claras”. O trabalho saiu na revista “BMC Evolutionary Biology” e está entre os 5% de artigos científicos com mais impacto social de sempre, segundo a Altmetric.
Pedro Soares, investigador no Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da UMinho, em Braga, nota que “a diversidade genética, linguística e cultural indiana é antiga. Remonta aos caçadores-recoletores que colonizaram a região há mais de 50 mil anos e, depois, aos imigrantes vindos do Próximo Oriente e Irão graças às melhorias climáticas há 20-10 mil anos”. Continue lendo
Em uma Kombi, venezuelanas levaram música e cinema à República de Emaús
Conhecer gente de várias culturas, conversar com pessoas em diferentes idiomas, passar por diversos lugares do mundo usando uma Kombi como meio de transporte. Esse é o projeto “Buscando a mi gente”, das venezuelanas Cori Malvestuto e Verónica Otero.
Conhecer gente de várias culturas, conversar com pessoas em diferentes idiomas, passar por diversos lugares do mundo usando uma Kombi como meio de transporte. O Projeto “Buscando a mi gente”, das venezuelanas Cori Malvestuto e Verónica Otero, mostrou como viver essa realidade na sede do Movimento República de Emaús, no Bairro do Bengui, em Belém. Ali será estacionada a Kombi Vela Blue, do “Buscando a mi gente”, que em Belém recebe o apoio da Fundação Cultural do Pará (FCP).
O que o mundo perde quando morre uma língua
Quando Yang Huanyi faleceu, em 2004, morreu também o nushu, um sistema de escrita silábico conhecido apenas pelas mulheres de uma área remota da província chinesa de Hunan. Aos 98 anos, ela era a última detentora de um conhecimento passado de mãe para filha que, durante séculos, permitiu que as mulheres se comunicassem secretamente entre si e burlassem o controle dos homens, ainda que fossem proibidas de receber educação formal.
De acordo com o Atlas Interativo das Línguas em Perigo, da UNESCO, mais de 100 línguas desapareceram nos últimos 10 anos e outras 2.572 são consideradas vulneráveis ou em risco de extinção. Dessas, 519 estão em situação crítica e 51 são faladas por uma única pessoa. A organização afirma que uma língua morre a cada 14 dias. Nesse ritmo, metade dos 7.000 idiomas falados hoje no mundo desaparecerá até o final do século 21, alguns deles sem nunca terem sido gravados ou documentados. Continue lendo
O Governo de Maurício Macri e a questão indígena na Argentina
No dia 12 de outubro, quinta-feira passada, foi celebrado na Argentina o Dia do Respeito à Diversidade Cultural, feriado dedicado ao diálogo entre diferentes culturas e à reflexão histórica sobre a conquista e colonização das Américas. O feriado ocorreu em meio à crescente tensão entre os povos indígenas e o Governo nacional. Na ocasião, diversas comunidades realizaram atos e manifestações em várias localidades com o objetivo de celebrar suas tradições e também clamar por direitos e reparação de injustiças cometidas em tempos passados.
Professora e músico de Domingos Martins lançam CD inédito em pomerano
Iago Miranda
Domingos Martins, mais uma vez, se destaca na defesa da cultura pomerana. Com objetivo de incentivar o aprendizado dessa língua nas escolas, um CD de músicas infantis tradicionais produzido pela professora Lilia Jonat Stein será lançado hoje, às 10hs, durante a Kinderfest, em Campinho.
O álbum “Rememorar para Ressignificar”, que tem 20 faixas e duração aproximada de 32 minutos, foi criado com apoio de um edital da secretaria de Estado de Cultura. O trabalho contou com a parceria do experiente músico martinense, Eden Schwambach Junior, 48.
Revista Articulando e Construindo Saberes
A Universidade Federal de Goiás (UFG) publicou o segundo volume da Revista Articulando e Construindo Saberes, editada pelo Núcleo Takinahakỹ de Fomação Superior Indígena – Faculdade de Letras da UFG. Com periodicidade anual, a publicação traz nesta edição 35 artigos escritos por autores e autoras indígenas e não indígenas sob a perspectiva da interculturalidade, com a construção e articulação de saberes provenientes de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes fontes culturais. A revista ter por propósito justamente o estímulo e a promoção do debate transdisciplinar sobre a interculturalidade, a inclusão social e a equidade na educação superior.