Programa Brasil Cigano em Santa Catarina

Caravana Participativa do Programa Brasil Cigano realiza escutas às comunidades em Santa Catarina

Segundo lideranças locais, no estado existem cerca de 3.000 mil ciganos das etnias Rom, Calon e Sinti.
Publicado em 04/07/2023 16h59 Atualizado em 04/07/2023 17h00

Reunião com a Prefeitura de Major Vieira e representantes das secretarias do governo municipal. Foto: Walisson Braga/ MIR.

Ministério da Igualdade Racial está desde segunda-feira (3/7), em Santa Catarina, para a segunda etapa da caravana Brasil Cigano. O ponto de partida foi no município de Major Vieira, onde é localizada a comunidade cigana da etnia Calon, liderada por Rogério Calon, presidente do Centro de Referência Cigana do Estado de Santa Catarina. A recepção ocorreu na casa do líder da comunidade e da sua família, que acolheu a equipe do MIR, e relatou os principais desafios vivenciados por eles na região.

A comitiva do MIR é composta pela diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos, Paula Balduino, e a coordenadora-geral de Políticas para Ciganos, Edilma Nascimento. També participa a Assessora de Participação Social e Diversidade do Ministério da Previdência Social, Amanda Anderson.

A Caravana também realizou uma visita institucional à prefeitura do município, onde estavam presentes alguns secretários municipais. O propósito desse encontro foi escutar quais políticas públicas estão sendo empregadas em benefício do povo cigano na região.

Durante a reunião, Rogério Calon expressou o descontentamento pelo tratamento recebido pelas comunidades ciganas. “Todo cidadão é igual perante a lei, mas quando se trata do povo cigano, não funciona assim”, disse ele.

A coordenadora de políticas para ciganos, ressaltou a importância de incluir o público-alvo na criação e gestão de políticas públicas. Ela enfatizou que é necessário acompanhar de perto as necessidades dessas comunidades e ouvir suas demandas para um trabalho mais efetivo.

A diretora Paula Balduino aproveitou a oportunidade para apresentar o Programa Brasil Cigano. “É uma ferramenta do governo federal para estabelecer parcerias entre os estados, municípios e a sociedade civil, visando à implementação de ações que promovam a igualdade racial e melhorem as condições de vida das comunidades ciganas”, detalhou.

Na segunda parte da atividade, foi realizada uma reunião com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para discutir estratégias para o fortalecimento da assistência social e a criação de políticas de inclusão e apoio às comunidades ciganas.

A equipe do governo federal visitou, ainda, dois acampamentos ciganos no município de Canoinhas. Esses dois acampamentos, da etnia Calon, vivem em itinerância e enfrentam dificuldades. Segundo relatos das lideranças, eles não são acolhidos pelas cidades como deveriam, sofrendo preconceito e violências de várias formas. Muitas dessas comunidades não possuem acesso a água, energia e outras políticas públicas.

“Ladrão não somos, enganador não somos, o povo cigano não é esses estereótipos criados pela sociedade. Somos presos por acampar, e isso não é crime, é nosso modo de vida”, enfatizou a liderança cigana Luan Colón do município de Canoinhas. Segundo lideranças ciganas locais, no estado de Santa Catarina existem cerca de 3.000 mil ciganos, das etnias Rom, Calon e Sinti.

Na próxima quarta-feira (5) será realizada uma roda de conversa em Florianópolis com Lideranças Ciganas e órgãos de Santa Catarina, no auditório CFH da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

 

 

Edital de fortalecimento de comunidades indígenas e tradicionais é prorrogado até o dia 28 de julho

Brasília, 03/07/2023 – A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad/MJSP) anuncia a prorrogação, para o dia 28 de julho, do prazo para o envio de propostas ao edital de enfrentamento a situações de vulnerabilidade social de povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia Legal ameaçados pelo narcotráfico.

A iniciativa visa contemplar organizações da Sociedade Civil (OSC), indígenas e comunitárias, de todo país. Serão financiados até 30 projetos que tenham atuação comprovada em apoio a redes e coletivos locais e regionais no valor de até R$ 250 mil. No total, serão investidos cerca de R$ 3 milhões em projetos.

Segundo a secretária da Senad, Marta Machado, o objetivo do edital é mitigar os efeitos do narcotráfico e demais redes criminais nas áreas mais remotas do país, retomando a proteção e segurança dos povos indígenas e tradicionais.

Eixos temáticos

O edital abrange três eixos de fomento: enfrentamento a situações de vulnerabilidade social de jovens e adultos indígenas, por meio da geração sustentável de renda e participação social; ações voltadas à prevenção de violências (sexual, física e simbólica) contra mulheres indígenas ou à mitigação dos efeitos destas violências (acesso a direitos, proteção, amparo e acolhida); e prevenção ou mitigação de invasões territoriais por narcotraficantes e outras redes criminais.

 A iniciativa tem o intuito de atender as comunidades indígenas no contexto de drogas de todo o país, assim como povos e comunidades tradicionais – quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e assentados de projetos de colonização e reforma agrária da Amazônia Legal nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Acesse o edital aqui

Canal de comunicação

A Senad também criou, para auxiliar no esclarecimento de dúvidas, um canal de comunicação que vai ajudar a orientar os inscritos.

Interessados podem entrar em contato diretamente pelo número de WhatsApp – 61 99652-5611. O atendimento ao público é de segunda-feira à sexta-feira, das 9h às 14h.

O e-mail institucional senad@mj.gov.br também está disponível para informações.

https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/edital-de-enfrentamento-as-drogas-em-terras-indigenas-e-prorrogado-ate-o-dia-28-de-julho-1

A língua é integração: saiba a importância na Tríplice Fronteira

 

Foto: Lilian Grellmann/100fronteiras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um país plurilíngue e pluricultural, uma fronteira onde as culturas se encontram. São muitos os pesquisadores que enunciam que as línguas são integração. E são. E elas nos ajudam a entender melhor a história, a cultura, nosso território. É importante fomentar o aprendizado das línguas e a sensibilização para as línguas e suas culturas na região trinacional.

Você sabia que a palavra chipá é de etimologia quéchua que significa cesto e também do aimará? Claro que chipá é uma palavra de origem Guarani, muito presente na cultura da Argentina, Paraguai e Brasil. Uma palavra e três países muito presentes.

O arroz, uma comida muito presente na mesa dos brasileiros, é de origem árabe, a palavra é uma adaptação do conceito original árabe, ar-ruzz. E o termo sânscrito no qual chamamos grãos de areia, sakkar, se transformou no persa shakkar e resultou na palavra árabe as-sukar. Por isso, o produto doce da cana-de-açúcar foi batizado assim por sua semelhança com grãos de areia.

E outro elemento muito importante na culinária brasileira, como o café, também é de origem árabe: café: do árabe qahwa. Um cafezinho com raspas de limão fica delicioso! E limão é outra das palavras de origem árabe: do árabe laymūn.

E quem não conhece o mingau? Palavra de origem tupi que significa: “emi”. E quem não viu uma capivara no Refúgio Biológico? Capivara é de origem tupi Guarani: “kapii’ guara”. Em espanhol usamos muito a palavra barulho, em espanhol barullo. Fazer ruído. A língua sempre é ruminante, ela faz ruído, barulho, quando se misturam formam um som único.

Quando se misturam, promovem a integração dos ruídos e barulhos. E em nossa fronteira percebemos isso em cada canto das cidades. As línguas sempre estão presentes, é importante prestar atenção às palavras e como elas se constituem pois também formam parte de nossa identidade.

JORGELINA TALLEI

Doutora em Educação (FaE) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui Licenciatura em Letras pela Universidad Nacional de Rosario (2003), Mestrado em Letras – Língua Espanhola e Literatura Espanhola e Hispano-Americana pela Universidade de São Paulo (2010) e Mestrado Profissionalizante na Área de Novas Tecnologias, pelo Instituto Universitario de Posgrado (Espanha). Atualmente é Professora de Língua Espanhola como língua adicional na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) no Ciclo Comum de Estudos. Tem interesse nas áreas de ensino de espanhol, fronteira e interculturalidade e línguas em contato.

Publicado em : https://100fronteiras.com/opiniao/noticia/a-lingua-e-integracao-saiba-a-importancia-na-triplice-fronteira-opiniao-jorgelina-tallei/

 

BRASIL CIGANO, caravanas participativas passam por PR e SC

 

No Dia Nacional dos Povos Ciganos, 24 de maio, o Ministério da Igualdade Racial, através da  Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos (SQPT), lançou caravana participativa  para construir o Programa Brasil Cigano no município de Souza – Paraíba. A caravana irá passar por todas as regiões do Brasil promovendo encontros  para desenvolver a construção de políticas para acesso à direitos dos povos ciganos. Atualmente, estima-se a existência de mais de um milhão de pessoas ciganas brasileiras, pertencentes a etnias Calon, Rom e Sinti, espalhadas por todo o país. Estes grupos demandam por representação, inclusão e reconhecimento e as rodas de conversa darão conta desse levantamento.

A visita de 3 dias a Paraíba foi marcada por apresentações culturais e troca de diálogos com a comunidade cigana onde a comunidade apontou como prioridades a necessidade de melhorias nas áreas de moradia, regularização fundiária, saneamento básico, segurança alimentar, educação, saúde e regularização do acesso à energia elétrica. O Secretário Ronaldo dos Santos (SQPT) afirmou que conhecer as necessidades e história dos povos ciganos, é conhecer o Brasil e que a “Caravana Brasil Cigano prosseguirá sua jornada, buscando estreitar laços com as comunidades ciganas em todo o país, a fim de promover a inclusão, igualdade e o respeito à diversidade cultural. Queremos construir uma sociedade mais justa e diversa”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para saber mais sobre este programa do governo, clique no link: https://www.gov.br/igualdaderacial/pt-br/@@search?SearchableText=Ciganos

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visite o Ministério da Igualdade Racial

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perspectivas teóricas em política linguística

Evento ABRALIN: “A pesquisa em política linguística no Brasil”
No dia 30 de junho, 17h, será realizado durante o evento “A pesquisa em política linguística no Brasil”,  organizado pela comissão de Políticas Públicas da Abralin, a mesa-redonda “Perspectivas teóricas em política linguística” com a participação de Rosângela Morello (IPOL), Maria Teresa Celada (USP), Elias Ribeiro da Silva (UNIFAL), com mediação de Cristiane Gorski Severo (UFSC).
O evento será transmitida ao vivo no canal do YouTube da Abralin. O evento será acessível em Libras. Participem!

 

 

 

JORNADA: A pesquisa em política linguística no Brasil Perspectivas teóricas em política linguística

Mediação: Cristine Gorski Severo (UFSC) Participantes: Rosângela Morello (IPOL), Maria Teresa Celada (USP), Elias Ribeiro da Silva (UNIFAL)

UFMT e China firmam parceria para criar centro de tecnologia agrícola

Fonte: FatorMT com assessoria, em |26 de Junho de 2023

Foto: Divulgação

 

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade Agrícola do Sul da China (SCAU) firmaram uma parceria para a criação do Centro de Língua Chinesa e de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Agrícola.

O intuito é a promoção do ensino da língua chinesa, além de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico no campo das ciências agrárias em Mato Grosso.

A cerimônia de lançamento da unidade foi realizada na noite da última sexta (23), no Teatro Universitário da UFMT.

O reitor da UFMT, Evandro Soares da Silva, destacou a importância do convênio para Mato Grosso, principalmente pelo pioneirismo em ser o primeiro centro de Língua Chinesa no Brasil.

“O objetivo desse convênio é promover a interrelação cultural entre Brasil e China. Teremos o primeiro centro da língua chinesa no Brasil. Outro aspecto dessa aproximação é trocar conhecimento científico tecnológico e, a partir daí, buscar inovações na área não apenas das agrárias, mas no desenvolvimento científico tecnológico no sentido amplo”, afirma o reitor.

O professor do Núcleo de Relações Internacionais do Estado de Mato Grosso (Nurimat), Lucas Sousa, reforça esse fortalecimento quanto a cooperação acadêmica e cultural entre as instituições e comunidades.

“A criação do Centro de Língua Chinesa e de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Agrícola representa um marco importante para a internacionalização da UFMT e para o fortalecimento das relações entre Mato Grosso e a China. Estamos confiantes de que essa parceria trará grandes benefícios para a comunidade acadêmica, além de promover o intercâmbio de conhecimento e cultura”, destaca.

Leia mais:

https://www.gcnoticias.com.br/geral/ufmt-e-china-firmam-parceria-para-criar-centro-de-tecnologia-agricola/156413328

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