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A Universidade Federal de Roraima tem uma página cheia de ótimos ebooks gratuitos. Visite!

A Universidade Federal de Roraima tem uma página cheia de ótimos ebooks gratuitos, frutos de pesquisas de excelência. Há vários títulos sobre movimentos sociais, povos originários, escravidão, culturas indígenas e outros temas importantes nas humanidades.

A EDITORA DA UFRR é vinculada à Reitoria e tem como objetivo incentivar e promover a publicação e a produção científica, técnica, didática e artística da UFRR e da região onde se localiza. Sua linha editorial abrange a publicação de livros de qualidade e uma das suas missões mais importantes é o incentivo a uma cultura editorial-acadêmica que valorize o trabalho e a produção acadêmico-científico no âmbito regional.

A Editora da Universidade Federal de Roraima ao longo de sua existência vem aperfeiçoando a sua atuação e o seu catálogo, visando atender as demandas regionais e alcançar o mercado nacional e internacional. Nesse sentido, a partir de 2007, a Editora da UFRR passou a fazer parte da Associação Brasileira das Editoras Universitárias – ABEU, que exige qualidade nas publicações, e da Asociación de Editoriales Universitarias de América Latina y El Caribe – EULAC, o que, sem dúvida, é um marco na trajetória da Editora.

Veja abaixo alguns exemplos! Visite!

Título: Povos Originários e Comunidades Tradicionais Volume 10 Trabalhos de Pesquisa e de Extensão   Universitária  Organizadores: Nelson Russo de Moraes, Alceu Zoia, Laurenita Gualberto Pereira Alves e Norma da Silva Rocha Maciel

 Resumo:  A existência de diferentes perspectivas e formas de conceber e viver o mundo é uma possibilidade potente de fazer frente aos incessantes ataques contra os povos tradicionais. Neste nosso tempo, por exemplo, a generalização é o imperativo de controle mais eficiente porque padroniza e exclui todas as formas de vida que não se sujeitem aos desígnios da lógica voraz do mercado. Por isso, entre os compromissos humanos da universidade devem estar a defesa das mais variadas formas e modos de vida presentes nas comunidades tradicionais. A diversidade é talvez a única forma de lutar contra a padronização deliberada pelos inúmeros procedimentos racionais da tecnologia de automação, do mercado e da sociedade de consumo.

 

Título: Povos Originários e Comunidades Tradicionais Volume  9 Trabalhos de Pesquisa e de Extensão   Universitária

 Organizadores: Carlos Alberto Sarmento do Nascimento, Alexandre de Castro Campos, Fernando da Cruz Souza e Ariadne Dall’Acqua Ayres 

 Resumo:  Este novo volume da coleção é um bom exemplo para refletir sobre possíveis configurações de grupos de trabalho com capacidade de interpretação sistémica. Por exemplo, nestas páginas: os três artigos que tratam de quilombos apresentam tipos de ameaças relacionadas a categorias de agentes/interlocutores particulares: Unidades de Conservação em Minas Gerais, Áreas militares na restinga da Marambaia em Itaguaí, RJ e, Empreendimentos econômicos, na bacia do rio Bracuí, em Angra dos Reis, RJ. Da mesma maneira, o processo Cultura-Organização-Educação é relacionado com diversos desenhos de território: aldeias após a construção da barragem de Belomonte, na bacia do Tapajós, PA, ribeira dos quelônios na FLONA Caxiuanã, PA, extrativismo animal na Amazônia dos anos 1930 a 60, migrações de carroceiros em Belo Horizonte, MG. Em todos os casos e possível recorrer a imagens para alcançar uma visão compartilhada e o diálogo, mesmo em situações de antagonismo, como descrito nos artigos sobre as imagens de “quintais agroflorestais/domésticos de duas comunidades tradicionais de Faxinais da região Centro Sul do Estado do Paraná” e, a cartografia social do dano sofrido pelos Pataxós em Brumadinho, MG.

 

Título: Povos Originários e Comunidades Tradicionais Volume 8 Trabalhos de Pesquisa e de Extensão   Universitária

Organizadores: Leila Adriana Baptaglin, Vilso Junior Chierentin Santi, Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior e Renato Dias Baptista 

 Ano: 2021

 Resumo:  A percepção sobre as experiências que se dão à nossa volta é sempre mutável e relativa e, frequentemente, traduz chamados à descoberta de universos desconhecidos que provocam algum incômodo – na acepção da palavra –, que nos retiram de um lugar cômodo, estático, estacionário. Habitando a Amazônia há apenas dois anos, tenho percebido as ininterruptas dissoluções, reconstruções e transformações porque têm passado minhas percepções sobre o mundo e sobre o Outro no cotidiano da vida em meio à floresta. São cosmologias, antes desconhecidas em sua essência, que, agora próximas, têm desmontado estruturas intelectuais previamente estabelecidas e reconfigurado minha experiência existencial de ser e habitar as materialidades e virtualidades compartilhadas. São mutações inevitáveis e sempre bem-vindas. Cosmovisões de populações originárias e tradicionais que tensionam nossos esforços cognitivos no sentido de acessar a compreensão de diferentes visões, imaginários, sentidos, lugares e práticas. Ao mesmo tempo, as diferentes formas de conceber a vida e seus fenômenos nos constrangem a refletir sobre as práticas sociais e os espaços de disputa, resistência e poder nos estágios contemporâneos da história humana.

 

Título: ORALIDADES, ESCRITAS E IDENTIDADES CULTURAIS INDÍGENAS

  Organizadores: Lilian Castelo Branco de Lima, Ananda Machado

  Ano: 2023

Resumo: Este livro é resultado das apresentações e discussões realizadas no simpósio 20 – Oralidades,       Escritas e Identidades Culturais Indígenas, coordenado pelas professoras doutoras Lilian Castelo Branco   de Lima e Ananda Machado, no contexto do GellNorte, realizado no dia 13 de setembro de 2021, evento   científico organizado pelo Programa de Pós Graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima, na modalidade on line, com pesquisadores (as) participando de várias partes do Brasil e do mundo. O livro é um espaço de diálogo entre pesquisadoras das áreas das humanidades, que discutem as temáticas “Memórias” e “Identidades”, de forma individual ou inter-relacionadas, incluindo estudos de Literaturas e Ensino de Línguas (de uma forma abrangente). Tais temáticas são trabalhadas de forma interdisciplinar, pluralizando “Memórias” e “Identidades”, com a intenção de acolher e divulgar as diversidades com que elas se apresentam nos contextos observados pelas estudiosas. Essa obra inclui ainda análises das marcas da oralidade e multimodalidade na autoria indígena, em seus aspectos estético-ideológicos e linguísticos. Em especial, os capítulos têm foco no diálogo entre literatura, memória e identidade étnico-racial.

 

Título: Etnomatemática e Ensino nas Escolas Indígenas das Comunidades Jatapuzinho e Marupá em Roraima

Autor: Humberto Awi Wai Wai, Humberto Awi Wai Wai Nilson dos Santos, Fabíola Christian Almeida de Carvalho e José Ivanildo de Lima.

Ano: 2022

Resumo: “Etnomatemática e Ensino nas Comunidades Indígenas Jatapuzinho e Marupá em Roraima” surge como resultado de mais uma ação do Programa PET Intercultural – Conexão de Saberes da Universidade Federal de Roraima, cujo objetivo é promover trocas de saberes e experiências e fortalecer a relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão por meio do diálogo de estudantes com as comunidades indígenas em Roraima, promovendo uma educação superior estruturada por meio da formação científica intercultural. A obra é originada a partir da parceria entre ações de formação de professores indígenas no curso Licenciatura Intercultural do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena e a formação de professores no Departamento de Matemática da Universidade Federal de Roraima, possibilitando ao leitor entender o impacto do PET Intercultural na UFRR e nas comunidades indígenas e sua contribuição para a formação de intelectuais indígenas em Roraima.

Siga o link: https://antigo.ufrr.br/editora/ebook-menu

(informações extraídas do site da Editora)

SUMAÚMA: a reportagem criada no coração da Amazônia

Foto principal: Eliane Brum e Jonathan Watts (Arquivo Sumaúma)

 

Por RAUL GALHARDI     Apr 30, 2023 em REPORTAGEM DE MEIO AMBIENTE

O jornalismo é uma ferramenta poderosa para dar voz àqueles que muitas vezes são deixados de lado e para chamar a atenção de questões negligenciadas. Com o objetivo de amplificar as vozes da Amazônia e recentralizar os valores a partir da floresta, foi criada a Sumaúma, plataforma de jornalismo trilíngue que mostra a região amazônica não como um recurso a ser explorado, mas como um lugar de vida pujante e diversidade cultural.

O veículo foi lançado em setembro de 2022 em Altamira, no Pará, por Eliane Brum, consagrada jornalista independente do Brasil, que vive no local desde agosto de 2017, e Jonathan Watts, jornalista britânico, editor de meio ambiente do The GuardianSumaúma é o nome de uma das maiores árvores da floresta amazônica. Nas explicações encontradas no próprio website: “Basta pronunciar a palavra sumaúma (também chamada de samaúma, em algumas regiões) na Amazônia, para que cada pessoa conte uma história”. E foi justamente por isso que este foi o nome escolhido para a plataforma de jornalismo.

Siga a leitura da matéria em: https://ijnet.org/pt-br/story/sumaúma-reportagem-criada-no-coração-da-amazônia

___________

 

ÁRVORE SUMAÚMA PARA AMAZONÁRIO. ILUSTRAÇÃO: HADNA ABREU

 

Sumaúma, quem somos

Na apresentação da proposta de Sumaúma, uma plataforma de jornalismo do centro do mundo atenta a floresta primeiro, está escrito:

“É isso que nós, fundadoras e fundador da plataforma SUMAÚMA, fomos, na trajetória pessoal de cada uma/m; é isso que queremos ser juntes. Mas quem somos nós? Jornalistas com décadas de profissão que compreenderam que, diante da emergência climática e da sexta extinção em massa de espécies, precisam criar algo diferente. Queremos fazer mais do que já fizemos, estamos comprometidos em dedicar nossa vida à grande batalha que coube às atuais gerações. Entendemos que precisamos atuar com mais força em defesa das crianças que já nasceram e das crianças que ainda nascerão – e SUMAÚMA é a nossa resposta.

Nossos valores podem ser resumidos em duas palavras: floresta primeiro. A floresta – sua natureza e seus povos – precisa vir antes do mercado. Essa é uma abordagem baseada tanto na ciência climática de ponta, quanto no pensamento indígena tradicional. Há, porém, ameaças poderosas e violentas de empresas e corporações, de governos e de políticos, do crime organizado.

Como jornalistas, nos posicionamos ao lado dos povos-floresta na linha de frente da guerra movida contra a natureza. Essa guerra, segundo o Map Biomas, em 2021 assassinou 18 árvores por segundo na floresta e, neste momento, quase certamente mata um número maior. Essa guerra está obrigando as borboletas a apagar suas cores e se converter em pardas e cinzas, os tons da floresta queimada, para se mimetizar e sobreviver. Essa guerra, em vez de tanques usa tratores e motosserras; em vez de aviões com bombas tradicionais, pulveriza agrotóxicos sobre a terra, os rios e os povos; em vez de navios de combate, usa dragas de garimpo e corrói a saúde dos rios com mercúrio; em vez de soldados tradicionais, usa jagunços a soldo e policiais convertidos em milicianos pela usurpação do Estado. Essa guerra é hoje um massacre, dada a desproporção das forças, e este massacre precisa acabar.”

Siga a leitura na página Manifesto do site: https://sumauma.com/quem-somos/

…..

 

Deixei a Amazônia, onde se anunciava a temporada de fogos criminosos, para uma viagem de uma semana ao extremo sul do Brasil. Desembarquei a poucas horas do início de um ciclone, na semana passada. Não pude dormir à noite porque o vento uivava, as janelas batiam e era impossível deixar de imaginar o sofrimento daqueles que viviam nas regiões e casas mais vulneráveis. No dia seguinte, porém, a maioria não parecia especialmente preocupada, apesar de as aulas terem sido suspensas na rede pública. Ao expressar minha preocupação com a falta de preocupação, ouvi uma explicação que se repetiu na boca de diferentes pessoas: “Ah, é que o ciclone do mês passado foi muito pior do que este”.

É fácil imaginar que em breve, muito em breve mesmo, essas mesmas pessoas passarão a comentar que o ciclone da semana passada foi pior do que o atual. E que logo poderão discutir se o ciclone de ontem – ou de algumas horas atrás – foi mais ou menos destrutivo que o de agora. Soa como se os eventos extremos começassem a se normalizar no senso comum, mas não porque exista uma adaptação consciente para evitar um futuro hostil para as novas gerações daqui a apenas alguns anos, e sim pela mais brutal alienação.

 

Conheça o Guariba! uma visão não humana da história da Amazônia.

SUMAÚMA segue a jornada de um macaco enquanto ele explora sua casa-floresta e tenta entender os humanos que o ameaçam, confira:

Apresentando Guariba: uma visão não humana da história da Amazônia

Conheça o Amazonário:

https://sumauma.com/amazonario/

Repercutindo a mensagem do Governador Wilson Lima do Amazonas

Após o envio da mensagem do governador à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) a matéria ganha mais espaço. Siga os links:

Para João Paulo Tukano, a cooficialização das línguas indígenas do Amazonas significa o reconhecimento da existência de mais 60 povos indígenas (Foto: Junio Matos)

Amazonas terá 16 línguas indígenas cooficiais; veja quais

Gerson Severo Dantas

https://realtime1.com.br/am-pode-ter-16-linguas-indigenas-cooficiais-veja-quais/

 

Governo reconhece línguas indígenas como patrimônio cultural e imaterial

Por Robson Adriano – online@acritica.com

https://www.acritica.com/amazonia/governo-reconhece-linguas-indigenas-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-1.311703

 

Lançamento: Revista NJINGA & SEPÉ, Vol. 3, nº2

v. 3 n. 2 (2023): Cultura & Sociedade – Que Literacia(s) para uma Justiça Económica e Social?

O  Vol. 3, nº2/2023 (Jul./dez.) resulta de parcerias de vários docentes e investigadores  que participaram da 2ª Conferência Internacional sobre Cultura & Sociedade – Que Literacia(s) para uma Justiça Económica e Social?, realizada na Universidade Zambeze, Moçambique, em formato online/remoto, nos dias 27 e 28 de maio de 2021. O dossier é composto por  quinze (15) artigos avaliados aos pares e selecionados por um comitê Científico. Para além dos artigos do dossier (Seção I), foi publicado uma entrevista (Seção II), materiais literários/poesias (Seção III), artigos sobre as línguas de sinais (seção VI) e vários outros artigos científicos de diversas áreas afins (Seção VII). Participaram da organização desta publicação os seguintes docentes e investigadores: Hilarino da Luz (Portugal/Cabo Verde), Esperança Ferraz (Angola), Noemi Alfieri (Alemanha/Portugal), Mbiavanga Fernando (Angola), Elizabeth Olegário(Portugal), Martins JC-Mapera (Moçambique) e Moisés de Lemos Martins (Portugal). Agradecemos as parcerias e desejamos a todos uma boa leitura. Podem (com)partilhar o link da Revista com outros interessados.

Publicado: 12-07-2023

 

https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/issue/view/46

PGET lança novo livro sobre estudos da tradução e interpretação da Língua de Sinais

26/06/2023 08:55 – AGECOM UFSC

O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lança o livro Perspectiva dialógica nos estudos da tradução e interpretação da língua de sinais,organizado pelo professor Vinícius Nascimento, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), docente permanente do PGET e membro-pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Interpretação e Tradução de Línguas de Sinais (InterTrads/UFSC/CNPq).

O livro apresenta pesquisas que adotam a perspectiva dialógica da linguagem, construída a partir da leitura das obras do filósofo russo Mikhail Bakhtin e seu círculo, composto por linguistas, dramaturgos, filósofos e comunicólogos no início do século XX, para a compreensão e pesquisa da tradução e interpretação de línguas de sinais. Os capítulos apontam sobre a contribuições da perspectiva dialógica para o conceito de tradução, a atuação de intérpretes, tradutores e guias-intérpretes a partir da leitura dos conceitos e ética e estética de Bakhtin, os gêneros do discurso em Libras e videossinalizada, a interpretação da Libras na TV a partir da perspectiva de intérpretes surdos, a formação de tradutores audiovisuais da Libras por meio da mobilização de conceitos bakhtinianos, o uso de notas de interpretação e aspectos verbo-visuais da Libras no teatro, o acesso do surdo à justiça de uma perspectiva verbo-visual dialógica e a produção e posição discursiva do intérprete e tradutor de Libras na esfera educacional.

Além de docentes do Núcleo InterTrads da UFSC, a obra conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Universidade de São Paulo (USP).

O livro possui oito capítulos, além da apresentação, feita pelo organizador e o prefácio, escrito pelo pesquisador, professor, tradutor e linguista bakhtiniano Adail Sobral da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A obra foi publicada na coleção LiCorEs (Linguagem, Corpo e Estética) da Editora Hucitec e a versão digital gratuita pode ser acessada no Repositório da UFSC e a versão impressa pode ser adquirida no site da editora.

Leia diretamente no site da UFSC e siga a notícia:

https://noticias.ufsc.br/2023/06/pget-lanca-novo-livro-sobre-estudos-da-traducao-e-interpretacao-da-lingua-de-sinais/

Que língua os Yanomamis falam?

PUBLICADO 29 DE MAI DE 2023 10:36 BRT

 

Dentro do grupo étnico yanomami, são falados seis idiomas nativos. Três deles estão ameaçados de desaparecer.

Em yanomama, um dos idiomas yanomamis, televisão é utupë taamotima thë (mostrador de imagens); garfo se diz pore nahasi (unha de fantasma); e hospital, hanɨpratima yano (casa onde [as pessoas] são cortadas).

Já a palavra para “helicóptero” é tixo, que significa “beija-flor”, exemplifica o Instituto Socioambiental (ISA), organização da sociedade civil que atua na defesa da diversidade socioambiental brasileira, no livro Línguas Yanomami no Brasil, publicado pelo instituto em 2020.

Os yanomamis formam um dos grupos linguísticos mais relevantes para o patrimônio etnolinguístico nacional, segundo afirma o ISA. No total, existem seis idiomas falados pelos moradores da Terra Indígina Yanomami: yanomami, sanöma, ninam, yanomam, ỹaroamë e yãnoma.

A informação é do projeto de pesquisa de 2019 intitulado “Diversidade Linguística na Terra Indígena Yanomami”, desenvolvido pelo ISA, em parceria com a Hutukara Associação Yanomami e outras organizações indígenas, que identificou a sexta língua falada por este povo no país: o yãnoma. O livro Línguas Yanomami no Brasil deriva deste projeto de pesquisa.

(Relacionado: Yanomamis levam turistas de volta ao cume mais alto do Brasil)

O projeto faz um perfil de cada língua da família yanomami e aponta uma grande diversidade de dialetos dentro dos idiomas identificados, com pelo menos dezesseis variações dialetais. Das existentes, a língua yanomami mais falada no Brasil é o yanomam, com cerca de 11 mil e 700 falantes.

Além disso, a pesquisa mostra que essas nuances de idioma se misturam em pelo menos nove zonas de bilinguismo no território. “Essas zonas são ilustrações eloquentes do intenso contato que os yanomamis têm entre si”, afirma  Ana Maria Machado, antropóloga do ISA, em artigo publicado no site oficial do instituto.

Idiomas yanomamis estão ameaçados

Os yanomamis estão distribuídos entre o Brasil e a Venezuela.

O projeto do ISA avaliou, ainda, como está a saúde dos idiomas dessa família linguística. Entre as principais ameaças a que estão submetidos está a intensificação do contato com a sociedade não indígena.

Segundo diz a antropóloga do ISA, “as línguas em maior contato com os brancos, seja por estarem em regiões de fronteira da Terra Indígena Yanomami ou por terem um fluxo muito grande de relações com os não índios, são as mais ameaçadas”. Por exemplo, o yanomami falado no Alto Rio Negro e as três línguas do limite leste da Terra Indígena Yanomami – ninam, ỹaroamë e yãnoma – são as que estão sob maior risco.

(Leia também: Pode a música salvar uma língua em extinção?)

Além disso, o livro Línguas Yanomami no Brasil revela algumas misturas e a “yanomização” das palavras após o contato com os brancos (ou os napëpë, no idioma yanomami). Por exemplo, para “piloto de avião” se usa apiama xẽe e, ou literalmente “sogro do avião”. No caso, o avião estaria trabalhando a serviço de quem o pilota porque, na cultura yanomami, os genros devem trabalhar para seus sogros.

 

 

 

 

https://www.nationalgeographicbrasil.com/cultura/2023/05/que-lingua-os-yanomamis-falam

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