NOTA DE REPÚDIO DA ALAB À MP 746, que propõe reformas para o Ensino Médio
Em face da indignação manifestada pela comunidade de linguistas aplicados/as em relação à medida provisória 746 publicada no Diário Oficial da União em 23 de setembro de 2016 e que institui mudanças ao texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a ASSOCIAÇÃO DE LINGUÍSTICA APLICADA DO BRASIL (ALAB) expressa publicamente seu repúdio à referida medida provisória, tanto no que diz respeito à forma como foi proposta quanto ao seu conteúdo.No que se refere à forma pela qual as mudanças na educação básica, especialmente no ensino médio, foram propostas, a ALAB entende como autoritária e arbitrária a proposição de mudanças tão fundamentais para os rumos da educação no Brasil na forma de medida provisória, sem ampla consulta e debate com os/as agentes dos mais diversos setores sociais afetados/as por essas mudanças. A forma autoritária deflagrada no seu rápido anúncio e publicação exclui professores/as, alunos/as, pesquisadores/as, formadores/as, Associações e a comunidade brasileira como um todo do debate sobre as reformas necessárias e desejáveis para a construção de uma educação básica mais plural, inclusiva e responsiva à vida contemporânea. Ao negar, portanto, a possibilidade de participação daqueles/as por ela diretamente afetados/as na sua concepção, a MP 746/2016 fere princípios básicos de um estado democrático.
Em relação às alterações que a MP 746 propõe à LDB, a ALAB, levando em consideração manifestações de seus membros via e-mail e comunidades virtuais, registra seu posicionamento contrário às reformas especificadas abaixo: Continue lendo
III EAPLOM divulga Declaração do Evento

III EAPLOM divulga Declaração do Evento, que ocorreu em junho de 2016 e que congregou estudantes, professores e pesquisadores do MERCOSUL.
Acesse a versão do documento escrito em Português, Espanhol e Guarani, línguas oficiais do MERCOSUL:
Crioulos de base portuguesa na Ásia em destaque em conferência internacional em Macau
O Departamento de Português da Universidade de Macau (UM) vai realizar, nos próximos dias 14 e 15, uma conferência internacional sobre multilinguismo, com os crioulos de base portuguesa da Ásia a figurarem entre os destaques do programa
A segunda conferência internacional ‘Línguas em Contacto na Ásia e no Pacífico’ tem como principal objetivo “promover o intercâmbio de conhecimentos da investigação multidisciplinar no campo do contacto entre línguas e multilinguismo” e abrir “espaço de diálogo entre académicos e membros da comunidade em geral, envolvidos na preservação de línguas minoritárias em contextos multilinguísticos”, de acordo com um comunicado divulgado hoje pela UM. Continue lendo
Revista Platô discute Políticas Linguísticas na Guiné Equatorial
Acaba de ser lançado o Volume 3 – Número 6/2016 da Revista digital Platô – Revista do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, que discute ” Políticas Linguísticas na Guiné Equatorial”. O número foi organizado pelas pesquisadoras Rosângela Morello e Susana Castillo-Rodriguez.
Na apresentação do Número, Rosângela Morello sintetiza os principais temas discutidos:
“No primeiro artigo La colonización lingüística de España en Guinea Ecuatorial, que abre o número, Susana Castillo Rodríguez apresenta um panorama da colonização linguística empreendida pela Espanha nos territórios que atualmente formam a Guiné Equatorial. Adotando uma perspectiva histórica, a autora caracteriza a atual situação linguística do país e argumenta que o imperialismo linguístico espanhol, articulando as ideologias da espanholidade, no início, e mais tarde a da hispanidade, é marcado por três momentos: a batalha contra o inglês, o monopólio do espanhol, língua colonial, como língua oficial e a obliteração das línguas nativas.
No texto seguinte, O estatuto do pichi na Guiné Equatorial, Kofi Yakpo faz uma análise da relação entre as políticas e as ideologias linguísticas relacionadas ao pichi, o crioulo de base lexical inglesa da Guiné Equatorial e a segunda língua nacional mais amplamente falada do país. Denunciando a ausência de políticas governamentais de apoio e fomento do pichi, o autor demonstra, no entanto, a crescente ampliação das funções dessa língua e a necessidade de questionar os valores negativos que a circundam, advindos dos processos de colonização.
Com o tema La situación lingüística de Guinea Ecuatorial: obstáculos para la implantación de una política lingüística exitosa, Mikel Larre Muñoz sinaliza alguns passos que poderiam ser dados, apresentando seus pontos positivos e negativos, para conceber e implantar uma política linguística integradora, que considere as distintas línguas do país, em especial, as línguas autóctones, de modo a modificar a atual situação.
Em seguida, Justo Bolekia Boleka, em La lengua bubi: ¿desaparición o rehabilitación? detalha os processos de instrumentalização da língua bubi para questionar o fato de que, embora esteja hoje amplamente descrita, essa língua não entrou em nenhum programa de ensino governamental. Para o autor, as investigações sobre o bubi não têm conduzido a políticas linguísticas e educacionais destinadas a promovê-la. Urge, então, segundo Bolekia, reconhecer a “oficialidade territorial” dessa e de outras línguas nacionais e propor programas educativos consistentes e ajustados à realidade multilíngue do país.
Ainda, o texto Os primeiros passos do português no mais novo país lusófono da CPLP, de Emmanuel R. Laureano, constitui um relato circunstanciado das ações voltadas a promoção da língua portuguesa no país. O autor mostra o crescente interesse pela língua portuguesa impulsionado por sua recente oficialização e pelo fato da Guiné Equatorial integrar, desde 2014, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP.
Por fim, em Políticas linguísticas e multilinguismo: usos e circulação do fá d´ambô nas redes das línguas da Guiné Equatorial, Rosângela Morello apresenta e discute os resultados de um diagnóstico sociolinguístico sobre a língua fá d´ambô, realizado em Malabo e Annobón no âmbito de um protocolo de cooperação técnica assinado entre o Governo da Guiné Equatorial e o Instituto Internacional da Língua Portuguesa(IILP). Considerando a relação histórica entre o fá d´ambô e o português, a autora traça o perfil sociolinguístico de grupos de annoboneses e discute o funcionamento das línguas nas situações pesquisadas, visando a contribuir para gestão do fá d´ambô e demais línguas equatoguineanas.”
Leia a apresentação completa e acesse o número da Revista Platô: http://www.riilp.org/
Fonte: Blogue do IILP e Revista Platô
Bilingues experimentam uma mudança de personalidade quando utilizam diferentes línguas

bilíngues2 O Segredo – Jovem
As pessoas bilíngues têm sido uma fonte de fascínio por anos, com vários estudos revelando que são mais receptivos, tolerantes e com mente mais aberta. No entanto, o impacto de longo alcance do multilinguismo não termina aí, pois uma pesquisa recente sugere que o comportamento e as perspectivas dos bilíngues também mudam de acordo com a linguagem que usam em um determinado momento.
Entre 2001 e 2003, os linguistas Jean-Marc Dawaele e Aneta Pavlenko entrevistaram mais de mil bilíngues sobre o assunto de se sentir uma pessoa diferente quando falam línguas diferentes. Incrivelmente, quase dois terços confirmaram isso, e a maioria dos entrevistados também enfatizou diferentes traços de personalidade e a expressão de emoções alternativas, dependendo da sua escolha de linguagem.
Adair Bonini, do NELA/UFSC, no III CIPLOM/EAPLOM 2016
A entrevista de hoje é do professor e pesquisador Adair Bonini, do Programa de Pós Graduação em Linguística, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Prof. Adair Bonini atua no NELA- Núcleo de Estudos em Línguística Aplicada e pesquisa temas relacionados à Educação Linguística, Educação, Linguagem e desdobramentos curriculares e metodológicos para ensino de Língua Portuguesa.
No evento, o Prof. Adair Bonini coordenou mesa redonda que discutiu: Política Curricular para Línguas no Contexto do MERCOSUL.
Durante a entrevista, o Prof. Adair Bonini afirma que CIPLOM/EAPLOM tem um papel importante como evento que busca construir integração no MERCOSUL através das línguas e das manifestações culturais que nelas se expressam.
Mais informações sobre o NELA/UFSC, as linhas de pesquisa e projetos em andamento orientados pelo Prof. Adair Bonini em: http://nela.cce.ufsc.br/
Agradecemos ao Prof. Adair Bonini pela parceria no III CIPLOM/EAPLOM. E que venham mais momentos de integrar Língua e Cultura no MERCOSUL.
Conheça os outros entrevistados clicando aqui.
Fonte: IPOL Comunicação


