Diálogo entre mídias da China e Países de Língua Portuguesa “Conexão com o Mundo e a Época”
Fonte: CMG Published: 2023-06-08 16:26:01
No dia 8 de junho, o Centro de Programação em Línguas Europeias e Latino-Americanas do Grupo de Mídia da China (CMG) realizou um diálogo entre mídias da China e países de língua portuguesa intitulado “Conexão com o Mundo e a Época”. O evento contou com a participação de representantes da China, Portugal, Brasil e Moçambique, os quais discutiram sobre o fortalecimento do intercâmbio e da cooperação entre grupos de comunicação chineses e dos países lusófonos.
Assista ao evento aqui neste link, clique no vídeo!
https://portuguese.cri.cn/2023/06/08/ARTIhlHcROzAeWZqxKWOwK5K230608.shtml
A última entrevista de Guimarães Rosa
POR CARLOS WILLIAN LEITE EM ENTREVISTAS
Publicada em Revista Bula
Eis o homem. O homem que em menos de 20 anos, com sua prosa, seu estilo, sua literatura — sem os favores profissionais da medicina, que pode dar saúde mas ainda não deu gênio (cf. alguns prêmios Nobel), conquistou o Brasil, Portugal, a Alemanha, a Itália, os Estados Unidos, o mundo, não? Repara no corpo: mau grado as ligeiras ameaças de obesidade, parece atleta, cavaleiro que foi, ou de bandeirante, que da língua é. Vê como está sobriamente elegante, distinto, sorridente, calmo, aristocrata, como convém a um embaixador (ou não estivéssemos num salão do Itamarati). Mas nada da pose ou dos gestos artificiais com que outros tentam iludir a mediocridade. Quem esperou quase quarenta anos para publicar o primeiro livro, ou quem avançou sozinho pelos grandes sertões da língua, não precisa ter pressa nem pedir emprestado um corpo, uma casaca, máscaras.Lá está o lacinho (ou gravata-borboleta, meu chapa?) simetricamente impecável, fazendo pendant com os óculos claros, tão claros que ainda esclarecem mais os olhos sempre inquiridores, atentos. E é curioso como um mineiro de Cordisburgo, a dois passos (brasileiros) da Itabira de Drummond, gosta, ao contrário deste (à primeira vista), de falar, de contar, de ser ouvido. Até nisso parece grande o seu amor à língua. Mal me sentei, já ele me começou a falar de Portugal e de escritores portugueses…
Guimarães Rosa — Estive em Portugal três vezes. Na primeira, em 1938, passei lá apenas um dia; ia a caminho da Alemanha. Na segunda, em 1941, passei lá quinze dias, em cumprimento de uma missão diplomática que me fora confiada em Hamburgo. Na terceira, em 1942, passei um mês, pois estava já de regresso ao Brasil, por causa da guerra.
Durante essas estadas, travou relações ou conhecimentos com alguns escritores?
Guimarães Rosa — Não. Até porque eu ainda não era “escritor” (“Sagarana”, com efeito, só foi publicado em 1946) e o que me interessava mais era contatar com a gente do povo, entre a quais fiz algumas amizades. Gosto muito do português, sobretudo da sua integridade afetiva. O brasileiro também é gente muito boa, mas é mais superficial, é mais areia, enquanto o português é mais pedra. Eu tenho ainda uma costela portuguesa. Minha família do lado Guimarães é de Trás-os-Montes. Em Minas o que se vê mais é a casa minhota, mas na região em que eu nasci havia uma “ilha” transmontana.
Mas não chegou a conhecer Aquilino?
Guimarães Rosa — Conheci Aquilino (Aquilino Ribeiro), mas acidentalmente. Eu entrei numa livraria, não sei qual, do Chiado (presumo que a Bertrand) e, quando pedi alguns livros dele, o empregado perguntou-me se eu queria conhecê-lo, pois estava ali mesmo. Respondi que sim, e desse modo obtive dois ou três autógrafos de Aquilino, com quem conversei alguns instantes. Voltei a estar com ele, mais tarde, num jantar que lhe foi oferecido enquanto de sua vinda ao Brasil. Mas ele, naturalmente, não se recordava de mim (porque eu não me apresentara como escritor), e eu também não lhe falei do assunto.
Não sabe que, justamente numa crônica motivada pela sua ida ao Brasil, Aquilino colocou o seu nome, logo em 1952, ao lado dos de José Lins do Rego, Gilberto Freyre, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Jorge de Lima e Agripino Grieco, que, segundo ele, eram os “notáveis escritores e poetas” que estavam a “encostar a pena contra a lava” que ia no Brasil “sepultando prosódia e morfologia da língua-mater”? Eu creio mesmo que é essa uma das primeiras referências ao seu nome, em Portugal…
Guimarães Rosa — Não sabia dessa curiosa referência do Aquilino. Antes dessa, porém, há uma referência a mim numa publicação do Consulado do Porto, de 1947, feita por não sei quem. Sei de outra referência feita, anos depois, salvo erro, por um irmão de José Osório de Oliveira.
Voltando a Aquilino: acha que recebeu alguma influência dele? Já, pelo menos, um crítico, o mineiro Fábio Lucas, notou alguns “pontos de contato nada desprezáveis” entre a sua obra e a de Aquilino.
Guimarães Rosa — Eu gosto de Aquilino, sobretudo da “Aventura Maravilhosa”, mas não creio que dele tenha recebido alguma influência, a não ser na medida em que sou influenciado por tudo o que leio. A verdade é que antes de 1941 só conhecia de Aquilino um ou dois trechos, como infelizmente ainda hoje sucede em relação à quase totalidade dos escritores portugueses vivos. E, como sabe, “Sagarana”, foi escrito em 1937.
Um garçom do Itamarati entra com um copo de água, e pergunta se precisa mais alguma coisa. Guimarães Rosa agradece e diz: Vá com Deus, como se fosse um beirão ou um transmontano. Mais uma razão, portanto, para eu prosseguir: Como encara ou explica o enorme prestígio de que goza nos meios intelectuais e universitários portugueses?
Guimarães Rosa — Em relação a mim, houve por aqui (no Brasil) muitos equívocos, que ainda hoje não desapareceram de todo e que, curiosamente, ao que parece, não houve em Portugal. Pensaram alguns que eu inventava palavras a meu bel-prazer ou que pretendia fazer simples erudição. Ora o que sucede é que eu me limitei a explorar as virtualidades da língua, tal como era falada e entendida em Minas, região que teve durante muitos anos ligação direta com Portugal, o que explica as suas tendências arcaizantes para lá do vocabulário muito concreto e reduzido. Talvez por isso que ainda hoje eu tenha verdadeira paixão pelos autores portugueses antigos. Uma das coisas que eu queria fazer era editar uma antologia de alguns deles (as antologias que existem não são feitas, como regra, segundo o gosto moderno), como Fernão Mendes Pinto, em quem ainda há tempos fui descobrir, com grande surpresa, uma palavra que uso no “Grande Sertão”: amouco. E vou dizer-lhe uma coisa que nunca disse a ninguém: o que mais me influenciou, talvez, o que me deu coragem para escrever foi a” História Trágico-Marítima” (coleção de relatos e notícias de naufrágios, acontecidos aos navegadores portugueses, reunidos por Bernardo Gomes de Brito e publicados em 1735). Já vê, por aqui, que as minhas “raízes” estão em Portugal e que, ao contrário do que possa parecer, não é grande a distância “linguística” que me separa dos portugueses.
Eu penso até que na imediata e incondicional adesão portuguesa a Guimarães Rosa há muito de transferência sublimada de uma frustração linguística nossa, coletiva, que vem pelo menos desde Eça. Mas não nos desviemos. Admira-me muito que não tenha citado nenhum livro de cavalaria, nem nenhuma novela bucólica, pois pensava que deles e delas havia diversas ressonâncias na sua obra, sobretudo no “Grande Sertão: Veredas”…
Guimarães Rosa — Sim, li muitos livros de cavalaria quando era menino, e, por volta dos 14 anos, entusiasmei-me com Bernardim (Bernardim Ribeiro), e depois até com Camilo. Ainda continuo a gostar de Camilo, mas quem releio permanentemente é Eça de Queiroz (quando tenho uma gripe, faz mesmo parte da convalescença ler “Os Maias”; este ano já reli quase todo “O Crime do Padre Amaro” e parte da “Ilustre Casa de Ramires”). Camilo, leio-o como quem vai visitar o avô; Eça, leio-o como quem vai visitar a amante. Quando fui a Portugal pela primeira vez, eu só queria comidas ecianas (que gostosura, aquele jantar da Quinta de Tormes). Aliás deixe-me que lhe diga que me torno muito materialista quando penso em Portugal; penso logo nos bons vinhos, nas excelentes comidas que há por lá. E talvez seja também por isso que se há um país a que eu gostaria de voltar é Portugal…
… que, naturalmente, o receberá de braços abertos, em festa. Mas permita-me ainda uma pergunta: como “enveredou” — e penso que a palavra se ajusta bem ao seu caso — pelo campo da “invenção linguística?
Guimarães Rosa — Quando escrevo, não penso na literatura: penso em capturar coisas vivas. Foi a necessidade de capturar coisas vivas, junta à minha repulsa física pelo lugar-comum (e o lugar-comum nunca se confunde com a simplicidade), que me levou à outra necessidade íntima de enriquecer e embelezar a língua, tornando-a mais plástica, mais flexível, mais viva. Daí que eu não tenha nenhum processo em relação à criação linguística: eu quero aproveitar tudo o que há de bom na língua portuguesa, seja do Brasil, seja de Portugal, de Angola ou Moçambique, e até de outras línguas: pela mesma razão, recorro tanto às esferas populares como às eruditas, tanto à cidade como ao campo. Se certas palavras belíssimas como “gramado”, “aloprar”, pertencem à gíria brasileira, ou como “malga”, “azinhaga”, “azenha” só correm em Portugal — será essa razão suficiente para que eu as não empregue, no devido contexto? Porque eu nunca substituo as palavras a esmo. Há muitas palavras que rejeito por inexpressivas, e isso é o que me leva a buscar ou a criar outras. E faço-o sempre com o maior respeito, e com alma. Respeito muito a língua. Escrever, para mim, é como um ato religioso. Tenho montes de cadernos com relações de palavras, de expressões. Acompanhei muitas boiadas, a cavalo, e levei sempre um caderninho e um lápis preso ao bolso da camisa, para anotar tudo o que de bom fosse ouvido — até o cantar de pássaros. Talvez o meu trabalho seja um pouco arbitrário, mas se pegar, pegou. A verdade é que a tarefa que me impus não pode ser só realizada por mim.
Guimarães Rosa vai buscar uma fotografia para me mostrar onde levava o caderninho de notas, nas boiadas: vai buscar uma pasta com a correspondência com um seu tradutor norte-americano, para me mostrar as dúvidas e dificuldades deste, e o trabalho, a seriedade e a minúcia com que as vai resolvendo uma por uma (escrevendo, ele próprio, preciosas autoanálises estilísticas ou considerações filológicas). E, entretanto, vai-me fazendo outras confissões interessantes. Por exemplo: “gosto das traduções que filtram. Da tradução italiana do Corpo de Baile gosto mais do que do original.” Ou: “Estou cheio de coisas para escrever, mas o tempo é pouco, o trabalho é lento, lambido, e a saúde também não é muita.” Ou: “Não faço vida literária: como regra, saio daqui e vou para casa, onde trabalho até tarde.” Ou: “No próximo ano, vou publicar um livro ainda sem título, com 40 estórias” (que têm aparecido quinzenalmente, no jornal dos médicos “O Pulso”, onde frequentemente aparecem também cartas ou a atacá-lo ou a defendê-lo ferozmente). Ou ainda: “eu não gosto de dar, nem dou entrevistas. Tenho sempre a sensação de que não disse o que queria dizer, ou que disse mal o que disse, ou que criei maior confusão; e não estou assim tão seguro do que procuro e do que quero. Com você abri uma exceção…”.
Nota: Entrevista realizada pelo escritor e jornalista Arnaldo Saraiva, em 24 de novembro de 1966. Publicada no livro “Conversas com Escritores Brasileiros”, editora ECL em parceria com o Congresso Portugal-Brasil.
Museu celebra a potência da música brasileira e de nosso idioma no Dia Internacional da Língua Portuguesa 2023
Publicado em 28 de abril de 2023 na página do Museu da Lgua Portuguesa
Chico César, Lirinha, KL Jay e Samba da Vela estão entre os convidados. Cantos indígenas, lusofonia, música caipira, funk, rap, embolada, coco e MPB estão presentes na programação, toda gratuita, que vai ocupar vários espaços do Museu nos dias 5 e 6 de maio
O Museu da Língua Portuguesa promove uma celebração à potência e à diversidade da música brasileira no contexto do Dia Internacional da Língua Portuguesa 2023, comemorado em 5 de maio, com uma série de atividades nos dias 5 e 6 em diversos espaços do Museu. O tema principal do evento será Língua e Canção, que permeia boa parte da programação da instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo neste ano. Todas as ações, assim como a entrada ao Museu, serão gratuitas nesses dois dias.
Com curadoria do historiador e músico Cacá Machado, o Dia Internacional da Língua Portuguesa 2023 vai abordar a variedade da língua portuguesa e do cancioneiro do país, que se manifesta por meio de diferentes gêneros musicais. Pois, se tem uma gente, um povo, que se revela por meio da música, é o brasileiro.
“O Dia da Língua do Museu da Língua Portuguesa se organizará em dois eixos temáticos/poéticos: ‘Cio da terra: sonoridades da língua e da canção’ e ‘Máquina de ritmo: a misturada geral sob o signo do suingue’. O ‘Cio da terra’ abarca a vocação da língua portuguesa (e brasileira em particular) em transformar tudo em canção: religião, trabalho, jogos, afetos. Tradição oral do litoral e do sertão. Tradição lírica. Cantos vindos pelo mar: Portugal, África, Brasil. Nossos cantos das terras. Já o ‘Máquina de ritmo’ é o reconhecimento do ritmo brasileiro (importado, recriado e exportado) como força motriz de uma tradição poderosa de dicção da língua e da canção brasileira. Do samba ao rap, passando pelo coco, pela embolada, pelo funk e outros sacolejos”, afirma Machado.
Na programação, a MPB se fará presente em um show de voz e violão de Chico César. A influência africana no português e a lusofonia aparecem em conversa entre o sociólogo brasileiro Mário Medeiros e a professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo, Rita Chaves – o escritor e professor angolano Ondjaki participará virtualmente deste bate-papo.
A atriz Luah Guimarães, a percussionista Victória dos Santos, o diretor Vadim Nikitin e o compositor e curador da programação, Cacá Machado, farão uma performance remixando literatura e canções da língua portuguesa. Já o tradicional Samba da Vela aporta no Saguão Central da Estação da Luz.
A música caipira também é lembrada em trabalho de Suzana Salles e Lenine Santos, que recebem o instrumentista Webster Santos. O funk é destaque na participação de Meno del Picchia, MC Lanzinho, MC Tizzi e Batata Boy. Ritmos originários do Norte e Nordeste do país, como coco, ganham espaço com Caçapa, Lirinha e os cantadores de embolada Antônio Caju e Rouxinol Pereira. Contos e cantos indígenas estarão em performance com Denilson Baniwa, Lilly Baniwa e Andreia Duarte.
Para fechar a programação, Xis e KL Jay realizam o Papo da Quebrada, uma aula-show em que falarão sobre o rap com uma discotecagem ao vivo. A mediação será da jornalista Gisele Coutinho.
Enquanto essas atividades estiverem acontecendo, será exibido, em looping, no miniauditório do Museu, o documentário “Nelson Cavaquinho” (1969), dirigido por Leon Hirszman.
“Pensei a programação em três camadas. Uma primeira são as rodas de conversas, que chamamos aqui de ‘Conversas de botequim’. Serão dois encontros, um sobre a língua portuguesa viva na literatura negra contemporânea (Portugal-África-Brasil) e outro sobre a língua brasileira nordestina. Outra camada são os shows: da música caipira ao funk de São Paulo, passando pelo rap e emboladas. Por fim, duas performances acontecerão junto ao público do Museu, trazendo as línguas dos povos originários e um remix da literatura e de canções da língua portuguesa. Enfim, o público terá uma ampla amostra da língua portuguesa contemporânea”, finaliza o curador.
Confira a programação completa:
5 DE MAIO
11h – Performance Antes do Tempo Existir
No Pátio A e na Rua da Língua
O artista visual Denilson Baniwa, a atriz Lilly Baniwa e a diretora Andreia Duarte se valem de memórias longínquas dos povos originários na apresentação de uma performance em que real e ficção se mesclam para questionar a lógica de produtividade da sociedade contemporânea.
Grátis (com necessidade de retirada de ingressos para entrar no Museu)
13h – Show Samba da Vela
No Saguão Central da Estação da Luz
O tradicional Samba da Vela, com a presença de 13 integrantes, apresenta clássicos do gênero, além de canções de novos compositores e autorais, nesta apresentação no Saguão Central da Estação da Luz. O show tem hora para começar, às 13h, e só vai acabar quando a vela acesa para a ocasião se apagar.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
16h – Conversa de botequim Língua Negra Lusoafrobrasileira
No Auditório e pelo YouTube do Museu da Língua Portuguesa (com libras)
A influência da língua africana no português e lusofonia são os temas desta conversa que vai reunir o sociólogo brasileiro Mário Medeiros e a professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo, Rita Chaves. O escritor e professor angolano Ondjaki participará remotamente deste bate-papo.
Grátis (com necessidade de retirada de ingressos para entrar no Museu – quem já estiver no Museu terá entrada livre para este evento)
17h – Show Caipira
No Pátio B
A cantora Suzana Salles e o tenor Lenine Santos convidam o multi-instrumentista Webster Santos para realizar uma releitura de clássicos da música caipira, como “Boi Soberano”, “Beijinho Doce” e “Índia”, tendo como referências artistas fundamentais para este gênero da música brasileira, como Cascatinha e Inhana, Angelino de Oliveira, Tião Carreiro e Pardinho e João Pacífico.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
19h – Show Chico César, voz e violão
No Auditório e na Praça da Língua
Nesta apresentação de voz e violão especial para o Museu, Chico César celebra a língua portuguesa em suas canções. Algumas delas, como “Mama África”, “À Primeira Vista” e “Pensar em Você”, viraram hits e fizeram o cantor e compositor paraibano ser conhecido em todo o Brasil.
Grátis (retirada de ingressos a partir das 17h – dois por pessoa – na bilheteria do portão A. Sujeito a lotação)
9h às 18h – Documentário Nelson Cavaquinho
No miniauditório
Dirigido por Leon Hirszman, este filme, lançado em 1969, acompanha o dia a dia do sambista Nelson Cavaquinho, autor de músicas como “Juízo Final” (com Élcio Soares), “A Flor e o Espinho” (com Guilherme de Brito e Alcides Caminha) e “Folhas Secas” (com Guilherme de Brito).
Grátis (com necessidade de retirada de ingresso para entrar no Museu)
6 DE MAIO
11h – Performance Já passou de português
No Saguão Central da Estação da Luz
A atriz Luah Guimarães, a percussionista Victória dos Santos, o diretor Vadim Nikitin e o compositor Cacá Machado reúnem literatura e canções da língua portuguesa em performance que passará por diversos espaços do Museu da Língua Portuguesa. A ideia é mostrar as relações entre a língua escrita e a musicalidade em nosso idioma.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos para entrar no Museu)
13h – Show Fluxo do Funk
No Saguão Central da Estação da Luz
O músico e pesquisador Meno del Picchia faz um apanhado do funk paulista, marcado pela ostentação em suas letras, entre outros estilos. Neste pocket show, ele recebe como convidados MC Lanzinho, MC Tizzi e Batata Boy, representantes da nova geração do funk.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
15h – Conversa de botequim: Do Nordeste brasileiro
No Pátio B e pelo YouTube do Museu da Língua Portuguesa (com libras)
A influência da língua e canção nordestinas na formação da cultura brasileira é o tema da roda de conversa Do Nordeste brasileiro. Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, e os cantadores de embolada Antônio Caju e Rouxinol Pereira participam do encontro, que terá mediação do compositor e produtor musical Caçapa.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
16h – Show Do Nordeste brasileiro
No Pátio B
Logo após a roda de conversa, Lirinha, Caçapa, Antônio Caju e Rouxinol Pereira colocam em prática o que falaram no debate realizado no Dia Internacional da Língua Portuguesa do Museu. No repertório, eles cantam e tocam emboladas, cocos e repentes.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
18h – Papo da Quebrada: aula-show com Xis e KL Jay
No Pátio B e pelo YouTube do Museu da Língua Portuguesa (com libras)
Os rappers Xis, autor do sucesso “Us Mano e As Mina”, e KL Jay, DJ do grupo Racionais MC’s, vão promover uma aula-show sobre o rap e ainda apresentar alguns clássicos do gênero por meio de uma discotecagem ao vivo. A mediação será da jornalista Gisele Coutinho.
Grátis (sem necessidade de retirada de ingressos)
9h às 18h – Documentário Nelson Cavaquinho
No miniauditório
Dirigido por Leon Hirszman, este filme, lançado em 1969, acompanha o dia a dia do sambista Nelson Cavaquinho, autor de músicas como “Juízo Final” (com Élcio Soares), “A Flor e o Espinho” (com Guilherme de Brito e Alcides Caminha) e “Folhas Secas” (com Nelson Antonio da Silva e Guilherme de Brito).
Grátis (com necessidade de retirada de ingressos para entrar no Museu)
ATENÇÃO: INGRESSO PARA O SHOW DO CHICO CÉSAR
A entrada ao Museu da Língua Portuguesa não garante acesso ao show do cantor Chico César. Para prestigiar este evento, é preciso retirar ingressos – dois por pessoa – a partir das 17h, no dia 5 de maio (sexta-feira), inclusive quem já está dentro do Museu. Sujeito a lotação.
SERVIÇO
Museu da Língua Portuguesa
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Grátis nos dias 5 e 6 de maio
Grátis para crianças até 7 anos
Grátis aos sábados
Acesso pelo Portão A
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet
Leia mais sobre:
Museu da língua portuguesa terá exposição sobre canção popular do Brasil
Matéria na Folha de São Paulo por Monica Bergamo em 19 MAIO 2023
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A canção popular do Brasil será o tema da próxima exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Bossa nova, MPB, funk, rap, sertanejo e outros gêneros serão abordados em “Essa Nossa Canção”, mostra que será inaugurada em julho. A curadoria será de Hermano Vianna e Carlos Nader, com coordenação geral de José Miguel Wisnik e Isa Grinspum Ferraz.
II Encontro ULG/SIPLE
O II Encontro ULG/SIPLE celebra o o5 de maio como Dia Internacional da Língua Portuguesa. Participe!
A data foi oficializada em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do português e coloca em evidência o fato de que o português é a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul.
O evento acontece no dia 5 de maio de 2023, próxima sexta-feira, em formato híbrido. É gratuito e haverá emissão de certificados aos inscritos.
Cabo Verde: Parlamento aprova português como patrimônio
Em 15/04/233
CULTURA – CABO VERDE
Parlamento cabo-verdiano aprova proposta de uma deputada do Movimento para a Democracia (MpD, maioria) para classificar língua portuguesa como património imaterial, num processo envolto em várias divergências.
A proposta da deputada Mircéa Delgado foi aprovada ontem (14.04) por 27 votos a favor e 26 contra, mas só depois de a mesa reconsiderar e não contar as nove abstenções, tendo em conta o entendimento anterior de aprovação da proposta carecer pela maioria dos deputados presentes (incluindo as abstenções), decisão que levou alguns deputados a considerarem recorrer ao Tribunal Constitucional.
A proposta mereceu votos a favor de deputados dos três partidos representados no parlamento, mas também críticas que alegavam tratar-se de uma “sobrevalorização do português”, face à língua crioula cabo-verdiana, ou posições totalmente a favor de outros deputados, o que dividiu o parlamento ao longo de várias horas de debate e constantes interrupções.
“Fadiga”
“Este percurso de séculos da língua portuguesa no chão de Cabo Verde e a sua importância como elemento identitário de primeira grandeza, a par da língua cabo-verdiana, não nos permite ficar indiferentes a alguns sinais de fadiga com origem diversa, visíveis na utilização da língua portuguesa no nosso país, em contramão com a tendência mundial da sua valorização como meio de comunicação e também de cooperação e de troca nas múltiplas dimensões”, alegou a deputada, ao apresentar a proposta.
As dúvidas dos deputados colocaram-se igualmente por se tratar de um processo de classificação por via legislativa e não técnica, como é determinado por resoluções nacionais e internacionais. Este foi de resto o primeiro entendimento no parecer anterior da Comissão Especializada de Educação, Cultura, Saúde, Juventude, Desporto e Questões Sociais da Assembleia Nacional, que devolveu o projeto de lei à deputada proponente.
A comissão entendeu primeiro não emitir parecer favorável ao projeto, face ao parecer negativo do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através da Direção do Património Imaterial, e “na ausência de um parecer externo solicitado ao instituto Camões para fundamentar e fornecer mais elementos de análise”, mas a proposta acabaria por ser agendada para votação nesta sessão plenária.
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Timor-Leste aprova português como língua de instrução e ensino
Foi aprovada a proposta do Ministério de Educação que define a língua portuguesa como língua de instrução e ensino do sistema educativo de Timor-Leste. A língua tétum assume um papel de apoio.
Publicado em 05 abr. 2023, 11:28
O Governo de Timor-Leste aprovou esta quarta-feira uma proposta do Ministério da Educação que define o português como língua de instrução e ensino em todo o sistema educativo, deixando o tétum como língua de apoio.
Além disso, aponta-se ainda na parte do texto que dá conta das alterações à lei de bases da Educação, “são também alteradas diversas normas relativas aos níveis de ensino pré-escolar, básico e secundário de modo a reconhecer a importância da aprendizagem da língua portuguesa no setor educativo nacional”.
O Governo argumenta que o diploma vai também “eliminar injustiças na atribuição de graus e diplomas no ensino superior técnico”, pelo que “passará a ser possível aos estabelecimentos de ensino superior técnico atribuírem graus e diplomas como o bacharelato, a licenciatura e o mestrado“.
Na reunião desta quarta-feira dos ministros timorenses, foi também aprovado o projeto de decreto-lei, apresentado pelo Ministério da Defesa, referente à Estrutura orgânica da Autoridade Marítima Nacional, que define, no âmbito do Sistema da Autoridade Marítima (SAM), a nova estrutura, organização, funcionamento e competências da Autoridade Marítima Nacional (AMN), e um conjunto de medidas de apoio às micro, pequenas e médias empresas, apresentado pelo Ministério do Turismo, Comércio e Indústria.
As alterações ao Registo Comercial e ao Serviço de Registo e Verificação Empresarial, I.P. (SERVE, IP), o projeto de decreto-lei relativo ao Estatuto do Pessoal do Serviço Nacional de Inteligência e as Grandes Opções do Plano completam o leque de medidas aprovadas e que foram anunciadas pelo executivo timorense.
Timor-Leste aprova português como língua de instrução e ensino