Inclusão social

Ficou sabendo?! Lei que institui a Língua Brasileira de Sinais completou 20 anos!

 

No último dia 24/04, o Brasil comemorou 20 anos do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão (Lei nº. 10.436/2002). A medida beneficia cerca de 10,7 milhões de pessoas surdas – dessas, cerca de 2,3 milhões com deficiência severa. O Governo Federal, por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), tem realizado diversas ações para apoiar e garantir o acesso a direitos a esta comunidade.

Entre os dispositivos legais, o secretário Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do MMFDH, Claudio Panoeiro, destacou as conquistas para a comunidade surda o Decreto nº. 5.626/2005, que exige o cumprimento da educação bilíngue (Libras e língua portuguesa na modalidade escrita) e a Lei nº. 12.319/2010, que regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras.

Inclusão

Stephany Marques, 26 anos, é surda e hoje trabalha como tradutora de Libras. No entanto, só conseguiu aprender a língua aos 11 anos, em Buriti Bravo (MA). Até então, ela se sentia isolada da sociedade.

“Era como se eu não conseguisse viver. Eu não era cidadã. A língua me permite pensar, sonhar, assim como os ouvintes. Somos humanos e precisamos nos comunicar”, enfatiza Stephany. “Com a língua, conseguimos romper barreiras, viver na sociedade e no mundo. Podemos participar de tudo tendo acessibilidade. A língua é poder”, completa.

“É muito importante a existência da lei, pois significa que a sociedade entende que temos uma Língua e pode nos valorizar e a nossa comunidade. Essa lei é muito forte, pois se não tivéssemos a Libras, não conseguiríamos nos comunicar, progredir na vida e estar em pé de igualdade com os ouvintes”, comentou a tradutora.

Iniciativas do Governo Federal

A inserção dos surdos se tornou uma das prioridades para o Governo Federal. Uma das iniciativas é a utilização de intérpretes em discursos de autoridades, a começar pelo discurso da primeira-dama do Brasil no dia da posse presidencial, na qual se evidenciou a equivalência entre as duas línguas e o respeito à comunidade surda.

Além disso, o Governo Federal, por meio do MMFDH, em 2020, apostou na acessibilidade nos canais de denúncia Disque 100, Ligue 180 e no aplicativo “Direitos Humanos Brasil” — que dispõe de um chat em Libras. Todos os eventos, presenciais ou on-line, e publicações do ministério contam com a presença de intérpretes nas suas publicações.

“Estamos nos sentindo incluídos, pois o governo tem aberto portas para os surdos. Nos sentimos abraçados com as informações que estamos tendo acesso”, comemora Stephany.

O MMFDH também disponibilizou uma cartilha que trata dos direitos da pessoa surda, com orientações e legislação sobre o acesso a informação, comunicação, educação, saúde e cultura, esporte, turismo e lazer.

Confira a cartilha

Há também disponível uma cartilha que trata dos direitos da pessoa surda, com orientações e legislação sobre o acesso a informação, comunicação, educação, saúde e cultura, esporte, turismo e lazer.

O projeto é resultado de uma parceria das secretarias nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MMFDH) e da Pessoa com Deficiência (SNDPD/MMFDH) com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).

Acesse o ECA em Libras

“Para o futuro, desejo que nós surdos tenhamos mais oportunidades e que estejamos presentes em diferentes momentos, especialmente nos lugares onde não há intérpretes. Sonho com uma sociedade completa com uma real inclusão dos surdos. Espero que lideranças surdas também possam ocupar espaços na sociedade”, finaliza Stephany Marques.

FONTE:  Dourados agora

ALFABETO EM LIBRAS É TEMA DE EMISSÃO ESPECIAL DOS CORREIOS

Nessa quinta-feira (10), Dia Nacional da Inclusão Social, os Correios lançaram a Emissão Especial Alfabeto Manual da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para marcar o lançamento virtual das peças filatélicas, a empresa produziu um vídeo em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) – entidade que possui curso de licenciatura em Letras Libras. O conteúdo pode ser conferido no canal oficial dos Correios no Youtube.

Além de sensibilizar todos os públicos sobre a importância da segunda língua oficial do Brasil, a emissão também celebra a institucionalização educacional à comunidade de surdos no país, iniciada no século XIX. Em 1855, o educador francês surdo Edouard Huet foi convidado por D. Pedro II a mudar-se para o Brasil e dar continuidade ao seu trabalho, educando pessoas surdas. Dois anos depois, em 26 de setembro de 1857, era fundada a primeira escola para surdos do Brasil e, com ela, nascia a Língua Brasileira de Sinais.

O Alfabeto em Libras permite a interpretação das palavras em línguas orais para as línguas de sinais. Ao soletrar manualmente a grafia das palavras, cada letra corresponde a um formato assumido pela mão. O idioma é uma importante ferramenta de emancipação das pessoas surdas. Ao conhecer e aprender a língua, os demais cidadãos têm a oportunidade de transpor as barreiras de comunicação e colaborar para uma sociedade verdadeiramente nacional e inclusiva.

O lançamento do selo vem celebrar as vitórias conquistadas pelas pessoas surdas no Brasil e no mundo e manifestar o apoio dos Correios aos surdos brasileiros, um reconhecimento da importância da difusão da Língua Brasileira de Sinais e dos seus valores políticos e sociais.

Selo – A arte da folha é composta pelas 26 letras do alfabeto em Libras, representadas através de imagens pictóricas de fácil reconhecimento e linguagem contemporânea. Para enriquecer ainda mais essa emissão, outras quatro palavras e expressões importantes foram acrescidas ao conjunto, fechando assim a folha de 30 selos: Brasil, Brincar, Eu te Amo e Acessível em Libras.

A arte, de Fábio Lopes, foi produzida com tinta especial em um tom de laranja vibrante, tinta UV e calcografia, que conferem destaque e importância para essa iniciativa inédita dos Correios.

A tiragem é de 1 milhão de selos, com valor facial de R$ 2,05. As peças estarão disponíveis nas principais agências de todo o país e também na loja virtual dos Correios.

 

Dia 12 de agosto aconteceu o 1º vestibular em uma Aldeia Indígena de Rondônia

Avaliamos que este momento constituiu uma importante referência para a UNIR nesta caminhada de dez anos de aprendizagens interculturais com os Povos originários da Amazônia.

Dia 12 de agosto aconteceu o 1º vestibular em uma Aldeia Indígena de RondôniaApós 10 anos de existência da aprovação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), ocorrido em outubro de 2008, a Licenciatura em Educação Básica Intercultural por meio de seu Departamento, estendeu pela primeira vez o processo seletivo discente até uma aldeia indígena do estado de Rondônia.

Nesta 7ª edição do vestibular, atendendo solicitação dos Povos Indígenas, dentre outros, o Professor indígena André Jabuti, foi escolhida a Aldeia Ricardo Franco, da Terra Indígena Rio Guaporé, distante cerca de 250 km de Guajará-Mirim, com acesso único por meio fluvial. Continue lendo

As freiras que, em vez de catequizar, defenderam cultura indígena e viram povo ‘renascer’

As irmãs em 1976, antes de abandonarem as roupas tradicionais de freiras

Setembro de 2013, nordeste do Mato Grosso. A casa simples da freira Geneviève Hélène Boyé, a irmãzinha Veva, estava tomada por algumas dezenas de pessoas. No interior da residência, fora cavado um buraco retangular no chão de terra e, dentro dele, jazia seu corpo, pendurado em uma rede branca, a mesma na qual ela dormia todas as noites.

Ao redor, índios Apyãwa – conhecidos também como Tapirapé – batiam levemente os pés no chão, balançando sutilmente o corpo, enquanto entoavam um longo canto lamurioso. Depois de a cova ser fechada com tábuas, as mulheres, chorando, peneiraram quilos de terra por cima, conforme sua tradição. Alguns não indígenas acompanhavam o ritual e repetiam os movimentos, entre eles Odile Eglin, a irmã Odila. Continue lendo

Conheça os youtubers surdos que reúnem milhares de seguidores

Youtubers surdos
Um detalhe que faz toda a diferença: legendas em vídeos no YouTube. Sem elas, pessoas com deficiência auditiva não conseguem acompanhar o que está sendo dito. Com elas, os surdos são incluídos e passam a ter acesso aos conteúdos pelos quais se interessam no ambiente digital. Percebendo que muitos dos canais na rede não tinham essa alternativa — e com um talento nato para a coisa — youtubers surdos vêm ganhando a cena. Com a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e as legendas, conquistam milhares de seguidores. E além de receberem o carinho dos internautas, informam e motivam.

Um desses é o divertido canal da Kitana Dreams. Quase dez mil pessoas estão inscritas para acompanhar as publicações da “drag queen surda, carioca e escorpiana”. Ela é interpretada por Leonardo Braconnot, youtuber, maquiador e artesão. Em seus vídeos, em que se comunica por Libras, ele dá dicas de maquiagem, faz desafios e discute temas atuais.  Continue lendo

Acesso à tecnologia: o novo indicador de desigualdade

Relatório da Unicef sobre infância

A menina Waibai Buka, de Camarões, acessou a internet pela primeira vez em 2017 PRINSLOO UNICEF

Relatório da Unicef mostra como as enormes lacunas no acesso à internet na infância afetam a educação e entrada no mercado de trabalho

mundo digital com todas as suas vantagens – como a infinidade de informações ao alcance de um clique e a comunicação imediata – não chega a todos da mesma forma. O acesso à internet pode marcar a diferença entre a exclusão social e a igualdade de oportunidades. Se não forem adotadas soluções, aumentará a disparidade existente entre os países mais desenvolvidos e as nações em desenvolvimento. O alerta é feito pelo Unicef em seu relatório Situação Mundial da Infância 2017: as crianças em um mundo digital.

Na África, 60% das pessoas entre 15 e 24 anos não têm acesso à internet; na Europa, essa porcentagem cai para 4%. Os países em que crianças e adolescentes têm menos acesso estão no continente africano. Continue lendo

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