Pesquisadores criam guia de aves na língua Xavante em MT
Objetivo é proporcionar a sustentabilidade da comunidade indígena local
Pesquisadores do Projeto Aldeia Sustentável fizeram a catalogação de aves na Aldeia Belém, na TI Pimentel Barbosa em Canarana, a 838 km de Cuiabá, e criaram um guia de bolso dos animais na língua Xavante.

Segundo os pesquisadores, o objetivo é proporcionar a sustentabilidade da comunidade indígena local.
Até o momento, já foram impressos três mil exemplares do guia que serão distribuídos nas Escolas Indígenas Xavante, para ampliar o conhecimento sobre o conjunto de aves na região, bem como contribuir para o campo educacional.
A gestora do projeto Aldeia Sustentável, Cleide Arruda, relata que no Brasil existem 1.997 espécies de aves, com isso, o país é considerado o segundo do mundo, com a mais diversificada avifauna, conjunto de aves.

Além disso, lembra que o bioma Cerrado é o terceiro maior em riqueza de aves em território nacional, com 856 espécies.
Ela conta que até o momento já foram registradas para a área entorno da Aldeia Belém, 126 espécies de aves, isto representa 58% das aves já observadas em Canarana.

Via Redação PP
O que significa Yakecan? Veja origem do nome dado à tempestade tropical
É comum que ciclones, furacões e tufões recebam nomenclaturas próprias

O nome foi escolhido pela divisão de previsões meteoceanográficas, do Centro de Hidrografia da Marinha Foto: reprodução/Inmet
POR QUE TEMPESTADES SÃO NOMEADAS?
Os fenômenos do tipo são nomeados para facilitar a conscientização, a preparação, o gerenciamento e redução de risco de desastres, conforme o portal.
Como tempestades tropicais podem durar semanas ou mais, além de acontecer de forma simultânea, os meteorologistas escolhem nomes para evitar confusão.
Guarani do Google Tradutor não é o falado por indígenas brasileiros
Criação tecnológica da empresa acabou incorporando à plataforma apenas o Guarani Paraguaio, ignorando a pluralidade do idioma

iG Tecnologia/Dimítria Coutinho Google Tradutor adiciona idioma Guarani, mas foca no falado no Paraguai
Na última semana, o Google adicionou o idioma Guarani ao Tradutor , junto com 23 outras línguas. Na ocasião, a empresa afirmou que queria romper barreiras com “populações que falam línguas pouco ou nada representadas no mundo da tecnologia”.
Embora a notícia seja vista como animadora por linguistas e indígenas, o idioma trazido pelo Google Tradutor não é exatamente o falado por populações indígenas que vivem no Brasil. De acordo com análise de Marci Fileti Martins, professora do Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas (PROFLLIND), do Museu Nacional/UFRJ, a língua presente na plataforma é o chamado Guarani Paraguaio.
“O Guarani é um complexo de línguas e dialetos”, comenta a professora. Ao todo, são nove, sendo sete delas faladas atualmente. Isso significa que o Guarani falado no Paraguai não é o mesmo falado por povos indígenas espalhados pelo Brasil, por exemplo.
Por que o Google Tradutor só fala o Guarani Paraguaio?
As novas línguas contempladas pelo Tradutor foram adicionadas ao sistema por meio de um modelo de aprendizado de máquina. Apesar de ter contado com a ajuda de falantes nativos e de especialistas na área de linguística, o Google afirma que as traduções foram construídas usando sistemas de inteligência artificial.
“As 24 línguas adicionadas são as primeiras que acrescentamos à ferramenta usando a tradução automática Zero-Shot, na qual um modelo de aprendizado de máquina vê apenas textos monolíngues – ou seja, aprende a traduzir para outro idioma sem jamais ter visto um exemplo”, disse Isaac Caswell, engenheiro de software do Google Tradutor, no lançamento da novidade.
Segundo o Google, não é possível afirmar que o Guarani presente no Tradutor é, de fato, o Paraguaio, já que o desenvolvimento da tradução foi baseado no Guarani falado comumente por todos os povos do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.
Palestra discute transmissão de saberes indígenas em podcast e vídeo
Seminário Internacional Comunicar Ciência recebe esta semana a Profa. Dra. Claudia Magallanes Blanco, da Universidad Iberoamericana (Puebla/México)
O Seminário Internacional ‘Comunicar Ciência: Democracia, Comunicação e Audiovisual’ realiza nesta sexta-feira (20.05) sua segunda palestra. A convidada da semana é a Professora Dra. Claudia Magallanes Blanco, da Universidad Iberoamericana (Puebla/México). A partir de uma perspectiva decolonial, a pesquisadora discute a colonialidade do poder, do saber, do ser e da linguagem e apresenta experiências de transmissão de saberes indígenas do México em podcast e vídeo.
Blanco é PhD em Humanidades pela University of Western Sydney, na Austrália. Desde 2006 ela colabora com a ‘Ojo de Agua Comunicación’, organização de comunicação comunitária e indígena, na avaliação e sistematização de experiências de comunicação em povos indígenas do sudeste mexicano. Além disso, é autora de várias publicações em livros e revistas sobre comunicação indígena, comunitária e de mudança social.
O Seminário é o primeiro evento internacional realizado em conjunto pelos dois programas de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Poder (PPGCOM) e o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO). O evento teve início no dia 13 de maio, com a palestra do professor João Carlos Massarolo e vai até o dia 8 de julho.
Durante nove semanas são apresentadas palestras ministradas por prestigiados pesquisadores de diversas instituições públicas das diversas regiões brasileiras, além de cientistas do México, da Espanha e de Portugal. O principal objetivo é debater novas formas de comunicar ciência e a democratização da cultura científica no contemporâneo. Também é tema de discussão o lugar da ciência, dos cientistas e da comunicação de ciência no contexto digital, especialmente na era em que notícias falsas, que invalidam o valor da ciência, são propagadas de maneira tão veloz.
Fazem parte da organização do evento a professora doutora Maristela Carneiro, coordenadora do ECCO, o professor Bruno Araújo, coordenador do PPGCOM, e o professor Benedito Diélcio Moreira, líder do Multimundos. A coordenação é do professor Pedro Pinto de Oliveira. A palestra, que será realizada em língua espanhola, tem início às 14h30, no canal do PPGCOM no Youtube, neste link.
Nheengatu: Cearenses criam plataforma para tradução da única língua viva descendente do tupi antigo
Conhecimento sobre o idioma pode evitar a extinção e permitir o entendimento sobre palavras do português brasileiro
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O termo que dá nome ao idioma Nheengatu surgiu no século XIX, significando “língua boa”. É resultado de uma evolução gradual do tupi antigo ao longo de 500 anos. Foto: Kid Junior
A iniciativa faz parte do grupo de pesquisa Computação e Linguagem Natural (Complin) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em conjunto, eles buscam manter a única língua viva descendente do tupi antigo. As informações são da Agência UFC.
Existem apenas 6 mil falantes do nheengatu no Brasil – concentrados na região amazônica – e 8 mil na Colômbia, de acordo com o catálogo de línguas “Ethnologue”, do Summer Institute of Linguistics (SIL). Assim, o idioma está em risco de extinção.