Diversidade linguística

Grupo de Estudos da Diversidade Linguística no Espírito Santo apresenta trabalho na Câmara de Marechal Floriano

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Texto e fotos: Cícero Modolo

Membros do Grupo de Estudos da Diversidade Linguística no Espírito Santo (GEDILES) se reuniram, na última quarta-feira (09), com o presidente da Câmara de Marechal Floriano, o vereador Cezinha Ronchi, com o objetivo de apresentar o trabalho de “Identificação e Mapeamento dos Falantes de Línguas de Imigração no ES”. A ação aconteceu na sala de reuniões da Câmara Municipal, e também contou com a presenta da secretária municipal de Educação, Édia Klippel e da representante da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Angélica Signorelli Lavagnoli Rossini.

O encontro teve o objetivo de apresentação do projeto, que pretende identificar e localizar essas línguas, além de verificar qual é o nível de conhecimento da língua por parte de seus falantes. O estudo abrange os municípios capixabas colonizados por imigrantes e tem a duração prevista de 24 meses. Esta pesquisa se faz necessária em virtude do desconhecimento atual de quantas são e onde estão sendo faladas essas línguas no Estado.

Também participaram da reunião de apresentação do projeto de pesquisa, a coordenadora do Instituto Federal do Espírito Santo, a professora Edenize Ponzo Peres; o vice-coordenador do GEDILE, o professor Santinho Ferreira de Souza e os membros da equipe local de Marechal Floriano, formada pelo professor Allan Costa Stein, a professora Reni Klippel Machado e o bolsista de iniciação científica William Lima de Moura. Na oportunidade foi criado um grupo de trabalho. Durante o encontro ficou definido:

1 – A Secretaria de Educação fica responsável por divulgar a pesquisa para os alunos da rede pública municipal (e seus pais ou responsáveis), de modo a orientá-los sobre a importância de conhecerem a diversidade linguística e cultural do município e, também, de modo a conscientizá-los sobre a necessidade de responderem corretamente ao questionário que será aplicado pelos agentes de saúde;

2 – A Secretaria de Saúde autoriza que os agentes de saúde apliquem o questionário simplificado nas famílias onde haja falante(s) de língua(s) de imigração, durante as visitas de rotina. Também fica acertado que os agentes de saúde participarão de treinamento para aplicação dos questionários, em data a ser combinada;

3 – A Câmara Municipal fica responsável por divulgar a pesquisa em seu site e nas redes sociais. Além disso, viabilizará a impressão dos questionários, termos de consentimento e outros materiais necessários;

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Chamada do Caderno Seminal: “CPLP, 25 anos: questões de língua”

A revista Caderno Seminal (e-ISSN 1806-9142) comunica a prorrogação da chamada para o dossiê “CPLP, 25 anos: questões de língua”, organizado por André Nemi Conforte (UERJ, BR), Isabel Margarida Duarte (UPorto, PT) e Sónia Valente Rodrigues (UPorto, PT). As submissões de artigos poderão ser feitas até 16 de janeiro de 2022, e a publicação do número temático está prevista para o primeiro semestre de 2022. A ementa do dossiê encontra-se disponível em www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/announcement/view/1331.

 

Chamada para publicação 2022 – Caderno Seminal – Estudos de Língua

Dossiê: CPLP, 25 anos: questões de língua

Organização:
André Nemi Conforte (UERJ, BR)
Isabel Margarida Duarte (UPorto, PT)
Sónia Valente Rodrigues (UPorto, PT)

Submissões de artigos até: 7 de novembro de 2021

Ementa:
Com 25 anos de existência, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) saiu da cimeira de Luanda, em julho de 2021, mais fortalecida e pronta para novos desafios. Da mobilidade entre os diferentes países até ao desenvolvimento sustentável, de questões de defesa às políticas de língua, a CPLP propõe-se entrar numa nova fase.
No que respeita à língua portuguesa, foi adotado pela XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo o Plano de Ação da Praia (2021), que teve como principais tópicos:

  • as políticas públicas para a promoção da leitura;
  • a diversidade na escrita literária em língua portuguesa;
  • o ensino da língua portuguesa em contexto de mobilidade;
  • ciência, investigação e inovação em língua portuguesa;
  • tecnologia e economias criativas – cenários emergentes em língua portuguesa.

Sabemos que, na CPLP, “a língua portuguesa não está sozinha” (Agualusa, 2019). A tônica do encontro foi o reconhecimento de que é necessário haver uma gestão pluricêntrica do português, com ênfase na importância do papel das Comissões Nacionais de todos os Estados-Membros para apoiar o IILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa) na promoção e na difusão da língua.
Neste número do Caderno Seminal, gostaríamos, portanto, de fazer um balanço em relação à situação linguística e às políticas linguísticas dos países-membros da CPLP, onde o português convive com muitas outras línguas, tendo como pano de fundo a efeméride comemorada e as propostas para o futuro.

XXV Incontro Nassional dei Difusori del Talian

A Associassion dei Difusori del Talian convida para o XXV Incontro Nassional dei Difusori del Talian, a realizar-se nos dias 26 e 27 de novembro de 2021.
O evento será realizado de forma online e gratuita.
Para aqueles que desejarem obter seu certificado de participação, as inscrições poderão ser realizadas até o dia 25/11, via formulário eletrônico, disponível AQUI

Por Políticas Compensatórias à Repressão Linguística

De forma inédita no Brasil, pleiteiam-se políticas compensatórias à repressão linguística praticada pelo Estado desde o período colonial. Esta é uma iniciativa do IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística, que protocolou uma Nota Técnica  junto à Defensoria Pública da União (DPU), contando com o apoio do Núcleo de Tradução da Defensoria Pública da União (NUTRAD) e do Grupo de Pesquisa MOBILANG da Universidade de Brasília (UnB).

O Brasil, país bilíngue desde 2005 (Português/Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS), é também excepcionalmente rico em diversidade linguística. Com cerca de 300 línguas, está entre os oito países com maior número de línguas no mundo. Contudo, ao longo de sua história, o Estado Brasileiro adotou políticas que  impuseram a Língua Portuguesa como única língua legítima dos cidadãos brasileiros ao mesmo tempo em que negligenciou a adoção de medidas contrárias ao extermínio e desvalorização de centenas de línguas brasileiras. Com essa postura, submeteu centenas de cidadãos falantes de outras línguas igualmente brasileiras a práticas permanentes de exclusão, racismo e preconceito.

Esse fato, desconhecido por muitos, justifica a nota técnica,  que tem por objetivo promover a conscientização e a promoção do direito humano à diversidade linguística. Rosangela Morello, Coordenadora do IPOL, afirma que “a Nota reivindica medidas contra o apagamento da história, da memória e dos saberes linguísticos de centenas de cidadãos e cidadãs brasileiro(a)s, e contra a exclusão histórica das línguas brasileiras e seus falantes de espaços institucionais”.

Com a finalidade de dar início à divulgação da Nota Técnica e ampliar a discussão sobre direitos linguísticos como parte dos direitos humanos no país,  a Escola Nacional da Defensoria Pública da União (ENADPU) realizará uma série de debates nos dias nos dias 7, 14, 28 de outubro e 4 de novembro de 2021, às 16h, por meio do Webinário “Direitos Linguísticos e Direito Humanos”.  O evento é produto da parceria entre o IPOL, o NUTRAD/DPU e MOBILANG-UNB, e será transmitido pelo canal do Youtube da ENADPU e do IPOL.

 

Edital em Libras do Enem já está disponível

Sabia que o edital do Enem 2021 já está disponível? Mas, eu não estou falando daquele edital impresso que você certamente imaginou. Estou falando do edital em Libras, a língua brasileira de sinais. Ele faz parte da política de acessibilidade e inclusão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, o INEP, que visa ampliar as oportunidades de participação da sociedade nos exames.

Joaquim Emanuel Barbosa é surdo implantado, ou seja, ele recebeu um dispositivo médico eletrônico que possibilita ouvir. Assim ele é bilíngue, pois pode se comunicar oralmente ou por meio da língua brasileira de sinais. Para ele, o edital nesse formato vai permitir a compreensão das pessoas surdas que aprenderam muito mais a Libras que o Português escrito. “Trazer acessibilidade para as informações chegarem a todo o público eu acho extremamente importante, até mesmo para os pais, vamos dizer que o pai não seja ouvinte e não é fluente na língua portuguesa a modalidade escrita, ele vê o edital em Libras, ele consegue entender tudo o que ele precisa para acompanhar o filho dele”, diz.

As inscrições para o Enem 2021 vão de 30 de junho à 14 de julho e os participantes que solicitarem atendimento especializado e tiverem o pedido aprovado poderão usar materiais próprios durante as provas. Também estarão disponíveis a prova ampliada, a super ampliada e a por contraste. As provas serão aplicadas nos dias 21 de 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a versão impressa. E o edital em Libras pode ser visto no canal do Inep no Youtube.

 

Fonte Agência Brasil

Por Tony Ribeiro* – Brasília

*Com supervisão de Sâmia Mendes

Edição: Sâmia Mendes/Edgard Matsuki

Comissão aprova projeto que prevê línguas indígenas como cooficiais

Texto foi aprovado em 2019 pela Comissão de Direitos Humanos

Sâmia Bomfim recomendou a aprovação da proposta. Fonte: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (8) o  Projeto de Lei 3074/19, pelo qual os municípios que possuem comunidades indígenas passarão a ter os idiomas indígenas como línguas cooficiais.

A relatora no colegiado, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), recomendou a aprovação. “A cooficialização de línguas indígenas nas cidades onde há notória presença dessas populações poderá auxiliar na inclusão das comunidades e na garantia de direitos públicos básicos”, afirmou a parlamentar.

Pelo texto aprovado, o reconhecimento garantirá a prestação de serviços e a disponibilização de documentos públicos nas línguas oficial (português) e cooficiais. No Brasil, as cooficiais são adotadas apenas em nível municipal.

O autor da proposta, deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), disse que no País são faladas atualmente 180 línguas indígenas. São João da Cachoeira (AM), Tacuru (MS) e Bonfim (RR) já aprovaram leis que reconhecem as cooficiais.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Em 2019, o texto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

 

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Ana Chalub

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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