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Crônica de Bessa Freire sobre o Seminário Ibero-Americano da Diversidade Linguística

Prof. Dr. José Ribamar Bessa Freire durante a conferência "Direitos Linguísticos e Línguas Minoritárias" - Facebook Diversidade Linguística

Prof. Dr. José Ribamar Bessa Freire durante a conferência “Direitos Linguísticos e Línguas Minoritárias” – Foto: Facebook Diversidade Linguística.

Cortem a Língua Deles

José Ribamar Bessa Freire

A cada quinze dias acontece uma morte. Dizem que cortam a língua da vítima com requintes de crueldade. O cadáver desaparece misteriosamente sem deixar vestígio. Daqui até o natal haverá mais dois assassinatos em algum lugar do mundo, segundo previsão do investigador irlandês David Crystal, que busca pistas para explicar tantos crimes. Nenhum organismo policial, nacional ou estrangeiro, identificou até hoje os assassinos. Um seminário realizado em Foz do Iguaçu (PR), nesta semana, reuniu autoridades e especialistas da América Latina para discutir, entre outras questões, como evitar essas mortes consideradas crime contra a humanidade.

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Lançamento da publicação “Gramática do Português” no Museu da Língua Portuguesa

Lançamento da publicação Gramática do Português no Museu da Língua Portuguesa

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Clique na imagem para ampliar.

A publicação Gramática do Português será lançada no dia 03 de dezembro, quarta, às 11h, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo-SP. Organizada por Eduardo Paiva Raposo e outros autores, a obra é constituída de três volumes, dos quais dois estão sendo lançados pela Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, Portugal.

A cerimônia de lançamento contará com a presença de dois dos autores, Eduardo Paiva Raposo e Maria Eugênia Duarte.

Clique aqui para acessar a página do volume 1 e aqui para visualizar a página do volume 2 no site da Fundação Calouste Gulbenkian.

Acesse aqui a Apresentação da Gramática do Português, por Eduardo Paiva Raposo.

Acesse aqui o texto Gramática do Português, por Maria Fernanda Bacelar do Nascimento.

Serviço:
Lançamento da publicação Gramática do Português
Local: Museu da Língua Portuguesa
Sala de Aula, portão 3
Praça da Luz, s/nº
Bom Retiro – São Paulo-SP
Dia: 03 de dezembro (quarta)
Horário: 11h
Participação livre e gratuita (sujeita a lotação do espaço)
Fone: (11)3322-0080

Lançados os dois primeiros volumes da publicação Atlas Linguístico do Brasil

Lançados os dois primeiros volumes da publicação Atlas Linguístico do Brasil

atlasForam lançados os dois primeiros volumes que reúnem dados de 25 capitais de estado

Volume 1 – Introdução
Autores: Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso, Jacyra Andrade Mota, Vanderci de Andrade Aguilera, Maria do Socorro Silva de Aragão, Aparecida Negri Isquerdo, Abdelhak Razky, Felício Wessling Margotti, Cléo Vilson Altenhofen
Londrina: Eduel, 2014. 212 p. il. ISBN 978-85-7216-705-5

Volume 2 – Cartas Linguísticas 1
Autores: Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso, Jacyra Andrade Mota, Vanderci de Andrade Aguilera, Maria do Socorro Silva de Aragão, Aparecida Negri Isquerdo, Abdelhak Razky, Felício Wessling Margotti
Londrina: Eduel, 2014. il. 368 p. ISBN 978-85-7216-709-3

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Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Em 15 de outubro de 2014, durante o Colóquio A Língua Portuguesa, o multilinguismo e as novas tecnologias das línguas no século XXI, realizado em Belo Horizonte no Campus II do CEFET de Minas Gerais, foi lançado o livro Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial.

O livro assinado por Armando Zamora Segorbe (Linguista e professor da Universidade Nacional da Guiné Equatorial), Gilvan Müller de Oliveira (Linguista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina) e Rosângela Morello (Linguista e Coordenadora Geral do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística) é resultado de pesquisas realizadas em campo, em 2012, como parte de um protocolo de cooperação entre o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e o Governo da Guiné Equatorial. As temáticas abordadas pelos autores promovem uma visibilização das relações histórico-culturais do fá d’ambô com a língua portuguesa na Guiné Equatorial e situam questões para a gestão dessas e outras línguas no país. A publicação do livro dialoga, ainda, com as ações em torno da promoção da língua portuguesa no país decorrente de sua oficialização ocorrida no final de 2011. Conforme Oliveira, a Guiné Equatorial é hoje o único país do mundo cujos idiomas oficiais são as três grandes línguas românicas (o espanhol, o francês e o português).

guinea-eqA República da Guiné Equatorial, que desde julho de 2014 faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), situa-se no oeste da África Central e seu território é constituído por províncias continentais e insulares. Dentre as províncias insulares da Guine Equatorial encontra-se a ilha de Ano Bom, onde atracaram os portugueses em 1471, período das grandes navegações, deixando nesse lugar sua herança linguística hoje verificada no fá d’ambô, crioulo de base lexical portuguesa.

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O livro expõe um breve panorama histórico da ilha de Ano Bom em sua relação com a língua portuguesa, situa a história do fá d’ambô, descreve diversos aspectos linguísticos da ‘língua annobonesa’, nas palavras de Segorbe, bem como analisa o fá d’ambô no contexto plurilíngue da Guiné Equatorial a partir de dados coletados por meio de um intenso trabalho em campo realizado segundo a metodologia de diagnósticos linguísticos e sociolinguísticos. As pesquisas de campo foram desenvolvidas em março de 2012 em Malabo (capital do país) e entorno entre comunidades annobonesas e na pequena ilha de Ano Bom, sob a coordenação da Profa. Dra. Rosângela Morello.

Conforme as palavras de Oliveira, então Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o livro contribui para “a compreensão das regiões onde o português é usado, ou onde fenômenos linguísticos que tiveram sua origem no português ocorrem”.

rosangela-gilvan2Em entrevista realizada com Morello por ocasião do lançamento do livro, a autora relaciona o crescimento de interesse pela língua portuguesa com a renovação de pesquisas sobre os crioulos de base lexical portuguesa: “Esperamos que esse livro possa continuar dando abertura para a reflexão sobre o que é a Língua Portuguesa no mundo. Compreendemos que tem havido um crescimento no interesse do Brasil pelos demais países africanos, onde a língua portuguesa também é falada. Espero que esse livro possa subsidiar novas pesquisas e esse trabalho possa gerar novos interesses”.

O livro foi publicado pelo IILP com aporte do Programa de Apoio às Iniciativas Culturais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PAIC-PALOP) dos Fundos ACP (África-Caraíba-Pacífico) e, principalmente, com a contribuição do Governo da Guiné Equatorial.

A cultura e os índios, por Juca Ferreira

A cultura e os índios

Por Juca Ferreira*

Ashaninkas no Acre. Juca denuncia: “Soube há uma semana que quatro deles foram massacrados e que alguns dos líderes daquele povo não podem sair da aldeia” - Foto: Mike Goldwater

Ashaninkas no Acre. Juca denuncia: “Soube há uma semana que quatro deles foram massacrados e que alguns dos líderes daquele povo não podem sair da aldeia” – Foto: Mike Goldwater

Ex-ministro sustenta: não podemos permitir que continuem massacrados; sem eles, Brasil não será democrático – mas visão etnocêntrica é insuficiente

O Brasil democrático tem que reconhecer a importância dos povos indígenas. Sem eles, o Brasil não será democrático. Nosso país não pode permitir que eles sejam dizimados, que seus direitos sejam massacrados, que esses povos fiquem vulneráveis frente a garimpeiros, latifundiários e agricultores, sejam eles pequenos, médios ou grandes. Não digo isso só por notícia de jornal. Eu acompanhei esse tema de perto, quando fui ministro. Fui a algumas aldeias, fortalecer uma relação cultural com os povos indígenas, pois eles são parte da singularidade cultural brasileira, são parte do nosso DNA. Não podemos perder a possibilidade de incorporá-los ao projeto democrático, não podemos deixá-los ao relento, à sua própria sorte.

Uma das aldeias que visitei foi a dos Ashaninka, perto da fronteira com o Peru. Soube há uma semana que quatro de seus indígenas foram massacrados e que alguns dos líderes daquele povo não podem sair da aldeia. Isso porque capangas, interessados em suas terras, já disseram que esses líderes estão numa lista para serem mortos. Isso não é um caso excepcional, é parte da realidade que a gente vive no Brasil.

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Lançada edição online da revista do Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG)

Lançada edição online da revista do Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG)

Temos o prazer de lançar online a revista do Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG), organizada pelo IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística. Acesse aqui ou visualize abaixo:

A Revista reúne debates e depoimentos que marcaram o Encontro do ILG, realizado em Florianópolis, nos dias 26 e 27 de julho de 2011 pelo IPOL, instituição responsável por executar o Inventário da Língua Guarani Mbya em 69 aldeias dos seis estados das regiões sul e sudeste (ES, RJ, SP, PR, SC, RS). A pesquisa se iniciou em 2009, com o apoio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e a parceria do IPHAN, tendo como foco conhecer os usos e as funções dessa língua, coletar e registar materiais nela produzidos e ouvir lideranças e moradores das comunidades sobre o valor que ela tem e o que esperam para ela.

No encontro, lideranças Guarani, representantes de instituições e especialistas envolvidos direta ou indiretamente no ILG, reuniram-se para discutir os resultados do estudo e seus desdobramentos para a promoção da língua Guarani Mbya. Com o Inventário, a língua Mbya foi recentemente reconhecida como referência cultural brasileira (ver notícia aqui) e passou a fazer parte dos bens imateriais reconhecidos pelo IPHAN/MinC como patrimônio da nação brasileira, gozando de políticas de salvaguarda e promoção.

Para maiores informações sobre o Encontro do ILG, acesse aqui o site do evento.

ILGjul2011

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