Questões indígenas

PNAB 2024: Edital Expressões Culturais dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina tem inscrições abertas

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A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) abre neste sábado, 9 de novembro de 2024, o período de inscrições para a quarta iniciativa no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB): o Edital Expressões Culturais
dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina. Interessados têm até as 23h59 de 2 de fevereiro de 2025 para se inscrever no link expressoesculturais.fepese.org.br, onde também está a íntegra do Edital.

O Edital vai premiar iniciativas culturais indígenas, quilombolas e de povos tradicionais com suas condições de existência e livre manifestação como forma de reconhecimento e valorização do protagonismo dos diferentes Povos no Estado de Santa Catarina, em pelo menos uma das seguintes áreas:
– Religiões, rituais e festas tradicionais;
– Músicas, cantos e danças;
– Línguas desses povos;
– Narrativas simbólicas, histórias e outras narrativas orais;
– Educação e processos próprios de transmissão de conhecimentos;
– Meio ambiente, territorialidade e sustentabilidade das culturas;
– Medicina destes povos;
– Alimentação dos povos: manejo, plantio e coleta de recursos naturais; e culinária.
– Jogos e brincadeiras;
– Arte, produção material e artesanato;
– Pinturas corporais, desenhos, grafismos e outras formas de expressão simbólica;
– Arquitetura destes povos;
– Memória e patrimônio: documentação; museus; e pesquisas aplicadas.
– Textos escritos destes povos;
– Dramatização e histórias encenadas;
– Produção audiovisual e fotografia;
– Outras formas de expressão próprias das culturas.

Poderão participar somente os Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais do estado de Santa Catarina. Serão distribuídos R$ 3.150.000,00 divididos em 140 prêmios. Os recursos são oriundos do Governo Federal repassados por meio da Lei nº 14.399/2022 – Política Nacional Aldir Blanc, com operacionalização da FCC em Santa Catarina.

Dúvidas e informações referentes a este Edital poderão ser esclarecidas e/ou obtidas junto à FCC, por meio do endereço eletrônico expressoesculturais@fepese.org.br.

Live de leitura comentada

No dia 14 de novembro (quinta-feira), às 18h, será realizada live com a leitura comentada do texto do Edital. Proponentes e interessados poderão acompanhar pelo canal de vídeos da FCC no YouTube e enviar suas dúvidas pelo chat da transmissão.

Saiba mais buscando o site da FCC  no link:

FCC – Fundação Catarinense de Cultura – PNAB 2024: Edital Expressões Culturais dos Povos Indígenas, Quilombolas e Tradicionais de Santa Catarina tem inscrições abertas

https://cultura.sc.gov.br/noticias/25165-pnab-2024-edital-expressoes-culturais

O Rio da minha aldeia está ficando verde – e fui investigar o motivo

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Na Terra Indígena Xipaya, o Rio Iriri sofre efeitos da mudança climática, com água esverdeada e morte de peixes; nós, Indígenas, vivemos um tempo de incertezas

Desde os tempos imemoráveis, meu povo – os Xipai – tem uma relação íntima com o Rio Iriri. É como parte da família. O Rio sempre foi Rio, e Xipai sempre foi Xipai. São corpos diferentes entrelaçados como um só.

Mas o Rio Iriri do tempo dos meus ancestrais, com águas cristalinas e tom marrom-escuro quando visto de cima, está mudando. No verão, mais seco, sua cor se converte em um verde intenso, inexplicável para a gente. Intrigado, decidi investigar o motivo.

Para contar essa história, eu precisava aguçar meus ouvidos e olhos. Precisava ouvir o Rio.

O Iriri é o maior Rio do município de Altamira, no sudoeste do Pará. Nasce na Serra do Cachimbo, no sul do estado, e de lá serpenteia, atravessando a Amazônia, até desaguar no Rio Xingu. Tem 900 quilômetros de extensão e em algumas partes chega a 2 quilômetros de largura. Na área chamada de Entre Rios, ele recebe as águas do Rio Curuá, lamacentas por conta do garimpo ilegal fora de nosso território, a Terra Indígena Xipaya. Nossa área é demarcada desde 2012 e nela vivem 197 pessoas. Há seis aldeias, três banhadas pelo Iriri e três pelo Curuá.

No leito do Iriri tem pedras de todos os formatos e tamanhos, e na estiagem do verão elas emergem das águas. Parece uma galeria de arte que, em vez de obras famosas, exibe pedras, mostrando a arte da própria Natureza.

Esta casa-Rio é lar de pessoas-floresta, pessoas-fungos, pessoas-plantas, pessoas-bactérias e pessoas-fitoplânctons. Eu precisei me silenciar para ouvir todas elas ao mesmo tempo, como uma enorme e poderosa orquestra. Só é possível falar do Rio Iriri se falar dos Iriris, povos-floresta e mais-que-humanos que vivem em sintonia com ele. Não apenas fazem parte do Rio Iriri, eles são Iriri.

Para contar a história desse Rio, fui ouvir o que todos eles me diziam. Pulei no Iriri na tentativa de me afogar. Meu corpo afundou como uma pedra em seu leito.

Siga a leitura na fonte, clique no link abaixo:

https://sumauma.com/o-rio-da-minha-aldeia-esta-ficando-verde-e-fui-investigar-o-motivo/

 

 

Preservação das línguas indígenas ganha impulso com inteligência artificial

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Tecnologia da IBM e da USP desenvolve e aprimora instrumentos que fornecem documentação, conservação e revitalização dos idiomas

Iniciativa da IBM e USP usa IA para preservar e fortalecer as línguas indígenas Foto: portaldasmissoes.com.br / Flipar

Apesar de representarem apenas 6% da população mundial, os povos indígenas são responsáveis por mais de quatro mil das cerca de sete mil línguas faladas globalmente. No entanto, a perda destes idiomas é um fato alarmante: prevê-se que mais da metade desaparecerá até o meio do século XXI.

Durante a Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) promovida pela Unesco, um projeto pioneiro envolve pesquisadores da IBM Research Brasil em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP). O projeto está empregando tecnologias de inteligência artificial para fortalecer e revigorar as línguas indígenas do Brasil.

A iniciativa está desenvolvendo e aprimorando instrumentos que fornecem documentação, conservação, revitalização e utilização desses idiomas, sempre em parceria com as comunidades indígenas.

São dois os principais objetivos: vitalizar, ou seja, aumentar a quantidade de jovens que falam e escrevem essas línguas; e fortalecer as línguas indígenas que já se encontram em um processo de desaparecimento.

O projeto
O projeto começou em 2023, quando a IBM e a USP desenvolveram ferramentas de IA para capacitar comunidades indígenas a escreverem suas línguas de maneira eficiente, empregando métodos avançados de processamento de linguagem natural (PLN).

A primeira ação foi implementada na aldeia Tenondé Porã, localizada no extremo sul de São Paulo, por meio de uma colaboração com uma escola secundária local. Em colaboração com estudantes e jovens nativos da língua Guarani Mbya, foram criadas ferramentas de suporte à escrita do idioma, visando ampliar sua utilização no cotidiano, na internet e nas mídias sociais.

Outra iniciativa que começou este ano está focando no idioma Nheengatu, uma língua histórica que funcionou como canal de comunicação entre várias etnias durante o período imperial brasileiro. Neste cenário, a tecnologia de inteligência artificial empregada permite que os usuários escrevam frases em português e obtenham traduções para o Nheengatu, contribuindo para a conservação do idioma, mas também para seu uso diário, principalmente entre os mais jovens.

Confira a matéria no link:

https://www.terra.com.br/byte/preservacao-das-linguas-indigenas-ganha-impulso-com-inteligencia-artificial,4ccea723f367b3815d94c1dc57cae99bhak81kb0.html


Saiba mais puxando a rede IPOL

Como a Inteligência Artificial Ajuda a Preservar Línguas Indígenas em Perigo

inteligência artificial ajuda a preservar línguas 3

Descubra como a inteligência artificial ajuda a preservar línguas indígenas e revitalizar no Brasil. Ferramentas inovadoras auxiliam nesse importante projeto.

A preservação de línguas indígenas está em risco. Muitas dessas línguas estão desaparecendo rapidamente, ameaçando a cultura e identidade de povos ao redor do mundo. A perda de um idioma significa perder histórias e tradições valiosas.

https://proconteudo.com.br/inteligencia-artificial-ajuda-a-preservar-linguas/

 

Guarani, Nheengatu e mais: Como a tecnologia está revitalizando línguas indígenas

Guarani, Nheengatu e mais: Como a tecnologia está revitalizando línguas indígenas

https://inovasocial.com.br/tecnologias-sociais/ibm-usp-linguas-indigenas/

É impossível falar de cultura sem falar de língua. Cada idioma traz em si uma maneira única de ver o mundo, uma herança que atravessa gerações e se transforma em histórias, valores e saberes ancestrais. Mas, em pleno século XXI, o que antes era apenas uma preocupação para linguistas e antropólogos, hoje virou uma corrida contra o tempo: mais da metade das línguas faladas atualmente corre o risco de desaparecer até o final do século. É nesse cenário urgente que a IBM e a Universidade de São Paulo (USP) uniram forças, propondo uma solução inovadora que alia tecnologia de ponta à preservação cultural.

. Centro de Inteligência Artificial USP 

Centro de Inteligência Artificial (Center for Artificial Intelligence – C4AI) tem o compromisso de desenvolver pesquisas no estado da arte em Inteligência Artificial (IA), explorando tanto aspectos básicos quanto aplicados nesta área. Com suporte da IBM e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o C4AI também desenvolve estudos sobre o impacto social e econômico da IA e conduz atividades de disseminação de conhecimento e transferência de tecnologia, procurando formas de melhorar a qualidade de vida humana e incrementar diversidade e inclusão. (https://c4ai.inova.usp.br/pt/sobre/)

 

. C4AI – Centro de Inteligência Artificial

Pesquisas

https://c4ai.inova.usp.br/pt/pesquisas/

Centro de Inteligência Artificial (Center for Artificial Intelligence – C4AI) tem o compromisso de desenvolver pesquisas no estado da arte em Inteligência Artificial (IA), explorando tanto aspectos básicos quanto aplicados nesta área. Com suporte da IBM e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o C4AI também desenvolve estudos sobre o impacto social e econômico da IA e conduz atividades de disseminação de conhecimento e transferência de tecnologia, procurando formas de melhorar a qualidade de vida humana e incrementar diversidade e inclusão.  (https://c4ai.inova.usp.br/pt/sobre/)

2. PROINDL

Tecnologias de Inteligência Artificial no Fortalecimento das Línguas Indígenas do Brasil

A grande maioria das línguas indígenas do Brasil está sob a ameaça de desaparecer até o fim do século 21. Por um lado, os povos indígenas e seus territórios continuam sob ataque de indivíduos e organizações, com invasões, disseminação de doenças, e destruição dos ecossistemas dos quais dependem. Por outro lado, os violentos processos iniciados com a colonização e que persistem como a migração forçada, a catequese e a imposição de línguas europeias, têm afetado significativamente o número de falantes das línguas indígenas.

Este projeto conjunto da IBM Research e da USP explora a criação e uso de Inteligência Artificial para o desenvolvimento, em parceria com comunidades indígenas, de ferramentas que auxiliem a preservação, revitalização e disseminação das línguas indígenas do Brasil. (Siga a leitura em https://c4ai.inova.usp.br/pt/pesquisas/)  

 

Vozes da Terra: Línguas Indígenas e Justiça Climática (17/10)

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Participe do evento Vozes da Terra: Línguas Indígenas e Justiça Climática, um encontro de gerações que abordará temas urgentes sobre a preservação das línguas indígenas e o impacto da justiça climática. O evento contará com a presença de líderes indígenas como Txai SuruíCacique Raoni Metuktire e Edson Kayapó.   – Dia 17 de outubro, às 9h, no Centro de Convenções da Unicamp. Não perca essa oportunidade de reflexão e diálogo!
Assista ao video de chamamento: https://youtu.be/llN0J-Q0CTM

O encontro é organizado pelo Grupo de Estudos de Línguas Indígenas (Geli), pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e pela União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI).

O encontro abordará temas urgentes sobre a preservação das línguas indígenas, o impacto da justiça climática e a criação e o fortalecimento de universidades indígenas.

O evento contará com a participação do cacique Raoni, líder indígena da etnia caiapó, e dos líderes indígenas Txai Suruí e Edson Kayapó.

Confira a programação completa no link https://drive.google.com/file/d/1chgkkut5H_K6xciAO633ORuzqcUOPnJm/view?usp=drive_link.

Acadêmicos, estudantes de linguística, de antropologia e áreas afins, líderes e representantes indígenas e interessados na preservação das línguas e culturas indígenas são o público-alvo.

O encontro é apoiado pela Pró–Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (Proec).

Para outras informações, escreva para o e-mail comuniel@unicamp.br.

Saiba mais buscando o link: https://jornal.unicamp.br/agenda/2024/10/04/liderancas-indigenas-participam-do-evento-vozes-da-terra-linguas-indigenas-e-justica-climatica/

 

 

 

Funai lança Gramática Pedagógica da Língua Wapichana e reforça importância da preservação das línguas indígenas

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Após uma década de luta e dedicação, o povo indígena Wapichana, de Roraima, celebrou um momento histórico nesta terça-feira (24) com o lançamento da Gramática Pedagógica da Língua Wapichana. A iniciativa, promovida pelo Museu do Índio, órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em parceria com professores e lideranças indígenas, representa a consolidação de anos de esforços para o reconhecimento e a preservação da língua.

A Gramática Pedagógica Wapichana foi construída para ser uma das frentes de fortalecimento e revitalização da língua Wapichana para que possa ser repassada às futuras gerações. Além disso, a iniciativa contribui com a educação nas escolas indígenas. O lançamento ocorreu na Comunidade Indígena Tabalascada, no município de Cantá (RR).

A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, celebrou a conquista. Ela lembrou que a autarquia tem como atribuição orientar a política indigenista para promover a defesa dos direitos indígenas. Sendo assim, buscar a consolidação e garantir a perpetuação das línguas indígenas é uma forma de assegurar que suas culturas, saberes e tradições sejam repassados e eternizados. Joenia também reforçou que proteger os direitos dos povos indígenas é uma obrigação conjunta dos governos Federal, estaduais e municipais.

“Estamos retornando os trabalhos para que a Funai seja mais presente nas comunidades e caminhe ao lado dos povos indígenas para que projetos iguais a esse não sejam apenas uma novidade, mas sejam mais frequentes. A gente vai buscar parcerias com as organizações indígenas e outros órgãos. Esse lançamento é uma porta para que outros trabalhos nessa linha sejam lançados”, afirmou a presidenta.

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Foto: Lohana Chaves/Funai

O lançamento é um marco importante para a educação indígena em Roraima, beneficiando diretamente os professores, alunos e demais comunidades indígenas da região. A gramática busca atender à heterogeneidade dos falantes, contribuindo para o fortalecimento da identidade e preservação cultural do povo Wapichana. Para a diretora do Museu do Índio, Fernanda Kaingáng, a iniciativa representa um importante incentivo à educação — ponto de partida para garantir a presença indígena nos espaços de poder.

“Estamos aqui celebrando o resultado de dez anos de trabalho de muitos professores, porque cultura viva é o que nos garante direito a território. A cada duas semanas desaparece uma língua no mundo, são línguas indígenas, são as nossas línguas. Então a gente quer parabenizar a força do movimento indígena e dos professores indígenas aqui de Roraima. Os alunos que estão aqui serão a presidência de amanhã, serão os parlamentares de amanhã, serão os coordenadores regionais de amanhã”, destacou a diretora.

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Foto: Lohana Chaves/Funai

A criação da gramática pedagógica atende a uma demanda por continuidade da formação de professores e ampliação dos materiais de apoio ao ensino da língua Wapichana. A iniciativa se soma a outros esforços de valorização e preservação da língua e cultura indígena no Brasil, num momento em que a educação e o fortalecimento identitário se mostram mais necessários do que nunca.  A professora Wanja Sebastião participou da construção da gramática e comemorou o lançamento. Ela lembrou a contribuição fundamental de Wendy Wapichana, que faleceu em decorrência da covid-19.

“Chegamos a este momento, que é de gratidão e orgulho para nós, do povo indígena Wapichana. Nossa luta vem de longe, desde nossos ancestrais. Aqui, lembramos de todos os colegas que contribuíram para este trabalho e que não estão mais entre nós. Wendy Wapichana foi fundamental para este trabalho, participando das entrevistas, pesquisas e levantamentos em todas as comunidades. Hoje, ela não está conosco, mas sempre estará em nossa história e memória”, pontuou a professora.

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Foto: Lohana Chaves/Funai

Também participaram do evento a coordenadora regional da Funai em Roraima, Marizete de Souza; o coordenador e Tuxaua da comunidade, Cesar da Silva; os professores indígenas Benedita André da Silva, Nilzimara da Souza Silva, Thomas Pinto Isaac e Wanja Sebastião; a coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena, Rosilene Tuxá; a coordenadora-geral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), Pierangela Nascimento; o secretário de educação do município do Cantá, Igor Rodrigues; a coordenadora estadual da Organização dos Professores Indígenas de Roraima, Marileia Teixeira; e o coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima, Edinho Batista.

Confira a íntegra da Gramática Pedagógica da língua Wapichana.

Gramáticas Pedagógicas

A nova coleção de Gramáticas Pedagógicas em línguas indígenas foi produzida no contexto do Projeto de Documentação de Línguas Indígenas, desenvolvido desde 2008 por meio de uma parceria entre Funai/Museu do Índio e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e surge como uma ferramenta essencial para fortalecer o ensino e a aprendizagem das línguas originárias, ao mesmo tempo em que promove reflexões sobre as estruturas gramaticais e a importância política do uso contínuo de suas línguas maternas.

Assessoria de Comunicação/Funai

Leia a matéria na fpnte no link: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2024/funai-lanca-gramatica-pedagogica-da-lingua-wapichana-e-reforca-importancia-da-preservacao-das-linguas-indigenas

Dia da Amazônia: livro resgata língua indígena que chegou a ser considerada extinta

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Publicação desenvolvida pelos anciões indígenas, linguistas, Norte Energia e secretarias de Educação é uma forma de preservar a cultura e a memória

 (Norte Energia/Divulgação)

(Norte Energia/Divulgação)

Neste 5 de setembro, Dia da Amazônia, a comunidade Xipaya comemora a perpetuação do seu idioma e legado cultural com a publicação do livro “Xipai kaména da usetúpa – Sedja kaména bahu de anu – “fala dos nossos pais e das nossas mães, ancestrais Xipai”.
A gramática pedagógica do povo Xipaya é utilizada por professores indígenas para ensinar a língua mãe para alunos de escolas das aldeias Tukamã, Tukaya e Kujubim, localizadas nas Terras Indígenas Xipaya e Cachoeira Seca, em Altamira, na Amazônia.

A publicação comemora 3 anos em 2024, e é resultado do esforço conjunto entre a comunidade Xipaya, pesquisadores e a Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte.

Como o livro foi escrito?

Para elaborar a gramática, em 2016 e 2017 a Norte Energia promoveu oficinas com os anciões – como se referem aos indígenas mais velhos – que ajudaram os pesquisadores a desenvolverem os fonemas e construir um dicionário com palavras e frases faladas pelo povo Xipaya.

Os trabalhos foram conduzidos pela linguista Carmem Lúcia Rodrigues, professora da Universidade Federal do Pará e pesquisadora da língua xipaya desde 1988.

Yawaidu Xipaya, moradora da aldeia Kujubim e considerada a mais experiente das falantes fluentes da língua, foi fundamental para o resgate do idioma.

“Hoje, nós já estamos passando para o bisneto dela, meu filho. Nós vamos nas escolas, colocamos as músicas para serem cantadas, fazemos jogos na língua para testar os conhecimentos”, diz Antônio Xipaya, neto de Yawaidu.

Livro é importante porque o idioma quase se perdeu

Segundo Antônio, no final do século passado, a língua xipaya ficou adormecida, sendo considerada extinta por muitos.

Existia muita discriminação, preconceito. Então tinha gente que se negava a dizer que pertencia ao grupo. Hoje nós temos nossa gramática, temos muitas histórias contadas por ela (avó), e sempre falo que, como neto, preciso trabalhar muito no fortalecimento da nossa cultura”, conta.

O Programa de Educação Escolar Indígena e as ações da Norte Energia

O Programa de Educação Escolar Indígena (PEEI) faz parte do Plano Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI) da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Ele apoia os órgãos educacionais na implantação de um sistema que atenda às especificidades das nove etnias indígenas na área de influência da usina.

  • A gramática xipaya faz parte de uma série de 36 publicações viabilizadas pelo programa
  • Financiado pela Norte Energia, o programa já disponibilizou mais de 26 mil exemplares de material didático às secretarias municipais de educação.

“As ações do Programa de Educação Escolar Indígena potencializam o fortalecimento da identidade e cultura indígena, contribuindo para o resgate das línguas xipaya, juruna e kuruaya”, explica Sabrina Miranda Brito, gerente socioambiental do componente indígena.

 

Siga a matéria em: https://exame.com/bussola/dia-da-amazonia-livro-resgata-lingua-indigena-que-chegou-a-ser-considerada-extinta/

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