Patrimônio Imaterial

A promoção das línguas africanas no Quénia

A política linguística do Quénia responde aos pressupostos ideológicos adoptados aquando da independência, que dão ênfase à empresa livre, à realização individual e ao investimento estrangeiro. Esta política dá grande valor ao Inglês, como meio facilitador de contacto internacional e catalizador do desenvolvimento técnico e industrial.

Paralelamente, tende a mesma a assegurar a protecção da herança cultural local, incluindo as suas línguas africanas, a preservação da independência nacional e da identidade cultural. Esta combinação de finalidades resultou, segundo Kembo Sure, em «Educação Bilingue num ambiente desigual», nas seguintes decisões:
– “Que a língua materna seja a língua de instrução nos três primeiros anos do ensino primário, enquanto, o Inglês e o Kiswahili são introduzidos como disciplinas durante este período; Continue lendo

2019 – Ano Internacional das Línguas Indígenas

A discussão da diversidade é uma necessidade imperiosa da sociedade contemporânea. Trata-se de uma recuperação de um tempo historicamente perdido com preconceitos e escalas hierárquicas que já se mostraram inválidas e inúteis sob diversos aspectos, seja o físico, o emocional, o intelectual ou o ideológico.

Oscar D'Ambrosio - Artigo

Oscar D’Ambrosio. Foto: Unesp

Um dado que demanda reflexão é que, embora existam por volta de 6 a 7 mil línguas indígenas no mundo, elas são faladas por cerca de somente 3% da população mundial. Portanto, a grande maioria delas, faladas sobretudo por povos indígenas, tende a desparecer em ritmo acelerado. No Brasil, há cerca de 170 línguas indígenas. E a estimativa é que possam desaparecer em 50 ou 100 anos.

A luta é para registrá-las e trabalhar para sua sobrevivência, o que inclui a produção de livros escolares, dicionários, de sites em idiomas indígenas e corpus linguísticos digitais que atendam tanto a exigências científicas da área da linguística como a propósitos sociais.

Nesse contexto, a UNESCO e seus parceiros, ao longo do ano de 2019, celebram o Ano Internacional das Línguas Indígenas (International Year of Indigenous languages – IYIL2019). Trata-se de um movimento que precisa envolver governos, organizações dos povos indígenas, sociedade civil, academia, setores público e privado, além de todo tipo de entidade interessada. Continue lendo

O peso das palavras das histórias indígenas

Quantos quilos tem uma palavra? Palavrão pesa mais do que palavrinha? E por acaso palavras têm peso? Os participantes do “Amazônia das Palavras” conferiram isso numa balança da expedição literária iniciada em Manaus.

Por José Ribamar Bessa Freire, de Niterói:

Contando histórias nos rios da Amazônia: o peso das palavrasPesaram suas palavras, navegando 1.300 km pelos rios Negro, Amazonas e Madeira. Trabalho intenso. De manhã e de tarde, oficinas com alunos de escolas de oito cidades ribeirinhas e de uma aldeia indígena. À noite, aula-espetáculo e apresentação do palhaço engolidor de letras. Descanso, só no trajeto de barco de uma cidade à outra.

Os estivadores da cultura desceram em cada porto se equilibrando em pranchas. Subiram barrancos, enfiaram o pé na lama, enfrentaram chuva torrencial e sol escaldante, brigaram com mosquito, mutuca, muriçoca, pium e potó – um inseto parente do besouro que queima a pele. Tudo isso para levar e recolher vozes, frases, narrativas.

Continue lendo

Exposição com fotografias de jovens indígenas foi lançada dia 14/11, no MAUC-UFC

Foto de Aruena Tabajara que está exposta no Museu de Arte da UFC

A mostra fica em cartaz até 10 de dezembro e, por meio de 90 imagens, resgata hábitos e particularidades de povos nativos 

Se a curiosidade se avizinhar, chegue para Aruena Tabajara e pergunte o que é fotografia. “É sinal de amor próprio”, ela responderá. “Renasceu em mim o desejo de me amar nessa oportunidade de fotografar e ser fotografada. Eu amo os dois – fotografar o mundo, a beleza – e ser fotografada para o mundo”, dimensiona a indígena de 20 anos de idade, que se diz apaixonada por registrar a natureza, sorrisos, encontros, pessoas.

Eu quero falar OFAYÉ: a (in)visibilidade linguística no ensino e na pesquisa da Língua Materna Indígena

“Eu quero falar Ofayé”:

A (in)visibilidade linguística no ensino e na pesquisa da língua materna indígena.

Prof. Me. Carlos Alberto dos Santos Dutra (Artigo apresentado ao Curso de Especialização em Cultura e História dos Povos Indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS em 2015.

Resumo: O artigo traz considerações sobre a língua materna do povo Ofaié, pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê que habita a aldeia Anodi, no município de Brasilândia-MS. Trata-se de um olhar de indigenista e historiador sobre a realidade de um povo dado como extinto, egresso de perseguições e massacres, e que hoje ocupa o espaço institucional sendo foco de diversas pesquisas acadêmicas e estudos científicos sobre a língua que se encontra em vias de extinção. Continue lendo

Bolívia realiza seminário sobre revitalização de línguas indígenas

La Paz, 11 out (Prensa Latina) Mais de 10 países participam do Seminário Internacional Revitalização de Línguas Indígenas na América Latina – Boas Práticas, que se desenvolve hoje na cidade boliviana de Cochabamba.
O objetivo é revigorar as 420 línguas indígenas que se falam na América Latina e Caribe e proteger outras 111 que se encontram em risco de desaparecer.

O evento é organizado pelo Programa de Formação em Educação Intercultural Bilingüe para os Países Andinos (Proeib Ande) conjuntamente com o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (FILAC). Continue lendo

Receba o Boletim

Facebook

Revista Platô

Revistas – SIPLE

Revista Njinga & Sepé

REVISTA NJINGA & SEPÉ

Visite nossos blogs

Forlibi

Forlibi - Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

Forlibi – Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração

GELF

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL

Clique na imagem

Arquivo

Visitantes