O peso das palavras das histórias indígenas
Quantos quilos tem uma palavra? Palavrão pesa mais do que palavrinha? E por acaso palavras têm peso? Os participantes do “Amazônia das Palavras” conferiram isso numa balança da expedição literária iniciada em Manaus.
Por José Ribamar Bessa Freire, de Niterói:
Pesaram suas palavras, navegando 1.300 km pelos rios Negro, Amazonas e Madeira. Trabalho intenso. De manhã e de tarde, oficinas com alunos de escolas de oito cidades ribeirinhas e de uma aldeia indígena. À noite, aula-espetáculo e apresentação do palhaço engolidor de letras. Descanso, só no trajeto de barco de uma cidade à outra.
Os estivadores da cultura desceram em cada porto se equilibrando em pranchas. Subiram barrancos, enfiaram o pé na lama, enfrentaram chuva torrencial e sol escaldante, brigaram com mosquito, mutuca, muriçoca, pium e potó – um inseto parente do besouro que queima a pele. Tudo isso para levar e recolher vozes, frases, narrativas.
Exposição com fotografias de jovens indígenas foi lançada dia 14/11, no MAUC-UFC
A mostra fica em cartaz até 10 de dezembro e, por meio de 90 imagens, resgata hábitos e particularidades de povos nativos
Se a curiosidade se avizinhar, chegue para Aruena Tabajara e pergunte o que é fotografia. “É sinal de amor próprio”, ela responderá. “Renasceu em mim o desejo de me amar nessa oportunidade de fotografar e ser fotografada. Eu amo os dois – fotografar o mundo, a beleza – e ser fotografada para o mundo”, dimensiona a indígena de 20 anos de idade, que se diz apaixonada por registrar a natureza, sorrisos, encontros, pessoas.
Eu quero falar OFAYÉ: a (in)visibilidade linguística no ensino e na pesquisa da Língua Materna Indígena
“Eu quero falar Ofayé”:
A (in)visibilidade linguística no ensino e na pesquisa da língua materna indígena.
Prof. Me. Carlos Alberto dos Santos Dutra (Artigo apresentado ao Curso de Especialização em Cultura e História dos Povos Indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS em 2015.
Resumo: O artigo traz considerações sobre a língua materna do povo Ofaié, pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê que habita a aldeia Anodi, no município de Brasilândia-MS. Trata-se de um olhar de indigenista e historiador sobre a realidade de um povo dado como extinto, egresso de perseguições e massacres, e que hoje ocupa o espaço institucional sendo foco de diversas pesquisas acadêmicas e estudos científicos sobre a língua que se encontra em vias de extinção. Continue lendo
Bolívia realiza seminário sobre revitalização de línguas indígenas
O evento é organizado pelo Programa de Formação em Educação Intercultural Bilingüe para os Países Andinos (Proeib Ande) conjuntamente com o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (FILAC). Continue lendo