Ensino do português para as crianças como Língua de Herança: curso online para o Japão
Chega ao Japão um curso online para educadores (pais e professores) e pesquisadores interessados no Português como Língua de Herança (PLH).
O curso que está revolucionando a prática do ensino da língua portuguesa como “herança”, para pais, professores e pesquisadores, já muito divulgado nos Estados Unidos e Europa, chega ao Japão.
É um curso online onde “são abordados temas fundamentais como identidade, diversidade, cultura, imigração, identidade cultural, bilinguismo, conceitos sobre o ensino/aprendizado de línguas, o percurso do português como língua de herança e as especificidades do contexto dos falantes desta língua minoritária. Em suma, o que é, quem são os envolvidos e o porquê do ensino e manutenção de uma língua de herança são temas essenciais dessa fase”, de acordo com a explicação na página web.
Em 2014 Luzia Tanaka, pedagoga, de Sakai (Osaka), participou do curso e encontrou a resposta para o que buscava. “Já vou para o terceiro curso com a criadora e idealizadora. Acho que a gente discute pouco sobre o que ensinar uma língua de herança e precisamos trazer esta discussão para o Japão”, pontua.
Já faz 5 anos que ela está praticando o ensinamento com crianças e adolescentes na sua cidade. “No começo as crianças não queriam estudar o português. Não é só ensinar a língua, mas o fortalecimento da identidade. Depois, elas não querem mais deixar a escola. O trabalho não fica só entre 4 paredes. Fazemos trabalhos com crianças que moram em outros países”, explica. Luzia ganhou um prêmio PLH como professora na primeira turma, por seu trabalho realizado com as crianças brasileiras que vivem no Japão.
“Posso dizer da qualidade e segurança desse método”, enfatiza Luzia. A autora virá para o Japão para finalizar o curso.
O curso tem início em 27 de março e conclusão em 2 de junho deste ano, com um programa de 10 semanas. Luzia reforça: além dos professores das escolas formais, instrutores e pais são bem vindos para se abrirem para um novo aprendizado que traz riqueza e segurança. A inscrição pode ser feita através da página: http://www.brasilemmente.org/programa-de-formaccedilatildeo-plh—japatildeo.html
Para mais informações, falar com Luzia Tanaka coordenadora do Projeto Construir ARTEL de Sakai (Osaka), através do e-mail oficinaarteeducacao@gmail.com.
Assista ao vídeo da idealizadora do curso PLH-Português como Língua de Herança, Felicia Jennings-Winterle.
Fonte: Portal MIE
Convocatória para Congresso da ALFAL 2017: comunicações até dia 10 de janeiro
O projeto 8 “Políticas da linguagem na América Latina” está com convocatória aberta para participação nas sessões até 10 de janeiro de 2017 no o XVIII Congresso Internacional Associação de Linguística e Filologia da América Latina (ALFAL) que acontece entre 24 e 28 de julho de 2017 em Bogotá, Colômbia. A proposta tem como tema central A presença do inglês, do espanhol e do português como línguas outras na educação pública na América Latina.
Na ALFAL existem atualmente 25 Projetos permanentes que funcionam de acordo com suas próprias regras e procedimentos, disponíveis no site: http://www.mundoalfal.org/.
A equipe do Projeto 8 é composta de uma rede de pesquisadores/as que foi sendo tecida ao longo dos anos, com estudiosos da temática de quase todos os países latino-americanos, da Alemanha, Áustria, EUA, França, Espanha e demais países com coordenação geral de Rainer Enrique Hamel, daUniversidade Autônoma Metropolitana, Cidade do México, México.
Para informações sobre a Convocatória ao Projeto 8, email para: hamel@xanum.uam.mx
Saiba mais sobre o Evento de 2017 na Colômbia em: http://www.alfalcolombia2017.com/
Fonte: IPOL Comunicação
ALFAL – prazo prorrogado: a nova data para inscrição e envio de resumos é 10 de janeiro de 2017
Acontece entre 24 e 28 de julho de 2017 em Bogotá, Colômbia, o XVIII Congresso Internacional Associação de Linguística e Filologia da América Latina (ALFAL). Na ALFAL existem atualmente 25 Projetos permanentes que funcionam de acordo com suas próprias regras e procedimentos, disponíveis no site: http://www.mundoalfal.org/.
Atenção! Prazo prorrogado para inscrição e envio de resumos!
O projeto 8 “Políticas da linguagem na América Latina” está com convocatória aberta para participação nas sessões até 10 de janeiro de 2017 e tem como tema central A presença do inglês, do espanhol e do português como línguas outras na educação pública na América Latina.
A equipe do Projeto 8 é composta de uma rede de pesquisadores/as que foi sendo tecida ao longo dos anos, com estudiosos da temática de quase todos os países latino-americanos, da Alemanha, Áustria, EUA, França, Espanha e demais países com coordenação geral de Rainer Enrique Hamel, daUniversidade Autônoma Metropolitana, Cidade do México, México.
Leia a convocatória completa do Projeto 8 em:
alfal2017_convocatoria_projeto8_versaoport-1
alfal-2017-convocatoria-proyecto-8-pl-en-al-1
Para informações sobre a Convocatória ao Projeto 8, email para: hamel@xanum.uam.mx
Saiba mais sobre o Evento de 2017 na Colômbia em: http://www.alfalcolombia2017.com/
Fonte: IPOL Comunicação
Eventos sobre Linguística, Libras e Tradução movimentam UFSC nessa semana
Está acontecendo na UFSC, entre 28 e 30 de novembro de 2016 na UFSC o I Congresso Nacional de Pequisas em Linguística e Libras. A programação compreende palestras, minicursos e comunicações, entre outros e acontece em vários espaços da Universidade, principalmente no Centro de Eventos da UFSC.
Amanhã inicia o V Congresso Nacional de pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa que vai até dia 02/12, na sexta-feira.
Saiba mais sobre as programações no site: http://www.congressotils.com.br/
Sobre o I Congresso Nacional de Pequisas em Linguística e Libras
O tema central deste Congresso é “Bases linguísticas da Libras” que inaugura este espaço para que todos os pesquisadores dos estudos das línguas de sinais, em especial, da língua brasileira de sinais, compartilhem os resultados de suas pesquisas. O público alvo do evento tem em mente os pesquisadores e profissionais de língua de sinais, profissionais que nos últimos anos, vem se destacando no cenário acadêmico brasileiro, em decorrência do cumprimento do Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Continue lendo
Português pode desaparecer? Pai do acordo ortográfico acha a questão “incompreensível”
Augusto Santos Silva antecipou desafios e dificuldades ao português. Pai do acordo ortográfico diz que nunca esteve tão forte
Estará o “português de Portugal” condenado a desaparecer? Será o fechamento das vogais, que aparentemente fará que muitos dos nossos parceiros dos países de língua portuguesa não nos percebam, a sua sentença de morte? A questão foi levantada pelo próprio ministro dos Negócios Estrangeiros na cerimónia de lançamento do Novo Atlas da Língua Portuguesa, apresentado na última semana em Lisboa. Dúvidas que os linguistas, entre os quais o principal responsável pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, rotulam de “incompreensíveis”.
O Novo Atlas da Língua Portuguesa destaca toda a força da quarta maior língua do mundo, que atualmente tem 263 milhões de falantes, que deverão ser 490 milhões no final do século. Mas a cerimónia de lançamento desta obra ficou marcada pelos dissonantes sinais de apreensão do ministro Augusto Santos Silva, que apontou “problemas sérios” à difusão do português. Entre os “desafios e dificuldades” elencados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros está o português de Portugal, “com o típico fechamento de vogais”, o que, na perspetiva de Santos Silva, “pode levar à incompreensão entre falantes de duas variantes da mesma língua”. Continue lendo
“O Português é identificado como uma das mais importantes línguas regionais”
Num país onde há uma crescente perceção de que o Português é uma língua que atribui um valor acrescentado aos currículos daqueles que a dominem, 41% dos alunos do EPE já são sul-africanos e de outras nacionalidades. Tem crescido o interesse em todos os níveis de ensino e o novo adjunto da coordenação do EPE acredita que este irá aumentar com a integração das aulas de Português no currículo e dentro do horário normal. Algo que será uma realidade já a partir de fevereiro de 2017, para o 8º ano de escolaridade na Assumption Convent High School, em Germiston, revelou Carlos Gomes da Silva nesta entrevista.
O que o motivou a assumir o cargo de adjunto da Coordenação do EPE na África do Sul?
Em primeiro lugar, entusiasmou-me muito a perspetiva de poder voltar a trabalhar na África do Sul e países vizinhos, região que conheço bem e da qual guardava e mantenho excelentes memórias e uma valiosa experiência pessoal, humana e profissional. Depois, tenho uma longa experiência como docente de Português língua Segunda/Estrangeira e de Herança, a todos os níveis de ensino, em três diferentes continentes, em diferentes países (Portugal, Holanda, África do Sul, Canadá e Brasil):
Na Holanda (entre 1974 e 1985), lecionei cursos de ensino básico e secundário no sistema paralelo e integrado, assisti e participei na discussão e na reflexão sobre o bilinguismo em contexto de imigração. Interessei-me pela questão da aquisição e manutenção da língua portuguesa entre os lusodescendentes na Holanda, tendo-as estudado num trabalho para um seminário do programa de doktoraal em psico e sociolinguística que concluí na Universidade de Utreque.
Na África do Sul (entre 1985 e 1991), como docente na Universidade da Cidade do Cabo, montei um programa de Português integrando cursos de cultura e de literatura dos PALOP, no contexto da emergência destas novas culturas e literaturas que a Universidade achava importante para o futuro, com a concordância do então ICALP. Os 12 anos de experiência na África do Sul foram determinantes para a minha formação, enriquecimento pessoal, humano e profissional, e, sobretudo, para compreender melhor África, bem como a importância estratégica, cultural e política da língua portuguesa no pós-apartheid na África Austral.
No Canadá (de 1997 a finais de julho de 2016), comecei por lecionar na Universidade de Otava em 2002, como professor adjunto, na sequência de diligências que efetuei na minha qualidade conselheiro social e cultural na Embaixada de Portugal em Otava, para que a Universidade reintroduzisse o ensino de Português. A partir de então, empenhei-me na consolidação do Ppograma de português e no aumento do número de alunos (tínhamos, em média, entre 100 e 150 alunos por semestre, inscritos nos vários cursos semestrais do Programa de Português). A pedido da Reitoria da Universidade de Otava, estabeleci contatos e negociei protocolos de intercâmbio com universidades portuguesas e brasileiras.
Nos últimos anos, tenho-me dedicado à investigação e produção de materiais para o ensino do português como língua segunda/estrangeira e de herança, com a colaboração de colegas brasileiras da Universidade de São Paulo. Estão em fase de revisão os manuais de Português Pt/Br para os níveis C1 e C2, que integram as variantes europeia e brasileira, organizados por temas culturais, comuns e transversais aos vários países de língua portuguesa, tendo como público alvo estudantes universitários e executivos. Continue lendo