Convite à participação – I Congresso Internacional de Línguas Pluricêntricas
O IPOL é umas das instituições promotoras do I Congresso Internacional de Línguas Pluricêntricas um evento organizado no âmbito da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo.
Acesse as informações da II Circular, participe!!!
Podcast – O Mundo da Língua Portuguesa
No programa “O Mundo da Língua Portuguesa – RadiOlavide” de JUNHO (2021) no bloco Entrevista, conversamos com o Profº Drº Gilvan Müller de Oliveira (Professor associado da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e Coordenador Geral da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo): imperdível!
E como estamos no mês das Festas Juninas/ Festas Populares, não poderiam faltar as quadras juninas neste programa com Maria João; ideias para atividades nas aulas de PLE com Giselle e Gabriela no bloco La,la,canta! com uma belíssima canção na voz do cantor de Niterói (Rio de Janeiro), Paulinho Ciranda; no bloco Qual é a dica, três presenças muito especiais: a musicista, escritora e poeta carioca radicada na Alemanha, Chris Herrmann; o professor timorense, Paulo Henriques e o cabo-verdiano, Ricardino Rocha, professor de PLE no Centro Cultural Brasil-Cabo Verde; Literapreta com Elizabeth e um bate-papo fantástico com a poeta, escritora, pedagoga e psicanalista do Rio de Janeiro, Valesca Lins; Ana falará de um tema muito interessante sobre os ambientes sócio-naturais de Angola e…muito mais!
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Monsenhor Tabosa adota língua Tupi como cooficial e planeja instituir ensino do idioma nas escolas
O município no Sertão Central cearense tem cerca de 4.000 descendentes de povos indígenas

A História ensina que o colonizador português ocupou e impôs a sua cultura, língua e religião aos povos nativos. As tribos foram dizimadas na costa e no interior nordestino. Cinco séculos depois, uma iniciativa visa reconhecer e resgatar o ensino da língua indígena Tupi-nheengatu, no município de Monsenhor Tabosa, localizado no Sertão Central cearense.
A língua Nheengatu, frequentemente escrita Nhengatu, é indígena, da família de línguas Tupi-Guarani e derivada do tronco tupi. O texto da lei ainda institui a criação de programas comunitários para fomentar o aprendizado do idioma.
A Câmara Municipal de Monsenhor Tabosa aprovou por unanimidade um projeto de lei que reconhece a língua nativa Tupi-nheengatu como língua cooficial do município. O texto legal já foi sancionado pelo prefeito Salomão de Araújo Souza, que é descendente de povos indígenas.
“Estou muito feliz por essa aprovação e a alegria vai ser maior e o sonho vai se concretizar quando o ensino iniciar na rede municipal”.
O autor do projeto, vereador e descendente de indígenas, Vicentinho Sampaio, comemorou a aprovação da matéria e frisou que “era um sonho da nossa gente, que oficialmente dá o reconhecimento local e vai permitir o seu ensinamento à geração atual para preservar a história de nossa gente”.
O secretário de Educação do município, Renê Felipe, disse que vê o projeto “com otimismo e uma oportunidade de resgatar e valorizar a cultura local das comunidades descendentes de povos indígenas”.
Sobre o ensinamento na rede pública municipal de ensino, Renê Felipe, ponderou que “é preciso aguardar regulamentação por meio de decretos”.
O secretário explicou ainda que haverá um planejamento para definir o modelo de ensino, a contratação de professores e a carga-horária.
“Vamos transformar metade das nossas escolas em ensino integral, a partir do próximo ano, e no contraturno a disciplina poderá ser ministrada, como eletiva, mas ainda não temos essa definição”.
A líder comunitária e antropóloga Tereza Potiguar (Teka) pontuou que a aprovação da lei “representa mais uma conquista para os povos indígenas” e disse que aguarda com expectativa “a implantação do ensino nas escolas da rede municipal”.
Teka Potiguar lembrou que “há 15 anos que estamos sistematizando a língua Tupi antiga, contemporânea e em palavras soltas entre povos do Norte e Nordeste brasileiros para revitalizar e assegurar o futuro das atuais comunidades”.
Já o vereador Índio Vicentinho lembrou que houve, recentemente, curso e intercâmbio com professores e indígenas que falam a língua Nhengatu, oriundos do Amazonas e do Pará. “Quando o projeto for ser implantado defendemos a vinda de professores, de pessoas que dominam bem e conhecem a língua”.
O município de Monsenhor Tabosa tem em torno de 16.700 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 4.000 descendem de etnias indígenas. Há 17 escolas da rede municipal e cerca de 4.200 alunos matriculados no ensino infantil, fundamental e na alfabetização de jovens e adultos (EJA).