Diversidade Linguística e Cultural

Vila Pavão, município no estado Espirito Santo, recebe exemplares do Inventário da Língua Pomerana

 

INVENTÁRIO DA LÍNGUA POMERANA

INVENTÁRIO DA LÍNGUA POMERANA

IPOL faz entrega de exemplares do livro Inventário da  Língua Pomerana para a Secretaria Municipal de Educação do municipio de Vila Pavão, no Espirito Santo.

A publicação é fruto de um projeto de pesquisa que durante três anos levou aos estados de Espirito Santo, Santa Catarina Rio Grande do Sul.

 

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Educadores e lideranças pedem mais atenção à educação escolar indígena

Brasília 26/04/2023 -  Acampamento Terra Livre reúne milhares de indígenas de centenas de etnias de todas as regiões do país e tem como tema

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Publicado em 26/04/2023 por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Participantes da 19ª edição do Acampamento Terra Livre – espécie de assembleia que o movimento indígena realiza anualmente, desde 2004, em Brasília – aprovaram, hoje (26), a redação de um documento em que cobram mais atenção do Poder Público à educação escolar indígena.

Escrito a partir das contribuições de educadores e de lideranças de diversas etnias e de diferentes localidades, a carta deve ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provavelmente na sexta-feira (26), quando Lula deve comparecer ao encerramento do evento organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A expectativa do movimento indígena é que, na ocasião, o presidente anuncie a homologação de novas terras indígenas.

Cópias do documento com as principais reivindicações do movimento quanto à oferta pública de instrução formal para os povos indígenas também serão encaminhadas ao ministro da Educação, Camilo Santana, e a outros membros do governo federal, bem como a governadores e prefeitos de cidades onde há a presença de comunidades indígenas.

Entre as principais demandas do movimento indígena para o segmento está a criação, no âmbito do Ministério da Educação, de uma secretaria integralmente dedicada à educação escolar indígena. “Não é interessante termos professores e gestores indígenas [atuando em] territórios indígenas de acordo com um modelo de educação anti-indígena que continue colonizando a educação e que não reforça o projeto de cada povo”, argumentou o pedagogo e integrante da Organização dos Professores Indígenas do Ceará, Thiago Anacé.

Para os participantes da plenária sobre educação indígena realizada na manhã de hoje, no Acampamento Terra Livre, a criação de uma secretaria especial poderia contribuir institucionalmente para agilizar as ações do Poder Público em resposta a uma série de problemas elencados no documento, tais como “a precariedade da educação escolar indígena e da infraestrutura das escolas indígenas”; “a desvalorização dos professores indígenas” e a “frágil execução das políticas públicas de educação escolar indígena nos estados e municípios”.

“Nos últimos anos, sofremos muitos retrocessos. A precarização nas escolas indígenas aumentou muito; os processos seletivos para contratação de professores indígenas e de pagamento destes profissionais estão caóticos. Por isso estamos pedindo para retomarmos de fato a política de educação escolar indígena. Estamos pedindo socorro, que a educação escolar indígena seja encarada como uma prioridade”, comentou Alva Rosa Tukano, do Fórum de Educação Escolar Indígena, entidade que vem propondo a criação de uma secretaria especial desde a transição entre o governo Jair Bolsonaro e a posse de Lula.

Universidade indígena

No documento aprovado esta manhã, os participantes do Acampamento Terra Livre e membros das entidades que atuam com a educação escolar indígena também voltam a reivindicar a criação de uma instituição federal de educação superior. Em 2014, o tema motivou o então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a instituir um grupo de trabalho para “realizar estudos sobre a criação de instituição de educação superior intercultural indígena que promova, por meio do ensino, pesquisa e extensão, atividades voltadas para a valorização dos patrimônios epistemológicos, culturais e linguísticos dos povos indígenas, considerando-se suas demandas e necessidades”.

O movimento indígena também pede que volte a lhe ser garantida uma vaga no Conselho Nacional de Educação; a retomada da implementação dos chamados Territórios Etnoeducacionais; a discussão ou consolidação de um fundo específico para a educação escolar indígena – espécie de Fundo de Manutenção e Desenvolvimento (Fundeb) específico para o subsistema educacional; a retomada das políticas de ação afirmativa para estudantes indígenas; uma política de promoção e pesquisa das línguas e dialetos indígenas falados no país e a garantia de que crianças e adolescentes de áreas em disputa tenham acesso ao ensino indígena.

“Nós que moramos nas [áreas] retomadas temos grandes dificuldades na implementação da educação escolar indígena. Só em Mato Grosso do Sul há mais de 150 áreas em litígio, não demarcadas, e muitas destas comunidades não recebem sequer o que já é assegurado pela Constituição Federal. Por isso, reivindicamos que seja assegurado às áreas retomadas o mesmo tratamento destinado às escolas homologadas de aldeias indígenas. E que seja assegurado o mesmo tratamento às escolas de aldeias urbanas ainda não homologadas”, propôs Gilmar Veron, do Fórum de Educação de Mato Grosso do Sul.

Edição: Juliana Andrade

Leia mais: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2023-04/educadores-e-liderancas-pedem-mais-atencao-educacao-escolar-indigena

 

Lula levanta faixa contra marco temporal e diz que vai demarcar ‘maior número possível de terras indígenas’

Presidente assinou decretos de demarcação de seis áreas nesta sexta-feira (28), durante encerramento do acampamento Terra Livre. Também prometeu melhorar plano de carreira da Funai.

Publicado em G1 / Por Guilherme Mazui, Beatriz Borges e Kellen Barreto, g1 e TV Globo

No acampamento Terra Livre, Lula levanta faixa contra marco temporal — Foto: TV Globo/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (28) que o governo vai trabalhar para demarcar o “maior número possível de terras indígenas”. A declaração foi dada durante evento de encerramento do acampamento indígena Terra Livre, em Brasília.

Na cerimônia, o presidente assinou os decretos de demarcação de seis terras indígenas (veja quais são as terras) e também levantou uma faixa contra o marco temporal sobre essas áreas, questão em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) (relembre abaixo).

“Nós vamos legalizar as terras indígenas, é um processo um pouco demorado. A nossa querida ministra sabe do processo. Tem que passar por muitas mãos e a gente vai ter que trabalhar. A gente vai ter que trabalhar muito para que a gente possa fazer a demarcação do maior número possível de terras indígenas. Não só porque é um direito de vocês, mas porque se a gente quer chegar em 2030 com desmatamento zero na Amazônia, a gente vai precisar de vocês como guardiões da floresta”, disse.

Siga a leitura da matéria:

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/04/28/lula-terras-indigenas-acampamento-terra-livre.ghtml

Cabo Verde: Parlamento aprova português como patrimônio

Em 15/04/233

CULTURA – CABO VERDE

Parlamento cabo-verdiano aprova proposta de uma deputada do Movimento para a Democracia (MpD, maioria) para classificar língua portuguesa como património imaterial, num processo envolto em várias divergências.

A proposta da deputada Mircéa Delgado foi aprovada ontem (14.04) por 27 votos a favor e 26 contra, mas só depois de a mesa reconsiderar e não contar as nove abstenções, tendo em conta o entendimento anterior de aprovação da proposta carecer pela maioria dos deputados presentes (incluindo as abstenções), decisão que levou alguns deputados a considerarem recorrer ao Tribunal Constitucional.

A proposta mereceu votos a favor de deputados dos três partidos representados no parlamento, mas também críticas que alegavam tratar-se de uma “sobrevalorização do português”, face à língua crioula cabo-verdiana, ou posições totalmente a favor de outros deputados, o que dividiu o parlamento ao longo de várias horas de debate e constantes interrupções.

“Fadiga”

“Este percurso de séculos da língua portuguesa no chão de Cabo Verde e a sua importância como elemento identitário de primeira grandeza, a par da língua cabo-verdiana, não nos permite ficar indiferentes a alguns sinais de fadiga com origem diversa, visíveis na utilização da língua portuguesa no nosso país, em contramão com a tendência mundial da sua valorização como meio de comunicação e também de cooperação e de troca nas múltiplas dimensões”, alegou a deputada, ao apresentar a proposta.

As dúvidas dos deputados colocaram-se igualmente por se tratar de um processo de classificação por via legislativa e não técnica, como é determinado por resoluções nacionais e internacionais. Este foi de resto o primeiro entendimento no parecer anterior da Comissão Especializada de Educação, Cultura, Saúde, Juventude, Desporto e Questões Sociais da Assembleia Nacional, que devolveu o projeto de lei à deputada proponente.

A comissão entendeu primeiro não emitir parecer favorável ao projeto, face ao parecer negativo do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através da Direção do Património Imaterial, e “na ausência de um parecer externo solicitado ao instituto Camões para fundamentar e fornecer mais elementos de análise”, mas a proposta acabaria por ser agendada para votação nesta sessão plenária.

Siga lendo em: https://www.dw.com/pt-002/cabo-verde-parlamento-aprova-classificação-de-português-como-património-imaterial/a-65334361

TRT África vai iniciar a sua emissão nas línguas inglesa, francesa, suaíli e haúça

A “TRT África”, o novo canal de notícias digitais da Empresa Turca de Rádio e Televisão (TRT), vai iniciar a sua emissão.

TRT África vai iniciar a sua emissão nas línguas inglesa, francesa, suaíli e haúça

De acordo com a declaração feita pela TRT, a “1ª Cimeira de Radiodifusão”, que será realizada pela primeira vez este ano pela TRT e pela União Africana de Radiodifusão (The African Union of Broadcasting), terá lugar em Istambul, amanhã e dia 1 de abril.

Os representantes da União Africana de Radiodifusão reunir-se-ão na cimeira.

No primeiro dia da cimeira, que terá início amanhã, a TRT dará formação a jornalistas africanos.

A formação será frequentada por 23 jornalistas de 16 países africanos.

No segundo dia da cimeira, a TRT, que visa anunciar a voz da Türkiye ao mundo através de organizações internacionais de radiodifusão como parte do seu plano de expansão global, apresentará a TRT África, a plataforma de notícias digitais criada após a TRT World, TRT Árabe, TRT Russo, TRT Alemão, TRT Francês e TRT Balcãs.

O Presidente das Comunicações da Presidência, Fahrettin Altun, o Diretor-geral da TRT Mehmet Zahid Sobaci e o executivo sénior da União Africana de Radiodifusão, Gregoire Ndjaka, farão discursos de abertura no evento.

A TRT África, que estará ativa em dezenas de países africanos, da Gâmbia a Marrocos, da Nigéria aos Camarões, transmitirá nas línguas inglesa, francesa, suaíli e haúça, com a missão de mostrar a imagem real do continente a todo o mundo.

Publicado em 29 de março de 2023

https://www.trt.net.tr/portuguese/africa/2023/03/29/trt-africa-vai-iniciar-a-sua-emissao-nas-linguas-inglesa-francesa-suaili-e-hauca-1966916

Ministro guineense defende introdução do crioulo e línguas nacionais no ensino

O ministro da Função Pública guineense, Cirilo Djaló, defende a introdução do crioulo e línguas nacionais no ensino e considera que o português “não é sentido como um meio de comunicação indispensável” por uma larga maioria da população.
Ministro guineense defende introdução do crioulo e línguas nacionais no ensino

O ministro falava, em representação da titular da pasta da Educação, na abertura de um seminário de apresentação de um estudo de viabilidade sobre a introdução de línguas nacionais e o crioulo no sistema educativo guineense.

O seminário é coorganizado entre o Governo guineense e a delegação da UNESCO no país.

Na qualidade de antigo ministro da Educação, Cirilo Djaló exortou as entidades envolvidas no setor do ensino a acelerarem os esforços no sentido de criar normas linguísticas para o crioulo e línguas nacionais que, disse, devem ser introduzidas no sistema escolar.

“Nenhum país conseguiu desenvolver-se na base de um sistema educativo em que o ensino é exclusivamente ministrado numa língua que a maioria da população ignora, pois o desenvolvimento durável é possível só quando acompanhado por um sistema educativo em que as comunidades beneficiárias se apropriam deste”, observou Djaló.

 O ministro da Função Pública guineense notou que toda a África tem atualmente como um dos principais desafios a problemática do uso das línguas nacionais no sistema do ensino, nomeadamente ao nível de modalidade de utilização das mesmas, disse.

Na Guiné-Bissau, sublinhou Cirilo Djaló, não existe uma política para as línguas nacionais, estatuto apenas reservado ao português, língua oficial.

“No plano jurídico apenas o português, língua oficial, é que possui um estatuto definido, sendo ao mesmo tempo língua do ensino, em todos os níveis escolares, língua de administração e da justiça, língua da imprensa escrita e principal língua do audiovisual. Porém, no plano sociológico, apesar do grande prestígio que lhe é conferido pela lei, o português repousa sobre bases sociais muito estreitas”, destacou o governante guineense.

Cirilo Djaló notou ainda que, no processo de aquisição de conhecimentos para os alunos, enquanto as línguas nacionais não contam com estatuto definido e com o alfabeto proposto ainda por aprovar, o português acaba por ser utilizado apenas nas salas de aulas.

“Esta função comunicativa é largamente preenchida pelo crioulo e as outras línguas nacionais que paradoxalmente não beneficiam de estatuto oficial e cujo alfabeto proposto não foi reconhecido oficialmente até agora”, sublinhou Cirilo Djaló.

MB // JH

https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/ministro-guineense-defende-introducao-do_642481fa7d357948c68f0751

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