Censos nacionais e perspectivas políticas para as línguas brasileiras
A investigação sobre a língua falada ou usada nos domicílios pela população indígena do Brasil no Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), rompe um silêncio de 60 anos do Estado brasileiro sobre a diversidade linguística que o compõe, e ocorre em um momento histórico em que duas outras importantes políticas linguísticas de conhecimento, reconhecimento e promoção das línguas
brasileiras estão em andamento: a cooficialização de línguas, executada por decretos e leis municipais; e o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), conduzido pelo governo federal, por meio do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Contrariamente à repressão e ao genocídio linguísticos sobre os quais se erigiu, no Brasil, uma concepção de cidadania baseada em uma única língua, a portuguesa, estas políticas reconhecem e fomentam as línguas brasileiras, em seu conjunto, como um direito de todo cidadão e pilar de uma sociedade plurilíngue.
Derrubando Barreiras
Pesquisa desvela as línguas de imigração no Espírito Santo
A travessia do Atlântico era apenas o começo de uma epopeia para italianos, espanhóis, suíços, pomeranos, alemães, prussianos, poloneses e outros, que tinham como ponto fi nal da sua viagem algum lote de terra na então província do Espírito Santo, a partir de meados do século XIX. Dos navios às canoas, os imigrantes percorriam os leitos dos rios e depois desbravavam fl orestas, caminhando por alagadiços e abrindo picadas nas matas virgens, seguindo os passos de guias que os levavam até o terreno prometido. Isolados, pois os povoados fi cavam a quilômetros de distância, esses grupos aos poucos foram vencendo as adversidades da natureza, mas ainda enfrentam a difi culdade da língua.
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1º Concurso de Poesia e Conto em Hunsrückisch 2017
O projeto Inventário do Hunsrückisch (hunsriqueano) como Língua Brasileira de Imigração (IHLBrI), em elaboração pelo IPOL e projeto ALMA-H (Atlas Linguístico-Contatual das Minorias Alemãs na Bacia do Prata: Hunsrückisch), desenvolvido no Setor de Alemão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem a honra de convidar interessados a participarem do
1º Concurso de Poesia e Conto em Hunsrückisch 2017
As inscrições de poemas e/ou contos em Hunsrückisch vão até o dia 15 de dezembro de 2017. Mais detalhes se encontram no regulamento em anexo, em breve também disponível nos sites dos projetos e órgãos proponentes.
Baixe o Regulamento.
Cooficialização da Língua Pomerana: sobre a competência do Município para legislar sobre a matéria
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Fórum On Line da Diversidade Linguística Brasileira: Talian
Em comemoração aos seus 18 anos, o IPOL tem a honra de anunciar o lançamento do Fórum On Line da Diversidade Linguística Brasileira.
O Fórum On Line é uma iniciativa do Instituto e tem como objetivo conhecer um pouco mais sobre as línguas faladas no Brasil. As informações coletadas estarão disponíveis e poderão apoiar ações em defesa das comunidades linguísticas. Continue lendo
Lei confirma o Talian como segunda língua oficial de Caxias do Sul
O decreto partiu do presidente da Câmara de Municipal de Vereadores, Felipe Gremelmaier (PMDB), que promulgou um projeto de lei de autoria do vereador Gustavo Toigo (PDT). A partir de agora, o Talian é, legalmente, uma das línguas oficiais de Caxias do Sul. A matéria já tramitava no legislativo desde 2015, e foi arquivada em 2016. No entanto, em maio deste ano, Toigo reapresentou o projeto. Na época, a proposta foi aprovada por unanimidade, mas após foi vetada pelo prefeito Daniel Guerra (PRB). O veto acabou sendo derrubado no plenário em 3 de outubro. Por fim, houve a promulgação nesta segunda-feira (09).