Mali abandona o francês como língua oficial do país

Com a nova Constituição, o Mali abandona o francês, que é a língua oficial do país desde 1960, de acordo com a nova Carta Magna, promulgada no dia 22 de Julho, passando a ser relegada à língua de trabalho.

Sob a nova Constituição, aprovada de forma esmagadora com 96,91% dos votos, no referendo de 18 de Junho, o francês não é mais a língua oficial do país. Embora o francês seja a língua de trabalho, outras 13 línguas nacionais faladas no país vão receber o estatuto de língua oficial.

O Mali, que tem cerca de 70 línguas locais faladas no país, incluindo Bambara, Bobo, Dogon e Minianka, algumas delas receberam o estatuto de língua nacional por  um decreto de 1982.

Para o académico Boubacar Bocoum, “a língua francesa não foi uma língua escolhida. Antes de tudo, foi uma língua colonial que se impôs, depois, quando o colonizador saiu nos anos 1960, eles nos deixaram essa língua e a administração francesa, o que significa que todo o modo de governar foi modelado precisamente no protótipo da pobre governança colonial”. Recorde-se que o líder da junta do Mali, coronel Assimi Goita, colocou em vigor a nova Constituição do país, marcando o início da Quarta República naquela nação da África Ocidental.

De acordo com a Presidência, os militares do Mali, desde que assumiram o poder e através de um golpe em Agosto de 2020, sustentaram que a Constituição seria fundamental para a reconstrução do país. O Mali testemunhou dois golpes subsequentes nos últimos anos, um em Agosto de 2020 e outro em Maio de 2021. A Junta Militar tinha prometido realizar eleições em Fevereiro de 2022, mas depois as marcou para Fevereiro de 2024. A decisão do Mali de abandonar o francês ocorre num momento de crescentes sentimentos anti-França na África Ocidental, devido à percepção de interferência militar e política.

Leia a matéria na fonte:

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/mali-abandona-o-frances-como-lingua-oficial-do-pais/#:~:text=Sob%20a%20nova%20Constituição%2C%20aprovada,o%20estatuto%20de%20l%C3%ADngua%20oficial

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Saiba mais puxando a rede:

A nova constituição Mali

https://sgg-mali.ml/JO/2023/mali-jo-2023-13-sp-2.pdf

Article 31 : Les langues nationales sont les langues officielles du Mali.
Une loi organique détermine les conditions et les modalités de leur emploi.
Le français est la langue de travail.
L’Etat peut adopter toute autre langue comme langue de travail.
Article 32 : La laïcité ne s’oppose pas à la religion et aux croyances. Elle a pour objectif de promouvoir et de conforter le vivre-ensemble fondé sur la tolérance, le dialogue et la compréhension mutuelle.
L’Etat garantit le respect de toutes les religions, des croyances, la liberté de conscience et le libre exercice des cultes dans le respect de la loi.

 

 

http://news.abamako.com/h/281201.html

https://www.okayafrica.com/mali-replaces-french-as-official-language/

https://www.africanews.com/2023/07/26/mali-drops-french-as-official-language//

 

 

 

Museu lança dicionários multimídia de línguas indígenas amapaenses

Dicionários multimídia são das línguas indígenas Kheuól, na Terra Iindígena Uaçá.

COM INFORMAÇÕES DA FUNAI e publicado em https://portalamazonia.com/noticias/educacao/museu-lanca-dicionarios-multimidia-de-linguas-indigenas-amapaenses

O Museu do Índio (MI), órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), lançou nos dias 25 e 29 de julho, os dicionários multimídia Kheuól Galibi-Marworno e Kheuól Karipuna. Ambos estão disponíveis para consulta online na plataforma Japiim, desenvolvida para reunir e disponibilizar dicionários de línguas indígenas produzidos pela instituição.

O lançamento do dicionário Kheuól Galibi-Marworno foi na aldeia Kumarumã, e o Kheuól Karipuna, na aldeia Espírito Santo, ambas situadas na Terra Indígena (TI) do Uaçá, no município de Oiapoque (AP), na fronteira entre a França e o Brasil.

Além do lançamento dos dicionários multimídias nas aldeias, foram realizadas duas oficinas pedagógicas com cada povo para explicar como tais ferramentas podem ser utilizadas como instrumento didático em sala de aula.

A língua Kheuól – que é derivada do guianense, surgido em Caiena, atual Guiana Francesa – é falada e compartilhada pelos Karipuna e pelos Galibi-Marworno que habitam TI Uaçá. Após a consolidação da fronteira brasileira a Região Norte, tornou-se língua de identidade dos dois povos. Contudo, há variações na gramática adotada por cada um deles.

Foto: Reprodução/Japiim Museu do Índio

Documentação de línguas indígenas

As pesquisas para desenvolvimento de dicionários de línguas indígenas envolvem equipes de pesquisadores indígenas, não indígenas e sábios dos povos cujas atividades se baseiam na organização de oficinas de documentação das línguas, descrição de cada palavra e de sua fonética, contextualização de seus usos, e na gravação de áudios com sua pronúncia.

O lançamento dos dicionários é um dos resultados dos subprojetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito do Projeto de Documentação de Línguas Indígenas (Prodoclin), coordenado pelo MI.

Sobre o Prodoclin

O Prodoclin é uma iniciativa do MI realizada desde 2008 cujo objetivo é contribuir para a valorização, revitalização e salvaguarda de línguas indígenas ameaçadas, por meio da pesquisa e documentação dessas línguas, bem como da formação de pesquisadores indígenas no uso de ferramentas e metodologias de pesquisa nessa área.

Apesar de ser um dos países com maior diversidade linguísticas do mundo, com registro de 274 línguas indígenas, o Brasil vem convivendo com uma significativa perda linguística desde a chegada dos europeus. As mais de mil línguas então existentes foram progressiva e irreparavelmente perdidas. E as que continuam a existir correm sérios riscos de extinção até o fim deste século.

Esse risco decorre, entre outros fatores, do reduzido número de falantes de algumas línguas. E mesmo entre aquelas que contam com milhares de falantes, como Guarani, Tikuna, Terena, Macuxi e Kaingang, nenhuma está a salvo, porque são minoritárias, faladas em contextos submetidos a rápidas e profundas transformações.

Outros fatores que agravam esse quadro são a falta de documentação, a redução da transmissão linguística intergeracional e o consequente abandono das línguas pela população mais jovem. Esse contexto coloca em risco as próprias culturas, pois o eventual desaparecimento de uma língua leva à perda de diversos conhecimentos – culturais, ecológicos, históricos – a ela incorporados, comprometendo práticas tradicionais e a organização social dos povos.

Num esforço de documentar, preservar e valorizar as línguas indígenas, o Museu do Índio atualmente é uma das principais instituições de pesquisa do país na área de documentação de línguas indígenas e, por meio do Prodoclin, vem produzindo uma grande variedade de materiais em parceria com povos tradicionais, a exemplo de cartilhas, gramáticas pedagógicas, dicionários, acervos digitais multimídia e outros materiais didáticos e de divulgação do patrimônio linguístico dos povos indígenas do país.

Siga a matéria aqui: https://portalamazonia.com/noticias/educacao/museu-lanca-dicionarios-multimidia-de-linguas-indigenas-amapaenses

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Saiba mais puxando a rede:

Visite a página  do Projeto de Documentação de Línguas Indígenas

http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/component/content/category/23-projeto-de-documentacao-de-linguas-indigenas

Visite o site do PORTAL JAPIIM https://japiim.museudoindio.gov.br/index.php

Leia também:

https://www.ecoamazonia.org.br/2023/08/museu-do-indio-lanca-dicionarios-multimidia-das-linguas-indigenas-kheuol-na-ti-uaca-amapa/

 

Roda de Conversas – I Encontro do Grupo de Trabalho Nacional para a Década Internacional das Línguas Indígenas (DILI – 2022-2032)

 

 

Assista a primeira Roda de Conversas em que integrantes do GT Nacional e Convidados compartilham seus projetos e ideias para revitalização e retomada das línguas indígenas

 

 

I Encontro do Grupo de Trabalho Nacional para a Década Internacional das Línguas Indígenas (DILI – 2022-2032)

 

Começou o I Encontro (DILI – 2022-2032)” que está sendo realizado na cidade de Manaus, entre os dias 9 a 11 de agosto de 2023. Com o objetivo de discutir e elaborar um conjunto de diretrizes para a criação de políticas linguísticas para línguas indígenas no Brasil, o evento reúne indígenas e não indígenas envolvidos com o GT Nacional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As atividades projetadas para o evento são: mesa-redonda de debate sobre o tema; rodas de conversa sobre experiências sobre projetos de revitalização e retomadas de línguas indígenas; grupos de trabalho que discutirão e apresentarão propostas a respeito do tema; e plenárias de discussão e deliberação sobre as propostas elaboradas nos grupos de trabalho.
O evento também visa estabelecer um intercâmbio com os indígenas norte-americanos.
Realização: GT Nacional e GT Amazonas para a Década Internacional das Línguas Indígenas.
Instituições parceiras: Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Kamuri (Indigenismo, Ação Ambiental, Cultura e Educação), Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (FOREEIA), Associação dos Indígenas Kokama Residentes em Manaus (AKIM), Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas (MAKIRA’ETA), Conselho Indigenista Missionário (CIMI – Norte I), Fundação da Amazônia Sustentável (FAS), Universidade Federal do Amapá, Universidade do Arizona (EUA), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Saiba mais em:

Aprovado parecer do Projeto de Lei 2935/22, que valoriza a atuação de professores, tradutores e intérpretes da Língua Indígena

Acervo FUNAI

O parecer do Projeto de Lei 2935/22, de autoria da ex-deputada e atual presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, foi aprovado nesta quinta-feira (03), na Câmara dos Deputados, pela Comissão da Amazônia e dos Povos Indígenas e Tradicionais. Em trâmite desde 2022, o projeto prevê criar e regulamentar as categorias de professor (a), intérprete e tradutores de Língua Indígena.

Presidida pela deputada Célia Xakriabá (MG), a Comissão da Amazônia e dos Povos Indígenas e Tradicionais aprovou o parecer a favor da relatora Helena Lima (RR) durante a sessão deliberativa ocorrida nesta quinta. A aprovação representa um avanço político no que diz respeito ao fortalecimento da língua e cultura indígena, além de valorizar e incentivar o trabalho de indígenas que atuam como professores, intérpretes e tradutores.

Atualmente, um dos desafios para os povos indígenas é ter acesso aos sistemas básicos de saúde, educação e justiça. Diante disso, um dos objetivos do projeto é facilitar o uso desses serviços públicos por meio de melhorias na comunicação, como consta na própria matéria do PL:“Esta proposição se norteia em experiências já realizadas no ensino, na  interpretação e na tradução em línguas indígenas, nas áreas de ciências sociais, educação, saúde, administração, justiça, imigração e serviços sociais, respeitando a necessidade do diálogo intercultural entre diferentes povos, favorecendo o respeito, a justiça e a equidade na resolução de problemas e conflitos”.

Se sancionado, o PL 2935/22 resultará em melhorias na disseminação de educação de qualidade nas comunidades e, principalmente, garantirá os seus direitos linguísticos como povos originários.

Assessoria de Comunicação / Funai

 

 

 

Leia mais em  https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2023/aprovado-parecer-do-projeto-de-lei-2935-22-que-valoriza-a-atuacao-de-professores-tradutores-e-interpretes-da-lingua-indigena-1

Ipol puxando a rede:

Conheça o PROJETO DE LEI No 2.935, DE 2022

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2293657&filename=Tramitacao-PL%202935/2022

Mapa chinês mostra dimensão dos idiomas no mundo

Mapa chinês mostra dimensão dos idiomas no mundo. Existem cerca de 7 mil idiomas na Terra. Porém, só alguns saíram das suas origens e passaram a ser utilizados como meio de comunicação global.

Publicação Instagram TERRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saiba mais puxando a rede de informações e noticias:

1 . As fronteiras estão entre as mais fascinantes criações humanas. O ponto exato em que escolhemos nos diferenciar uns dos outros é arbitrário e maleável e, portanto, permite uma infinidade de experimentos. O mesmo acontece com sua representação gráfica: a forma geográfica do mundo é imutável, mas seu aspecto demográfico, econômico, comercial ou cultural varia enormemente em um mapa, dependendo do que queremos representar. Há uma abundância de exemplos. Um deles, que é muito interessante, se trata dos idiomas.

Mapa mostra o tamanho de cada idioma

https://www.purebreak.com.br/noticias/o-tamanho-real-de-cada-idioma-do-mundo-ilustrado-em-um-grafico-interessante/116313

 

2 . All World Languages in One Visualization

https://www.visualcapitalist.com/a-world-of-languages

 

3 . Aqui a publicação original de 27 de maio, 2015, autoria de

https://www.scmp.com/infographics/article/1810040/infographic-world-languages?module=perpetual_scroll_0&pgtype=article&campaign=1810040

4. Portal SMPC – South China Morning Post

https://www.scmp.com

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