Chamada para publicação – Revista Brasileira de Linguística Antropológica (RBLA)
Dossiê Temático: Variação linguística em línguas indígenas: léxico, fonologia e morfossintaxe, para o seu volume 13 – 2021 –RBLA
A Revista Brasileira de Linguística Antropológica (RBLA) (https://periodicos.unb.br/index.php/ling) convida a comunidade acadêmica para a submissão de artigos no Dossiê Temático: Variação linguística em línguas indígenas: léxico, fonologia e morfossintaxe, para o seu volume 13 – 2021. A RBL dedicará esse Volume aos resultados de estudos sobre variação linguística em línguas indígenas, um tema minimamente abordado na literatura linguística sobre línguas indígenas da América do Sul. Entretanto, estudos sobre variações linguísticas de natureza léxica, fonológica ou morfossintática são de grande importância para os projetos de normatização de escrita e de letramento em comunidades indígenas. São também de importância reconhecida para os estudos histórico-comparativos e para o enriquecimento dos estudos variacionistas (Weireich, Labov, and Herzog 1969; Kiparsky 1989; Labov 1994). Nesta perspectiva, este dossiê visa estimular o aprofundamento e ampliação dos estudos linguísticos das línguas indígenas, com foco especial nas línguas indígenas do Brasil.
Artigos para esse dossiê serão recebidos até 28 de fevereiro de 2021. Submissões pelo link
https://www.periodicos.unb.br/index.php/ling/about/submissions.
A proposta desse Volume 13 vem ao encontro dos objetivos da RBLA, que é uma revista que visa ser um fórum frutífero para os estudos acadêmicos sobre as línguas e culturas dos povos nativos das Américas, com foco especial no continente sul-americano. Seus principais interesses são artigos, relatórios de pesquisa, diários de campo, ensaios bibliográficos e recensões de estudos linguísticos que enfatizem a interface entre língua e cultura em uma perspectiva descritiva ou histórica.
Fundada em 2009 por Aryon Dall’Igna Rodrigues e Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, é uma revista aberta, de publicação contínua e publicação de números especiais, publicada pelo Laboratório de Línguas Indígenas, Instituto de Letras da Universidade de Brasília. A revista publica estudos sobre línguas e culturas nativas, entre os quais, léxico, fonologia, gramática, sistemas e campos semânticos, classificações culturais de plantas e animais, etnografia, etno-história, onomástica, sistemas de parentesco, pré-história linguística e cultural, genética humana, contato de línguas, processos de obsolescência e de revitalização linguística, análises de texto e de discurso, artes verbais, linguagem ritual e expressões linguísticas de distinções de gênero. Estudos sobre interpretações e discussões de material de arquivo, documentos históricos editados e contribuições à história do campo da linguística antropológica são também bem-vindos.
ENTREVISTA – CHRISTOPHER NEWFIELD – Como os Estados Unidos arruinaram suas universidades públicas
A transformação das universidades públicas norte-americanas em mais uma modalidade de negócios foi um “grande erro”, afirma professor da Universidade da Califórnia com livro sobre o tema
Enquanto no Brasil o governo federal pretende que as universidades terceirizem sua gestão e mesmo as atividades-fim sob comando de organizações privadas (OS), passem a depender cada vez mais de fundos de mercado, dirijam seus esforços para o empreendedorismo e ampliem a arrecadação própria com doações, cobranças de taxas e, futuramente, de mensalidades (como já demanda o Banco Mundial em seu último documento sobre o país), nos Estados Unidos, onde tudo isso já foi feito, o resultado foi amplamente negativo. A avaliação é de Christopher Newfield, professor da Universidade da Califórnia (a maior e mais prestigiosa universidade pública norte-americana) que lançou recentemente o livro The Great Mistake: How We Wrecked Public Universities and How We Can Fix Them (“O grande erro: como arruinamos as universidades públicas e como podemos recuperá-las”, Johns Hopkins University Press, 2016). Na entrevista a seguir, ele demonstra que a política neoliberal para as universidades norte-americanas foi também lá, no modelo original, um desastre.
LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL – Nas últimas décadas, enfrentamos um discurso dominante que colonizou o senso comum ao afirmar que as universidades devem fazer “entregas rápidas”, focadas em “resultados”, ser cada vez mais concebidas de acordo com modelos de negócios, produzir conhecimento como mercadoria e educar profissionais para ganhos privados. Alguma parte da ideia de “universidade” se perdeu ao longo do caminho?
CHRISTOPHER NEWFIELD – Isso não se perdeu, foi deliberadamente enterrado. As universidades fazem várias coisas que nenhuma outra instituição faz. Elas criam conhecimento como parte do mesmo processo pelo qual o espalham – a pesquisa é tão importante quanto o ensino. A pesquisa e o ensino universitário são autodirecionados e, quando as universidades estão funcionando corretamente, são exemplos de uma autogestão que é muito difícil de alcançar em um local de trabalho comum. O resultado desejado é triplo: o desenvolvimento pessoal-intelectual combinado do aluno (o que a tradição teórica prussiana chamou de Bildung); um novo conhecimento sobre todos os tópicos do planeta; e a prática do conhecimento como um processo totalmente social. Esta última não é bem compreendida, mas coloca o aprendizado e a pesquisa fora das estruturas de mercado. Nos últimos cinquenta anos, as empresas e seus aliados políticos tentaram controlar as universidades, por razões que não são tão diferentes das da Igreja Católica ou do Estado bonapartista em outras épocas.
Você apresenta uma imagem impressionante do desmantelamento das universidades públicas dos Estados Unidos e sua transformação em meros prestadores de serviços, orientada para o mercado. O que motivou essa transformação e em que momento histórico o ataque às universidades públicas dos Estados Unidos e a sua missão pública fundamental começou?
O motivo, em uma frase, era bloquear as ameaças aparentes das universidades aos poderes econômicos e políticos estabelecidos. Um momento decisivo foi a campanha de Ronald Reagan para governador da Califórnia em 1966. Seu oponente, o então ocupante do cargo Pat Brown, era um progressista popular do New Deal que construía obras e serviços públicos para pessoas comuns (brancas). Eleitores gostam de escolas, rodovias, hospitais, pontes e faculdades gratuitas; Reagan decidiu que não poderia concorrer contra Brown, mas poderia concorrer contra manifestantes estudantis de esquerda na UC Berkeley, e foi isso que ele fez. Ele derrotou Brown, em parte, apresentando as universidades de Brown como lugares que encenavam ataques a norte-americanos respeitáveis e tementes a Deus, que reverenciavam o sistema de livre-comércio. Um segundo evento importante ocorreu em 1970, quando o futuro juiz da Suprema Corte, Lewis Powell, então um moderado juiz republicano da Virgínia, enviou um longo memorando à Câmara de Comércio, pedindo às empresas que lutassem contra o sentimento anticapitalista alojado nos campi das universidades. Suas sugestões para financiar pesquisadores e think tanks que criariam e difundiriam visões conservadoras ajudaram a construir as redes políticas conservadoras que ainda dominam a política local.
Em seu livro, você diz que, durante 25 anos, trabalhou em um lugar privilegiado, testemunhando o esforço contínuo de tornar a universidade pública mais parecida com uma empresa. Você pode explicar melhor como isso aconteceu e o preço social pago por essa privatização indireta?
Nas décadas de 1980 e 1990, os gerentes das universidades aceitaram o novo argumento de consenso – tanto dos conservadores de Reagan quanto dos centristas de Clinton – de que bens como o ensino superior tinham benefícios fundamentalmente privados e não públicos, devendo assim ser pagos em particular. Quando comecei a trabalhar em comitês de planejamento e orçamento depois de 2000, fiquei surpreso com a perda de confiança no modelo de financiamento público e com a fé cega de que os contratos de filantropia e pesquisa tornariam as universidades públicas bem-sucedidas como suas contrapartes privadas. Isso criou dois problemas. A primeira foi que as universidades enfraqueceram sua reivindicação pelos altos níveis de financiamento público de que desfrutavam anteriormente. Se a graduação da universidade serve para aumentar os salários individuais, em vez de promover a sociedade, o público não precisa pagar o custo da educação por meio de impostos. Essa visão está incorreta: a maioria dos efeitos do ensino superior é não pecuniária, ou social, ou ambos. O segundo problema é que as universidades não ficam realmente ricas com fundos privados. Elas se tornam dependentes da renda proveniente da mensalidade do estudante, que agora atingiu seu limite. E elas perdem dinheiro com subsídios de pesquisa patrocinados e ganham muito pouco para operações gerais da filantropia. O preço social assume várias formas: as universidades têm problemas financeiros, os estudantes pagam demais e assumem dívidas educacionais e a sociedade recebe menos benefícios não monetários porque o ensino e a pesquisa gravitam em torno de assuntos monetizáveis. Observe também que os estudantes que possuem altas dívidas educacionais desejam uma renda mais alta para pagá-las. Eles são menos capazes de seguir seus compromissos políticos ou éticos no serviço social, uma vez que os salários mais baixos desses empregos dificultam o pagamento da dívida da universidade.

Experiencias en traducción e interpretación en lenguas indígenas

Universidade Federal de Roraima (Brasil)
Universidad Andina Simón Bolivar (Ecuador)
Pontificia Universidad Católica (Ecuador)
Instituto de Lengua y Cultura del Chaco (Argentina)
Acesse o evento em:
Conversatorio “Los pueblos indígenas de Brasil y su experiencia en el fortalecimiento de la lengua materna”
IPOL em Ação, não perca!

Fecha: Viernes 25 de septiembre de 2020
Hora: 17h00
Lugar: Plataforma Zoom
El Área de Letras y Estudios Culturales, y la Cátedra de Pueblos Indígenas de América Latina de la Universidad Andina Simón Bolívar invitan al conversatorio “Los pueblos indígenas de Brasil y su experiencia en el fortalecimiento de la lengua materna”.
En las últimas tres décadas, las Constituciones de los países del Abya Yala (América) incluyen en sus textos los “Derechos Colectivos de las Nacionalidades y Pueblos”. Similar situación tenemos con el Convenio 169 de la OIT, los Derechos Humanos de las Naciones Unidas, la Unesco, etc. Sin embargo, la situación de las lenguas es muy crítica y el nivel de debilitamiento es muy preocupante. Hoy las lenguas indígenas están al borde del desaparecimiento. Esta conferencia nos permitirá conocer la experiencia de los pueblos indígenas de Brasil, en su esfuerzo por evitar que sus lenguas desaparezcan.
Expositora
Ro Morello, coordinadora de IPOL Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística, Brasil.
Inscripciones
La participación en esta actividad es gratuita. Las personas interesadas en participar deben inscribirse en el siguiente formulario en línea.
| Formulario de inscripción |
Luego de la inscripción, recibirá un correo electrónico de confirmación con información para unirse al seminario web.
Más información
Área de Letras y Estudios Culturales
Paola Ruiz, paola.ruiz@uasb.edu.ec
Novo dossiê da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo
Este novo dossiê, proposto em nome da CÁTEDRA UNESCO EM ‘POLÍTICAS
LINGUÍSTICAS PARA O MULTILINGUISMO’ , busca discutir
cenários envoltos em multilinguismo em diferentes esferas da vida: no ensino; na tradução e
acessibilidade; nos transculturalismos; nas políticas de língua; nas migrações e mobilidade;
nos territórios e fronteiras; na internacionalização, na globalização e na superdiversidade; nas
tecnologias de informação.
Acesse a publicação completa:
https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/issue/view/1437/showToc

Lançamento – Dicionário do Ensino de Sociologia
A Obra
Organizada por Antonio Alberto Brunetta (UFSC), Cristiano das Neves Bodart (UFAL) e Marcelo Pinheiro Cigales (UnB), a obra traz contribuições de 82 autores/as de 49 instituições de ensino básico e superior das cinco Regiões brasileiras. Ao todo são 85 verbetes selecionados pelos organizadores que tomaram como critério de escolha suas presenças e interfaces com as pesquisas do subcampo do ensino de Sociologia.
O contexto
O contexto de produção da obra é marcado por uma recente ampliação da pesquisa acadêmica em torno da Sociologia escolar e sua presença no ensino médio, esta tendo ocorrido por força da Lei 11.684, de 2008, embora tivesse já presente em documentos e normativas de todos os estados, inclusive muitos já ofertando a disciplina (BODART; AZEVEDO; TAVARES, 2020). Contudo, a despeito dessa presença, a Reforma do Ensino Médio (2017) trouxe novos riscos de exclusão da disciplina, tendo demandado a mobilização de grupos organizados, como a Associação Brasileira do Ensino de Ciências Sociais (ABECS) (BODART; PEREIRA, 2017), apoiadora desta obra.
Onde comprar a versão física com preço acessível
Reconhecendo que uma obra como esta não pode se perder entre milhares de arquivos que baixamos na internet, optamos por disponibilizar também para aquisição física (vale muito a pena ter a versão física). Assim, o “Dicionário do ensino de Sociologia” está sendo vendido sem obtenção de lucro por parte da editora, dos autores ou organizadores da obra, o que torna seu valor bem abaixo de outras obras com as mesmas dimensões físicas e intelectuais. O que seria o lucro da editora foi convertido em redução do valor (de 72,00 reais para 43,90).
A obra pode ser adquirida nas seguintes livrarias (observe que há valores distintos para o frete):
Amazon (AQUI) – Geralmente tem o frente mais barato
Submarino (AQUI)
Americanas (AQUI)
Onde baixar o pdf gratuitamente
A obra está sendo disponibilizada no Blog Café com Sociologia de forma gratuita. Pedimos apenas que não repassem o pdf baixado para outras pessoas, devendo cada interessado baixar diretamente no site. Assim, pedimos que divulgue o link e não o pdf. Tal solicitação visa a contabilização do números de interessados na obra, informação importante para definições de futuros projetos como este, inclusive a publicação de um possível volume 2. Contamos com a colaboração.




