Joinville ganhará curso de graduação à distância em Letras Libras
Abertura do curso surge de uma parceria entre a Fundamas e a UFSC
O programa Universidade do Trabalhador (Unit) da Prefeitura de Joinville e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vão oferecer o curso de graduaçãoem Letras Libras (Língua Brasileira de Sinais) à distância – bacharelado e licenciatura. O termo de parceria foi assinado pela Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas), gestora da Unit, na tarde desta segunda-feira. A assinatura foi feita na Casa Brasil Sul, no bairro João Costa, onde funciona o Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS).
O ingresso ao curso será por vestibular, e os candidatos precisam ser fluentes na Língua Brasileira de Sinais. O edital com todas as regras do processo seletivo especial será lançado em março. Serão 60 vagas, 30 delas para bacharelado (para trabalhar como intérprete) e outras 30 para licenciatura (para atuar em escola). O curso terá duração de quatro anos, com aulas quinzenais, aos sábados (manhã e tarde). O polo de ensino a distância vai funcionar no Centro Educacional e Social do Itaum (Cesita), no bairro Itaum.

Conforme o termo de parceria, a Fundamas cede o espaço físico e monitores para acompanhamento das turmas. A UFSC entra com a equipe pedagógica que irá acompanhar o aluno, a transmissão e os professores para as aulas presenciais previstas durante o curso. O presidente do Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS), Jackson Silva, destacou que a preparação de novos profissionais na língua dos sinais é uma luta de dez anos e que o curso superior será um marco para Joinville. —Pelo censo do IBGE de 2010, temos 23 mil surdos na cidade. O curso de graduação vai permitir que as pessoas que estudam libras se aperfeiçoem mais e tenham mais condições de passar conhecimento aos surdos—, ressalta.
Fonte: A Noticia Clicrbs.
Jovem brasileiro cria mão mecânica que reproduz sinais de LIBRAS
Estudante de mecatrônica, o carioca Tito Leal teve a ideia ao perceber que poucas escolas do Brasil estão preparadas para lidar com alunos surdos e mudos
A vida dos deficientes brasileiros não é nada fácil. É realmente difícil encontrar escolas públicas capazes de atender um aluno surdo ou mudo de maneira eficiente, por exemplo – e não são todos os pais que têm o cuidado de matricular seus filhos em um colégio especial, dotado de professores qualificados para lidar com esse tipo de obstáculo na aprendizagem.
Foi pensando nisto que o carioca Tito Leal, estudante de mecatrônica na Escola Técnica Rezende-Rammel, se juntou aos seus amigos para desenvolver uma mão mecânica capaz de reproduzir os símbolos utilizados pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). De acordo com o jovem, a ideia do projeto é auxiliar professores a instruir alunos especiais de uma maneira muito mais simples e envolvente, utilizando para isto um equipamento bastante acessível.
Mão robótica consegue reproduzir sinais de LIBRAS
A mão mecânica se conecta a um computador e basta usar um software especial para fazer o membro artificial reproduzir as letras do alfabeto português em LIBRAS. O aparelho é feito com placas de polipropileno, mesmo material usado em tábuas de corte de carne. Os movimentos da mão, por sua vez, são realizados por dedos feitos de correntes de bicicleta e são acionados por cabos de aço e de servomotores.
Tito afirma que sempre teve interesse nas áreas de robótica e automação mecânica. “Eu e meu grupo procurávamos algo dentro da mecatrônica que resolvesse um problema de grande relevância social. E quando decidimos o que fazer, recebemos todo o apoio necessário do nosso orientador”, afirma o jovem. “Conseguimos reproduzir seis sinais em LIBRAS com perfeição. Ainda não tivemos a oportunidade de testar em crianças com deficiência em alfabetização, mas o projeto foi muito bem recebido por quem entende a linguagem de sinais. Futuramente, o protótipo poderá ser implantado em feiras, shoppings e lojas, o que facilitará a vida dos surdos e mudos, que poderão se comunicar melhor com o mundo”, finaliza.
Fonte: Tecmundo.
A diferença entre os idiomas ucraniano e russo
Perguntam-me frequentemente em que consiste a diferença entre os idiomas russo e ucraniano. É questão ao mesmo tempo simples e complicada. É verdade que, se se está na Ucrânia, falam-se as duas línguas e ninguém se detém para pensar por que se é bilíngue e qual a diferença entre essas duas línguas eslavas. Quase sempre, respondo que são línguas da mesma família linguística, mas que há diferenças gramaticais, fonéticas, alfabéticas.
Por Vasylyna Golovnya*, no Journal Francophone d’Ukraine
Outras vezes, respondo também que a diferença está em que os ucranianos compreendem o russo, e os russos nem sempre compreendem o ucraniano. Mas nada disso é resposta muito séria, para a qual é preciso pesquisa mais avançada. Russo e ucraniano são línguas que se parecem muito. Têm na base a mesma língua – o ruteno antigo, uma das línguas eslavas orientais, como o russo, o ucraniano, o bielorrusso. Foi falada no Rus’ de Kiev, e hoje é língua extinta. A partir dos séculos 9 e 10, essas línguas separaram-se e começaram a desenvolver-se de modo autônomo, em função do próprio desenvolvimento das sociedades ucraniana e russa.
A nação russa foi constituída em torno do principado de Moscou que invadiu terras vizinhas (principalmente terras de populações turcas e fino-úgricas) e impôs-lhe sua cultura e, notadamente, a língua russa. Por causa desses contatos há, hoje, na língua russa tantas palavras de origem não eslava. A nação ucraniana, por sua vez, formou-se da união de populações eslavas provenientes do sul da Ucrânia. Diferente do russo, o ucraniano conservou mais radicais da língua antiga e, quantos aos empréstimos, vêm principalmente de outras línguas eslavas. Nesse sentido pode-se dizer que o ucraniano é mais “eslavo” que o russo.
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| Mapa étnico-linguístico da Ucrânia |
Estudantes estrangeiros que vêm estudar na Ucrânia, dizem que o ucraniano é muito mais próximo das línguas europeias. Embora não haja graus comparativos de ‘europeização’ de língua alguma, pode-se, sim, encontrar no ucraniano grande número de palavras emprestadas de línguas indo-europeias, que se consideram empréstimos linguísticos ocultos. Por que ocultos? Simplesmente porque os ucranianos consideram essas palavras como ‘puramente’ ucranianas e desconhecem as origens delas. Por exemplo, a palavra ucraniana “?????” (pronuncia-se “lijko” e significa “cama”) vem da palavra francesa “lit”. Os intérpretes dizem que é mais fácil a tradução francês-ucraniano ou inglês-ucraniano, que francês-russo ou inglês-russo. Leia Mais
Diversidade linguística no Paquistão: manifestação em defesa das línguas maternas
ISLAMABAD: O governo federal deve conceder o estatuto de língua nacional para todas as línguas do Paquistão para promover e proteger a diversidade linguística do país.
Esta demanda foi apresentada no domingo, em uma resolução de 11 pontos aprovada pelos participantes em um festival organizado pela Associação de Graduados Sindh (SGA) e Teatro Wallay, uma companhia de teatro baseada em Islamabad, no âmbito do Dia Internacional da Língua Materna.
Grupo de música Sufi Laqa de Hunza e Chitral apresentando no festival.
O festival, que teve a participação de palestrantes de pelo menos 15 línguas diferentes do Paquistão, foi realizada no Auditório Shah Abdul Latif .
A resolução SGA convocou o governo federal a provar sua vontade política de proteger o patrimônio paquistanês em acordo com o estatuto de língua nacional, para todas as línguas locais. Ela também solicitou que os governos das províncias cpromovam as línguas e garantam que as crianças sejam educadas em sua língua materna.
“Mi lengua materna es lo que me define” – vídeo para o dia da língua materna
Vídeo produzido pelo Centro de Informação das Nações Unidas no Peru como um tributo ao Dia internacional da Língua materna (21 de Fevereiro), em todas as línguas do mundo e do seu desenvolvimento , para promover a diversidade, o pluralismo linguístico e cultural .
Cabo Verde assinalou Dia da Língua Materna com aulas ministradas em crioulo
Na sexta-feira, 21 de fevereiro, foi comemorado o Dia Internacional da Língua Materna. Cabo Verde está a tentar reforçar e oficializar o ensino do crioulo nas escolas do país.
O Dia Internacional da Língua Materna, 21 de fevereiro, foi assinalado este ano, em Cabo Verde, com aulas ministradas nos estabelecimentos do ensino básico e secundário em crioulo, a língua materna do país, embora ainda não seja oficializada, segundo a agência Panapress.
O pontapé de saída para tornar o crioulo oficial foi dado a nível político quando a Constituição da República, no nº 2 do seu artigo 9º, atribui ao Estado competência para promover as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana em paridade com a língua portuguesa. Daí que a promoção da aprendizagem das línguas estrangeiras no ensino e a valorização da língua nacional (crioulo) sejam um dos objetivos preconizados no programa do Governo na VIII Legislatura (2011-2016).
Em concomitância, estão sendo tomadas medidas no sentido de fazer com que o país caminhe, progressivamente, para um bilinguismo assumido, com a introdução progressiva da língua materna cabo-verdiana no sistema do ensino, paralelamente ao português. Neste sentido, a implementação de um projeto bilíngue de aprendizagem em língua portuguesa e em crioulo cabo-verdiano constitui uma das novidades do ano letivo 2013-2014. De acordo com o Ministério da Educação e Desporto (MED), trata-se de um projeto inovador que pretende introduzir a língua materna cabo-verdiana no sistema educativo e melhorar também a aprendizagem da língua portuguesa.

O programa começou a ser implementado em duas escolas básicas do país, sendo uma na Praia, no polo número três de Ponta de Água, e a outra no município de São Miguel, no interior da ilha de Santiago, no polo três de Flamengos. Para arrancar com esta experiência, o MED está a formar professores de modo a contribuir para a promoção e valorização de um corpo docente e agentes educativos com capacidade para materializar o ensino bilíngue em todas as escolas do país ao longo dos próximos seis anos.



