Moçambique: A PARTIR DO PRÓXIMO ANO: Escolas de condução passam a ensinar em línguas locais
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Por Escrito por Abibo Selemane
As escolas de condução poderão passar a ensinar em línguas nacionais, nomeadamente xichangana, na Zona Sul, ndau e sena, no Centro, e macua, no Norte, com vista a permitir que maior número de cidadãos nacionais adquiram habilitação para conduzir e tenham pleno domínio do Código de Estrada, minimizando o problema de insegurança rodoviária. Numa primeira fase, o ensino vai decorrer na Escola Pontifícia Académica, na Matola, província de Maputo, no próximo ano, em xichangana
A medida vem na sequência de um estudo levado a cabo recentemente nos distritos da Matola, Chókwè, Massinga e na cidade de Maputo, onde foi constatado que nestes pontos havia fluxo de viaturas, mas a maioria dos condutores não tinha sido formado numa escola de condução para ter o documento que os habilitasse a conduzir.
Na ocasião, muitos contaram que teriam recebido instruções sobre a condução de amigos, familiares ou conhecidos. Instados a falar sobre as causas que levaram a não se dirigirem a uma escola vocacionada, responderam que não conseguiam se expressar na língua portuguesa, tendo outros alegado que dificuldade na compreensão das matérias frustrou o desejo.
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Saiba mais puxando a rede IPOL:
. Moçambique: Conduzir sem saber ler ou escrever
Publicado em Janeiro 2018 por DW
“Quando estão a ser ministradas aulas, estão-lhes a ministrar em português corrente, fácil e perceptível. Então, não se justifica que não saibam falar português. E alguns não sabem; não sabem pura e simplesmente falar português, o mínimo. Como é que entenderam as aulas que são ministradas?”, questiona.
As escolas de condução dizem que a questão é mais complexa. Silvano Nuvunga, da escola de condução Xai-Xai, garante que o seu estabelecimento respeita a lei: todos os que se inscrevem na escola apresentam o Bilhete de Identificação assinado e preenchem um boletim à entrada. Além disso, preenchem um boletim no INATTER, que atribui as cartas de condução.
“No ato da matrícula entregamos o boletim, se preenchem os dados do contrato entre a escola e o candidato. A seguir, mandamos o candidato ao INATTER para fazer a captação [da imagem], e lá também é submetido ao preenchimento de um boletim. Torna-se difícil com este processo aparecer um condutor dizer que não sabe ler nem escrever português”, sublinha.
Escolas não cumprem normas
Segundo as escolas de condução, nas aulas, os instrutores não notam que há alunos que não sabem ler nem escrever. Os exames de código são feitos nas escolas e fiscalizados pelo INATTER. Antes, eram exames escritos, mas, há pouco tempo, começaram a ser feitos no computador. A questão que se coloca é: Como é que os instruendos fazem o exame se não sabem ler nem escrever?
Segundo Silvano Nuvunga, “há alunos que não sabem ler nem escrever, mas quando colocados no computador conseguem ter 12, 17, 18 questões corretas, porque é múltipla escolha”.
A Direção provincial dos Transportes e Comunicações em Gaza acredita que há escolas que não estão a cumprir todas as normas. Por isso, promete intensificar a fiscalização e ver se as escolas estão a usar o sistema informático nas aulas de condução, para travar práticas frauduentas. Alberto Matusse, diretor provincial dos Transportes e Comunicações, diz que há “necessidade de fazer ações de inspeção”. No mínimo, acrescenta, exige-se que as escolas de condução tenham dois monitores “para o atendimento dos candidatos”.
O responsável alerta que, este ano, todas as escolas sem as condições mínimas exigidas por lei serão encerradas.
Criar alternativas
Jaime Leonor, gestor da escola de condução Limpopo, na cidade de Xai-Xai, lembra, no entanto, que não se deve marginalizar as pessoas que não sabem ler nem escrever e precisam de ter carta de condução. Jaime Leonor sugere que uma alternativa seria introduzir um exame oral.
“O que é que a gente faz desta gente?”, questiona. Refere-se a pessoas que “saem da África do Sul” e vão conduzir para Moçambique sem carta de condução. “Não sabem ler nem escrever. Vamos continuar a deixá-los conduzir ilegalmente? É justo?”
Para Jaime Leonor, é preciso “procurar uma lei para os enquadrar”. “Na altura em que fiz a carta de condução, havia provas orais”.
A Introdução de línguas nacionais no ensino de condução pode reduzir o índice das reprovações e desistências que actualmente ocorrem nas escolas de especialidade
O projecto foi desenvolvido e apresentado ontem, em Maputo, pela Universidade Pedagógica, em parceria com a Escola de Condução Pontifício Académica, e visa testar a eficácia e eficiência de uma educação bilingue (Português/línguas Bantu) no ensino e certificação de condutores de veículos automóveis. O projecto contempla ainda a produção de material em línguas Bantu, para uso no processo de ensino.
Hermínio Chissico, coordenador do projecto, disse esperar melhores resultados em termos de assimilação dos conteúdos e facilidade de comunicação entre o condutor e o fiscalizador, concorrendo para a redução de conflitos decorrentes da barreira linguística e para a consequente diminuição de acidentes de viação causados pelo fraco domínio das normas.
Com esta facilidade, espera-se, igualmente, que mais cidadãos possam ter acesso à carta de condução, que é um dos requisitos para a obtenção de emprego em muitas instituições, entre públicas e privadas.
“Pensamos que este projecto vai promover as línguas moçambicanas, porque passam a ser usadas em pé de igualdade com o Português. Também há alinhamento de Moçambique com outros países da região, que já usam as suas línguas nacionais no ensino e certificação de condutores”, disse.
Armindo Ngunga, vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, elucidou que o projecto de introdução de línguas moçambicanas no ensino e certificação da condução automóvel pretende valorizar e promover o património linguístico do país, usando as línguas Bantu nos mesmos contextos em que se usa o Português.
Ngunga disse ainda que o uso das línguas Bantu vai eliminar ou reduzir a barreira linguística, imposta pelo exclusivo uso do Português, concorrendo para a massificação de condutores credenciados.
Segundo a fonte, maior parte da população moçambicana não fala ou não domina a língua portuguesa, acabando, uns, por conduzir veículos sem a devida certificação.
“É por isso que o uso exclusivo do Português nas escolas concorre para elevadas taxas de reprovações nos exames teóricos, em virtude do fraco domínio da língua, e exclui a maioria das pessoas no acesso à carta de condução”, disse.
Deve ser por isso, segundo a fonte, que nas zonas rurais proliferam condutores não certificados de automóveis, concorrendo para o aumento de acidentes de viação.
CEA prepara Código de Estradas traduzido nas Línguas Moçambicanas
O Centro de Estudos Africanos da UEM (CEA) quer traduzir o Código de Estradas para as línguas moçamnbicanas, por forma a melhorar a segurança rodoviária no país. Os índices de sinistralidade rodoviária em Moçambique são classificados como dramáticos por várias organizações. Só para ilustrar, os acidentes de trânsito representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano.
A introdução do Código de Estradas para as línguas nacionais tem por objectivo garantir o acesso de material relativo a condução nas línguas moçambicanas para facilitar a interpretação dos sinais e melhorar os comportamentos dos automobilistas na via pública.
Nesta fase, o projecto está a ser implementado em parceria com a Escola de Condução Pontifícia Académica. Por enquanto, o Código de Estradas já foi traduzido para a língua Xichangana e espera-se que, de forma gradual, a mesma iniciativa seja replicada para todas as línguas moçambicanas.
Além de facilitar a disponibilização de conteúdos sobre a condução de veículos nas línguas moçambicanas, o código traduzido vai contribuir para a redução de acidentes rodoviários, através do ensino e aprendizagem da condução de veículos automóveis nas nossas línguas.
Esta Terça-feira (15/10) teve lugar, em Maputo, o seminário sobre o “Ensino de Condução de Veículos Automóveis em Línguas Moçambicanas”, durante o qual, foram apresentados os fundamentos de ensino de condução de veículos automóveis através do ensino em línguas moçambicanas.
Na abertura, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, explicou que a tradução do Código de Estradas visa permitir que todos os moçambicanos possam ter acesso à carta de condução, de forma lícita, e possam conduzir os veículos automóveis de forma legal, minimizando, desta forma, o problema da segurança rodoviária.
Segundo o Reitor, o objectivo é desmistificar os condicionalismos de frequentar uma escola de condução usando somente o português “como se as competências e as habilidades requeridas para o efeito fossem inerentes ao conhecimento desta língua ”, frisou.
Na ocasião, o Director do Centro de Estudos Africanos da UEM, Prof. Doutor Carlos Arnaldo, garantiu que a unidade que dirige tudo fará para a materialização do projecto com vista a melhorar a segurança rodoviária no país.
Para o Professor Armindo Ngunga, a língua influencia, sobremaneira, no processo de formação, pois “o técnico que é formado numa língua que não entende é mal formado e tal está a acontecer com a maior parte das pessoas que conduzem carros em Moçambique, porque foram à escola de condução, não perceberam aquele português, mas receberam a carta através do exame prático e estão na rua.”
Lembrou o papel crucial das línguas moçambicanas na luta pela libertação do país e que têm produzido resultados no ensino primário, através do ensino bilingue, bem como continua a ser um meio de acesso ao emprego.
Durante o seminário, que juntou representantes da Administração Nacional de Estradas, Associação das Escolas de Condução, Associação Moçambicana das Vítimas de Acidentes Rodoviária, Comissão Técnica Científica para a Prevenção da Sinistralidade Rodoviária, Corpo Diplomático acreditado em Moçambique, foi socializado o documento de Código de Estradas traduzido para Xichangana, bem como foram colhidos subsídios sobre o Código de Estrada nas suas várias dimensões.
. Artigo: Integração das línguas nacionais na formação de professores moçambicanos: práticas, experiências, desafios
Resumo: Moçambique é considerado um mosaico linguístico no qual convivem perto de duas dezenas de línguas autóctones do grupo Bantu. Essas línguas são amplamente faladas pela população nativa, com enfoque para a que vive nas zonas rurais. Porém, a língua oficial e de ensino no país é o português, de herança colonial. Só na década de 1990 é que algumas línguas foram introduzidas a título experimental no ensino primário, em regime bilingue. Quarenta anos depois da independência nacional, a Universidade Pedagógica-instituição vocacionada a formação de professores no país-decide introduzir a formação de docentes de línguas nacionais, em 2015. O minor em Ensino de Línguas Bantu contempla Xirhonga, Xichangana, Citshwa, Cindau, Cisena, Ciwutee e Cinyanja, na cidade de Maputo e províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete, esperando-se a sua expansão, de forma gradual. Nesse quadro ainda embrionário, o modelo de formação de professores de línguas moçambicanas carece de, entre outros, pessoal interno qualificado em linguística Bantu e acervo bibliográfico, dificuldades que desafiam académicos, Governo e parceiros a todos os níveis. É nesse âmbito que parece interessante partilhar as práticas, as experiências e os desafios que se abrem na formação de professores em Moçambique. Palavras-Chave: formação de professores, línguas moçambicanas, práticas pedagógicas, experiências e desafios.
Encuestas a familias del pueblo Sanapaná: un diagnóstico socio-lingüístico en marcha
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El equipo técnico de la Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL) continúa el proceso de recopilación de datos fundamentales mediante encuestas a las familias de las comunidades indígenas del pueblo Sanapaná. Este trabajo tiene como objetivo elaborar un diagnóstico socio-lingüístico que permitirá comprender la situación actual de uso y vitalidad de la lengua Sanapaná.
El diagnóstico se enfoca en analizar cómo la lengua Sanapaná se utiliza en distintos espacios y contextos sociales: en el hogar, en la escuela, en la comunidad y en otros ámbitos de interacción cotidiana. Esta información es clave para conocer de manera profunda las dinámicas lingüísticas de la comunidad y los retos que enfrentan sus hablantes.
A través de los datos obtenidos, se busca identificar las necesidades específicas de la comunidad Sanapaná y los desafíos que afectan el uso de su lengua en diferentes áreas. Este diagnóstico será una herramienta esencial para el diseño y la implementación de políticas lingüísticas más efectivas y ajustadas a la realidad actual de los Sanapaná, asegurando así la preservación y promoción de su lengua y cultura.
Saiba mais sobre Sanapaná:
. Un poco de historia
https://www.tierraviva.org.py/pueblos_indigenas/sanapana/
. Visite página da Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL)
. Acompanhe Instagram Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL)
https://www.instagram.com/splpns/
. Eles fazem diagnóstico para preservar a língua Sanapaná
Podcast do G20 em Guarani será apresentado na Unesco
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Projeto do coletivo de comunicadores Djagwa Etxa faz parte do projeto Opaná, em parceria com a Itaipu Binacional
O podcast do G20 Brasil produzido na língua indígena guarani, parte do projeto Opaná: Chão Indígena, em parceria com a Itaipu Binacional, será apresentado na reunião multissetorial sobre Povos Indígenas e Mídia, na sede da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), nos dias 26 e 27 de novembro, em Paris, na França.
O programa, produzido pelo coletivo de comunicadoras e comunicadores indígenas Djagwa Etxa, em parceria com o G20 Brasil, será apresentado pelo comunicador indígena Micael Eliabe, da comunidade Tekoha Nara’i, Terra Indígena Laranjinha, localizada no norte do Paraná.
Paulo Porto, gestor do Programa de Sustentabilidade Indígena da Itaipu Binacional, avalia que o convite para participar no evento junto à Unesco demonstra a relevância de programas que fortaleçam comunidades originárias.
O encontro na Unesco irá reunir organizações de mídia indígenas e não indígenas, incluindo emissoras públicas, reguladores de mídia, mídia privada e comunitária, além de acadêmicas e acadêmicos e representantes de entidades vinculadas à ONU para discutir o desenvolvimento de mídias livres, independentes e pluralísticas para promover o direito à liberdade de expressão e acesso à informação.
Podcast em parceria com o G20
Desde março deste ano, o coletivo Djagwa Etxa trabalha na produção de podcast em parceria com o G20 Brasil, com o objetivo de produzir boletins de rádio na língua indígena Guarani para disseminar informação e ser uma forma de consolidar a cultura oral do povo Guarani.
O coletivo é responsável pelas traduções e produção dos boletins em Guarani, com conteúdo jornalístico produzido pela comunicação do G20 Brasil. A distribuição é gratuita para emissoras de rádio no Brasil e no exterior. Os boletins estão disponíveis nos sites Rádio Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e no site g20.org, do G20 Brasil.
O coletivo Djagwa Etxa, que significa “olhar da onça”, um dos animais sagrados dos povos originários e que cuida das matas, é formado por jornalistas e comunicadoras e comunicadores indígenas dos povos Guarani e Kaingang da Terra Indígena Laranjinha (PR). Surgiu em 2023 durante o Acampamento Terra Livre (ATL), a maior assembleia dos povos indígenas realizada, desde 2004, no mês de abril, em Brasília (DF).
Micael explica que o surgimento do coletivo partiu da necessidade em dar visibilidade às línguas indígenas brasileiras. Para o comunicador, o convite para produzir e gravar conteúdos para o G20 é uma oportunidade para preservar culturas, tradições e conhecimentos ancestrais. “É uma maneira de valorizarmos e fortalecermos nossas línguas, o seu uso e, ao mesmo tempo, estamos contribuindo para o desenvolvimento de habilidades linguísticas e comunicativas dos indígenas que estão envolvidos no projeto”, considera.
Sobre o convite em participar do encontro na França, Micael diz que está muito otimista e feliz pela oportunidade de apresentar o trabalho de comunicadoras e comunicadores indígenas do sul do Brasil para o mundo. “Este é um evento que mostra que estamos no caminho certo e que tem gente de olho nos nossos trabalhos. Teremos mais visibilidade para os povos indígenas do sul do País”, afirma.
OPANÁ: Chão Indígena
O podcast na língua indígena guarani faz parte do Opaná: Chão Indígena, projeto da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA em parceria com a Itaipu Binacional. O projeto tem como foco a segurança alimentar às comunidades indígenas com base na agroecologia, o acesso ao saneamento e água potável, além do fortalecimento cultural. Atua com as comunidades Guarani localizadas no Oeste e Litoral do Paraná, atendendo um total de 32 comunidades do povo Avá Guarani e Guarani Mbya, distribuídas em dez municípios paranaenses.
Entre as ações do projeto, está a produção de podcasts que tratam de temas sobre segurança alimentar, segurança hídrica e combate ao racismo.
Jhony Luchmann, coordenador do projeto Opaná, observa que a ação complementa um conjunto de atividades que estão sendo executadas para que políticas públicas cheguem às comunidades Guarani do Oeste e do Litoral do Paraná e proporcionem qualidade de vida e dignidade para todas as pessoas. “É a presença do Estado através de uma parceria que tem experiência e condições técnicas de executar estas políticas públicas”, afirma.
Vozes da Terra: Línguas Indígenas e Justiça Climática (17/10)
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O encontro é organizado pelo Grupo de Estudos de Línguas Indígenas (Geli), pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e pela União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI).
O encontro abordará temas urgentes sobre a preservação das línguas indígenas, o impacto da justiça climática e a criação e o fortalecimento de universidades indígenas.
O evento contará com a participação do cacique Raoni, líder indígena da etnia caiapó, e dos líderes indígenas Txai Suruí e Edson Kayapó.
Confira a programação completa no link https://drive.google.com/file/d/1chgkkut5H_K6xciAO633ORuzqcUOPnJm/view?usp=drive_link.
Acadêmicos, estudantes de linguística, de antropologia e áreas afins, líderes e representantes indígenas e interessados na preservação das línguas e culturas indígenas são o público-alvo.
O encontro é apoiado pela Pró–Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (Proec).
Para outras informações, escreva para o e-mail comuniel@unicamp.br.
Saiba mais buscando o link: https://jornal.unicamp.br/agenda/2024/10/04/liderancas-indigenas-participam-do-evento-vozes-da-terra-linguas-indigenas-e-justica-climatica/
Oficina ‘O Atlas UNESCO das Línguas do Mundo: As Línguas Brasileiras’ Oficina Atlas UNESCO Brasil 2024
Oficina ‘O Atlas UNESCO das Línguas do Mundo: As Línguas Brasileiras’
Esta oficina tem como objetivo apresentar o Atlas UNESCO das Línguas do Mundo, uma iniciativa das Nações Unidas voltada para mapear e promover a diversidade linguística global. O Atlas tem como base metodológica um questionário central que inclui informações sobre aspectos relacionados ao estatuto, à filiação genética, às funções e aos usuários das línguas. Ao final da oficina, os participantes (pesquisadores) terão a oportunidade de sanar dúvidas sobre o questionário e aprimorar sua compreensão sobre as questões e a relevância do Atlas UNESCO. Data: 05/10/2024 Horário: 10h (horário de Brasília) Modalidade: Remota
Página oficial da atividade: Geopolimulti
Clique para se inscrever aqui: Inscricoes UFSC
CPLP cria rede para preservar e divulgar patrimônio histórico
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Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre eles o Brasil, criaram a Rede de Arquivos Nacionais da instituição (RAN-CPLP), que vai funcionar como um instrumento de cooperação para reforçar os laços entre os Arquivos Nacionais e/ou entidades equivalentes dos estados-membros. A intenção é, por meio de um espaço de diálogo permanente, preservar, valorizar e divulgar o patrimônio histórico e documental dos países que compõem a comunidade.
A rede foi criada durante a Conferência Internacional sobre Arquivos Históricos realizada pela instituição em Luanda, com participação do Arquivo Nacional (AN) do Brasil e Dataprev, ambas instituições ligadas ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto participou da elaboração da Declaração de Compromisso e Estatutos.
“A criação da Rede de Arquivos Nacionais da CPLP é um passo importante para o estabelecimento de ações de cooperação internacional atentas aos desafios da transformação digital e com foco na promoção do direito à memória, considerando as semelhanças e as diferenças entre os países membros. Além da língua, de elementos culturais e de estarmos, em maioria, geopoliticamente posicionados no Sul Global, temos em comum também impasses gerados pelo trauma do colonialismo, da escravidão e do racismo”, ressalta Ana Flávia.
“Trata-se de um tema sensível, mas incontornável.Especificamente a agenda dos arquivos oferece caminhos interessantes para lidarmos com tudo isso sem resvalarmos para antagonismos infrutíferos ou silenciamentos perigosos. Estamos há dois anos dos 30 anos da CPLP e a consolidação dessa rede tem o potencial estratégico de apresentar soluções para problemas relevantes.”
Entre outros focos da rede estão estimular os Arquivos Nacionais para a adoção de melhores práticas de preservação e gestão documental; criar e dinamizar uma estrutura de cooperação multilateral com base no interconhecimento buscando a colaboração entre os arquivos nacionais dos Estados-Membros da CPLP.
Próximos passos
O Plano de Atividades Anual da RAN-CPLP preparado para o período 2024-2025, define a cooperação contínua e o desenvolvimento de ações conjuntas, como a criação e implementação de um espaço digital comum na página da CPLP; programa de formação e capacitação técnica para profissionais de arquivos; o desenvolvimento de projetos de cooperação multilateral, promovendo a partilha de recursos e conhecimentos; e a realização de um estudo abrangente sobre a situação dos Arquivos Nacionais dos integrantes da CPLP.
Os encontros da rede ocorrerão em reuniões periódicas que vão avaliar o avanço das iniciativas e discutir novas oportunidades de colaboração. Para 2025, já estão previstas a segunda Assembleia Geral da RAN-CPLP no quadro da Capital da Cultura da CPLP, em São Tomé, e um Seminário de Cooperação Internacional sobre Arquivos.
A CPLP reúne os países que têm o português como língua oficial. Além de Portugal, fazem parte desse grupo nações que, ao longo de sua história, foram colonizadas pelo antigo Império Português.
Além do Brasil, compõem o grupo os países africanos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e o asiático Timor Leste.
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