Comunicação

Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode ser reconhecida como Referência Cultural Brasileira

(Foto: Getty Images)

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) comunica que está em trâmite a proposta de inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Inventário Nacional de Diversidade Linguística (INDL) e seu reconhecimento como “Referência Cultural Brasileira”. O Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, realizou a comunicação por meio de publicação do Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30).

No prazo de 30 dias, a sociedade poderá se manifestar, por meio de formulário digital, sobre a proposta de reconhecimento da língua como Referência Cultural Brasileira, conforme disciplina o Decreto 7387/2010. As manifestações devem ser enviadas até o dia 30 de julho de 2022.

Finalizado o prazo para manifestação da sociedade, o processo de inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) será submetido à Comissão Técnica do Inventário Nacional de Diversidade Linguística (CTINL). A CTINDL é a instância interministerial responsável pela análise e deliberação sobre o reconhecimento de línguas como Referência Cultural Brasileira.

LIBRAS

A inclusão da Libras no Inventário Nacional de Diversidade Linguística e reconhecimento como “Referência Cultural Brasileira” foi proposta pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL) e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a anuência de pesquisadores que fazem parte da comunidade linguística e que participaram da elaboração de amplo inventário linguístico sobre esta língua, totalizando 2.406 (dois mil quatrocentos e seis) assinaturas.

A Língua Brasileira de Sinais é utilizada em todo o território nacional, especialmente nos centros urbanos, onde estão concentradas escolas de surdos, escolas-polos e associações de surdos. É uma língua que se apresenta na modalidade visual-espacial, com um sistema de escrita não consolidado. O Censo IBGE 2010 contabilizou 9.717.318 pessoas com problemas auditivos no país, sendo que a estimativa é de que pelo menos dois milhões desses cidadãos sejam usuários da Língua Brasileira de Sinais.

Confira o parecer técnico na íntegra. Clique aqui

Link para manifestações da sociedade sobre a proposta de inclusão no Inventário Nacional de Diversidade Linguística e reconhecimento como “Referência Cultural Brasileira” da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

A República Democrática do Congo (RDC) comemora o 62º aniversário de sua independência

A República Democrática do Congo (RDC) marca nesta quinta-feira o 62º aniversário de sua independência da Bélgica em 30 de junho de 1960, após uma longa e árdua luta. Em 17 de maio de 1997, Laurent-Désiré Kabila instalou-se como chefe de Estado, mudando o nome do país para a atual República Democrática do Congo.

Segundo maior país africano, a RCD possui o parque nacional mais antigo da África, o Virunga do Congo; lar de raros gorilas, leões e elefantes. A população do país representa mais de 200 grupos étnicos, com quase 250 idiomas e dialetos falados.

 

Iphan lança plataforma online sobre diversidade linguística indígena no Brasil

Plataforma Nimuendajú

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, lança na próxima quinta-feira (30) a Plataforma Nimuendajú. Trata-se de uma versão para web do Mapa Etno-Histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, concebido e desenhado pelo etnólogo Curt Nimuendajú na primeira metade do século XX. O evento será transmitido pelo canal do Iphan no Youtube.

A plataforma objetiva permitir a interação do usuário com o Mapa, em ambiente digital, por meio de consultas diretas ao banco de dados elaborado a partir das informações contidas nos documentos originais e nas versões impressas (mapas e livros). Foram desenvolvidos filtros e camadas inter-relacionadas que aprimoram a fruição desse valioso documento-monumento sobre a história, a territorialidade dos povos e das línguas indígenas no Brasil.

Esta versão do Mapa visa atualizar para o meio digital-informacional o acesso aos conteúdos elaborados por Nimuendajú, com a possibilidade de associá-los a camadas como sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan, Biomas, Terras Indígenas, Unidades de Conservação, Estados e Municípios. A Plataforma é fruto da parceria entre Iphan, Universidade Federal do Pará e Cooperativa Eita.

Curt Nimuendajú

Nascido Curt Unckel na cidade alemã de Jena, Nimuendajú (1883-1945) foi batizado assim pelos guaraní em suas vivências com povos indígenas pelo Brasil. O etnólogo foi um dos principais pesquisadores da diversidade social e cultural da Amazônia e catalogou cerca de 1.400 etnônimos indígenas e 972 referências bibliográficas para compor o mapa.

Nimuendajú elaborou três versões do Mapa Etno-Histórico do Brasil e Regiões Adjacentes. Foram encomendadas em meados dos anos 1940 pelas prestigiosas instituições científicas Smithsonian Institution, Museu Paraense Emilio Goeldi e Museu Nacional do Rio de Janeiro. Esses documentos são testemunhos do estado da arte do conhecimento sobre os povos indígenas do Brasil disponível até 1944.

Consciente de que seu empreendimento não era definitivo, Nimuendajú o entendia apenas como uma tentativa de servir de base para trabalhos futuros, pois devia ser completado e corrigido constantemente, de acordo com novos dados.

Serviço:

Lançamento da Plataforma Nimuendajú

Data e horário: 30/06/2022, 16h

Transmissão: canal do Iphan no YouTube

A Plataforma pode ser acessada por meio dos seguintes links:

Para navegação web:
http://mapa-nimuendaju.eita.coop.br/

Aplicativo para smatphone android:
https://play.google.com/store/apps/details?id=io.kodular.lexicografialinguasindigenas.Nimuendaju

Passado, Presente e Futuro: discutindo a relevância dos Estudos do discurso | IX JADIS / IV CIED

A Faculdade de Letras da Universidade do Porto sedia, nos dias 12, 13 e 14 de outubro de 2022, as IX Jornadas Internacionais de Análise do Discurso (IX JADIS) e o IV Congresso Internacional de Estudos do Discurso (IV CIED), subordinados ao tema geral: Passado, Presente e Futuro: discutindo a relevância dos Estudos do discurso.

As propostas poderão ser submetidas, até ao dia 4 de julho, em português, inglês, espanhol ou francês, pela plataforma Easychair.

Consulte a segunda chamada de trabalhos em anexo.

Mais informações: http://web4.letras.up.pt/jadis/

Padre de Valência doa 8 mil livros ao seminário do Burundi, seu país natal

Padre Yves Nizigiyimana, em Valência / V. Gutiérrez (Arquidiocese de Valência)

A importância do Festival da Cultura Alemã e Pomerana entre as gerações do município de Canguçu/RS

Conheça a história de criação do evento

A diversidade cultural de Canguçu sempre fez parte da história do município. Com tradições trazidas dos antepassados, os descendentes de pomeranos e alemães mantém ativos os costumes apreendidos até os dias de hoje. Desde a chegada dos povos nestas terras, as comunidades realizam festividades que mantém vivas a memória de suas famílias.

Para sustentar as tradições dentro das escolas, em 2002, foi criado o Festival da Cultura Alemã e Pomerana (Festcap), um evento que reúne alunos descendentes da cultura. Com os trajes típicos, durante os dias de apresentações, são realizadas apresentações de dança, declamações de poesias, canto, música instrumental, danças e artesanato.

Professora Izelda Stumpf (de óculos) e professores da época (Foto: arquivo pessoal Tanise Stumpf)

A ideia do Festcap surgiu quando o secretário de educação da época, professor Basílio Barbosa procurou a diretora de uma escola para entender a baixa participação de seus alunos em eventos da cultura gaúcha. A professora Izelda Stumpf relatou que a realidade dos estudantes da instituição era diferente, eles não possuíam ligação com aquelas tradições, mas com a cultura pomerana. E para suprir essa demanda, resolveram iniciar o projeto que hoje é conhecido como o Festcap.

Professor Basílio Barbosa ao lado dos alunos premiados (Foto: arquivo pessoal Tanise Stumpf)

Da dificuldade em confeccionar as vestimentas até a organização da primeira tarde de eventos, tudo foi planejado com muito carinho pelos organizadores. Para viabilizar o começo das atividades do Festicap, iniciadas em 2002 e concretizadas em 2003, foi preciso um esforço coletivo de todos ao redor. Amor pela cultura pomerana expressado através de apresentações escolares foi gratificante para quem sentia a necessidade desse reconhecimento. Em entrevista, a educadora Izelda relembra o orgulho em ter sido pioneira das ações de início das festividades.

“Começar foi muito difícil, não se tinha nada, com todo o esforço das escolas nós conseguimos realizar o primeiro evento em 2003”, conta a idealizadora.

“Foi um sucesso, os pais lotaram o ginásio, se sentiram valorizados. Os avós ficaram orgulhosos, a maioria se quer falava português e, hoje, ainda tem muitos que só falam pomerano”, relembra Izelda que deixou para sua filha Tanise, também atuante na mesma profissão, o gosto pela perpetuação das tradições. Tanise Stumpf é uma estudiosa da cultura pomerana através dos ensaios de danças dos alunos e do ensino da Língua Pomerana.

Foto: arquivo Tanise Stumpf

Ela conta que durante muitos anos, lutou para que o dialeto passasse a compor a grade curricular das escolas de Canguçu.

“Se a gente não resgatar essa língua, ela vai acabar morrendo. Ela precisa ser retomada, ser trabalhada”, diz.

O Festicap mantém esse conhecimento aos mais jovens de forma educacional. “Esse trabalho é reconhecido porque os alunos têm se dado conta da importância de serem pomeranos, sentem orgulho da utilização de uma roupa típica, povo tradicional pomerano, cantar em pomerano”, comemora Tanise. “Estarei sempre lutando para perpetuar essa cultura cada vez mais no nosso município”.

Foto: arquivo pessoal Tanise Stumpf

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