democratização do ensino

E-books de Morfologia Vegetal ganham versões bilíngues em português e idiomas indígenas no Pará

A iniciativa visa aproximar e valorizar culturas, promover a integração dentro da academia aos monolíngues, que falam apenas a língua portuguesa, com as línguas maternas dos povos originários, fomentando a pluralidade linguística e sociocultural.

Dois e-books elaborados por discentes do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) estão disponíveis para quem tem dificuldade ou curiosidade para entender os termos utilizados na disciplina de Botânica. A novidade é que ambos são bilíngues, em português e idiomas indígenas.

Os e-books, em formato PDF, abordam os conteúdos sobre morfologia da raiz, do caule e da folha. A iniciativa visa aproximar e valorizar culturas, promover a integração dentro da academia aos monolíngues, que falam apenas a língua portuguesa, com as línguas maternas dos povos originários, fomentando a pluralidade linguística e sociocultural.

Foto: Reprodução/Ufopa

A apostila ‘Morfologia Vegetal: português e wai wai – Parte 1‘ foi elaborada pelos alunos indígenas Jeremias Xeremias Wai Wai e Lucilene Wai Wai, além dos alunos Andressa Jaqueline Viana de Souza, Jeferson Figueira de Sousa e Alice Gabrielly da Silva Moura, e professoras Cristina Aledi Felsemburgh (disciplina de Botânica no Ibef) e Alanna do Socorro Lima da Silva, ex-diretora do Ibef.

Já a apostila ‘Morfologia Vegetal: português e munduruku – Parte 1‘ foi um trabalho do discente indígena Dinacildo Kirixi Munduruku, também em conjunto com os mesmos alunos e professoras do grupo de trabalho dos discentes Wai Wai.

A disciplina de Botânica está inserida na grade curricular dos cursos de Agronomia, Engenharia Florestal e Bacharelado em Ciências Agrárias da Ufopa.

FONTE: Portal Amazônia

Oferta de educação bilíngue para surdos deve ser mais ampla, defendem especialistas

Em audiência da subcomissão das pessoas com deficiência, especialistas pediram mais acesso de surdos à educação bilíngue, em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é oferecida como primeira língua e o português escrito como segunda língua. Essa modalidade pode ser lecionada em escolas e classes bilíngues, escolas comuns ou polos de educação bilíngue e visa atender surdos, surdo-cegos e pessoas com deficiência auditiva sinalizantes.

 

Fonte: Agência Senado

Conheça o “Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano”

“Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano” é um livro voltado para profissionais de educação. O livro busca melhorar o ensino e a aprendizagem na Ciência de alunos com surdez. Ele é dividido em onze capítulos, que tratam sobre células, tecidos, músculos, ossos e os diferentes sistemas do corpo humano (circulatório, digestivo, nervoso etc). Sendo disponibilizado em forma de e-book, apresenta cerca de 300 novos sinais que não existiam antes na Língua Brasileira de Sinais (Libras), como “glóbulos brancos”, “ureteres”, “suco pancreático” e “meninges craniais”. O livro está dividido em partes do corpo e, para cada termo, apresenta o nome em português, a soletração em datilologia – representação em sinais das letras do alfabeto manual – e fotografias com os sinais sugeridos. A cada página, ilustrações e textos contextualizam os assuntos.

Objetivo

Proporcionar uma educação de qualidade e acessível ao aluno surdo – desde o ensino fundamental, médio e superior.

Problema Solucionado

A tecnologia “Manual de libras para ciências inova no ensino científico para surdos” já está sendo utilizada por professores e interpretes para um entendimento de alunos surdos sobre ciências, células e corpo humano. Diversos pais e professores relatam uma melhoria na compreensão dos alunos sobre os determinados assuntos. Além disso, o livro em questão tem auxiliado no atendimento de pessoas surdas em serviços de saúde. Já que o manual apresenta sinais relacionados ao corpo humano – como um todo.

Descrição

A produção do livro foi baseada em livros didáticos utilizados na rede pública de ensino do Piauí. Após realizada uma leitura criteriosa em todos os livros do oitavo ano do ensino fundamental utilizados pela rede pública de ensino, foram selecionados os conteúdos que seriam abordados no livro a ser produzido. Posteriormente, palavras chaves que iriam servir de conexão entre os assuntos foram selecionadas, e uma busca, para saber se existiam sinais em libras para as palavras selecionadas, foi realizada. Vale ressaltar que base de dados especializadas em libras ainda são escassas no Brasil. Desse modo, foi preciso realizar pesquisas no “Google”, “YouTube” e artigos científicos. Após a verificação das palavras, um glossário foi montado com as palavras que já tinha sinais registrados e as palavras que não tinha sinais registrados. Em seguida, surdos e interpretes criaram sinais para as palavras que não possuíam sinais, e, posteriormente, os sinais foram fotografados. Em seguida, a fotos foram editadas e organizadas em seus respectivos capítulos. É importante ressaltar que o manual descreve o significada de cada palavra, e contextualiza todo o conteúdo abordado para que haja uma melhor compreensão do aluno que for utilizar como material de estudos.

Recursos Necessários

O livro “Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano” já foi lançada e publica – de maneira gratuita. Porém, se faz necessário recursos mais especializados para que manuais como esse sejam publicados, e destinados a outra séries de ensino e abordando outras disciplinas. Tendo em vista que esse material é inédito no país. Desse modo, para que outros manuais sejam publicados, se faz necessário contados direto com editoras nacionais de educação, e uma equipe especializada para captação e pesquisas acerca de sinais existentes. Bem como, recursos como: câmeras fotográficas, estúdio fotográfico, computadores para edição de fotos e montagem e diagramação do manual.

Resultados Alcançados

Até o momento o livro apresenta bons resultados – isso mesmo logo após o lançamento do livro. Por se tratar de uma publicação em forma de e-book e gratuita, a publicação já foi acessada por todo o território nacional. Além disso, relatos de mães, famílias, professores, surdos e interpretes são constantes sobre o beneficio, proporcionado pelo livro, na aprendizagem do aluno.

Estudante defende dissertação nesta semana e pode ser a segunda mestre indígena da UEL

Primeira estudante indígena do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH) a obter o título de mestre na UEL, Damaris Kaninsãnh Felisbino defende a sua dissertação nesta sexta-feira (7), na Terra Indígena Apucaraninha. Ela concluiu o mestrado em Estudos da Linguagem.

Com a defesa da tese, Damaris será a segunda estudante indígena da UEL a obter o título de mestre. Em junho do ano passado, o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social da UEL concedeu o título à estudante Gilza Ferreira de Felipe Pereira, orientanda do professor Wagner Roberto do Amaral, do Departamento de Serviço Social (Cesa).

Filha de um professor da língua Kaingang do Colégio Estadual Indígena Benedito Rokag (Tamarana), Damaris ingressou na graduação aos 19 anos, em 2012, ao lado da mãe, Jandira Grisãnh Felisbino. À época, a UEL ainda não contava com o ciclo de 480 horas de atividades formativas, voltadas à adaptação dos ingressantes indígenas.

“Foi bem complicado porque o ritmo era diferente do colegial. Para entender a linguagem acadêmica foi difícil”, lembra a mestranda, que trabalha como professora em Tamarana. O ciclo de atividades foi instituído em 2014.

Com a orientação do professor Marcelo Silveira, do Departamento de Letras, Damaris concluiu a sua dissertação de mestrado, que leva o título “Variação diamésica na Língua Kaingang: reflexões a respeito da variação diamésica, a formalidade e a informalidade na lingua Kaingang”.

“Essa dissertação mostra a realidade da língua Kaingang porque ela é riquíssima nas variações. Alguns professores que pesquisaram não falam dessas variações específicas do Apucaraninha”, afirma. “Não sei como está nas outras regiões, mas essa dissertação é específica. Quem for ler vai ter como base a metodologia de como fazer uma entrevista com o povo de lá. Acho que vai ser muito importante para quem quiser estudar a língua futuramente, tanto os indígenas quanto não indígenas”.

A banca examinadora será formada pelos professores da UEL Marcelo Silveira e Wagner Roberto Amaral e pela docente do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da Universidade de Brasília (UNB) Ana Suelly Arruda Câmara Cabral.

MOTIVAÇÃO – Para a estudante, a conclusão do mestrado representa a superação de parte das dificuldades impostas pelo histórico processo de exclusão socioeconômica da população indígena. No entanto, há, também, um elemento de sua história de vida que manteve motivada durante o mestrado: o falecimento da mãe e colega de classe na graduação na semana anterior à formatura em Letras pela UEL.

Como forma de homenagear e honrar os ensinamentos de suas antepassadas, Damaris quer continuar atuando na educação e na inclusão de crianças e jovens Kaingangs.

“A maioria da população não indígena não acredita no indígena, até os próprios indígenas, por conta de tudo o que aconteceu no passado, de mostrar o indígena como inferior. O indígena pode, sim. Se tem um sonho é para seguir. Eu falei tudo isso pensando no que a minha mãe dizia”, afirma.

Mãe de Manoela, de 11 anos, a mestranda acredita na educação como ferramenta de transformação social e construção de uma sociedade menos desigual. “Para o futuro dela, eu queria um Paraná com oportunidade para a diversidade, porque hoje em dia é difícil, até para quem está estudando. Queria um futuro em que a aceitassem como ela é, indígena Kaingang, que tem uma cultura diferente, que as pessoas possam respeitá-la”, afirma.

HISTÓRIA – O primeiro mestre indígena no Paraná recebeu o título em 2016. Trata-se de Florencio Rekayg Fernandes, formado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE), da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

O Paraná é pioneiro no País na inclusão dos indígenas no ensino superior. Desde 2002, investe no Vestibular dos Povos Indígenas, política pública que incentiva jovens a ingressarem nas sete universidades estaduais e na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

FONTE: Agência Estadual de Notícias

Lista de obras para os próximos vestibulares da Unicamp inova ao incluir escritores (as) como Chimamanda Ngozi Adichie, Conceição Evaristo e Ailton Krenak

Estimular a leitura e o olhar atento e contextualizado para questões contemporâneas é, segundo o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, o objetivo da Comissão ao escolher as obras. “Queremos que os alunos abandonem a tentativa de decorar escolas literárias e os resumos e tenham o tempo necessário para adentrar o universo da literatura”, afirmou. Nas edições de 2024 e 2025, serão substituídas quatro obras. Já para a edição de 2026, será incluída uma obra nova em relação ao ano anterior.

Novas obras

Para o Vestibular de 2024, foram acrescentadas as seguintes obras: Olhos d’Água, de Conceição Evaristo; Canções escolhidas, de Cartola; Casa Velha, de Machado de Assis e Alice no país das maravilhas, de Lewis Carrol. Para o Vestibular Unicamp 2025, as novas obras são A vida não é útil, de Ailton Krenak; Prosas seguidas de odes mínimas, de José Paulo Paes; Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto e Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu. No Vestibular Unicamp 2026 será incluído No seu pescoço, da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.

Para o diretor da Comvest, as indicações não consideram somente aspectos estéticos e temporais. “A lista contempla a diversidade e a representatividade que o Vestibular Unicamp tem trazido nos últimos anos. Além disso, inclui escritores normalmente ausentes dos vestibulares, como Conceição Evaristo, Caio Fernando Abreu, Ailton Krenak, ao lado de clássicos como Lima Barreto e Machado de Assis”, disse José Alves.

Obras em outras línguas

A Unicamp irá incluir também obras cujos originais não foram escritos em língua portuguesa, caso de Alice no país das maravilhas e No seu pescoço. Para Alves, a escolha representa uma quebra de paradigma dos vestibulares. “A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estimula a ampliação do repertório de obras locais, regionais e globais. Queremos que os alunos tenham contato com manifestações artísticas e obras complexas dentro dos seus códigos estéticos e éticos, no período de formação escolar”, defendeu.

Lista de Obras Indicadas – Vestibular 2024

A Tarde (Olavo Bilac)

Olhos d’água (Conceição Evaristo)

Carta de Achamento a el-rei D. Manuel  (Pero Vaz de Caminha)

Casa Velha (Machado de Assis)

O Ateneu (Raul Pompeia)

Niketche – uma História de Poligamia (Paulina Chiziane)

“Seminário dos ratos” (Lygia Fagundes Telles)

Canções escolhidas* (Cartola)

Alice no país das maravilhas** (Lewis Carroll)

Lista de Obras Indicadas – Vestibular 2025

Prosas seguidas de odes mínimas (José Paulo Paes)

Olhos d’água (Conceição Evaristo)

A vida não é útil (Ailton Krenak)

Casa Velha (Machado de Assis)

Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá (Lima Barreto)

Niketche – uma História de Poligamia (Paulina Chiziane)

Morangos mofados (Contos escolhidos***) (Caio Fernando Abreu)

Canções escolhidas (Cartola)

Alice no país das maravilhas (Lewis Carroll)

Lista de Obras Indicadas – Vestibular 2026

Prosas seguidas de odes mínimas (José Paulo Paes)

Olhos d’água (Conceição Evaristo)

A vida não é útil (Ailton Krenak)

Casa Velha (Machado de Assis)

Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá (Lima Barreto)

No seu pescoço (Chimamanda Ngozi Adichie)

Morangos mofados – Contos escolhidos (Caio Fernando Abreu)

Canções escolhidas (Cartola)

Alice no país das maravilhas (Lewis Carroll)

* 10 canções escolhidas: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste”, “Sim”.

** É válida qualquer tradução da obra, mas estão excluídas as adaptações.

*** Seis contos escolhidos: “Diálogo”, “Além do Ponto”, “Terça-Feira Gorda”, “Pêra, uva ou maçã?”, “O dia em que Júpiter encontrou Saturno”, “Aqueles dois”.

Imagem de capa

Audiodescrição: 5 capas de livro, uma ao lado da outra, como se compondo um círculo. Na capa um, a partir da esquerda, se lê o título A vida não é útil, em fundo vermelho com traços indígenas; na segunda, foto preto e branco de homem com óculos escuros, em imagem de busto e em perspectiva; na terceira se lê No seu pescoço, com ilustração de jovem negra em perfil; na quarta, se lê Alice no país das maravilhas, com desenho de menina segurando ave; e na quinta, se lê Casa velha, em fundo amarelo, e arte abaixo
Entre as novas leituras indicadas, estão obras de Ailton Krenak, Cartola, Chimamanda Adichie, Conceição Evaristo, entre outros.

Via Unicamp 

Instituto Nacional de Educação de Surdos divulga calendário de matrículas para o Curso de Libras

Está disponível o calendário de matrículas para o segundo semestre do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), do  Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), vinculado ao Ministério da Educação. A formação, que oferece aulas presenciais e de forma remota e totalmente gratuita, está prevista para ter início na semana do dia 15 de agosto. Funcionarão um total de 18 turmas presenciais e 12 turmas a distância, com limite de 20 pessoas por classe.

Para estudantes iniciantes – que devem ser alfabetizados e ter idade mínima de 14 anos –, a inscrição ocorrerá no dia 3 de agosto. Devido à alta demanda  e ao limite de vagas, um sorteio eletrônico definirá os contemplados no dia 4 de agosto, a partir das 14 horas, com resultado a ser divulgado no mesmo dia. Por e-mail, os sorteados devem efetivar as matrículas até o dia 8 de agosto.

Serão preenchidas neste semestre, no módulo iniciante, cinco turmas presenciais, totalizando 100 vagas, e quatro turmas a distância, que somam 80 oportunidades.

Instituições públicas, organizações não governamentais e parceiros do Ines que atuam com atendimento a pessoas surdas podem solicitar uma vaga  por meio de um ofício que deve ser enviado para os e-mails dirge@ines.gov.br e dfcrh@ines.gov.br, exclusivamente, no dia 27 de julho, desde que preencham as informações requisitadas neste link .

Saiba Mais

O curso de Libras do Ines contabiliza cinco módulos, e cada um deles dura  um semestre, um total de dois anos e meio de duração. Seguindo o semestre letivo do Departamento de Educação Básica do Instituto, as aulas são ministradas uma vez por semana, durante 3 horas e 10 minutos no módulo presencial e 3 horas e 15 minutos no módulo a distância, chegando a um total de 50 horas/aula. Ao término de cada módulo, o estudante aprovado receberá um certificado de conclusão de curso.

Via Assessoria de Comunicação Social do MEC 

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