Sociolinguística

O suíço-alemão da Pensilvânia: uma língua que persistiu

As comunidades Amish e Menonitas não sãos as únicas que falam dialetos suíço-alemães hoje, nos Estados Unidos. Para Douglas Madenford que falou o suíço-alemão da Pensilvânia a vida toda, uma recente tendência para recuperar a língua tradicional é uma prova de sua riqueza e durabilidade.

Um trator e o reboque em um campo de cultivo na Pensilvânia, Estados Unidos
Uma terra de tradições mantidas pelos antigos colonos: trator e o reboque em um campo de cultivo na Pensilvânia, Estados Unidos.

(AFP)

“Guder Mariye, liewe Kinner!” (Bom dia, crianças queridas!)

Começo quase todo os dias com essas quatro palavras. O mais interessante sobre essa declaração é que eu sou americano. Minha família imigrou para a colônia da Pensilvânia nos anos 1700 e ficou por aqui até hoje. Doze gerações depois, ainda falamos a língua que nossos antepassados trouxeram quando cruzaram o Atlântico: o suíço-alemão da Pensilvânia (Pennsylvaanisch Deitsch, ou PD). Continue lendo

Língua Cabo-verdiana vai ser classificada património nacional

O Instituto do Património Cultural (IPC), que integra o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, vai trabalhar uma proposta para a oficialização da Língua Cabo-Verdiana no quadro da revisão constitucional que deverá acontecer nos próximos tempos. Antes, e como estratégia nesse sentido, já vai começar a trabalhar um dossier para classificação da Língua Cabo-verdiana como património imaterial nacional.

Em entrevista ao Expresso das Ilhas (ver edição nº 845 desta quarta-feira), o presidente do IPC avança que o dossier será trabalhado na mesma linha que outros dossiers de classificação de património imaterial, como foi o caso da festa de São João – cuja classificação aconteceu em finais de Novembro passado – e contemplará a realização de um inventário. Continue lendo

Crianças brasileiras preservam a língua e cultura maternas nas Arábias

“Que as crianças brasileiras ou de linhagem tenham oportunidade de conhecer e aperfeiçoar a língua e cultura brasileiras; e também auxiliar as famílias a entender os benefícios da manutenção da língua materna e promover os entendimentos do bilinguismo e do multiculturalismo”, é um dos objetivos da iniciativa A Hora do Conto em Dubai.
Pe. Olmes Milani – Dubai

Um dos desafios que os migrantes e expatriados enfrentam no exterior consiste em como manter viva a língua portuguesa e a cultura nas crianças, uma vez que elas frequentam escolas onde a língua comum é o inglês.  Para enfrentar esse desafio, não podia faltar a criatividade dos brasileiros.  Quem nos fala sobre isso é a Sra. Magaly Quadros.

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1º Congresso de Jovens Pesquisadores em Sociolinguística na América Latina

Nos dias 17 e 18 de maio de 2018, na cidade de Porto Alegre (RS – Brasil), será realizado o 1º Congresso de Jovens Pesquisadores em Sociolinguística na América Latina. Considerando a abrangência da área de Sociolinguística e a multiplicidade de contextos, experiências e trajetórias que compõem a América Latina, buscamos proporcionar um espaço de discussão dedicado especificamente a jovens pesquisadores (estudantes de pós-graduação), incentivando a integração latino-americana e a construção de uma rede de contatos e cooperação entre acadêmicos. Durante os dois dias de evento, jovens pesquisadores poderão compartilhar suas investigações, discutir resultados e construir um panorama dos estudos atualmente desenvolvidos em Sociolinguística na América Latina.

O evento contará com a presença do Dr. Heiko F. Marten, professor convidado da Tallinn University (Estônia), que realizará a conferência The Practical Application of a Holistic Model of Language Policy: The Case of Latvia e ministrará um workshop de três horas de duração, com o tema Researching Multilingualism in the Linguistic Landscape: Real-life Examples and Virtual Spaces.

Fonte: 1º Congresso de Jovens Pesquisadores em Sociolinguística na América Latina

Livro em tupi moderno busca fortalecer o idioma na Amazônia

Pesquisadores visitaram o município de São Gabriel da Cachoeira, no Vale do Rio Negro, que tem línguas indígenas declaradas como co-oficiais – Foto: Arquivo

Alunos da USP traduziram histórias de diversas culturas para a língua indígena hoje falada na Amazônia.

Desde 2010, o professor Eduardo de Almeida Navarro, que há 24 anos leciona tupi na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, dá aos seus alunos a tarefa de traduzir um conto para o idioma nheengatu, o tupi moderno. Dessa produção, cerca de 35 histórias foram escolhidas para integrar o livro Histórias em Língua Geral da Amazônia, organizado pelo professor e por seu doutorando Marcel Twardowsky Ávila e publicado pelo Centro Ángel Rama de Estudos Latino-Americanos da USP. Continue lendo

Por que todo mundo não fala a mesma língua?

Muitas das línguas que você sabe que existem vieram de uma raiz comum

Porque as línguas foram surgindo nas várias regiões do mundo de forma independente. Algumas têm a mesma origem, como o hindu, o sueco, o inglês e o português. Eles vieram de uma grande língua comum, chamada proto-indo-europeu, que há milhares de anos era falada na Ásia. Esse idioma deu origem a quase todas as línguas ocidentais e algumas orientais. “Supõe-se que o indo-europeu tenha sido uma língua só, que foi se diferenciando com o tempo”, explica o professor de linguística Paulo Chagas de Souza, da Universidade de São Paulo. Continue lendo

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