O povo indígena warao: um caso de imigração para o Brasil
Já é fato conhecido dos brasileiros o drama do crescente fluxo migratório da população venezuelana para o Brasil, fugindo de um estado de caos, miséria, escassez de alimentos e remédios, inflação de muitos dígitos, insegurança absoluta etc.
Entretanto, na imigração venezuelana há um grupo étnico peculiar, de indígenas destacados no ambiente urbano, com grandes habilidades de artesanato e mulheres com roupas coloridas: o povo indígena warao.
São índios oriundos da região norte da Venezuela, que habitam há séculos o delta do rio Orinoco, no estado Delta Amacuro e regiões adjacentes dos estados Bolívar e Sucre, naquele país[1]. Warao, na língua nativa, significa “povo da canoa”, pois a relação deste grupo com a água é íntima: são, tradicionalmente, pescadores e coletores, há cerca de 70 anos convertidos em horticultores, e vivem em comunidades de palafitas localizadas nas zonas ribeirinhas fluviais e marítimas, além de pântanos e bosques inundáveis da região de origem[2]. Continue lendo
Especialistas criticam atribuição de demarcação de terras indígenas a Ministério da Agricultura: “Correto seria fortalecer órgãos ambientais”
Uma das questões geográficas e históricas mais polêmicas no espaço brasileiro é a dos territórios indígenas. Antes da chegada dos povos europeus no continente sul-americano, milhares de povos indígenas habitavam o que é hoje considerado como o território do Brasil. Desse total, existem ainda cerca de 305 etnias atualmente, com cerca de 180 línguas distintas, a maioria delas filiada ao Tupi e ao Jê. Continue lendo
Palestra “Políticas Linguísticas: pensando as variedades da língua portuguesa em contextos educativos”
No dia 06 de fevereiro de 2019 às 19:00h será realizada a palestra “Políticas Linguísticas: pensando as variedades da língua portuguesa em contextos educativos”, pela Profª. Drª. Beatriz Protti Christino – Museu Nacional – UFRJ. A palestra faz parte das atividades do projeto “Paisagens Linguísticas no Extremo Sul Baiano”, coordenado pelo profº. Paulo de Tássio Borges da Silva, Colegiado da Licenciatura Interdisciplinar em Linguagens e Códigos e suas tecnologias, do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências – IHAC – Campus Paulo Freire – Universidade Federal do Sul da Bahia- UFSB. Continue lendo
Minicurso “Políticas Linguísticas Indígenas e Interações Transculturais”
No dia 09 de fevereiro de 2019 das 08:00h às 17:00h será ministrado o minicurso “Políticas Linguísticas Indígenas e Interações Transculturais”, pela Profª. Drª. Beatriz Protti Christino – Museu Nacional – UFRJ, no Colégio Estadual Indígena Kijetxawê Zabelê, Aldeia Kaí – Cumuruxatiba- Bahia.
O minicurso faz parte das atividades do projeto “Paisagens Linguísticas no Extremo Sul Baiano”, coordenado pelo profº. Paulo de Tássio Borges da Silva, Colegiado da Licenciatura Interdisciplinar em Linguagens e Códigos e suas tecnologias, do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências – IHAC – Campus Paulo Freire – Universidade Federal do Sul da Bahia- UFSB, e está dentro do Ano Internacional das Línguas Indígenas (International Year of Indigenous languages – IYIL2019) que será comemorado pela UNESCO e seus parceiros ao longo do ano de 2019. Continue lendo
3º Congresso Internacional dos Povos Indígenas da América Latina (CIPIAL) 2019

Linguajar cuiabano, um dialeto de confluência indígena e europeia
O jeito cuiabano de falar carrega traços dos Bororos que habitavam região da Prainha da chega dos bandeirantes que se misturou o sotaque europeu
O termo “Ikuêbo” tem a tradução de “córrego da cor das estrelas” e vem do dialeto Bororo. Era a etnia indígena que habitava a região da Prainha à época da chegada dos bandeirantes no Centro-Oeste do Brasil, no século XVIII, mestre na pescaria com arpão e arco e flecha.
“O sentido provavelmente era para descrever o brilho do sol nas águas do córrego. ‘A cor das estrelas’ era o reflexo do sol, para um povo que era mestre na pescaria e habitava as margens do córrego”, diz a doutora em antropologia do imaginário, Cristina Campos. Continue lendo