Línguas Indígenas

EVENTO NO MUSEU DE FLORIANÓPOLIS EXIBIRÁ VÍDEOS PRODUZIDOS PELA JUVENTUDE DA TERRA INDÍGENA MORRO DOS CAVALOS

Vídeos foram produzidos durante oficinas ministradas pelo Portal Catarinas em projeto selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023. (Publicado por Portal Catarinas em 27 de junho)

Na quarta-feira (3), a partir das 17h30 no Museu de Florianópolis, será realizada uma roda de conversa com a população indígena Mbyá-Guarani da Terra Indígena Morro dos Cavalos, de Palhoça, além do lançamento de vídeos produzidos pela juventude da comunidade. Os materiais foram produzidos durante oficinas de audiovisual ministradas pelo Portal Catarinas, entre março e junho deste ano. O evento é gratuito e aberto ao público.

As oficinas ocorreram através do projeto “Olhar, ouvir e documentar: oficinas de audiovisual no território Mbyá-Guarani do Morro dos Cavalos”, Proposta Cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023.

Foto: Bianca Taranti / Portal Catarinas

Siga a leitura em : https://catarinas.info/evento-no-museu-de-florianopolis-exibira-videos-produzidos-pela-juventude-da-terra-indigena-morro-dos-cavalos/

Longe da sua cultura e da sua terra, a indígena mexicana Rita ficou 12 anos em hospital psiquiátrico porque não entendiam sua língua

.10 junho 2024 – por Ronald Ávila-Claudio – BBC News MundoA história de Rita Patiño Quintero, uma mulher Rarámuri que foi internada numa clínica psiquiátrica nos Estados Unidos devido a um erro no trabalho dos médicos que a encaminharam, foi o que motivou o cineasta Santiago Esteinou a dar a conhecer a sua vida através do cinema documentário.La Mujer de Estrellas y Montañas - Documental 2023 - SensaCine.com.mx

O realizador mexicano Santiago Esteinou lançou em abril seu novo documentário em longa-metragem sobre Rita Patiño Quintero e conta que ela ao ser encontrada no Kansas a  “levaram um tradutor e ele faz um relato ridículo. Concluiu que ela devia ser indígena e que tinha vindo de algum país latino-americano. Mas mesmo não entendendo nada do que ela lhe dizia, ele comentou que as palavras de Rita não faziam sentido. Eles a levaram ao tribunal e concluíram que ela não estava em pleno domínio de sua capacidade mental, que era um perigo para si mesma, então a levaram para um hospital psiquiátrico”, explica Esteinou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

O fato: A polícia chegou à igreja no dia 8 de junho de 1983. A mulher, com as roupas sujas, os pés machucados e confusa, pronunciou algumas palavras que os agentes não conseguiram entender. Ela foi interrogada em inglês, mas a comunicação não foi possível. E como ninguém sabia o que aquela desconhecida dizia, ela perdeu a liberdade durante os 12 anos seguintes.

Foto: Piano produções

Seu nome era Rita Patiño Quintero, uma indígena Rarámuri, originária do Estado de Chihuahua, no norte do México. Naquele dia, ela se refugiava no porão do templo metodista da cidade de Manter, no oeste do Kansas, nos Estados Unidos.

Antes da chegada das autoridades, um pastor a descobriu enquanto Rita comia ovos crus.

Acredita-se que ela chegou lá vindo diretamente de solo mexicano. Isso porque rarámuri significa “corredores ligeiros” e vem de Rará, que signigica pé, e muri, leve. Os rarámuri habitam as encostas da Serra Tarahumara, cuja complicada topografia os obriga a superar obstáculos, atravessar riachos e escalar montanhas. É preciso ser rápido e ainda mais resiliente para enfrentar as condições da área em que vivem. No Kansas, Rita pode ter enfrentado condições mais secas e frias do que nas montanhas.

Ela foi levada para uma delegacia, onde bateu em um policial que tentava limpá-la, conta o cineasta Santiago Esteinou, que em abril de 2024 lançou o documentário La Mujer de Estrellas y Montañas” (“A Mulher de Estrelas e Montanhas”, em tradução livre), no qual a história dela é contada a partir de uma longa apuração em arquivos e por meio de entrevistas.

“Levaram um tradutor e ele faz um relato ridículo. Concluiu que ela devia ser indígena e que tinha vindo de algum país latino-americano. Mas mesmo não entendendo nada do que ela lhe dizia, ele comentou que as palavras de Rita não faziam sentido. Eles a levaram ao tribunal e concluíram que ela não estava em pleno domínio de sua capacidade mental, que era um perigo para si mesma, então a levaram para um hospital psiquiátrico”, explica Esteinou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Rita quase não falava espanhol, sua língua materna era o rarámuri. No sistema judiciário do Kansas e na instituição para onde ela foi levada, não havia tradutores que pudessem ajudar no seu caso. A mulher não entendia o processo legal contra ela, não sabia onde estava nem por que estava presa. O resto da sua vida foi marcado pela exclusão, violência médica, burocracia institucional e solidão. Mas ela também era uma mulher cercada de mitos e mistérios.

Quem era Rita Patiño Quintero

Para saber siga a leitura diretamente na matéria seguindo o link abaixo:

La mujer de estrellas y montañas

 

 


Saiba mais sobre o fato e o documentário e seu realizador:

Santiago Esteinou, documentarista

. Entrevista com Santiago Esteinou, diretor do documentário LA MUJER DE ESTRELLAS Y MONTAÑAS

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=hJtHcjyQ2ZQ

La mujer de estrellas y montañas: Todo lo que tienes que saber del nuevo documental de Santiago Esteinou

https://www.procine.cdmx.gob.mx/comunicacion/nota/la-mujer-de-estrellas-y-montanas-todo-lo-que-tienes-que-saber-del-nuevo-documental-de-santiago-esteinou

. Matéria publicada na Revista Espejo

https://revistaespejo.com/2024/04/08/la-mujer-de-estrellas-y-montanas-el-relato-de-una-vida-atravesada-por-la-injusticia/

La mujer de estrellas y montañas. Una vida marcada por la injusticia

https://www.paginazero.com.mx/la-mujer-de-estrellas-y-montanas-una-vida-marcada-por-la-injusticia

 

https://www.eltiempo.com/mundo/mexico/rita-patino-la-indigena-mexicana-que-fue-encerrada-12-anos-en-un-psiquiatrico-de-ee-uu-porque-no-entendian-su-lengua-3350921

.

https://larepublica.pe/estados-unidos/2024/06/10/la-conmovedora-historia-de-la-indigena-mexicana-encerrada-12-anos-en-un-psiquiatra-de-eeuu-por-no-hablar-ingles-lrtmus-906150

 

LA MUJER DE ESTRELLAS Y MONTAÑAS’ DE SANTIAGO ESTEINOU: UNA RARÁMURI ATRAPADA EN KANSAS

https://www.imcine.gob.mx/Pagina/Noticia/la-mujer-de-estrellas-y-montanas-de-santiago-esteinou–una-raramuri-atrapada-en-kansas

. Falleció Rita, la mujer que Cayó del Cielo. Su historia denunció las agresiones siquiátricas a mujeres indígenas migrantes en EUA

https://difusionnorte.com/fallecio-rita-la-mujer-que-cayo-del-cielo/

. La mujer que cayó del cielo. Acesse o texto para teatro de  Víctor Hugo Rascón Banda

https://pdfcoffee.com/la-mujer-que-cayo-del-cielo-3-pdf-free.html

 

A MEDIAÇÃO LINGUÍSTICA COMO GARANTIA DE DIREITOS NO BRASIL: RUMO A POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO NA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO – Dossiê

Os recentes fluxos migratórios para o Brasil demandam do Estado um novo olhar sobre as necessidades sociais dos indivíduos recém-chegados ao país. A implementação de uma política linguística e de tradução é também, muitas vezes, condição de acesso da população imigrante aos sistemas de prestação de serviços públicos. Nesse sentido, incumbida da missão de garantidora de direitos humanos, a Defensoria Pública da União (DPU), visando ampliar e aperfeiçoar os serviços de assistência jurídica prestados a imigrantes no Brasil, criou a Coordenação de Tradução (CTRAD), antes Núcleo de Tradução (NuTrad), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Inicialmente responsável pela tradução de documentos processuais, a CTRAD, frente ao aumento exponencial das demandas de atendimento por não falantes de português, vem ampliando suas atividades com a criação de um serviço de mediação linguística entre o agente público e o solicitante de direito.

Acesse o link para o dossiê de autoria de Sabine Gorovitz e Letícia de Souza Sá, UNB

https://www.scielo.br/j/tla/a/XwPmvWxF7GTgMWFwr9ySfzQ/

 

. Sem tradutores e sem direito a rituais, mutirão pede proteção a indígenas presos – Matéria da “Pública – Agência de jornalismo investigativo”

Audiência pública discutiu criação de lei para tratar indígenas presos dada a frequente violação de seus direitos. Siga o link para a leitura:

https://apublica.org/2023/11/sem-tradutores-e-sem-direito-a-rituais-mutirao-pede-protecao-a-indigenas-presos/#_

LÍNGUA MÃE, encontro com curadoria de Ailton Krenak, Suely Rolnik e Andreia Duarte, discute a diversidade das línguas indígenas

O evento acontece no Museu das Culturas Indígenas (São Paulo) e no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, com convidados de vários territórios brasileiros, para tratar do apagamento histórico das línguas maternas e também apontar os esforços para revitalização dessas línguas.

“Língua mãe”, que dá nome a este encontro-ritual, se insere no horizonte de um fenômeno da maior importância que vem acontecendo no século XXI em nosso país. Trata-se da eclosão de centenas de expressões das diversas línguas indígenas na cena da disputa política pelos territórios originários, objeto da violência do rapto colonial que funda o Brasil. Compartilhar e colocar em diálogo distintas experiências deste outro modo de existir para que se incremente mais e mais sua circulação.

As línguas indígenas não apenas preservam a história e a violência sofrida, mas também contêm a memória da gestão da “fábrica de mundos”. A administração colonial das culturas indígenas envolve apagar suas línguas.
O evento, que promove o retorno dessas línguas à esfera pública, terá duas mesas de debates com pesquisadores e autoridades indígenas, além da performance vocal de Carlos Tukano (RJ).
Curadoria: Ailton Krenak, Andreia Duarte e Suely Rolnik.
Confira a programação na página:

https://www.outramargem.art/lingua-mae

 


Saiba mais:

https://www.pretajoia.com/2024/05/lingua-mae-linguas-indigenas-com-ailton.html

 

 

 

STF apoia iniciativa de guias eleitorais em cinco línguas indígenas

Material foi lançado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará.

em 09/05/2024

 

Em comemoração ao “Abril Indígena”, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) lançou cinco guias bilíngues para algumas das populações indígenas que vivem no estado.

A iniciativa, apoiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta de forma didática informações importantes sobre o processo eleitoral, como noções básicas sobre o voto, as campanhas eleitorais, o dia das eleições e a segurança da votação eletrônica.

Entre as 34 línguas indígenas faladas no Pará, foram escolhidas a Mebêngokrê, do tronco linguístico Jê; a Wai-Wai, do tronco linguístico Karib; e as línguas Munduruku, Nheengatu e Tenetehara, todas ligadas ao tronco linguístico Tupi.

O material faz parte do “Projeto Exercendo a Cidadania” e foi produzido em parceria com a Universidade do Estado do Pará (UEPA), a Secretaria dos Povos Indígenas e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Constituição indígena

Em julho de 2023, em ação inédita, o STF lançou a primeira Constituição brasileira traduzida para a língua indígena Nheengatu.

A CF em Nheengatu foi feita por um grupo de 15 indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós, em comemoração ao marco da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) das Nações Unidas.

Para acessar a CF em Nheengatu, clique aqui.

Leia a matéria na fonte: https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=536460&ori=1


 

Saiba mais puxando a rede IPOL____________________________

 

.  Programa Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas

O projeto visa construir instrumentos de efetivação plena dos direitos de cidadania dos povos indígenas. A efetivação de direitos e garantias individuais e coletivas tem amparo na Constituição Federal, precisamente nos artigos 1º e 3º, quando, respectivamente, estabelece a cidadania como fundamento do Estado Democrático de Direito, e constitui objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária. É também objetivo promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Aos povos indígenas são reconhecidas sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições (art. 231, da CF/88). Entretanto, a realidade dos povos indígenas, nomeadamente no que tange à efetivação dos direitos decorrentes da cidadania tem se mostrado cada vez mais desafiadora. A inclusão sociopolítica dos povos indígenas pressupõe dialogo e conhecimento dos obstáculos que prejudicam o exercício pleno da cidadania. Acesse o link abaixo e confira cartilhas, vídeos e relatórios do Programa.

https://www.tre-to.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/inclusao-sociopolitica-dos-povos-indigenas

. Em 2018 foi realizado no estado de Tocantins o Projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas.

TRE-TO lança cartilhas bilíngues e traduz informações eleitorais para línguas indígenas do Tocantins

3ª ediçãoSérie Abril Indígena - TRE do Tocantins - 13.04.2023

A Justiça Eleitoral do Tocantins imbuída da missão de promover o pleno exercício e aperfeiçoamento da democracia lançou na tarde desta segunda-feira (24/9), quatro cartilhas bilíngues editadas em português e nas línguas maternas dos povos Panhi, (Apinajé), Iny (Karajá – Javaé – Xambioá), Meri (Krahô), Povo Akwe (Xerente). As publicações integram o projeto de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas e, de forma bastante didática, fornecem ao eleitor indígena informações importantes para que todos possam compreender e participar de forma consciente e efetiva do processo eleitoral.

Acesse o link para saber mais:

https://www.tre-to.jus.br/comunicacao/noticias/2018/Setembro/tre-to-lanca-cartilhas-bilingues-e-traduz-informacoes-eleitorais-para-linguas-indigenas-do-tocantins

. Em 2020 Eleições 2020: Justiça Eleitoral do Tocantins lança série de vídeos voltados ao eleitor indígena

Programa Inclusão Sociopolítica dos ...

Ao todo oito vídeos voltados ao eleitor indígena foram produzidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) e contam com a participação de indígenas para promover a inclusão cidadã e incentivar a participação política dos povos indígenas. A iniciativa faz parte do projeto de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tocantins, realizado desde 2017, e que é um programa permanente do TRE-TO.

https://www.tre-to.jus.br/comunicacao/noticias/2020/Agosto/eleicoes-2020-justica-eleitoral-do-tocantins-lanca-serie-de-videos-voltados-ao-eleitor-indigena

Acesse o canal do TRE-TO no Youtube para assistir a série de vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=a3qgsKuzECw&list=PLdNdie2j-5WJYwZ_qaRvVy4b7uaCzur2L&index=1

 

.  Abril Indígena: TRE do Tocantins realiza programa de inclusão sociopolítica dos povos originários

Série Abril Indígena 10.04.2023

São diversas ações, como cartilha bilíngue, vídeos, momentos de conversa, orientação e troca de experiências em comunidades de diferentes etnias. Acesse a matéria no link abaixo:

https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Abril/abril-indigena-tre-do-tocantins-realiza-programa-de-inclusao-sociopolitica-dos-povos-originarios

 

Com chamamentos públicos inéditos, MPI fortalece ações diretas de valorização dos povos indígenas

A iniciativa soma R$ 7,7 milhões de apoio financeiro a projetos sob quatro temáticas; inscrições começam em 10 de maio e poderão ser feitas na língua materna dos indígenas

 

Fotografia Tharson Lopes

Ministério dos Povos Indígenas (MPI) acaba de lançar uma série de editais de chamamento público, passo essencial rumo à execução de quatro novas linhas de ação focadas nos povos originários. Por meio desse mecanismo, o MPI concederá apoio financeiro a projetos desenvolvidos sob as temáticas “Ancestralidade viva: apoio e incentivo à cultura dos povos indígenas”, “Programa Esporte nas Aldeias”, “Karoá: Fortalecimento das mulheres indígenas do bioma caatinga na gestão socioambiental de seus territórios” e “Apoio à agricultura ancestral e produção de florestas que promovam a cultura alimentar dos povos indígenas”.

Poderão participar pessoas físicas maiores de 18 anos, pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, coletivos e comunidades indígenas. As inscrições, gratuitas, serão abertas às 9h do dia 10/05/2024 e se encerrarão às 17h59min do dia 10/06/2024. De maneira inovadora, serão admitidas propostas de coletivos indígenas (sem CNPJ), em formato escrito ou oral, admitida, inclusive, inscrição na língua materna do povo indígena. A divulgação dos projetos selecionados está programada para ocorrer até o dia 29/7/2024. Os resultados serão publicados no site do Ministério dos Povos Indígenas e no Diário Oficial da União.

A Secretaria Nacional de Articulação e Promoção aos Direitos Indígenas do MPI é a instância responsável pelo processo de seleção e aprovação das propostas. Os editais terão validade de um ano, a contar da data de homologação do resultado final. Os critérios de seleção e classificação estão especificados em cada um dos editais, com grau de pontuação e peso de cada um dos pontos exigidos.

Detalhamento

“Ancestralidade viva: apoio e incentivo à cultura dos povos indígenas” é o tema que norteia o Edital de chamamento público — Portaria GM/MPI nº 16/2024. A iniciativa fornecerá apoio financeiro a 50 propostas que visem a promoção da cultura e dos saberes indígenas, garantindo visibilidade e autonomia dos povos indígenas, com aporte global de R$ 1,3 milhão, nas modalidades “Festas Tradicionais e Festivais Indígenas”.

O edital especifica uma série de objetivos almejados. Uma das metas é a de promover e apoiar projetos culturais indígenas, com foco no fortalecimento das práticas tradicionais dos povos indígenas, visando a manutenção e a produção das atividades culturais nos territórios e possibilitando o intercâmbio e a troca de conhecimentos tradicionais entre os povos. A iniciativa está alinhada à meta de impulsionar ações voltadas à memória, cultura, línguas e saberes dos povos indígenas.

Já o Edital de chamamento público — Portaria GM/MPI nº 15/2024, focará no apoio de práticas de esportes nas aldeias, valorizando a cultura e o protagonismo esportivo indígena, no âmbito do Programa Esporte nas aldeias. Será concedido apoio financeiro a projetos que contemplem atividades esportivas das comunidades indígenas, com a seleção de quatro projetos por região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), ou seja, totalizando 20 projetos. O aporte global será de R$ 1 milhão nessa linha de atuação.

Entre diversos objetivos, esse edital visa promover e apoiar projetos de escolinhas de esportes indígenas e não indígenas, com foco no fortalecimento das práticas tradicionais e culturais dos povos indígenas, visando a manutenção e divulgação das atividades esportivas nas aldeias, como elemento cultural das comunidades indígenas. Também está previsto o objetivo de conceder bolsas para atletas indígenas que estão competindo em clubes esportivas nas variadas modalidades.

O tema “Apoio à agricultura ancestral e produção de florestas que promovam a cultura alimentar dos povos indígenas” é o foco do Edital de chamamento público — Portaria GM/MPI nº 17/2024. Ao lançar essa linha de atuação, o MPI está considerando a necessidade de fortalecer as iniciativas em territórios indígenas, especialmente fora do contexto amazônico. Dessa forma, serão apoiadas ações em Terras Indígenas situadas nos biomas Pantanal, Mata Atlântica, Pampa, Caatinga e Cerrado (52% do território nacional), que enfrentam ameaças de degradação ambiental e desmatamento. Essas áreas abrigam mais de 150 povos indígenas.

Serão contemplados dez projetos de até R$ 200 mil, cada. Ou seja, os recursos previstos para a esta linha de ação somam R$ 4,8 milhões. Entre os objetivos específicos desse edital estão os de restaurar áreas degradadas com espécies nativas e monitorar as mudanças nos ecossistemas nos vários biomas brasileiros; promover a transição ecológica e preservar a biodiversidade e garantir a segurança alimentar e nutricional.

Por fim, o Edital de chamamento público – Portaria GM/MPI nº 18/2024, que trata da temática “Karoá: Fortalecimento das mulheres indígenas do bioma caatinga na gestão socioambiental de seus territórios” será realizado no âmbito do Programa Mosarambihára: Semeadores do Bem Viver para Cura da Terra. Por meio dessa linha, o MPI concederá apoio financeiro a 20 propostas de até R$ 30 mil, voltadas para atividades de gestão socioambiental realizadas pelas mulheres indígenas do bioma Caatinga, com aporte total de R$ 600 mil.

Esse edital estabelece uma série de objetivos específicos a serem buscados, incluindo a recuperação e proteção de nascentes e rios do bioma; apoio à constituição de bancos de sementes tradicionais e crioulas nos territórios indígena, promovendo redes de trocas e circulação intealdeias de sementes de interesse. Todas as ações deverão contar com o protagonismo das mulheres indígenas.

 

Siga a leitura sobre editais na página:

https://www.gov.br/povosindigenas/pt-br/assuntos/editais/com-chamamentos-publicos-ineditos-mpi-fortalece-acoes-diretas-de-valorizacao-dos-povos-indigenas

Destruição da Amazônia reduz etnia Akuntsu a apenas 3 mulheres

.

As três últimas sobreviventes da etnia indígena Akuntsu vivem nas matas da terra indígena Rio Omerê, no sudeste de Rondônia

Metrópoles:

 atualizado 

Foto colorida das últimas mulheres Akuntsu - Metrópoles

Fotografia: Luciana Keller

A pressão ao longo de décadas de colonizadores e desmatadores reduziu uma das pouco mais de 300 etnias indígenas do Brasil a apenas três representantes. Três mulheres que, no coração da Amazônia, guardam a cultura, a memória e história da etnia Akuntsu, que ocupa a terra indígena Rio Omerê, no sudeste de Rondônia.

Apesar das leis feitas para proteger os povos indígenas, o Estado demorou demais para os Akuntsu, que, quase extintos, não têm o que celebrar no Dia dos Povos Indígenas, que foi na sexta-feira (19/4). As sobreviventes são consideradas indígenas de recente contato, não possuem o português como língua e estão inseridas no tronco linguístico Tupi.

O território delas passou por diversas ameaças num passado recente, em especial a entrada de não indígenas que tinham interesse em ocupar o território. É o que explica Luciana Keller, doutoranda em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB) e assessora indigenista do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI), que realizou pesquisa sobre a etnia.

“Esse coletivo está habitando uma região no arco do desmatamento no sul de Rondônia. É uma região que sofreu muito com os com os projetos de colonização de desenvolvimento ao longo das décadas de 1970 e 1980”, explica a antropóloga.

A especialista destaca que a colonização do território ancestral foi o maior pivô para a morte do povo Akuntsu, mas conta que conflitos entre coletivos indígenas influenciaram no perecimento da população

As mulheres que sobreviveram são Pugapia, Aiga e Babawru. Não se sabe ao certo a idade delas, mas a estimativa é de que Pugapia tenha em torno de 60 anos, Aiga por volta de 50 anos e Babawru entre 35 e 39 anos.

Foto colorida das últimas mulheres Akuntsu - Metrópoles

Fotografia: Luciana Keller

Fotografia: Luciana Keller

Luciana relata que, seguindo a cultura dos Akuntsu, o nome de cada uma pode mudar em decorrência do tempo ou das experiências vividas. “Os nomes contam sobre um estado da pessoa, sobre um momento e ao longo da vida, dependendo da fase, muda o nome. Então Babawru, por exemplo, antes gostava de ser chamada de Canin, que significa criança na língua dos Kanoê”, exemplifica a antropóloga.

As mulheres Akuntsu conservam a ancestralidade por meio do contato com a fauna da Amazônia, em especial as aves. Essa relação harmoniosa com a natureza mantém vivos os conhecimentos transmitidos por gerações – até elas. “É encantador ver as atividades cotidianas girando ao redor dos cuidados com esses animais. Cada animalzinho é alimentado um por um. Elas mastigam um alimento e colocam na boquinha dele. Quando um deles fica doente assim elas ficam super triste”, relata a pesquisadora.

 Relação governamentalO Ministério da Saúde informou que acompanha com regularidade as mulheres Akuntsu, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), mas que há dificuldade de comunicação em decorrência da língua. A pasta completa que elas possuem o esquema vacinal completo e atualizado.

“Em escala de plantão permanente, um técnico de enfermagem fica à disposição durante os 30 dias do mês no posto de saúde localizado dentro da área indígena. Também é oferecido atendimento médico mensal, realizado por um clínico geral. O atendimento odontológico, psicológico e nutricional é semestral ou conforme a necessidade”, menciona o Ministério da Saúde.

Metrópoles entrou em contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) sobre a situação atual das mulheres Akuntsu, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.

Leia a matéria na fonte:

https://www.metropoles.com/brasil/destruicao-da-amazonia-reduz-etnia-akuntsu-a-apenas-3-mulheres

 


Saiba mais puxando a rede IPOL:

. A última dança dos Akuntsu

https://www.survivalbrasil.org/povos/akuntsu

. Líder e último xamã de pequena tribo amazônica morre

7 junho 2016

. Akuntsu, os últimos de uma etnia

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Akuntsu

. Visite a página SURVIVALBRASIL.org

https://www.survivalbrasil.org/sobrenos#our-history

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