Livro em tupi moderno busca fortalecer o idioma na Amazônia

Pesquisadores visitaram o município de São Gabriel da Cachoeira, no Vale do Rio Negro, que tem línguas indígenas declaradas como co-oficiais – Foto: Arquivo
Alunos da USP traduziram histórias de diversas culturas para a língua indígena hoje falada na Amazônia.
Desde 2010, o professor Eduardo de Almeida Navarro, que há 24 anos leciona tupi na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, dá aos seus alunos a tarefa de traduzir um conto para o idioma nheengatu, o tupi moderno. Dessa produção, cerca de 35 histórias foram escolhidas para integrar o livro Histórias em Língua Geral da Amazônia, organizado pelo professor e por seu doutorando Marcel Twardowsky Ávila e publicado pelo Centro Ángel Rama de Estudos Latino-Americanos da USP. Continue lendo
“O Estado tem avançado em algumas políticas sociais, porém, não tem sido suficiente para atender a todos”, avalia professora Teodora
No ano em que a Reserva Indígena Francisco Horta Barbosa comemora 100 anos, a professora indígena Guarani Ñandeva, Teodora de Souza, conta um pouco sobre os objetivos do governo ao criar a Reserva, bem como, as dificuldades e necessidades do povo indígena, na atualidade.
O início da escolarização e os avanços nesta área são destacadas pela educadora, que acredita na educação escolar como mecanismo de valorização e revitalização da cultura indígena, dando lugar aos Saberes Indígenas na Escola no mesmo nível de importância de outros conhecimentos ocidentais. Continue lendo
Sérgio Andrade, Felipe Bragança e a representação indígena no cinema nacional
O cinema brasileiro se voltou aos assuntos indígenas em dois dos principais filmes nacionais lançados em 2017.
Sérgio Andrade e Fábio Baldo trouxeram a relação desta população dentro de um contexto urbano e com a questão LGBT inserida neste cenário com a produção rodada em Manaus, “Antes o Tempo não Acabava”. Já Felipe Bragança foi até a fronteira Brasil-Paraguai juntando não-atores guaranis com a estrela global, Cauã Reymond, na aventura “Não Devore Meu Coração”.
No meio do processo de realização da ficção científica “A Terra Negra dos Kawá”, Sérgio Andrade encontrou Felipe Bragança visitando Manaus para um bate-papo com Diego Bauer, do Cine Set. Continue lendo
Indígenas conquistam espaço em universidades públicas brasileiras
Estudantes indígenas participam, neste sábado (28), de processo seletivo para ingresso em cursos da Universidade de Brasília (UnB). Ao todo, 716 candidatos tiveram inscrição homologada e concorrem a uma das 72 vagas em 21 cursos de graduação da UnB.
O chamado vestibular indígena é composto por duas fases: na primeira, prova objetiva e redação; na segunda, análise de documentação e entrevista. Ambas serão realizadas nas cidades de Brasília; Águas Belas, em Pernambuco; Baía da Traição, na Paraíba; Cruzeiro do Sul, no Acre; Manaus e Lábrea, no Amazonas; e Macapá. Os 716 candidatos que tiveram a inscrição homologada concorrem a uma das 72 vagas em 21 cursos de graduação da universidade.
A UnB foi a pioneira na adoção do vestibular indígena, mas há três anos não realizava esse processo seletivo, que é parte do acordo de cooperação técnica entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Fundação Universidade de Brasília (FUB). Continue lendo
IX Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia
As Amazônias e as Áfricas ensejam uma visão panorâmica de mundos marcados por uma grande heterogeneidade étnica, linguística e cultural. O desafio de transitar pelas temáticas que envolvem essas macro-regiões vem sendo assumido em diferentes edições do Colóquio Internacional que ora apresentamos. O evento tem se constituído em um fórum de discussões para inquietações acadêmicas, para o desafio de lidar com os conteúdos de Amazônia e África em sala de aula, mas também para os embates cotidianos sobre a questão do uso e posse da terra nessas regiões, bem como para a luta contra todo tipo de preconceito e pelo reconhecimento da diferença como elemento chave para a construção dos direitos à coisa pública e ao espaço público em condições dignas de cidadania.
Ao longo de quase uma década, o evento tem buscado não apenas o fortalecimento dos grupos de pesquisa existentes e o surgimento de redes interinstitucionais de pesquisas sobre as Áfricas e as Amazônias, mas também a ampliação dos debates e ações sobre a aplicação dos dispositivos constantes das leis 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, que tornam obrigatório o ensino de Arte e História da África, dos afrodescendentes e dos povos indígenas nos diferentes níveis de ensino. Continue lendo
I Seminário de Línguas Indígenas do Sul da Mata Atlântica
Nos dias 13 e 14 de novembro acontecerá na UFSC o I Seminário de Línguas Indígenas do Sul da Mata Atlântica: Guarani, Kaigang e Xokleng, evento promovido pelo curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (UFSC) e pelo Programa de Pós-graduação em Linguística (UFSC). O objetivo do Seminário é promover diálogos/debates/falas a respeito das políticas que envolvem as línguas indígenas nos cursos de Licenciatura Intercultural Indígena bem como na esfera acadêmica de uma forma geral.
Teremos conferências, mesas-redondas e grupos de trabalho com a participação de professores e estudantes indígenas das três etnias.
Venha participar e aprender com todas elas e eles!
Fonte: EventBU