Aprovado uso de línguas moçambicanas nas assembleias provinciais
Aprovado uso de línguas moçambicanas nas assembleias provinciais
Pela primeira vez, as línguas moçambicanas serão usadas como instrumento de trabalho nas assembleias provinciais do país, pondo fim ao exclusivo que era reservado ao português, a língua oficial. A decisão foi tomada em julho passado (14) pelo Conselho de Ministros.
Moçambique é um dos países onde o português tem o estatuto de língua oficial, mas é falada essencialmente como segunda língua pela maioria da população, que se comunica nas línguas locais. É “um grande avanço quando se diz que um membro da Assembleia Provincial está autorizado a usar a sua língua e que o órgão tem de criar condições de tradução e interpretação nas línguas que ele usar naquele local”, considera o docente e investigador de línguas moçambicanas Armindo Ngunga. “Se estamos a falar de democracia, não pode haver participação se as pessoas não usarem a língua que melhor dominam”, acrescenta Armindo.
Livro “Políticas Linguísticas Brasil-África: Por uma perspectiva crítica”
Livro “Políticas Linguísticas Brasil-África: Por uma perspectiva crítica”
Autores: Cristine G. Severo e Sinfree Makoni
ISBN: 978-85-7474-856-6
Páginas: 136
Peso: 285g
Ano: 2015
Capa: Rodrigo Poeta
Editora: Insular Livros
Coleção Linguística: Volume 5
Este livro integra a Coleção Linguística da Editora Insular. Trata-se de uma obra que explora, do decorrer de seis capítulos, os conceitos de língua que permeiam as políticas e planejamentos linguísticos no contexto colonial do Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde. O livro propõe uma leitura crítica da lusitanização tida como um dispositivo colonial que enredou, no contexto da colonização portuguesa, línguas, geografias, pessoas, experiências e modos de ver o mundo. Os capítulos abordam as relações coloniais que envolveram as ideias de língua, raça, religião e escravização, com seus efeitos contemporâneos presentes na formação dos Estados Nacionais e na ideia de nação. O livro explora uma abordagem teórica em diálogo com a Linguística Colonial e as Políticas Linguísticas Críticas e visa contribuir, de forma mais ampla, para os estudos que se voltam para as relações Brasil-África.
‘Línguas africanas’ são tema de seminário internacional na UFSC
‘Línguas africanas’ são tema de seminário internacional na UFSC
Gisele Flôres
O projeto Kadila: Culturas e Ambientes, em parceria com o Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (Nuer) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Agostinho Neto (Angola), promove o Seminário Internacional de Línguas Africanas. O evento será realizado nos dias 3 e 4 de agosto, na sala Drummond do bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Entrada franca e inscrições através do e-mail linguasafricanas@gmail.com.
Sheng, uma nova língua na África
Sheng, uma nova língua na África
Na edição 2015 do eLearning Africa – International Conference on ICT for Development, Education and Training (site | facebook), realizada em maio passado na capital da Etiópia, Adis Abeba, uma das apresentações teve como tema a plataforma queniana Go Sheng. Sediada em Nairóbi, no Quênia, a plataforma objetiva promover a língua sheng.
No texto do site eLearning Africa 2015 noticiando esse destaque de sua programação (acesse o texto aqui), afirma-se que a língua sheng “combina línguas como o suaíli, o inglês e um número de línguas tribais do Quênia, juntamente com um pouco de árabe, hindu, francês, alemão, espanhol e italiano. Ela nasceu nas ruas de Nairóbi, em algumas áreas mais severamente afetadas pelas erupções de violência pós-eleições em 2007-2008”. O texto também destaca que essa “nova língua africana está ajudando a reduzir as tensões e unir as pessoas jovens em áreas anteriormente separadas pela violência entre os grupos”.
Oficialização do crioulo divide opiniões em Cabo Verde
Oficialização do crioulo divide opiniões em Cabo Verde
Eugénio Teixeira
A oficialização do crioulo em Cabo Verde está no centro de uma polémica política e linguística que desperta paixões no país. No final da anterior legislatura, em 2010, o Parlamento não aprovou a oficialização da língua nacional e o Governo volta à carga, anunciando que pretende avançar com o processo antes do final da actual legislatura, que termina em 2016.
Prossegue debate em Cabo Verde sobre oficialização do crioulo
Com 800 horas de gravação na África, Cine Group desvenda continente africano para brasileiros
Com 800 horas de gravação na África, Cine Group desvenda continente africano para brasileiros
Nesta segunda-feira (25), comemora-se o Dia de África, data instituída pela ONU para simbolizar a luta dos povos africanos pela independência
A África sob o olhar brasileiro: é isso que a Cine Group (site | facebook | youtube) vem fazendo há sete anos, tornando-se a única produtora de audiovisual do Brasil especialista em produzir documentários sobre o continente africano. São mais de 800 horas de gravação em solo africano. A empresa já esteve em 34 dos 55 países do continente, fez a primeira novela de Moçambique (N’Txuva), série de culinária e telecurso em idiomas locais, além de trazer para o Brasil documentários e séries de TV sobre a cultura, a força e a diversidade da África.