Fronteira

Nova publicação do IPOL: Mapas linguísticos do OBEDF

capa-mapas-obedfNova publicação do IPOL: Mapas linguísticos do OBEDF

O resultado da pesquisa apresentada nesta publicação, na forma de mapas linguísticos, constitui um panorama sobre as línguas declaradas como sendo faladas pela comunidade escolar dos municípios de Ponta Porã (MS), Guajará-Mirim (RO) e Epitaciolândia (AC), observando os modos de uso e lugares de circulação das diferentes línguas e dando visibilidade para esse traço evidentemente importante da região fronteiriça, que se singulariza pela diversidade linguística e cultural. O objetivo do livro é apresentar espacialmente as línguas que circulam nas zonas de fronteira pesquisadas e proporcionar aos professores e alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio elementos para discussão em sala de aula sobre a diversidade linguística no Brasil.

Acabamos de receber da gráfica os exemplares de nossa mais recente publicação: o livro OBEDF – Observatório da Educação na Fronteira: Mapas Linguísticos, de Márcia R. P. Sagaz e Rosângela Morello (Florianópolis: IPOL; Editora Garapuvu, 2014, 40p.).

 Diante do quadro de promoção e reconhecimento das línguas brasileiras nos últimos anos, uma questão motivou a realização do projeto Observatório da Educação na Fronteira (OBEDF): “se há tantas línguas no Brasil, como as crianças que aprenderam a falar em outra língua e não sabem ou sabem pouco português aprendem a ler, a escrever, a fazer contas e outros conteúdos quando vão à escola brasileira?”.

Assim, o projeto OBEDF, financiado pela Coordenação de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), através do Edital 038/2010/CAPES/INEP, com coordenação interinstitucional envolvendo a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal de Rondônia (Unir), no âmbito do Observatório da Educação (OBEDUC/CAPES) e escolas da rede pública de ensino dos municípios de Ponta Porã (MS), Guajará-Mirim (RO) e Epitaciolândia (AC), desenvolveu suas atividades entre 2010 e 2013.

Nesse contexto, o projeto OBEDF, em parceria com o IPOL, realizou, dentre outras ações, uma série de levantamentos, constituindo um quadro sobre as línguas declaradas como sendo faladas pela comunidade escolar dos três municípios citados acima, observando os modos de uso e lugares de circulação das diferentes línguas e dando visibilidade para esse traço evidentemente importante da região fronteiriça, que se singulariza pela diversidade linguística e cultural.

A partir dos levamentos, o IPOL responsabilizou-se então pela condução das pesquisas do diagnóstico para o qual contou com uma equipe formada por linguistas e profissionais de Letras e também com a colaboração de bolsistas de graduação e pós-graduação do OBEDF nas discussões que nortearam o trabalho.

O diagnóstico da situação das línguas nas escolas tem como objetivo amplo conhecer as línguas que os alunos, o corpo docente, o pessoal de apoio/funcionários e os gestores falam, conhecem, entendem e com as quais se identificam, assim como o contexto de imersão, a cidade,a fronteira. Com essas informações, objetiva-se proporcionar aos docentes e gestores reflexão sobre a presença de outras línguas, além do português, nas escolas.

Os mapas linguísticos do OBEDF foram desenvolvidos a partir dos dados coletados no diagnóstico sociolinguístico por equipe multidisciplinar e têm como foco apresentar espacialmente as línguas que circulam nas zonas de fronteira pesquisadas e proporcionar aos professores e alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio elementos para discussão em sala de aula sobre a diversidade linguística no Brasil.

Professores de todas as áreas podem lançar mão desta publicação. As áreas do conhecimento, tais como Geografia, Matemática, História, Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras, encontram aqui elementos para discussão e pesquisa de ensino-aprendizagem que podem ser desenvolvidas em sala de aula.

Assim, a pergunta sobre as crianças, suas línguas e seu aprendizado na escola motivou-nos a realizar este trabalho. Acreditamos que a partir dele muitos outros questionamentos podem estimular professores e alunos à construção do conhecimento.

O livro tem distribuição gratuita e será enviado para instituições de ensino (escolas, universidades) durante o ano de 2015. Se o pesquisador ou o professor quiser um exemplar, precisa entrar em contato pelo e-mail ipol.secretaria@gmail.com solicitando o envio. As despesas de correio são por conta do solicitante.

Apresentamos a seguir o Sumário da publicação.

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Foto: Márcia Sagaz (clique na imagem para ampliar)

Sumário
Apresentação
1 Diagnóstico Sociolinguístico
1.1 Escolas participantes
1.2 Dados coletados
2 As cidades e seus aspectos linguísticos
Ponta Porã (MS): fronteira seca
Guajará-Mirim (RO): pérola do Mamoré
Epitaciolândia (AC): município independente
3 Mapeamento das línguas
3.1 Guia de Símbolos
3.2 Línguas Declaradas
3.3 Sobre os Mapas: Arranjo Geral
Mapa 1 – Línguas declaradas / Línguas indígenas declaradas
Mapa 2 – Arranjo geral
3.4 Sobre os Mapas: Mapas Temáticos
Mapa 3 – Espanhol Proficiência em Leitura
Mapa 4 – Espanhol língua materna – Língua do lar
Mapa 5 – Guarani língua materna – Língua do lar / Guarani âmbitos de uso
Mapa 6 – Espanhol âmbitos de uso
Mapa 7 – Atitudes linguísticas
Mapa 8 – Português língua materna – Língua do lar e âmbitos de uso
Referências

Defesa de Tese de Doutorado a partir de pesquisa no âmbito do OBEDF

“Gestão do multi/plurilinguismo em escolas brasileiras na fronteira Brasil-Paraguai”

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Nesta terça, 24 de fevereiro de 2015, será realizada, no Campus da UFSC, a defesa da tese intitulada “Gestão do multi/plurilinguismo em escolas brasileiras na fronteira Brasil-Paraguai”. A tese de autoria de Isis Ribeiro Berger, bolsista do OBEDF (Observatório da Educação na Fronteira) e aluna do programa de pós-graduação em Linguística da UFSC, foi desenvolvida sob a orientação do Prof. Dr. Gilvan Muller de Oliveira.

O trabalho aborda a gestão da presença e do lugar das línguas nos espaços de escolas brasileiras situadas na fronteira Ponta Porã (Brasil) – Pedro Juán Caballero (Paraguai) e parte de pesquisa realizada de 2011 a 2013 entre educadores de duas escolas situadas em Ponta Porã, no âmbito do Projeto Observatório da Educação na Fronteira coordenado pela Profª Drª Rosângela Morello.

A pesquisa participa de um conjunto de ações com vistas à construção de um espaço de visibilidade das demandas linguístico-educacionais existentes nas fronteiras, que tem sido possível no recente quadro político, que vem tornando visíveis tanto a coexistência de línguas no âmbito do território nacional como a compreensão das fronteiras enquanto potenciais espaços à integração.

Abaixo apresentamos o Resumo da tese.

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Disponibilizada versão digital do livro “Lingua e identidade na fronteira galego-portuguesa”

capaDisponibilizada versão digital do livro “Lingua e identidade na fronteira galego-portuguesa”

Lingua e identidade na fronteira galego-portuguesa / Xulio Sousa, Marta Negro Romero, Rosario Álvarez, editores. Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega, 2014. 283 p. (Ensaio & Investigación) DL. C 1656-2014. — ISBN 978-84-92923-60-1. Baixar aquí o pdf.

A fronteira entre Galicia e Portugal ten sempre a capacidade de atraer unha atención inquiridora e de provocar sentimentos encontrados. Di Castelao que non se soubo o que lle respondeu o vello ao rapaciño que, na beira do Miño, formulou en voz alta o pensamento – ou sentimento – que a tantos trae aqueloutrados, «E os da banda d’alá son máis estranxeiros que os de Madrí?». Deulle forma de pregunta ao seu desconforto ante o paradoxo, mais é probable que non agardase unha resposta.

Desde longa data, cada certo tempo, en espazos de encontro entre lingüistas galegos e portugueses, a conversa, a ollada, o interese… viñan recalando na raia que asemade nos une e nos separa, de modo que paseniñamente se foi facendo urxente colocar no centro da nosa atención esta fronteira galego-portuguesa que todos dan en dicir que está entre as máis antigas de Europa. Pouco sabemos dos criterios con que foi trazada en orixe nin, polo tanto, en que medida respondía a trazos antropolóxicos, lingüísticos, xeográficos ou doutro teor. A raia atravesou as terras do antigo reino de Galicia e partiu en dous o territorio constitutivo do protorromance galego, do que logo habían xurdir a lingua galega e a lingua portuguesa.

Fonte: Consello da Cultura Galega

Vídeos do Congresso Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação analisam questões linguísticas

congressoVídeos do Congresso Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação analisam questões linguísticas

A Organização de Estados Ibero-Aamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) realizou em Buenos Aires-Argentina, entre os dias 12 e 14 de novembro de 2014, o Congresso Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação, cujo tema foi “Avançando juntos em direção às Metas Educativas Ibero-Americanas 2021”.

Foram disponibilizados os vídeos de algumas mesas, conferência e entrevistas.  Clique aqui para visualizá-los.

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6º Festival Internacional de Cinema da Fronteira

6º Festival Internacional de Cinema da Fronteira

6festivalO 6º Festival Internacional de Cinema da Fronteira será realizado de 24 a 29 de novembro em Bagé-RS. Para maiores informações acesse aqui o site do evento e aqui sua página no Facebook.

O Festival Internacional de Cinema da Fronteira acontece anualmente na cidade de Bagé, na fronteira Brasil – Uruguai. Território de intercâmbio cultural, onde se visualiza uma identidade própria, observada nos ritos, nos mitos, na fala, nas festas populares, nas expressões corporais e na religiosidade. A cidade de Bagé, mesmo com as recentes políticas modernizantes, ainda guarda na sua contemporaneidade elementos de origem, valores oníricos que nos aproximam do sentimento primitivo, uma vaga lembrança dos antepassados, um misto de tradição e modernidade. Nela os viajantes encontram refúgio na horizontalidade do pampa e na beleza antiga dos casarios meridionais. Estar em Bagé é ter a estranha sensação de compreender claramente que todas as manifestações culturais são expressões de um patrimônio imaterial que aciona imaginários adormecidos. Pensando nisso, as diversas manifestações culturais precisam ser levadas em conta quando se projetam formas alternativas de desenvolvimento. Diante desse cenário, o cinema surge não só como fator de desenvolvimento econômico, cultural e social da região, mas, principalmente, como potencializador de uma outra economia, outras formas de narrar a nossa história, em suma, outras formas de sociabilidade, que apostam no alargamento das fronteiras e na valorização da diversidade da região.

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Unila abre inscrições para mestrado em Integração Contemporânea da América Latina

Unila abre inscrições para mestrado em Integração Contemporânea da América Latina

unilaCandidatos passarão por duas fases no processo seletivo para ocupar uma das 15 vagas ofertadas

Nesta segunda-feira (13) foram abertas as inscrições para o curso de mestrado em Integração Contemporânea da América Latina, que seguem até o dia 17 de novembro. O edital que disciplina o processo seletivo pode ser conferido aqui. Mais informações podem ser obtidas no site do PPG-ICAL, em www.unila.edu.br/mestrado/ical.

Estão abertas 15 vagas gratuitas para esta que será a segunda turma do programa. As vagas são destinadas, preferencialmente, a candidatos latino-americanos, graduados na área de Ciências Humanas e Sociais, Linguística, Letras e Artes. Na distribuição das vagas, será considerada a proporcionalidade entre brasileiros e demais latino-americanos. O quadro docente é composto por professores efetivos e seniores da UNILA, além de docentes externos. Continue lendo

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