Política linguística e educacional no ensino superior no Amazonas: línguas e produção de conhecimentos
A Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável é um curso em línguas indígenas e português destinado à formação em nível superior de professores e pesquisadores indígenas.
Considerado o município mais plurilíngue do Brasil, São Gabriel da Cachoeira no estado do Amazonas Em 2002, atendendo a uma demanda de entidades constituídas e representadas pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), decretou oficiais no município as línguas indígenas Tukano, Baniwa e Nheengatu. Para atender esta demanda linguística de forte representação social na cidade, a licenciatura é oferecida pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para indígenas de três pólos território-lingüísticos: Baniwa, Tukano e Nheegatu.
O aumento do número de estudantes indígenas formados no nível médio que desejavam continuar seus estudos fizeram com que organizações do movimento indígena passassem a formular reivindicações quanto ao acesso ao ensino superior.
Refletindo as políticas no sentido de ampliar e respeitar a pluralidade linguística das mais diversas etnias e culturas presentes no território Brasileiro, o ensino em língua indígena facilita a preservação destas, na Proteção e a Promoção da diversidade das expressões culturais e de garantias de direitos das minorias étnicas e linguísticas, fazendo com que os falantes do Baniwa, Tukano e Nheegatu exerçam sua cidadania na sociedade brasileira.
A licenciatura indígena está sob responsabilidade do Conselho Universitário Consultivo e Deliberativo do Curso, composto pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), pela UFAM, pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de São Gabriel da Cachoeira, e pela Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) do Amazonas, por representantes discentes das turmas Baniwa, Tukano e Nheegatu, coordenadores indígenas de cada turma, lideranças tradicionais e representantes docentes.
Mais informações : http://www.ensinosuperiorindigena.ufam.edu.br/
Países lusófonos querem reforçar a presença do português no mundo
Conforme Gilvan Muller, a próxima cúpula da CPLP que atualmente integra oito países onde se fala português (o Brasil, Portugal, cinco países de África e Timor-Leste) vai aprovar em julho de 2014 o chamado Plano de Ação de Lisboa, visando a promoção e a difusão da língua de Luís Camões à escala mundial.
O diretor-executivo do Instituto que faz parte integral da CPLP, destacou o papel do português como “uma das grandes línguas de comunicação internacional, multinacional partilhada por cidadãos de diferentes países e comunidades”.
O Plano de Ação de Lisboa (igualmente ao antigo Plano de Ação de Brasília de 2010) define várias áreas de estratégia, grandes setores de atuação, dos estados-membros da CPLP, frisou Gilvan Muller:
“Em primeiro lugar, visa a promoção do português como uma língua de organizações internacionais. Em segundo lugar, pretende reforçar a presença do português na Internet e no mundo digital. Em terceiro lugar, implica a difusão da língua portuguesa junto às diásporas em todo o mundo, e em quarto lugar, visa a desenvolvimento das outras línguas no espaço da CPLP.”
A CPLP é um conjunto de países com muitas línguas, disse Gilvan Muller. “Nós temos nos nossos países cerca de trezentas e trinta e nove línguas que convivem com o português”.
Por uma educação plurilinguística
Em 21/03/2014 aconteceu a defesa da Tese de Doutorado na área/especialidade de Estudos da Linguagem/Linguística Aplicada, intitulada “Ações de promoção da pluralidade linguística em contextos escolares”, de Ingrid Kuchenbecker Broch sob a orientação do Prof. Dr. Cléo Vilson Altenhofen (UFRGS), cuja Banca Examinadora foi composta pelas professoras, Dra. Karen Pupp Spinassé (UFRGS), Dra. Neusa Inês Philippsen (UNEMAT) e Dra. Rosangela Morello (IPOL), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Acesse aqui a tese na íntegra.
A Tese investiga como se articulam os espaços da diversidade linguística (DL) em contextos escolares, tomando por base a análise de ações de promoção da pluralidade linguística. O termo pluralidade linguística (PL), ou plurilinguismo, é utilizado aqui para designar as competências do indivíduo em mais de uma língua, incluindo uma “postura linguística plural” (ALTENHOFEN & BROCH, 2011, p. 17), em contraposição à diversidade linguística, que representa a “coexistência de línguas diferentes, na sociedade”. Este estudo parte do pressuposto de que não constitui finalidade de uma educação básica “afunilar”, por assim dizer, a escolha por uma determinada língua, e sim “abrir o leque” de possibilidades, valorizando todo e qualquer conhecimento linguístico diverso como parte de uma “competência plurilíngue”.
Alunos da rede pública aprendem línguas para receber turistas na Copa
Crianças e adolescentes estudam sete idiomas na Zona Leste de SP.
Curso acontece em Itaquera, vizinho ao estádio do mundial de futebol.
Alunos da rede pública de ensino de São Paulo estão aprendendo outras línguas, além do português, para receberem turistas durante a Copa do Mundo no Brasil. A abertura oficial do mundial de futebol é no dia 12 de junho, na Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste da capital. Os cursos são gratuitos e são oferecidos vizinhos ao estádio da Copa, no Centro de Línguas (CEL) em Itaquera. A informação é do SPTV.
Crianças e adolescentes estão aprendendo sete idiomas diferentes para falar sobre os pontos turísticos da cidade em outras línguas. Eles estudam inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, mandarim e japonês. O projeto visa preparar os alunos para a Copa do Mundo de 2014. Por causa da proximidade com o estádio, estudantes estão sendo capacitados para atuarem como profissionais multilíngues. O aluno vai aprender numa língua estrangeira a informar localizações, direcionamentos para o estádio, metrô, descrever pontos turísticos da cidade, etc.
O objetivo é que alunos consigam se comunicar em outra língua, e assim, possam trabalhar com turismo na cidade durante os jogos. Um exemplo aconteceu nas aulas de japonês. A professora percebeu que dois alunos estavam com bom desenvolvimento nas aulas e entregou o currículo deles para trabalharem como intérpretes voluntários durante a Copa. Há também o projeto do professor de francês que vai levar seus alunos para os arredores do estádio em dias de jogo para que eles possam ter contato com estrangeiros e pratiquem o idioma com os estrangeiros. No Estado de São Paulo existem 229 centros de línguas. Leia Mais
Declínio nas escolas públicas de línguas Africanas na África do Sul
Johannesburgo – as escolas do ensino médio único público de línguas Africanas caíram de 7,2% do total em 2008, para 4,6% em 2012, anunciou o Instituto de Relações Raciais SA (SAIRR) nesta terça-feira, 18/03.
“A maioria dos alunos aprendem uma língua Africana em fase de fundação, mas mudar para Inglês ou Afrikaans só a partir de Grau 4”, disse o pesquisador do SAIRR Thuthukani Ndebele, em um comunicado. “O declínio no uso de línguas africanas nas escolas não é, evidentemente, uma escolha feita no nível superior, mas é exercida por pais e alunos nos estágios iniciais de escolarização.”
Escolas de ensino único médio usam uma língua de ensino para todos os alunos em todos os graus, e são responsáveis por 44% de todas as escolas públicas. Ndebele disse que o declínio no número de escolas de idiomas Africano único médio foi porque a maioria destas escolas tornou-se dupla, geralmente combinando com o Inglês.
Segundo uma análise, com base em uma resposta do ministro da educação básica a uma pergunta de um parlamentar, constatou que de todas as línguas oficiais da África nas escolas de um único meio, apenas Xhosa viu um aumento: de 278 em 2008 para 317 em 2012. Este foi um aumento de 14%.
A segunda língua africana mais usada em escolas públicas únicas era o Zulu. Entre 2008 e 2012, o número dessas escolas caiu 188-85 [queda de 55%]. Ndebele disse que o Inglês era a língua mais usada em escolas públicas de um único meio, respondendo por 81% dessas escolas em 2012. Mas, essas escolas de inglês cresceram apenas 2% – a partir de 8 522 em 2008, para 8 721 em 2012.
Traduzido de: News24.
Um pouco sobre a língua de sinais
Muitas pessoas pensam que a língua de sinais, em todo o mundo, é igual. No entanto, é importante ressaltar que essa é uma língua natural, com léxico e gramática próprios. Assim, cada comunidade de surdos desenvolveu a sua língua de sinais ao longo dos tempos, assim como cada comunidade de ouvintes desenvolveu a sua língua oral. Existem países que apresentam mais de uma língua de sinais.
Os linguistas que estudaram as diferentes línguas gestuais concluíram que elas apresentam diferenças consideráveis entre si. Além disso, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando necessitam comunicar-se com pessoas que utilizam uma língua diferente. Esses fatores justificam que cada país tenha a sua própria língua gestual. No Brasil, por exemplo, tem-se a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), enquanto que em Portugal existe a Língua Gestual Portuguesa (LGP).
Da mesma forma que acontece nas línguas faladas oralmente, existem variações linguísticas dentro da própria Língua de Sinais, que podem ser consideradas regionalismos ou dialetos. Essas variações ocorrem devido à existência de culturas diferentes e influências diversas no sistema de ensino do país.
Existe ainda uma língua de sinais universal, análoga ao Esperanto, conhecida como Gestuno, que é usada em convenções e competições internacionais.
A língua de sinais também é usada em situações em que pessoas sem quaisquer deficiências visuais ou auditivas necessitem se comunicar, sem que possam utilizar sons. Exemplos disso são a comunicação entre mergulhadores e aquela ocorrida em rituais de iniciação entre aborígenes australianos, em que é proibido falar oralmente por um período de tempo.