Educação Linguística

Lançada edição online da revista do I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do Mercosul (I GELF)

Lançada edição online da revista do I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do Mercosul (I GELF)

Divulgamos a publicação online da revista do I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do Mercosul (I GELF), que pode ser visualizada abaixo:

ideacaoO I GELF foi uma iniciativa idealizada pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL), pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com sede em Cabo Verde-África, e pela União Latina, sediada em Paris. Realizado entre os dias 20 e 22 de julho de 2011, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Foz do Iguaçu-PR na tríplice fronteira, reuniu especialistas de seis países diferentes para ministrar palestras a partir de experiências amplamente diversas, contribuindo, desta forma, para uma discussão coerente das questões que se interpõem à gestão da educação linguística das fronteiras.

Vinculado ao I GELF, a revista Ideação, da UNIOESTE, publicou o dossiê “Gestão em Educação Linguística de Fronteira”, cuja edição online pode ser acessada aqui.

Para maiores informações sobre o I GELF, acesse aqui o site do evento.

Intercâmbio das línguas portuguesa e francesa na fronteira do Amapá

Amapá confirma participação em intercâmbio transfronteiriço de língua portuguesa e francesa.

img-1-small580A Secretária de Estado da Educação do Amapá, Brasil,  reuniu-se com representantes da Reitoria Francesa nas Guianas, professores Aline Malacarnet e Stéphane Granger. O encontro tratou da importância em manter o intercâmbio entre a Guiana Francesa e o Amapá, que será realizado no mês de junho em Macapá.

Nesse intercâmbio transfronteiriço com a Guiana Francesa, foi pactuado oficialmente para a versão 2014 um quantitativo de 34 alunos de língua portuguesa na faixa etária de 15 a 19 anos, acompanhados de 5 professores, que lecionam o idioma brasileiro e outras disciplinas com o uso da língua portuguesa. Durante o encontro, os jovens franceses irão fazer visitas nas escolas públicas estaduais, participar de debates, palestras, oficinas e city-tour. A ideia é intensificar o contato com os estudantes brasileiros para aprofundar seus domínios com o idioma local.

Para a secretária de Estado da Educação, Elda Araújo, o intercâmbio é de extrema importância para a formação dos jovens estudantes. “O maior objetivo do intercâmbio para estudantes é o aprendizado, praticar a troca de experiências entre culturas diversificadas, além de vivenciar outra realidade que agregará mais responsabilidade, autonomia e conhecimentos em sua vida profissional”, enfatizou. .

Atualmente, o mercado de trabalho tem valorizado muito os profissionais que tiveram experiências fora do país, principalmente empresas multinacionais ou que importam e/ou exportam mercadorias, até mesmo nos programas de seleção para “trainees”; a experiência do intercâmbio é um grande diferencial no currículo do estudante.

Intercâmbio

As ações de intercâmbio transfronteiriço já é uma realidade deste de 2012 e possui duas grandes áreas de abrangência, professores e estudantes da rede pública de ensino. O encontro acontece no Amapá com a recepção de estudantes de língua portuguesa e professores que lecionam o idioma brasileiro como estrangeiro na Guiana Francesa, também estarão presentes os docentes amapaenses de língua francesa e seus alunos para o mesmo objetivo, criar um vínculo com a língua portuguesa brasileira aos estrangeiros guianenses e proporcionar esta mesma experiência aos brasileiros que se deslocam a cidade de Caiena.

Na reunião, ficou estabelecido a criação de um Comitê para tratar de assuntos transfronteiriços com a Guiana Francesa e manter parcerias diversas, bem como, cuidar da apresentação de professores da rede pública estadual das Escolas Estaduais José de Anchieta, Coaraci Nunes, Tiradentes e Helenize Walmira, além dessas instituições.

Fonte: Amazônia Brasil Rádo Web

III SIMPÓSIO NACIONAL DE LETRAS E I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LETRAS da UFLA

Inscrições para apresentação de trabalhos ATÉ 18/04/2014 prorrogadas até 28/04/2014

http://letport.cead.ufla.br/site/wp-content/uploads/2011/08/realizacao.png

 

1. Tema: Fronteiras, limiares e interfaces: caminhos e descaminhos das palavras.

2. Data de Realização: de 29 a 31 de maio de 2014.

3. Local: Universidade Federal de Lavras.

4. Objetivo

O simpósio tem como objetivo central fazer circular as pesquisas e estudos desenvolvidos por diferentes instituições e pesquisadores, a fim de contribuir com o avanço das áreas de Linguística, literatura e ensino.

5. Inscrições
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Pós-graduandos indígenas ganham espaço na UnB

A Universidade de Brasília, uma das primeiras a formar pós-graduados indígenas, aumentou o número de alunos mestrandos e doutorandos de etnias indígenas. Hoje, no total, são seis alunos pesquisadores – dois no mestrado e quatro no doutorado. Os estudos desenvolvidos por eles são voltados para aspectos discursivos e gramaticais de suas línguas nativas. O objetivo é manter fortalecida sua língua de origem.

Em 1999, foi criado o Laboratória de Línguas Indígenas (LALI) pelo professor Ayron Dall’Igna. Atualmente, o LALI é coordenado pela professora orientadora das pesquisas, Ana Suelly Cabral. O laboratório conta com a colaboração das pesquisadoras Enilde Faulstich e Rozana Reigora, do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP) e tem apoio de outras universidades nacionais e internacionais.

Beatriz Pataro
Professora Ana Suely Cabral durante aula no Laboratório de Línguas Indígenas

A entrada dos indígenas no programa de pós-graduação começou a ganhar força há cinco anos, quando teve início o programa de inclusão social na universidade. Todos são nativos de aldeias das regiões do Acre e do Alto Xingu e falantes das línguas  Huni Kuin, Laklanõ,  Ypawu, Mehinako, Awety e Kamayurá, e Nahukwa.

Para os índios, o processo de adaptação e aprendizado não é tarefa fácil. Eles enfrentam vários obstáculos, principalmente por ainda serem vítimas de preconceito. No âmbito acadêmico, sofrem com a visão estereotipada que existe a respeito deles. Muitas vezes, não tem perfil compatível com o que é exigido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), agência de fomento à pesquisa que consolida e aprova trabalhos de pós-graduação no país.

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Da Libras ao português

Novos materiais bilíngues prometem ampliar as possibilidades de comunicação entre pessoas surdas e ouvintes

Por Camila Ploennes

O professor Rafael Dias conversa com Pamela: sinal de “correto” para a resposta da aluna

 É a última aula de terça-feira para o 2º ano A da Escola Estadual Dom João Maria Ogno, na Vila Esperança, zona leste de São Paulo. O professor de geografia Paulo Afonso Del Pino escreve na lousa um resumo sobre as máfias japonesa, russa, italiana, até que a lousa acabe e ele apague tudo para, em seguida, escrever mais. Os alunos participam desse ciclo de cópia, cada um a seu modo – uns conversam ou jogam bolinhas de papel no lixo, outros checam o celular ou simplesmente reproduzem no caderno as frases do quadro-negro.

No meio de uma sentença, Pamela de Souza Alexandre, de 18 anos, para de copiar, franze a testa e aponta em suas anotações a palavra “gangue” para o professor Rafael Dias Silva, que explica, com as mãos, que aquele conjunto de letras descende da língua inglesa, é sinônimo de “quadrilha” e significa um grupo organizado de malfeitores.

Contraste

A primeira língua de Pamela é a Libras, a Língua Brasileira de Sinais. A surdez não a impediu de aprender a ler e escrever em português, embora a deficiência influa para esse aprendizado ser difícil e mais tardio. Ela está a um ano do vestibular. Mas sua alfabetização em língua portuguesa começou de forma efetiva há praticamente um ano. Pamela chegou ao ensino médio sem compreender sentenças simples na lousa e sem entender plenamente as quatro operações básicas de matemática. Hoje, resolve logaritmos. E o que faz a diferença nessa história é a atuação do professor interlocutor de Libras durante todas as aulas do curso regular, profissional inexistente na escola onde Pamela cursou o fundamental.

Educadores como Rafael e estudantes como Pamela são a cara viva da proposta para a inclusão de surdos nas escolas do país (leia quadro sobre o crescimento de matrículas abaixo). Só a EE Dom João Maria Ogno, onde Pamela estuda, conta com quatro professores interlocutores de Libras, incluindo a docente responsável pela sala de recursos. Não à toa, dois importantes dicionários estão a caminho do público este ano, vindos das mãos de quem está na linha de frente das salas de aula da escola e da universidade.

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Exposição em SP aproxima língua alemã dos brasileiros

“Alemanha de A a Z” apresenta cultura e história do país europeu por meio das 26 letras do alfabeto e introduz iniciantes ao cotidiano alemão. Mostra fica em cartaz até junho no Museu da Língua Portuguesa.

Começando pelo A, de Arbeit (trabalho), e passando por U, de Umwelt (meio ambiente), a exposição “Alemanha de A a Z” aborda os mais variados temas relacionados à cultura do país: de futebol e culinária a nazismo, imigração turca e Muro de Berlim.

Com objetos, vídeos, textos e áudios, a exposição interativa introduz iniciantes à vida na Alemanha. “Serve como uma primeira aproximação”, explica Susanne Gattaz, coordenadora educativa da mostra. Apesar de ser apenas uma introdução, “Alemanha de A a Z” não deixa de apresentar aspectos negativos da história e de certos traços culturais alemães.

Na letra O, de Ordnung (ordem), por exemplo, é possível ler um comentário crítico sobre o país: “Pesquisas mostram que três quartos de todos os alemães acima de 14 anos consideram a ordem uma virtude, mas quando se trata deles mesmos, fazem vista grossa.”

Para as estudantes Beatriz e Juliane, de 15 anos, a exposição permitiu conhecer um pouco mais da Alemanha. “Só sabíamos do nazismo, porque aprendemos no colégio. Agora deu para ver que tem muito mais coisa”, disseram. Elas ficaram curiosas com a pronúncia e as músicas. “Não entendi muita coisa, mas achei legal”, conta Juliane.

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